Análise do efeito do própolis no reparo de feridas cutâneas em ratos diabéticos

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Data

2013-09-30

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Universidade Federal de Alfenas

Resumo

Pé diabético é uma infecção, ulceração e ou destruição do tecido devido neuropatia e doença vascular; e precedem 84% de todas as amputações dos membros inferiores relacionadas ao diabetes. A cicatrização prejudicada de feridas cutâneas em pessoas com diabetes envolve, principalmente, hipóxia, disfunção dos fibroblastos e células epiteliais, diminuição da angiogênese e neovascularização, altos níveis de metaloproteases, danos causados por espécies reativas de oxigênio (ROS), produtos finais da glicação avançada (AGEs), diminuição da resistência imunológica do hospedeiro e neuropatia. Desta forma o objetivo deste trabalho foi propor a análise do efeito da pomada de própolis a 10%, no reparo tecidual de feridas cutâneas de ratos diabéticos. Foram utilizados 32 animais, que foram divididos em GRUPO 1 (24 animais) e GRUPO 2 (8 animais), todos os animais foram submetidos ao protocolo de indução do diabetes, porém, o GRUPO 1 recebeu solução aquosa de aloxana via intraperitoneal, enquanto que, o GRUPO 2 recebeu solução salina a 0,9% na mesma via. Após a constatação do diabetes ao décimo dia após a indução do diabetes experimental, cada animal foi anestesiado e submetido a realização de 3 lesões com Punch de 5mm na linha média no dorso do animal. A primeira lesão recebeu tratamento tópico com pomada de própolis comercial a 10%; a segunda lesão recebeu tratamento tópico com dexametasona a 0,1%, e a terceira lesão recebeu tratamento tópico com solução salina a 0,9%, todos cobrindo a totalidade da ferida. As lesões foram mensuradas e o valor do diâmetro utilizado para o cálculo da contração de lesão. Os animais foram eutanasiados e os espécimes das lesões foram fixados em paraformaldeído tamponado com pH 7,4 por 48 horas. Os espécimes foram processados, montados em blocos de parafina, cortados em micrótomo a 4 μm e corados com técnica de coloração por Hematoxilina e Eosina. Foram analisados: infiltrado de neutrófilos, infiltrado de macrófagos, tecido de granulação e reepitelização. A análise microscópica desses fenômenos foi qualitativa, global e subjetiva e considerou a presença e a intensidade desses fenômenos, comparativamente entre os grupos experimentais. Os resultados encontrados demostram que: A contração das lesões cutâneas dos grupos foi sempre maior nos animais tratados com própolis, seguido pelos tratados com dexametasona e solução salina (p=0,03). A média do infiltrado de macrófagos dos animais no grupo 2, foi: 1,72 (p=0,02) para os tratados com própolis, de 1,47 para os tratados com dexametasona e de 1,40 para os tratados com solução salina. A média do infiltrado de neutrófilos dos animais no grupo 1, foi: 1,22 (p=0,0036) para os tratados com própolis, de 1,31 para os tratados com dexametasona e de 1,49 para os tratados com salina. A média de formação do tecido de granulação no grupo 1, foi: 1,87 (p=0,01) para os tratados com própolis, de 1,58 para os tratados com dexametasona e de 1,58 para os tratados com salina. E a média de reepitelização dos animais tratados no grupo 1, foi: 1,72 (p=0,03) para os tratados com própolis, de 1,58 para os tratados com dexametasona e de 1,65 para os tratados com salina.



Palavras-chave

Diabetes mellitus experimental, Complicações do diabetes, Própoles, Cicatrizes

Citação

NOGUEIRA, Silas Santana. Análise do efeito do própolis no reparo de feridas cutâneas em ratos diabéticos. 2013. 55 f. Dissertação (Mestrado em Biociências Aplicada à Saúde) - Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, 2013.