Mestrado em Ciências Farmacêuticas
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Navegando Mestrado em Ciências Farmacêuticas por Orientador(a) "Carvalho, Flávia Chiva"
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Item Acesso aberto (Open Access) Desenvolvimento e caracterização de dispersão sólida para potencial aumento de solubilidade de metotrexato(Universidade Federal de Alfenas, 2024-12-11) Almeida, Josué Malaquias De; Carvalho, Flávia Chiva; Trevisan, Jerusa Simone Garcia; Bonfilio, RudyIntrodução: O metotrexato (MTX) é amplamente utilizado no tratamento de doenças autoimunes e cânceres, mas enfrenta desafios devido à sua baixa solubilidade e permeabilidade, limitando sua biodisponibilidade oral. Embora a dispersão sólida seja um método comum para melhorar a solubilidade do medicamento, a sua eficácia para o MTX permanece pouco explorada. Objetivo: Este estudo teve como objetivo desenvolver e avaliar dispersões sólidas de MTX para aumentar sua solubilidade. Métodos: Dispersões sólidas de MTX foram preparadas com os polímeros Poloxamer 407, PVP-K30 e PEG 6000 pelo método de evaporação do solvente. A caracterização foi realizada através de calorimetria exploratória diferencial (DSC), difração de raios X de pó (PXRD) e espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR). Um método analítico por espectrofotometria UV foi desenvolvido e validado para o teste de solubilidade, os quais foram realizados em tampão fosfato pH 6,8, comparando as dispersões com o MTX livre e as respectivas misturas físicas. Resultados: As análises de PXRD indicou amorfização do MTX em uma dispersão, porém, a sua mudança estrutural em outra dispersão necessita de análises adicionais para confirmação. O método analítico validado mostrou linearidade, precisão, exatidão dentro dos limites regulatórios. Os testes de solubilidade mostraram que as dispersões sólidas de MTX não aumentaram a solubilidade em relação ao fármaco livre, sugerindo que apenas a amorfização pode não melhorar a solubilidade do MTX. Este resultado está alinhado com estudos anteriores que encontraram ganhos mínimos de solubilidade com dispersões sólidas de MTX na forma cristalina e no estado amorfo. Conclusão: Os resultados sugerem que, embora as dispersões sólidas de MTX amorfo sejam viáveis, elas podem não fornecer uma vantagem significativa de solubilidade. Abordagens alternativas, como a nanoencapsulação, podem oferecer soluções mais eficazes para melhorar a biodisponibilidade do MTX, orientando pesquisas futuras em sistemas de liberação de fármacos.Item Acesso aberto (Open Access) Fases lamelares associadas a lipídeos fisiológicos e metotrexato para tratamento tópico da psoríase(Universidade Federal de Alfenas, 2019-02-22) Alves, Cintia Oliveira; Carvalho, Flávia Chiva; Oyafuso, Marcia Helena; Pereira, Gislaine RibeiroA psoríase, doença caracterizada por diferenciação epidérmica deficiente, é tratada usualmente com metotrexato, um medicamento eficaz, mas associado à grave toxicidade sistêmica. Apesar de a administração tópica ser uma alternativa, essa muitas vezes se mostra ineficiente devido à sua restrita penetração cutânea. Cristais líquidos, se apresentam como um veículo apropriado, pois quando organizados de modo semelhante à matriz lipídica córnea podem aumentar a penetração cutânea de fármacos e a hidratação cutânea. Esses resultados são ainda mais promissores quando são usados lipídeos fisiológicos, os quais podem facilitar o reparo da barreira cutânea prejudicada.O objetivo do trabalho foi desenvolver fases lamelares contendo lipídeos fisiológicos e metotrexato para potencial tratamento tópico da psoríase. O comportamento de fases foi investigado pela construção de diagramas ternários de fases e associações combinando diferentes tensoativos: polioxietileno 2 cetil éter (OLETH-2), polioxietileno 10 cetil éter (CETETH-10), álcool cetílico 20 etoxilado e 5 propoxilado (PPG-5CETETH-20) ou etilenodiamina tetrakis (propoxilado etoxilado) tetrol (T 701), dietilenoglicol monoetil éter, como cotensoativo (CoT), ácido esteárico (AE), ácido oleico (AO), colesterol (CHO) e ceramida 3 (CER), como lipídeos fisiológicos e água. Amostras foram caracterizadas por microscopia de luz polarizada, análise de textura, bioadesão, reologia e efeito promotor através de estudos de penetração cutânea in vitro. Com um extenso estudo de comportamento de fase combinando um grande número de proporções entre tensoativos, cotensoativo, fases oleosas