Mestrado em Ciências Farmacêuticas
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2650
Navegar
Navegando Mestrado em Ciências Farmacêuticas por Orientador(a) "Ikegaki, Masaharu"
Agora exibindo 1 - 9 de 9
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Item Acesso aberto (Open Access) Análise da atividade biológica de própolis de uruçu (Melipona scutellaris) do Estado da Bahia(Universidade Federal de Alfenas, 2009-07-30) Camilo, Mariana Bastos Bernardes De Oliveira; Ikegaki, MasaharuAs abelhas sem ferrão, ou meliponíneos, são assim chamadas por apresentarem este instrumento de defesa atrofiado. Pertencem à ordem Hymenoptera, à sub-família Meliponinae e são agrupadas em três tribos distintas: Meliponini, Trigonini e Lestrimelitini. Estão distribuídas nas zonas tropical e subtropical, nas Américas do Sul e Central, Malásia, Indonésia, África e Austrália. Possuem tamanho, forma e coloração variada e um nível de organização social comparável ao das abelhas Apis mellifera. Para a construção do ninho estas abelhas utilizam cera pura, cerume (mistura de cera e própolis) ou ainda o batume (mistura de própolis e barro, conhecida como geoprópolis). As espécies brasileiras são divididas em Meliponas e Trigonas, sendo uma das representantes mais populares a Uruçu (Melipona scutellaris). O objetivo deste trabalho foi analisar a própolis de uruçu (Melipona scutellaris) proveniente do estado da Bahia quanto a suas características físicas e químicas e algumas propriedades biológicas. A própolis analisada apresentou coloração marrom escura, flexível e odor acre. O teor de fenólicos totais pelo método de Folin-Ciocalteu foi de 0,105 mg /mg de própolis em equivalentes de ácido gálico. O extrato bruto da própolis demonstrou significativa atividade antimicrobiana contra Staphylococcus aureus nos testes de antibiograma em difusão em ágar com diâmetro de halo de 27 mm e na determinação da concentração inibitória mínima (CIM), de 3,12 a 1,56 ppm. O extrato foi fracionado, fornecendo quatro frações, numeradas em ordem decrescente de polaridade (0- mais polar e 3- menos polar). Estas frações também foram avaliadas quanto à atividade antimicrobiana e antioxidante. A fração 3 demonstrou atividade antioxidante em relação ao radical DPPH menor que a observada para o extrato, sendo de 67,36% na concentração de 90 ppm. Avaliou-se ainda a atividade citotóxica do extrato bruto sobre nove linhagens de células tumorais humanas, tendo apresentado toxicidade para todas as linhagens de maneira dose-dependente.Item Acesso aberto (Open Access) Atividade biológica do extrato da fermentação do fungo endófito de café Alternaria alternata(Universidade Federal de Alfenas, 2009-07-21) Fernandes, Maurette Dos Reis Vieira; Ikegaki, Masaharu; Dias, Amanda Latercia Tranchers; Pfenning, Ludwig HeinrichA busca de novos princípios ativos de microrganismos é uma das áreas em que mais se investe nos países desenvolvidos. Entre estes microrganismos, os fungos têm grande destaque por sua produção de diversos metabólitos de interesse farmacológico. Endófitos são todos os microrganismos, cultiváveis ou não, que habitam o interior dos tecidos vegetais, sem causar danos ao hospedeiro e sem desenvolver estruturas externas, excluindo, dessa forma, bactérias noduladoras e micorrizas. Considerando a importância da cultura do café no estado de Minas Gerais, pesquisas com fungos endófitos de café, permitem a ampliação do conhecimento da diversidade desses fungos. Neste estudo, um total de 22 fungos endófitos isolados de café (Coffea arabica L.) foi cultivado in vitro. O screening foi conduzido usando o método de difusão em agar contra bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e leveduras. O isolado mais efetivo contra todos os microrganismos testados foi a linhagem Alternaria alternata e posteriormente, seu extrato bruto foi analisado. A concentração de fenólicos totais do extrato bruto do endófito foi de 3,44 μgEAG/mg de extrato. Para os testes de atividade antimicrobiana, a concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida e fungicida mínima (CBFM) conta Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Candida albicans foram determinadas. Os valores de CIM variaram entre 50-100 μg/mL para S. aureus e 400-800 μg/mL para E. coli. O extrato não apresentou atividade nas concentrações testadas para C. albicans. Além destes testes, foi avaliada a atividade antioxidante pela capacidade sequestrante de radicais DPPH e pela oxidação do sistema β-caroteno/ácido linoleico, as quais não apresentaram resultados significativos. A atividade antitumoral foi avaliada pelo teste do MTT. À diluição de 400 μg/mL, o extrato apresentou atividade de aproximadamente 50% sobre células HeLa in vitro. Esses resultados demonstram que fungos endófitos podem ser uma promissora