Mestrado em Ciências da Reabilitação
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2649
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Navegando Mestrado em Ciências da Reabilitação por Orientador(a) "Silva, Andréia Maria"
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Item Acesso aberto (Open Access) Efeito imediato da realidade virtual sobre a atividade eletroencefalográfica e eletromiográfica no membro superior parético após acidente vascular encefálico(Universidade Federal de Alfenas, 2018-07-16) Dias, Miqueline Pivoto Faria; Silva, Andréia Maria; Reis, Luciana Maria Dos; Almeida, Marcos Dos Santos DeIntrodução Indivíduos acometidos por Acidente Vascular Encefálico (AVE) apresentam limitação nas atividades de vida diária, devido ao membro superior ser o mais acometido. Uma das intervenções utilizadas para reabilitação destes pacientes é a Realidade Virtual (RV), sendo uma técnica que propicia estimulação motora e cognitiva integradas para esses pacientes. Objetivo Avaliar o efeito imediato da realidade virtual para o membro superior parético sobre a excitabilidade central e periférica em indivíduos após AVE. Materiais e Métodos Trata-se de um Ensaio Clínico Randomizado Controlado Cego, realizado em um único atendimento. Participaram do estudo 27 indivíduos hemiparéticos; acometidos por AVE isquêmico; tempo de lesão em meses G1 (n: 13) 81,76±25,56 e G2 (n=14) 102,92±24,23; com idade de 53,70±12,08, sendo 15 homens e 12 mulheres. Foram avaliados através do Mini-Mental; pela Escala Ashworth Modificada, Escala Fugl-Meyer e através do Escala de Acidente Vascular Encefálico do Instituto Nacional de Saúde (NIHSS). Os pacientes foram randomizados em grupo controle, com 13 indivíduos (hemiparesia a direita: 8 e hemiparesia a esquerda: 5) e grupo intervenção com 14 participantes (hemiparesia a direita: 7 e hemiparesia a esquerda: 7). Os pacientes do grupo intervenção foram submetidos a quatro minutos de treino de Realidade Virtual oferecido pelo Xbox através do jogo Fruit Ninja, que exige movimentos ativos de ombro e cotovelo. O grupo controle executou os mesmos movimentos ativos, no entanto sem o estímulo do jogo de RV. Foi realizada a avaliação eletromiográfica dos músculos deltóide anterior e bíceps braquial, do membro acometido, com os indivíduos em repouso; em contração isométrica voluntária máxima (CIVM) e durante a execução dos movimentos ativos em ambos os grupos. Foi avaliada também a atividade eletroencefalográfica em repouso e durante a atividade proposta, em ambos os grupos. Para análise estatística utilizou-se o teste Shapiro-wilk e para comparação o teste t independente; Mann-Whitney; ANOVA; ANOVA ONE WAY; Friedman; Friedman seguido de Wilcoxon e para correlação teste de Spearman. Resultados Na avaliação da excitabilidade central (EEG), considerando os canais do hemisfério direito (HD), foram observadas diferenças estatísticas para os dados de frequência para o canal FC6; e para os dados de potência nos canais AF4 e FC6 para o grupo G2-RV, e F8 para o grupo G1. Na análise do hemisfério esquerdo (HE) e do lado acometido (LA) houve modificações do padrão de recrutamento neural respectivamente para os dados de frequência no canal F7 e F0 (F7/F8) para o grupo G2-RV. Na avaliação da excitabilidade periférica (EMG) foram encontradas diferenças estatísticas na comparação intragrupos para o músculo bíceps braquial (BB) (p=0,000) e deltóide anterior (DA) (p=0,041), sem alterações intergrupos. Na análise da correlação entre a excitabilidade central e periférica em ambos os grupos, foi demonstrado que à medida que aumenta a excitabilidade central (EEG), aumenta a excitabilidade periférica (EMG). Em relação ao desempenho dos indivíduos entre os minutos de execução do jogo quanto a pontuação obtido em cada minuto, não foram observadas diferenças estatísticas. Conclusão O treino com uso de RV promoveu alterações imediatas na excitabilidade central, com aumento do recrutamento neural principalmente no hemisfério direito, para os