Mestrado em Ciências Fisiológicas
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Navegando Mestrado em Ciências Fisiológicas por Orientador(a) "Paiva, Alexandre Giusti"
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Item Acesso aberto (Open Access) Administración intranasal de oxitocina en un modelo de autismo inducido por activación inmune materna con lipopolisacárido durante la gestación(Universidade Federal de Alfenas, 2019-01-30) Rojas, Viviana Carolina Trujillo; Paiva, Alexandre Giusti; Kalil, Bruna; Zavan, BrunoEl trastorno del espectro autista (TEA) es un desorden del neurodesarrollo, que se caracteriza por generar déficits en la comunicación verbal y no verbal, deficiencias en la interacción social en diversos contextos, y patrones restrictivos y repetitivos de comportamiento e intereses. Se cree que el neuropéptido hipotalámico oxitocina (OT) puede generar mejoras en algunas características del TEA. La OT ha sido ampliamente estudiada en su relación con comportamientos sociales complejos, además de su participación en comportamientos de unión y de afiliación social en algunas especies. El propósito del presente trabajo fue evaluar los efectos comportamentales de la administración de OT de forma intranasal (i.n.) en un modelo de TEA inducido por lipopolisacárido (LPS). Ratas wistar hembras adultas fueron tratadas con LPS i.p. (500 μg/kg) durante el día 16 de gestación; las crías macho fueron tratadas con OT i.n. (20 μg/animal) en una única dosis 10 minutos antes de cada experimento y pasaron por tests comportamentales de vocalizaciones ultrasónicas (USV’s), homing, hole-board, campo abierto y comportamiento de juego durante la adolescencia. La administración de LPS durante el periodo prenatal únicamente generó hipolocomoción y aumento en el tiempo de grooming. En los animales del grupo LPS se observó menor expresión del receptor de OT en la corteza prefrontal. Con respecto a la administración i.n. de OT, se generó un aumento en el número de USV’s y disminución en el tiempo de latencia en el test de homing tanto en el grupo control como en el grupo LPS. Los resultados obtenidos en las crías mostraron que la administración de LPS durante el periodo prenatal no fue capaz de alterar completamente el comportamiento de los animales y, además, hubo divergencias respecto a estudios previos. Sin embargo, la OT de forma i.n., fue capaz de mejorar algunos parámetros sociales.Item Acesso aberto (Open Access) Aspectos morfofuncionais da lesão pulmonar aguda induzida por sepse em ratos com hiperprolactinemia(Universidade Federal de Alfenas, 2011-08-12) Rodrigues, Maria Ângela; Paiva, Alexandre Giusti; Cárnio, Evelin Capellari; Vieira, Alexandre AntônioA sepse é caracterizada por ser um processo inflamatório sistêmico devido a uma infecção, levando a lesão pulmonar aguda, síndrome do desconforto respiratório agudo e a falência múltipla dos orgãos. São achados histopatológicos da sepse: edema intersticial e alveolar, acúmulo de neutrófilos e macrófagos, hemorragia, lesão endotelial e do epitélio alveolar, e colapso alveolar. Acredita-se que a prolactina, hormônio produzido nas células lactotróficas da hipófise interfira no processo inflamatório, ora estimulando-o, ora inibindo-o. Além da relação direta com a lactação, este hormônio tem sido considerado um importante modulador do sistema imune, estimulando a proliferação e a sobrevivência celular. No presente estudo, buscou-se determinar os aspectos morfofuncionais do pulmão comprometido pela sepse induzida pela ligação e perfuração do ceco (CLP) em ratos com hiperprolactinemia induzida por sulpiride, um antagonista da dopamina. O presente estudo mostrou que os ratos pré-tratados com salina e submetidos a CLP, desenvolveram o padrão morfológico da sepse como por exemplo, aumento nas células inflamatórias com predomínio dos polimorfonucleares (neutrófilos), edema intersticial e colapso alveolar. Além disso, o presente estudo mostrou que a sepse induzida por CLP produziu diminuição da pressão arterial média bem como queda em alguns parâmetros ventilatórios como por exemplo, volume