Influência da prática de exercícios na força muscular periférica, capacidade funcional e dor em mulheres diagnosticadas com câncer de mama: estudo transversal

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Data

2025-10-31

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Resumo

Introdução: O câncer de mama é um dos mais comuns entre mulheres e seus tratamentos, cirúrgicos e adjuvantes, provocam efeitos como diminuição da força muscular periférica, redução da capacidade funcional, dor, alterações na composição corporal, bem como outras consequências funcionais. O exercício, por sua vez, traz uma série de benefícios para essa população. Objetivo: Avaliar a influência da prática de exercícios na força muscular periférica, capacidade funcional e dor em mulheres diagnosticadas com câncer de mama. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, o qual foi desenvolvido junto às mulheres em tratamento de câncer de mama, que realizaram cirurgia para retirada do tumor. Foram avaliadas variáveis de caracterização geral, exercícios físicos e testes específicos. A força muscular periférica foi avaliada pelo dinamômetro (força de preensão palmar direita e esquerda- FPPD e FPPE). Já, para mensurar a capacidade funcional, aplicou-se o teste de sentar e levantar de um minuto (TSL1) e a dor foi avaliada de forma global e não específica pelo diagrama corporal e escala numérica. A análise estatística incluiu o teste de Shapiro-Wilk para verificação da normalidade, o teste t para amostras independentes e a correlação de Spearman, adotando p<0,05. Resultados: Analisou-se 38 mulheres, sendo 15 praticantes de exercícios e 23 não praticantes, com média de idade entre as praticantes 46,3±9,1 anos e as não praticantes, 56,2±5,9 anos. Observou-se resultado significante (p=0,009) para a FPPD, indicando que as mulheres praticantes de exercício apresentam maior força muscular periférica em comparação com as não praticantes. Houve correlação moderada positiva (r=0,423; p=0,009) entre prática de exercício com a FPPD, correlação negativa moderada (r=-0,56, p<0,001) entre a idade e a prática de exercício físico e correlação de fraca à moderada entre dor de MMII e MMSS, (r=-0,471; p= 0,003; r=-0,356, p= 0,028, respectivamente). As demais variáveis não tiveram correlação. Conclusão: A prática de exercícios físicos pode ter impacto direto em variáveis como força muscular periférica e alguns aspectos de dor, mas ainda são necessários estudos que investiguem essas variáveis em uma amostra maior, a fim de fornecer evidências mais robustas e embasar de forma consistente a prática clínica.


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