e água obterve-se fases lamelares contendo CHO, CER, CHO e CER ou CoT. Foi possível a incorporação de metotrexato a 1% em todas as fases lamelares, as quais possuíam pH compatível com a via cutânea. O ensaio de perfil de textura revelou que as fases lamelares eram compressíveis, adesivas e coesas, adequadas, portanto, para a aplicação na pele. Os valores de trabalho de bioadesão das fases lamelares, em geral, foram superiores aos de géis de carbopol, tradicionalmente bioadesivos. A análise reológica oscilatória confirmou o comportamento elástico, característico de gel, para todas as fases lamelares. A avaliação do efeito promotor dos cristais líquidos demonstrou que C4CHOCER foi mais eficiente em promover a retenção cutânea de substâncias hidrofílicas em comparação com emulsão convencional com os mesmos componentes ou mesofase lamelar C4CHO, a qual não possuía CER. Portanto, o desenvolvimento de fases lamelares propostas têm potencialidade para se tornarem veículos para aumentar a retenção cutânea de substâncias hidrofílicas, como o metotrexato. Além disso, o próprio veículo pode vir a ser uma excelente forma de tratamento para distúrbios cutâneos relacionados com secura, desidratação e queratinização anormal do estrato córneo, como a psoríase, pela presença de lipídeos fisiológicos.Item Acesso aberto (Open Access) Micropartículas de quitosana como sistema de liberação colônica de mesalazina no tratamento da doença inflamatória intestinal(Universidade Federal de Alfenas, 2018-01-18) Lacerda, Gabriel José Silveira; Carvalho, Flávia Chiva; Kiill, Charlene Priscila; Pereira, Gislaine RibeiroA doença inflamatória intestinal consiste em um grupo de doenças crônicas e idiopáticas que afetam o trato gastrintestinal (TGI), no qual se incluem a colite ulcerativa e a Doença de Crohn. Sua primeira linha de tratamento inclui o uso de anti-inflamatórios, dos quais se destaca a mesalazina, tanto por via oral quanto retal. A grande limitação do tratamento é o sistema de liberação alcançar a região terminal do TGI sem promover a liberação anterior da mesalazina. Sua baixa solubilidade também é um fator limitante no delineamento de sistemas de liberação para ação local no cólon. Micropartículas podem permitir a vetorização da liberação na mucosa inflamada, pois podem ser capturadas por células do sistema imunológico e serem direcionadas ao local inflamado. Com o objetivo de obter um sistema de liberação colônica, foram desenvolvidas micropartículas de quitosana para incorporação de mesalazina por diferentes métodos e em diferentes condições. Foram empregadas três diferentes técnicas: a complexação polieletrolítica (PEC) com o ftalato de hidroxipropilmetilcelulose (HP), a reticulação química com o genipin e a emulsificação seguida por reticulação química com o genipin. As partículas foram analisadas quanto ao diâmetro médio, potencial zeta, difração de raios-X por pó e espectroscopia de infravermelho. Também foram analisados o perfil de liberação em meio gástrico e colônico simulados. A complexação polieletrolítica produziu nanopartículas não carregadas com características adequadas de tamanho, índice de polidispersidade e potencial zeta (491 nm, PdI=0.26 e ζ= 23.2); contudo, não foi possível produzir partículas estáveis contendo o fármaco. As micropartículas produzidas por reticulação química sofreram degradação. Partículas de tamanho sub-mícron e micrométricas (2692 nm, PdI=0.6 e ζ= 46) foram produzidas utilizando a técnica da emulsificação com posterior reticulação por genipin. Agitação branda à velocidade de 800 rpm pelo tempo de 3 horas produziu partículas de formato mais esférico e de tamanho superior às partículas produzidas por agitação vigorosa à velocidade de 8.000 rpm pelo tempo de 5 minutos. O rendimento constatado, em torno de 50%, foi considerado satisfatório, tendo em vista a impossibilidade de incorporação do fármaco na matriz polimérica a partir de outras técnicas. Por meio da difração de raios-X por pó foi possível constatar a natureza cristalina das amostras, enquanto a espectroscopia de infravermelho demonstrou a presença da interação covalente existente entre a quitosana e o genipin, dando indícios consistentes da reticulação entre o polímero e o agente reticulante. Foi obtido um perfil de liberação sigmoidal a, que apresentou um perfil de liberação mais lento em sua fase inicial, seguido por uma rápida liberação, que pode garantir que o fármaco tenha sua liberação direcionada ao cólon.