corrente e volume pulmonar em ratos não anestesiados. Interessante observação foi que grupos de ratos pré-tratados com sulpiride e submetidos a CLP apresentaram um maior comprometimento nos achados morfológicos bem como uma potencialização na queda do volume corrente durante a análise ventilatória. O presente estudo sugere que a hiperprolactinemia deve ser atentamente observada, pela estreita relação com o agravamento do processo inflamatório provocado por uma infecção pré-existente, que resultaria no aumento do número de óbitos em pacientes sépticos.Item Acesso aberto (Open Access) Avaliação comportamental de ratos submetidos a um modelo experimental de autismo e ao empobrecimento ambiental do ambiente pós-natal por isolamento(Universidade Federal de Alfenas, 2018-07-23) Parreiras, Sheila Souza; Paiva, Alexandre Giusti; Paffaro Júnior, Valdemar Antonio; Cabral, Layla Dutra MarinhoO Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma classe de distúrbios do neurodesenvolvimento que afeta cerca de meio milhão de pessoas no Brasil, caracterizado pelo comprometimento dos domínios da interação social, comunicação e flexibilidade comportamental. O modelo experimental de autismo por exposição pré-natal ao LPS é um modelo novo e pouco estudado, que pode ajudar a compreender a etiologia e a fisiopatologia do distúrbio. Estudos prévios suportam a evidência de que alterações no ambiente pós-natal são capazes de modular o fenótipo do TEA. O isolamento precoce tem sido associado ao desenvolvimento de comportamentos do tipo-autista, do tipo-ansioso e do tipo-depressivo. Neste trabalho foram estudadas as alterações comportamentais na prole submetida ao modelo de autismo por exposição ao LPS no período gestacional, ao isolamento precoce e à combinação de ambos. Os resultados indicaram que a prole masculina é susceptível ao modelo de indução ao TEA, enquanto a prole feminina é susceptível ao desenvolvimento do comportamento do tipo-ansioso. O isolamento individualmente não foi capaz de provocar alterações comportamentais, porém, quando associado à administração gestacional de LPS foi capaz de prevenir alguns dos prejuízos provocados pelo modelo de indução ao TEA.Item Acesso aberto (Open Access) Avaliações neuroendócrinas e cardiovasculares resultantes da expansão de volume sanguíneo durante o choque séptico experimental(Universidade Federal de Alfenas, 2010-10-06) Santiago, Michael Brian; Paiva, Alexandre Giusti; Rodrigues, José Antunes; Andrade, Carina Aparecida Fabrício DeChoque séptico, a forma mais grave de sepse associada com hipotensão refratária e disfunção orgânica, é uma doença letal. A incidência aumentada é provavelmente devido ao envelhecimento progressivo da população, melhorias no suporte de terapia intensiva e o progresso nas terapias imunossupressoras, ocasionando no aumento da expectativa de vida, aumentando assim a ocorrência de episódios de sepse durante a vida. A lista de terapias ineficazes na sepse é longa e desanimadora. No estudo foram avaliados os efeitos da infusão intravenosa de salina e hidroxietilamido em soluções isotônicas e hipertônicas sobre a pressão arterial média e eletrólitos, os níveis de vasopressina, parâmetros sangue e reatividade vascular durante o choque séptico experimental induzido por ligadura e punção cecal. Ratos Wistar (250-300 g) com a veia jugular e artéria femoral canulados foram anestesiados com tribromoetanol (250 mg/kg) e submetidos à perfuração e ligadura cecal (CLP) ou cirurgia fictícia (CF). A pressão arterial média (PAM) foi monitorada durante 24 horas e os parâmetros sangüíneos (Na+, osmolaridade, hematócrito, pH, pO2, pCO2, saturação de O2, HCO3-) foram avaliados nos tempo 0, 6 e 24 horas após CLP ou CF. A expansão de volume com solução isotônica de hidroxietilamido (Iso-HES) (HES 6% em NaCl 0,9%, 4 ml/kg, 8 ml/kg, 16ml/kg), solução hipertônica de hidroxietilamido (Hyper-HES, HES 6% em NaCl 7,5 %, 4 ml/kg) ou salina hipertônica (SH, NaCl a 7,5%, 4 ml/kg) foi realizada seis horas após a CLP. PAM foi medida durante 30 minutos, os parâmetros sangüíneos foram avaliados aos 30 