fonte de compostos antimicrobianos necessitando de estudos posteriores.The search for new active components of microorganisms is one of the areas of greatest investment in developed countries. Among these microorganisms, fungi are distinguished by their ability to produce diverse metabolites for pharmacological purposes. Endophytes are all microorganisms, cultivated or not, that live inside plant tissue, without causing harm to the host and without developing external structures, excluding nodule bacteria and mycorrhiza. Considering the importance of coffee production in the state of Minas Gerais, studies of endophytic fungi in coffee allow for greater understanding of the diversity of these fungi. In this study, a total of 22 endophytic fungi isolated from coffee (Coffea arabica L.) were cultivated in vitro. The screening was conducted using the agar diffusion method against Gram-positive and Gram-negative bacteria and yeast. The most effective isolated fungus among all of the tested microorganisms was the lineage Alternaria alternata, and subsequently, its extract was assayed. The total phenolic content was 3.44 μgGAE/mg of the crude extract. For the antimicrobial activity assays, the minimum inhibitory concentration (MIC) and minimum bactericidal and fungicidal concentration (MBFC) against Staphylococcus aureus, Escherichia coli and Candida albicans were determined. The ranges of MIC values were 50-100 μg/mL for S. aureus and 800-1000 μg/mL for E. coli. The crude extract did not show activity in the tested concentrations for C. albicans. Through these tests, the antioxidant activity of the fungus was assayed through its ability to scavenge DPPH radicals and through β-carotene/linoleic acid system oxidation, both of which were not significant. Antitumour activity was studied by the MTT assay. At a dilution of 400 μg/mL, the extract displayed a cytotoxic activity of approximately 50% towards HeLa cells in vitro. These results indicate that endophytic fungi could be a promising source of antimicrobial compounds and are worthy of further study.Item Acesso aberto (Open Access) Estudo da produção de substâncias bioativas por fungos endofíticos do mangue(Universidade Federal de Alfenas, 2014-02-21) Poloni, Marina Miranda; Ikegaki, Masaharu; Lacava, Paulo Teixeira; Marques, Marcos JoséOs micro-organismos endofíticos são aqueles que habitam o interior de um tecido vegetal, intra ou extracelularmente sem causar-lhe nenhum prejuízo. Eles possuem uma relação de simbiose (relação interespecífica de forma mutuamente vantajosa) com a planta e podem, por isto, sintetizar substâncias com alto potencial biotecnológico. Neste trabalho, objetivou-se a avaliação da capacidade dos fungos endofíticos isolados do mangue do litoral sul do estado de São Paulo, em produzirem compostos com atividade biológica: antimicrobiana, antiproliferativa, antioxidante e leishmanicida. Os extratos brutos de doze fungos endofíticos foram avaliados quanto a sua capacidade antimicrobiana contra uma bactéria Gram-positiva, uma bactéria Gram-negativa e uma levedura patogênica pelo método de microdiluição em placa. Três dos doze fungos endofíticos testados, Diaporthe phaseolorum 41.1(1), Diaporthe sp. 54(4) e Gibberella moniliformis 99(3), destacaram-se neste teste (CIM de 62,500 a 125,000µg/mL) e posteriormente, foram realizadas as demais avaliações de atividade biológica com eles. Verificou-se atividade antioxidante pelo método DPPH (1,1-difenil-2-picrilidrazil) abaixo dos valores encontrados para os padrões butil hidroxi tolueno (BHT) (66,310% ±0,019) e ácido ascórbico (96,047% ±0,005) para os extratos dos fungos testados: D. phaseolorum 41.1(1) (8,357% ±0,005), Diaporthe sp. 54(4) (8,747% ±0,018) e G. moniliformis 99(3) (29,640% ±0,011). Somente o extrato bruto do fungo Diaporthe sp. 54(4) apresentou atividade antiproliferativa contra as linhagens de células tumorais testadas. Foram necessários 2,700µg/mL para inibir 50% do crescimento de células de leucemia K562 e 7,200µg/mL para inibir a mesma porcentagem de células tumorais de glioma K51, sendo considerado um extrato com atividade moderada contra estas linhagens tumorais. O extrato do endófito D. phaseolorum 41.1(1) demonstrou melhor atividade leishmanicida, sendo que a concentração de 7,197µg/mL inibe o crescimento de cinquenta porcennto das formas promastigotas de Leishmania amazonensis. Estes resultados destacam a importância do estudo destes micro-organismos do mangue, pois eles podem ser uma fonte de várias substâncias com atividade de interesse farmacológico.Item Acesso aberto (Open Access) Francionamento bioguiado e caracterização química de compostos com atividade antimicrobiana de geoprópolis de Uruçu nordestina: abelha indígena sem ferrão Melipona scutellaris(Universidade Federal de Alfenas, 