canais FC6, AF4 e F8, correspondentes as áreas pré-central, motora primária e frontal. Modificações no padrão da atividade do músculo deltóide anterior e bíceps braquial, do membro superior parético, também foram observadas após o treino de RV. O presente estudo demonstrou uma correlação forte e positiva entre a EMG e a EEG para o grupo intervenção, sem alterações significativas para o grupo controle.Item Acesso aberto (Open Access) O efeito da terapia de restrição induzida do movimento no membro superior parético sobre a excitabilidade central e periférica após acidente vascular encefálico(Universidade Federal de Alfenas, 2018-07-24) Oliveira, Viviane Aparecida De; Silva, Andréia Maria; Reis, Luciana Maria Dos; Faria, Tereza Cristina Carbonari DeA Terapia de Restrição Induzida do Movimento (TRIM) é uma das terapias para o tratamento de pessoas após acidente vascular encefálico (AVE), pois contribui para o aprendizado motor e promove a recuperação neural após o AVE. Assim, o objetivo foi avaliar o efeito da TRIM sobre a excitabilidade central e periférica relacionadas ao membro superior parético após AVE. Trata-se de um ensaio clínico controlado simples cego, composto por 22 voluntários com AVE que foram divididos em Grupo Experimental (GE – n=11), que realizaram a TRIM com o membro não acometido e tronco contidos e Grupo Controle (GC – n=11), onde os voluntários realizaram fisioterapia convencional. Ambos os grupos foram avaliados antes e após a intervenção quanto ao comprometimento motor pela escala Fugl-Meyer, à atividade elétrica muscular dos músculos bíceps braquial, extensores e flexores dos dedos, através de eletromiografia de superfície e a excitabilidade central através de eletroencefalografia. Os indivíduos foram treinados durante duas semanas consecutivas, exceto final de semana, por 60 minutos cada sessão. Para o treinamento utilizou-se o protocolo do Shaping. Durante o treinamento, o tempo de execução das tarefas foi cronometrado individualmente para análise. Os resultados mostraram aumento significativo intragrupos (p=0,041) na escala Fugl-Meyer no GE após o treino. Houve redução significativa no tempo de execução das tarefas 1X5 (p=0,000), 1X6 (p=0,026) e 1X10 (p=0,009) atendimentos e aumento entre 5X6 (p=0,017) atendimentos. (OK) A análise da excitabilidade periférica indicou diferença intergrupos no bíceps braquial, na AV1 (p=0,039), e no extensor dos dedos, na AV2 (p=0,026), ambos com maior valor no GC. Os resultados da excitabilidade central indicaram ativação da onda alfa em ambos os grupos, na avaliação e reavaliação, em todos os canais da área motora e prémotora nos hemisférios direito e esquerdo, desconsiderando a lateralidade acometida. Na segunda avaliação (AV2) do hemisfério esquerdo, houve diferença intergrupos (p=0,028) da frequência no canal FC5 com menor valor no GE e com relação à potência de ativação da onda alfa houve diferença intergrupos (p=0,004) no mesmo canal, com maior valor no GE. Na primeira avaliação (AV1) do hemisfério direito, houve diferença sifnificativa (p=0,024) na frequência de ativação no canal F4 com maior valor no GE. Na comparação intragrupo do hemisfério acometido, o GC apresentou aumento significativo entre os tempos (p=0,014) no canal FC. Na comparação intergrupo do hemisfério acometido, na AV1, o GE apresentou maior valor da frequência no canal Fa (p=0,035) em relação ao GC. Na AV2, o GE apresentou menor valor no canal FC (p=0,004) em relação ao GC. Também na reavaliação, apenas no GC, correlação moderada positiva entre o flexor dos dedos e a área pré-motora, assim como correlação moderada negativa entre o extensor dos dedos e a área motora primária tanto na avaliação quanto na reavaliação. Conclui-se que a TRIM associada à contensão de tronco promoveu alteração na excitabilidade periférica para o músculo bíceps braquial e extensor dos dedos e promoveu alteração na excitabilidade central, principalmente para o canal FC para o membro superior parético em indivíduos acometidos por AVE.