min, e vasopressina plasmática foi avaliada 5 minutos após expansão de volume. Na vigésima quarta hora os animais foram sacrificados para retirada da aorta para analise da reatividade vascular. CLP diminui a PAM que persistiu durante 24 horas, além da redução da reatividade vascular. A infusão endovenosa de Iso-HES provocou redução do hematócrito, mas não mudoua PAM e os demais parâmetros sanguíneos. No entanto, ambas as infusões do Hyper-HES e HS aumentaram PAM, a liberação de vasopressina e ocitocina, o sódio plasmático e osmolaridade plasmática. Não houve outras alterações nos parâmetros sanguíneos e na reatividade vascular após a administração de soluções hipertônicas. A expansão de volume com coluções hipertônicas (Hyper-HES e HS), mas não com soluções isotônicas (Iso-HES), produziu um aumento da PAM durante o choque séptico induzido por ligadura e punção cecal, e esse efeito é mediado pela liberação de vasopresina.Item Acesso aberto (Open Access) Efeito da dexametasona no comportamento sexual de ratos machos(Universidade Federal de Alfenas, 2012-08-22) Teixeira, Aline Stivanin; Paiva, Alexandre Giusti; Elias, Lucila Leico Kagohara; Paffaro Junior, Valdemar AntonioO estudo do comportamento sexual em ratos machos envolve a análise da motivação e da performance sexuais. A distinção está entre procurar o contato sexual e estar apto para realizar o ato copulatório. Este comportamento é necessário para a preservação da espécie e não para sobrevivência do indivíduo, uma vez que abstinência sexual não tem, a curto prazo, consequências adversas para o organismo. Sendo assim, difere consideravelmente de outros comportamentos espontâneos como alimentação, hidratação, termorregulação ou respiração. Estudos mostram que o estresse com consequente ativação do eixo hipotálamo-hipófiseadrenal (HHA) e secreção de glicocorticóides pode alterar diversos parâmetros hormonais e comportamentais. O objetivo deste estudo foi analisar a motivação e performance sexuais de ratos machos e suas possíveis alterações diante da administração aguda e crônica de dexametasona (DEXA), um glicocorticóide sintético. Foram utilizados ratos da linhagem Wistar, mantidos em grupos com até 4 animais por caixa, em ciclo claro-escuro de 12hs a 21±1ºC. Para análises de performance sexual, ratos machos adultos sexualmente experientes, tratados com veículo ou com DEXA, aguda e cronicamente, foram expostos a fêmeas receptivas, filmando-se por 40 minutos. Os resultados das análises comportamentais e de imunoistoquímica para c-Fos mostraram que a administração aguda melhorou parâmetros do comportamento sexual e reduziu a expressão de neurônios marcados com c-Fos no BST, no MnPOd, no MnPOv, PVN e SON. Por outro lado, a administração crônica não alterou nenhum dos parâmetros do comportamento e aumentou o número de células positivas para c-Fos no SON. Para avaliação da motivação sexual, ratos machos, sexualmente inexperientes, tratados com veículo ou DEXA, foram colocados em um aparato onde havia uma fêmea receptiva (incentivo sexual) e um macho sexualmente experiente (incentivo social), filmandose por 20 minutos, tratados com veículo ou tratados com DEXA. Os resultados mostraram que a administração aguda de dexametasona aumentou a motivação sexual, enquanto a administração crônica não modificou este comportamento. Em conjunto, estes resultados sugerem que a administração aguda de dexametasona aumentou a motivação sexual em ratos machos sexualmente inexperientes através de mecanismos envolvidos com a supressão do eixo HHA. Além disso, administração aguda de DEXA melhorou parâmetros da performance sexual às custas de diminuição da atividade neuronal em áreas hipotalâmicas relacionadas ao controle neuroendócrino em ratos machos sexualmente experientes.Item Acesso aberto (Open Access) Efeito da substância psicodélica 25h-Nbome sobre o comportamento materno e possíveis consequências para a prole(Universidade Federal de Alfenas, 2023-10-31) Melo, Lidia Maria; Paiva, Alexandre Giusti; Costa, Heloisa Helena Vilela; Garcia, Tayllon Dos AnjosO Comportamento Materno (CM) garante a sobrevivência da espécie. Estudos demonstraram que o uso de drogas pode alterar a relação mãe-filhote e, consequentemente, o desenvolvimento da prole. