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Acesso aberto (Open Access)
Produção e adição de bactérias biomineralizadoras em concretos de construção civil: estudos preliminares
(Universidade Federal de Alfenas, 2022-08-25) Costa, Alex Monserrat Pereira; Maestrelli, Sylma Carvalho; Margarido, Ana Paula; Roveri, Carolina Del
Quando se trabalha com concreto, é necessário prever seu comportamento ao final de uma obra; apesar da alta resistência mecânica que possui frente a esforços de compressão, sua resistência mecânica a tração é baixa, o que faz com que se busque soluções para resolver este problema. O concreto é composto por uma mistura entre água, cimento, agregados graúdos e miúdos, além de aditivos que melhoram ainda mais suas características e propriedades. Dentro de obras, ele em sua maioria é moldado juntamente a uma armadura de aço completando a resistência em todos os sentidos; quando colocado em situações de grandes esforços, não raro, geram-se as fissuras, principais problemas iniciais que levam ao desgaste da estrutura perdendo sua eficiência. A adição de bactérias capazes de produzir a biomineralização, processo no qual se gera a produção de carbonato de cálcio, responsável pelo selamento de fissuras, vêm sendo investigada. Contudo, essas bactérias são frágeis e suscetíveis ao meio reacional, devendo-se então protegê-las através de encapsulamento, de modo que possam realizar a biomineralização quando solicitados. Dado o exposto anterior, esta pesquisa teve como objetivo obter cápsulas de alginato de sódio para serem utilizadas num encapsulamento futuro de bactérias biomineralizadoras e produzir concretos com adição das cápsulas, caracterizando-os através de medidas de propriedades físicas, mecânicas e reológicas. Os testes de intumescimento indicaram que as cápsulas produzidas propiciaram um ambiente adequado para receber as bactérias e nutri-las até o seu uso; também demonstraram que as cápsulas de alginato de sódio possuem uma resistência mecânica que suporta sua inserção (e mistura) no concreto. Dentre as condições investigadas, aquela onde foi utilizado o coeficiente de Andreassen igual a q=0,37 e com adição de 1,5% de cápsulas foi a que apresentou os resultados mais promissores da pesquisa; sendo que após 28 dias de cura, a resistência mecânica a compressão encontrada foi de 45,38MPa, estando com o valor dentro da ABNT NBR 11578, uma vez que a mesma estabelece uma resistência mínima de 32MPa.