Mestrado em Gestão Pública e Sociedade
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2661
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Navegando Mestrado em Gestão Pública e Sociedade por Orientador(a) "Campos, Carla Leila Oliveira"
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Item Acesso aberto (Open Access) A política de transporte escolar em Buritizeiro/MG (2023): uma análise dos impactos no cotidiano escolar e familiar dos estudantes(2025-09-08) Amariz, Sônia Lago; Campos, Carla Leila Oliveira; Miranda, Adílio Renê Almeida; Almeida, Ivana CarneiroO objetivo desta dissertação é analisar o serviço de transporte escolar da rede pública estadual do município de Buritizeiro e seus impactos no cotidiano escolar e familiar dos estudantes, com base na percepção dos próprios alunos e de especialistas da educação básica. Vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública e Sociedade da Universidade Federal de Alfenas – PPGPS/Unifal-MG, a pesquisa foi desenvolvida em dois artigos: 1) levantamento da produção acadêmica brasileira sobre transporte escolar e sua conexão com indicadores de desempenho e qualidade educacional; 2) análise da percepção de estudantes e especialistas da rede estadual de escolas rurais de Buritizeiro – MG sobre a política de transporte escolar e seus impactos nas rotinas escolares e familiares. A Revisão Sistemática da Literatura (RSL) mostrou que a produção nacional se concentra em quatro eixos: (i) nucleação escolar e ampliação da demanda por transporte; (ii) desigualdades regionais e desafios de financiamento; (iii) fragilidades de gestão associadas a longos percursos, estradas precárias e veículos em más condições; e (iv) impactos nos indicadores educacionais, ainda pouco explorados quantitativamente. O segundo artigo, qualitativo, utilizou entrevistas semiestruturadas analisadas pelo método da Análise Temática (Braum; Clarke, 2006) e revelou falhas estruturais no serviço, como precariedade dos veículos, má conservação das vias e insuficiência na garantia de acesso regular e seguro à escola, fatores que impactam negativamente a aprendizagem. Conclui-se que, embora o transporte escolar seja um direito legalmente assegurado, sua oferta no município ainda apresenta fragilidades que comprometem permanência, rendimento e bem-estar dos estudantes, além de sobrecarregar as famílias. A pesquisa reforça a necessidade de investimentos públicos, planejamento intersetorial e participação comunitária para que a política de transporte escolar promova, de fato, a equidade educacional no campoItem Acesso aberto (Open Access) Entre o normativo e as percepções documentadas: a educação especial nos planos de desenvolvimento individual no regime de atividades não presenciais em escolas estaduais de Santa Luzia–MG(2025-09-25) Oliveira, Heverton Ferreira de; Campos, Carla Leila Oliveira; Mariano, André Luiz Sena; Pereira, Lídia NoronhaA pandemia de Covid-19 provocou a interrupção das atividades presenciais e impôs a adoção de formatos emergenciais de ensino remoto. Em Minas Gerais, foi instituído o Regime de Atividades Não Presenciais (REANP), que, embora tenha buscado garantir a continuidade da aprendizagem, revelou limitações significativas. Entre elas, destacam-se a desigualdade de acesso às tecnologias digitais, a carência de formação docente e a sobrecarga atribuída às famílias, convertidas em mediadoras pedagógicas. Na Educação Especial, as fragilidades foram ainda mais intensas: os recursos ofertados pelo Estado foram padronizados e desarticulados das especificidades do público-alvo da Educação Especial (PAEE), agravadas pela suspensão das Salas de Recursos Multifuncionais e do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Diante desse cenário, esta pesquisa questiona de que forma os Planos de Desenvolvimento Individual (PDI) de estudantes de duas escolas da rede estadual de Santa Luzia-MG, elaborados durante o REANP, revelam a percepção dos docentes sobre a implementação das políticas públicas destinadas à Educação Especial, à luz da Educação Inclusiva, das normativas educacionais e dos dados do Censo Escolar. O objetivo geral consistiu em analisar os PDI dos estudantes de duas unidades escolares da rede estadual de Santa Luzia-MG, elaborados durante o REANP, no contexto da pandemia de Covid-19, com o intuito de compreender como os docentes perceberam e registraram a implementação das políticas públicas de Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva, à luz da teoria da Educação Inclusiva, em diálogo com as normativas educacionais e em confronto com os dados do Censo Escolar. Os resultados evidenciam um descompasso entre o prescrito e o registrado, confirmando que a inclusão, em grande medida, foi sustentada pelo esforço de professores, gestores e familiares, mais do que por políticas públicas estruturadasItem Acesso aberto (Open Access) O discurso midiático e a representação da causa indígena no Brasil(Universidade Federal de Alfenas, 2023-08-21) Campos, Carla Leila Oliveira; Campos, Carla Leila Oliveira; Miranda, Adílio Renê Almeida; Souza, Heberth Paulo De; Ribeiro, Wesllay CarlosO Brasil é um país que foi colonizado por europeus e, desde então, houve discriminação dos povos indígenas, eles foram excluídos socialmente, sofreram violências física e territorial, para que o processo colonizatório tivesse êxito. A colonização acabou em 1822, quando houve a Proclamação da Independência do Brasil em relação a Portugal, todavia as memórias discursivas com aspectos coloniais permaneceram presentes na sociedade brasileira, propagando-se pelas mídias e influenciando as ideias coletivamente compartilhadas pela sociedade. Nesse contexto, nossa pesquisa se propõe a compreender a representação da causa indígena em reportagens sobre o Acampamento Terra Livre de 2022, por meio da análise de reportagens publicadas em sites de notícias, sobre um evento de reinvindicação dos povos originários, o Acampamento Terra Livre. Pesquisas anteriores mostraram uma imagem estereotipada e racista do indígena sendo propagada por jornais (BARBOSA, 2010), além de apresentar silenciamentos e exclusões pela mídia pernambucana (MELO, 2003) e uma significativa mudança na forma de representar os indígenas: as lideranças, mulheres e jovens indígenas passaram a ocupar espaços legítimos de fala quando comparados textos dos anos 2000 com reportagens da década de 1990. O objetivo geral deste trabalho é compreender a representação da causa indígena em reportagens sobre o Acampamento Terra Livre de 2022, tendo como referência o quadro teóricometodológico a Análise de Discurso Francesa, baseada principalmente nos autores Dominique Maingueneau, Eni Orlandi e Michel Foucault. Filiamo-nos ainda à abordagem decolonial de pesquisa, com fundamento em Eduardo Galeano e Walter Mignolo, e, sobre o racismo brasileiro, adotamos os estudos de Silvio Almeida e Lilia Schwarcz. O corpus de análise é um conjunto com dezesseis matérias jornalísticas sobre o Acampamento Terra Livre de 2022: três da Revista Veja, três do portal G1, três do UOL, duas da Folha de S. Paulo e cinco da Revista Fórum. As matérias foram publicadas no mês de abril de 2022, do dia 04/04/2022 a 20/04/2022. As categorias de análise são as citações diretas e indiretas, as palavras entre aspas, as metáforas e paráfrases. Utilizamos conceitos como a interdiscursividade, memória discursiva, os ditos, não ditos e silenciamentos, como guias na interpretação dos dados. A análise das referidas reportagens revelou que há formações discursivas coloniais nas matérias analisadas, mas também têm aspectos decoloniais. Discursos democráticos e ambientalistas também foram observados, mas em menores proporções. Todos as reportagens analisadas se apropriaram do evento para falar sobre a disputa eleitoral de 2022.