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar se a administração da substância 25H-NBOMe (agonista do receptor serotoninérgico) teria efeito sobre o CM e consequências para a prole. As fêmeas foram tratadas com doses diferentes de 25H-NBOMe (0,3mg/kg e 1,0mg/kg). A substância foi aplicada nas fêmeas lactantes no 5o dia pós-parto (D5) e nas fêmeas não lactantes, na fase de diestro. Para avaliar a atividade psicodélica da droga foram realizados teste de HTR e Campo Aberto. Nas fêmeas lactantes, os testes para avaliação psicodélica foram realizados no D5 em conjunto com avaliação do CM, denominado motivado (CMM). Ao longo do período de lactação foi avaliado o CM, denominado contínuo (CMC). A mensuração do ganho de peso das fêmeas lactantes ocorreu desde o dia do acasalamento até o desmame. Na prole, o registro ocorreu a partir do 2o ao 32o dia pós-parto. Com a ninhada das fêmeas lactantes foram realizados os testes de Comportamento de Brincar e Interação Social. Os dados foram avaliados através do programa GraphPad Prism versão 8.0. Assim, nossos resultados sugerem que o efeito de 25H-NBOMe no CMC, apesar de alterar alguns parâmetros, não há diferença estatística entre os grupos tratamento e controle. Em contrapartida, no CMM constamos alteração nos parâmetros de recuperação dos filhotes e aumento da latência. Não houve diferença entre os grupos na avaliação do ganho de peso das fêmeas lactantes e da ninhada. Tanto as fêmeas lactantes quanto as não lactantes fazem movimentos de contração da cabeça, mas não há alteração no teste de campo aberto. Por fim, nos testes comportamentais da ninhada, há alteração em alguns parâmetros do comportamento de brincar, mas não na interação social da prole. Logo, concluímos que a substância 25H-NBOMe tem efeito no CMM e no comportamento de brincar da prole.Item Acesso aberto (Open Access) Exposição pré-natal ao lipopolissacarídeo como modelo translacional de transtorno do espectro autista(Universidade Federal de Alfenas, 2017-08-25) Vieira, Fernando Vitor; Paiva, Alexandre Giusti; Ferreira Junior, Nilson Carlos; Paffaro Junior, Valdemar AntônioO transtorno do espectro autista (TEA) é um transtorno psiquiátrico de desenvolvimento comportamental de etiologia desconhecida que afeta 1:88 crianças nascidas, sendo que a proporção entre meninos e meninas é de 4:1. É caracterizado por atraso ou ausência de comunicação verbal, contato visual, interação social, movimentos repetitivos e/ou estereotipados entre outros. A detecção geralmente ocorre antes dos 3 anos de idade sendo muitas vezes detectado aos 6 meses. Algumas linhas de pesquisa atestam que fatores genéticos, neurológicos, imunológicos, infecções virais pré-natais, contaminantes alimentares e ambientais poderiam ser a causa do mesmo. O presente trabalho propõe a experimentação animal como modelo de TEA para entender as causas e consequências das infecções pré-natais em ratas prenhas e consequências sobre o comportamento da prole. O modelo proposto visa mimetizar infecções durante a gestação, com a administração de lipopolissacarídeo (LPS) extraído da parede celular de bactérias gram-negativas, injetado intraperitonealmente (i.p.) nas doses de 100 μg/kg no 9º.5 ou 500 μg/kg nos dias de gestação 16º (GD9.5 e 16) ou solução salina (SAL) 1ml/kg, i.p., e posterior análise comportamental dos filhotes nascidos. Os dados obtidos nos testes de USV’s, Homing, hole-board, labirinto em cruz elevado e play behavior, mostra que de filhotes machos provenientes de mãe tratadas com LPS na dose de 500 μg/kg no GD16 tiveram comportamento autistic-like, o mesmo comportamento não foi verificado nas fêmeas. Da mesma forma animais machos e fêmeas tratados com LPS na dose de 100 μg/kg GD9.5 não apresentaram diferença com relação aos animais que receberam SAL.Item Acesso aberto (Open Access) Influência da infusão contínua e central de agonista CB1 sobre o comportamento materno de ratas lactantes e consequências comportamentais nos descendentes(Universidade Federal de Alfenas, 2013-03-11) Costa, Heloísa Helena Vilela; Paiva, Alexandre Giusti; Felício, Luciano Freitas; Paffaro Junior, Valdemar AntonioTem sido demonstrado que a administração sistêmica de canabinóides em ratas lactantes prejudica o comportamento materno. Portanto, objetivou-se determinar quais são, especificamente, as alterações provocadas neste cuidado materno mediante infusão crônica central de agonista do receptor CB1 (WIN 55,212-2) nas doses de 10 e 100nmol. As análises do comportamento materno foram realizadas em 4 sessões diárias (3 durante a fase clara e 1 durante a fase escura) de 72 minutos cada, sendo registradas de 3 em 3 minutos totalizando 25 observações por sessão (portanto, 100 observações diárias). O resultado das análises, durante a infusão da droga, indicou diminuição do tempo de lambida e consequente aumento no tempo que as ratas passam alimentando-se. Mesmo após o período de infusão da droga (7 dias), o comportamento materno total permaneceu diminuído. Como interferências sofridas durante o período neonatal que provoquem variações no cuidado materno podem persistir e influenciar o fenótipo dos filhotes, foram verificadas possíveis alterações comportamentais em respostas de ansiedade e medo na prole quando em idade adulta. Para tanto, os filhotes machos e fêmeas (quando completaram 8 semanas de vida), foram submetidos aos testes de campo aberto, labirinto em cruz elevado e medo condicionado ao contexto. Os resultados encontrados mostram que os filhotes machos apresentam menor latência para exibição do primeiro freezing no teste de medo. Por outro lado, as fêmeas apresentaram somente elevação da pressão arterial quando submetidas ao mesmo teste. Em conjunto, os resultados sugerem que canabinóides diminuem o cuidado materno em ratas lactantes, principalmente a lambida, e mesmo após a suspensão da infusão da droga, a redução do comportamento materno total permanece. Essa diminuição do cuidado materno refletiu principalmente nos filhotes machos, aumentando respostas relacionadas ao medo.Item Acesso aberto (Open Access) Influência da redução de ninhada sobre o comportamento materno e respostas comportamentais e endócrinas da prole na fase adulta(Universidade Federal de Alfenas, 2014-02-17) Marques, Silvia Enes; Paiva, Alexandre Giusti; Cruz, Aline De Mello; Grasselli, Cristiane Da Silva MarcianoDurante as durante as duas primeiras semanas de vida, a presença da mãe é indispensável para a sobrevivência dos filhotes. Em ratos, o comportamento materno (CM) despendido pelas fêmeas tem grande importância para o desenvolvimento adequado da prole. Alterações capazes de desencadear perturbações na relação mãe-filhote podem contribuir para alterações comportamentais e neuroendócrinas duradouras nos descendentes. Da mesma forma, o estado nutricional e hormonal em fases iniciais de desenvolvimento (gestação e lactação) estão relacionados a alterações epigenéticas, que podem levar ao desenvolvimento de doenças. Em estudos experimentais, a superalimentação neonatal por redução do número de filhotes por ninhada causa obesidade da prole e aumenta o risco de doenças cardiovasculares. No presente estudo avaliamos a influência da redução de ninhada sobre o comportamento materno de ratas lactantes e possíveis consequências nas respostas endócrinas e comportamentais nos filhotes durante a fase adulta. No 2º dia de lactação (DL), a ninhada foi reduzida para três filhotes (2 machos e 1 fêmea, grupo NR) e o grupo controle (NN) foi definido com 12 filhotes (máximo 6 machos por ninhada). O CM foi investigado ao longo da lactação por meio da avaliação do cuidado materno (CDM), ansiólise maternal e comportamento agressivo. As proles de ambos os grupos foram avaliadas aos 60 dias quanto à ingestão alimentar, ganho de peso, gordura corporal, perfil bioquímico e hormonal, além das respostas comportamentais. Os resultados das análises evidenciaram aumento no tempo gasto pela mãe de ninhada reduzida em parâmetros de cuidado materno com relevância, principalmente, no comportamento de lamber os filhotes e cifose. Em contraposição, houve diminuição no tempo gasto em parâmetros de atividade geral (alimentação e tempo longe dos filhotes) em mães que cuidavam de ninhada menor. As ratas NR ainda apresentaram aumento na ansiólise e no comportamento agressivo, principalmente nas 2 primeiras semanas de lactação, quando comparadas ao grupo NN. Com relação à prole, o grupo NR apresentou aumento de peso desde o 8º DL até a fase adulta, tanto machos quanto em fêmeas. Esses animais ainda apresentaram-se hiperfágicos do desmame até a fase adulta e maior adiposidade epididimal, ovariana e retroperitoneal (em machos e em fêmeas). O perfil bioquímico dos animais NR caracterizou um quadro de dislipidemia, com aumentos nos níveis séricos de glicose, triglicerídeos, colesterol total, VLDL-c, LDL-c e diminuição nos níveis de HDL-c. A superalimentação neonatal ocasionou hiperleptinemia em ambos os sexos e aumento de insulina em fêmeas, que aparentemente está associado com o quadro de resistência à insulina e intolerância à glicose apresentado por esses animais. Quanto às respostas comportamentais, animais criados em ninhada reduzida apresentaram redução dos comportamentos relacionados à ansiedade e resposta ao medo, perfil semelhante ao apresentado por suas mães. Sugerimos que este ''ambiente materno" favorecido pela redução do tamanho da ninhada foi fundamental para o desenvolvimento de alterações metabólicas e comportamentais na prole adultaItem Acesso aberto (Open Access) Influência do sistema endocanabinóide sobre o sickness behavior induzidos pela endotoxemia em ratos(Universidade Federal de Alfenas, 2013-06-03) Paiva, Viviane Nogueira De; Paiva, Alexandre Giusti; Rorato, Rodrigo César; Steiner, Alexandre AlarconA sepse é um processo inflamatório/infeccioso agudo que induz uma resposta do organismo denominada resposta de fase-aguda, que inclui o desenvolvimento de febre (que pode ser antecedida por hipotermia), ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), alteração da secreção neuro-hipofisária e alterações comportamentais, tais como diminuição do apetite, anedonia, diminuição do comportamento social, menor atividade motora, resumidamente chamadas de sickness behavior. O objetivo deste trabalho foi verificar a participação dos endocanabinóides no sickness behavior durante a sepse induzida por LPS avaliando temperatura corpórea, interação social, ingestão de alimento e ganho de peso e atividade de grupamentos neuronais hipotalâmicos. Os resultados demonstraram que a administração do antagonista CB1 AM251 exarceba a hipotermia e diminui a febre induzida pelo LPS. A administração de um antagonista V1 de vasopressina (AVP), reconhecidamente como antipirético endógeno, faz com que não haja mais essa hipotermia exacerbada. Já a administração do AM404, inibidor da recaptção de endocanabinóides, diminui a hipotermia e exacerba a febre, mostrando que AM251 e AM404 possuem efeitos antagônicos. Quando testados quanto a ingestão de alimento e ganho de peso, conclui-se que os endocanabinóides não interferiram na resposta frente a sepse, enquanto que quando testados quanto a interação social, apenas o AM404 mostrou uma menor interação, demonstrando que há influência dos endocanabinóides no sickness behavior induzido pelo LPS. Quando se observa a marcação de Fos nas áreas MnPO dorsal, MnPO ventral, PVN e SON; observa-se que a marcação para Fos está aumentada em ratos tratados com LPS nessas áreas cerebrais, assim como esperado, e que o PVN possui menor expressão na sepse quando há tratamento com AM251, ou seja, a área caracterizada pela homeostase energética está alterada devido ao bloqueio dos endocanabinóides sobre o receptor CB1. A partir desses resultados pode-se afirmar que há participação dos endocanabinóides no sickness behavior na sepse.Item Acesso aberto (Open Access) Influência dos receptores GHS-R1a nas respostas comportamentais e térmicas diante da endotoxemia(Universidade Federal de Alfenas, 2015-02-27) Paula Júnior, Délcio Eustáquio De; Paiva, Alexandre Giusti; Bernardi, Maria Martha; Silva, Josie Resende Torres DaA endotoxemia por LPS, componente estrutural da parede celular de bactérias gramnegativas, é um modelo adequado para o estudo da resposta imune frente a uma invasão bacteriana. A administração desta toxina desencadeia uma rápida resposta imune que culmina na liberação de citocinas próinflamatórias e hormônios como a corticosterona. Conjuntamente à outros, estes mediadores são responsáveis pela expressão de um fenótipo doentio nos animais. Tal fenótipo envolve alterações comportamentais que juntas são denominadas comportamento doentio. Agentes moduladores da resposta inflamatória são capazes de gerar mudanças significativas nesse tipo de comportamento. A Grelina é um hormônio orexígeno, sintetizado principalmente no estômago, que apresenta ampla atuação em diversos tecido, sendo por isso considerada um hormônio multifuncional. Dentre suas funções já conhecidas pode-se citar seu efeito imunomodulador e ativador do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. Frente a isso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar, em ratos Wistar machos, a influência da administração intracerebroventricular do antagonista dos receptores de Grelina (GHSR1a) sobre o comportamento doentio, respostas termorregulatórias e ativação do eixo HHA em animais endotóxicos. Inicialmente conduziu-se um estudo para estabelecer a dose e o tempo pós-tratamento com LPS (2, 6 e 24 horas) apropriados para a realização dos testes de campo aberto, preferência à sacarose, ingestão alimentar e monitoramento da temperatura corporal. Os resultados demonstraram que as três doses testadas (200, 500 e 1000μg/Kg) foram capazes de evocar o comportamento doentio, e que ele se mostrou mais evidente 2h após a indução da endotoxemia. A seguir, avaliou-se os efeitos da infusão central do antagonista de grelina (20nmol/animal) em animais que receberam o LPS nos testes de campo aberto, preferência à sacarose, ingestão alimentar, os níveis de corticosterona sérica e a temperatura corporal foi monitorada. Os resultados demostraram que a infusão central do antagonista dos receptores de Grelina reduz a expressão do comportamento doentio, uma vez que melhora todas as respostas comportamentais dos animais frente ao LPS. O uso do antagonista ainda foi capaz de reduzir os níveis séricos de corticosterona. Entretanto os resultados de monitoramento da temperatura corporal mostraram que o pré-tratamento com[D-Lys3]-GHRP-6 não é capaz de modificar a resposta febril decorrente da endotoxemia. Desta forma conclui-se que o antagonista dos receptores de Grelina exerce um efeito modulador central sobre o comportamento doentio, mas não é capaz de alterar a resposta febril evocada pelo tratamento com LPS.Item Acesso aberto (Open Access) Sickness behavior em camundongos pré-tratados com inibidor da HMG-CoA Redutase(Universidade Federal de Alfenas, 2016-03-14) Oliveira, Merelym Ketterym De; Paiva, Alexandre Giusti; Silva, Marcelo Lourenço Da; Ceron, Carla SperoniComportamento doentio (sickness behavior) é a expressão usada para definir o conjunto das alterações comportamentais que são desencadeadas durante um processo infeccioso. Além disso, estas alterações são consideradas como respostas adaptativas do animal com a finalidade de combater a infecção, propiciando desta forma, um ambiente apropriado ao estabelecimento de uma resposta imune eficaz e desfavorável ao patógeno. Diversos estudos tem abordado os efeitos pleiotrópicos da sinvastatina, isto é, efeitos que estão além de sua função hipocolesterolêmica. Dentre estes efeitos, podemos citar sua ação antioxidante, anti-inflamatória, imunomoduladora e antitrombogênica. Partindo dessas assertivas, o intuito deste trabalho foi investigar a influência da sinvastatina sobre o comportamento doentio. Inicialmente, testamos as doses de 100, 200 e 500 µg/Kg de lipopolissacarídeo (LPS), 2, 6 e 24 horas após a aplicação. Feito isso, os camundongos Swiss foram pré-tratados durante sete dias com veículo ou Sinvastatina 10 mg/Kg ou Sinvastatina 40 mg/Kg através de gavagem (p.o.) e no oitavo dia, receberam a dose de 200 µg/kg de LPS ou solução salina (i.p.) e as respostas comportamentais foram avaliadas após 2 horas. Nos camundongos pré-tratados com a sinvastatina 10 mg/Kg, não observamos diferença significativa em relação ao grupo veículo+LPS em nenhum dos aparatos e parâmetros analisados. Contudo, nos animais pré-tratados com a sinvastatina 40 mg/Kg observou-se redução do tempo de latência e aumento no número de cruzamentos e do tempo de permanência no lado claro no Teste Claro-Escuro, diminuição do número de floatings no Nado Forçado e do tempo de imobilidade no Teste de Suspensão pela Cauda e aumento do número de cruzamentos centrais, periféricos e totais e de rearings no Teste de Campo Aberto. Quanto aos níveis séricos das citocinas dosadas, notamos que o pré-tratamento com a sinvastatina nas doses de 10 e 40 mg/Kg, não foi capaz de atenuar o aumento de TNF-α induzido pelo LPS, todavia, as concentrações plasmáticas de IL-1β, apresentaram-se aumentadas com o pré-tratamento com a sinvastatina 10 mg/Kg e reduzidas quando os animais foram pré-tratados com a sinvastatina 40 mg/Kg. Na telemetria, pudemos notar uma hipotermia branda seguida de febre em animais que receberam veículo+LPS e sinvastatina 10+LPS. Já em animais que receberam sinvastatina 40+LPS, observamos a hipotermia, porém não seguida de quadro febril. Estes resultados demonstram que o pré-tratamento com a sinvastatina 40 mg/Kg (durante 7 dias), antes de aplicação i.p. de LPS, é capaz de modificar as respostas comportamentais ao desafio imunológico, sugerindo que este fármaco influencia a manifestação do comportamento doentio durante a endotoxemia.Sickness behavior is the term used to define the set of behavioral changes that are triggered during an infectious process. Furthermore, these changes are considered the animal's adaptive responses in order to fight the infection, providing thereby an environment suitable for the establishment of an effective and unfavorable immune response to the pathogen. Several studies have addressed the pleiotropic effects of simvastatin, ie, effects that are beyond their hypocholesterolemic function. Among these effects, we can mention its antioxidant, anti-inflammatory, immunomodulatory and anti-thrombogenic action. Based on these assertions, the aim of this study was to investigate the influence of simvastatin on the sickness behavior. Initially, we tested doses of 100, 200 and 500 ug / kg of lipopolysaccharide (LPS), 2, 6 and 24 hours after application. Then, the Swiss mice were pre-treated for seven days with vehicle or Simvastatin 10 mg/kg or Simvastatin 40 mg/kg via gavage (p.o.) and on the eighth day, they received a dose of 200 µg/kg LPS or solution saline (i.p.) and behavioral responses were evaluated after 2 hours. In mice pretreated with simvastatin 10 mg/kg, no significant difference from the vehicle+LPS group in any of the apparatuses and analyzed parameters. However, in animals pretreated with simvastatin 40mg/kg there was a reduction of latency and increase in the number of crossings and the time spent in the light side in Bright-Dark Test, decreased floatings number in Forced Swimming and the immobility time in Tail Suspense Test and increased number of central, peripheral and total crossings and rearings in Open Field Test. The serum levels of the measured cytokines, we note that pre-treatment with simvastatin at doses of 10 and 40 mg/kg, was not able to attenuate the increase in TNF-α induced by LPS, however, the plasma concentrations of IL- 1β showed increased up to the pre-treatment with simvastatin 10 mg/kg and reduced when animals were pre-treated with simvastatin 40 mg/kg. In telemetry, we noticed a mild fever followed by hypothermia in animals that received LPS+vehicle and simvastatin 10+ LPS. Already in animals that received simvastatin 40+LPS, hypothermia observed but is not followed by fever. These results demonstrate that pre-treatment with simvastatin 40mg/kg (for 7 days) before application i.p. LPS is able to modify the behavioral responses to immune challenge, suggesting that this drug influences the manifestation of sickness behavior during endotoxemy.