2012-05-15) Cartaxo, Rodrigo Teodoro; Ikegaki, Masaharu; Alencar, Severino Matias De; Silva, Marcelo Aparecido DaSéculos de relatos históricos dedicados à reverência por distintas civilizações emergem dos últimos 25 anos de estudos científicos sobre abelhas sem ferrão, espécies nativas eusociais de habitat tropical e subtropical, em contraste com a extensão das pesquisas voltadas aos atributos comerciais de Apis mellifera. Diferenças das abelhas melíferas incluem arquiteturas de ninhos peculiares, contendo a estrutura comum em cera e resinas vegetais, reforçadas com amálgamas de pólen, sementes ou so lo para produzir o geoprópolis, que compartilha a mesma atividade prevalente de própolis contra bactérias gram- positivas, atribuível a derivados terpênicos. O trabalho teve como objetivo empregar um esquema de técnicas aplicadas ao fracionamento bioguiado, para obtenção de compostos ativos contra Staphylococcus aureus de geoprópolis da abelha sem ferrão Melipona scutellaris. Entre os extratos etanólicos de seis lotes de geoprópolis coletados, aleatoriamente, de um meliponário da Bahia durante um ano, a variedade “marrom-escura” destacou-se pelo poder antiestafilocócico com a mesma atividade apresentada por sua fração acetato de etila (C IM 62,5-31,25 µg/mL), a qual revelou 6 compostos-alvo através da bioautografia, na medida em que conservou o perfil cromatográfico por CLAE-FR-DAD durante a etapa de purificação, motivando o fracionamento do extrato por cromatografia em coluna de sílica, que levou, em vista da baixa eficiência de separação verificada para a fração F1 selecionada (C IM 1,95- 0,98 μg/mL), às sub-frações SF2 (3,90-1,95 µg/mL) e SF3 (7,81-3,90 µg/mL) por CLAE-FR-DAD semi-preparativa. Apesar da resistência ao isolamento, os perfis de fragmentação dos compostos em frações, sub-frações e extratos de geoprópolis, determinados por CLAE-FR-ESI-TQ-EMn, revelaram componentes intimamente relacionados à estrutura comum de um núcleo diterpênico ligado a um resíduo de ácido cinâmico, coerente com as varreduras espectrais no UV homólogas e ao espectro de 1H-RMN da fração F2 (7,81-3,90 µg/mL), relativamente mais purificada. Amostras de geoprópolis consistiram, ao contrário, na variabilidade dos espectros de massas, ressaltando características das abelhas nativas, ao mimetizar as Apis mellifera, quanto aos comportamentos de coleta heterogêneos relacionados às fontes de resi nas disponíveis. Ensaios antibacterianos envolvendo bioautografias e determinações da concentração inibitória/bactericida mínima (CIM/CBM) por microdiluição e revelação com resazuri na biomonitoraram as etapas do fracionamento, enquanto triagens por CIM/CBM comporam o perfil antimicrobiano do extrato “marrom-escuro” e seus derivados mais ativos contra S. aureus, em que um painel de linhagens bacterianas patogênicas padronizadas delineou espécies gram- positivas, em especial de Micrococcus, Bacillus e Staphylococcus, inclusive MRSA, como altamente susceptíveis, em detrimento das gram-negativas, demonstrando o potencial promissor de geoprópolis como repositório de produtos naturais indeléveis aos desafios precursores de fármacos na terapêutica.Item Acesso aberto (Open Access) Fungos endófitos do cacau: seleção e avaliação da atividade antimicrobiana, antioxidante e antiproliferativa do extrato da fermentação de Microsphaeropsis sp.(Universidade Federal de Alfenas, 2010-07-12) Bernardes, Maria Tereza Carneiro Paschoal; Ikegaki, Masaharu; Ruiz, Ana Lúcia Tasca Gois; Dias, Amanda Latercia TranchesAtualmente, fungos endófitos são alvos de estudo para descoberta de substâncias bioativas com interesse na agricultura, no controle de pragas, na descoberta de novos ativos para uso na terapêutica, entre outros. Assim como toda planta, o Theobroma cacao L. serve de habitat para diversos fungos endófitos que vivem no interior dos tecidos das plantas numa relação de simbiose, mutualismo ou parasitária. No total de 37 linhagens de fungos endófitos isolados do Theobroma cacao L. foram cultivados in vitro e seus extratos brutos foram analisados, sendo que um fungo foi selecionado para investigação das atividades antimicrobiana, antioxidante e antiproliferativa. O fungo endófito Microsphaeropsis sp. CML 1765 apresentou um crescimento e estabilidade satisfatória além de boa atividade antimicrobiana contra S. aureus. Os resultados da concentração inibitória mínima (CIM) do extrato da fermentação de Microsphaeropsis sp ficou entre 62,5 e 125 µg/mL. A análise em CG/EM identificou a composição química do extrato de Microsphaeropsis sp mostrando ser, essencialmente, constituído de ácidos graxos e esteróides. A atividade antioxidante foi determinada através do teste de DPPH e não foi expressiva, possivelmente por não conter compostos fenólicos em sua composição química. A atividade antiproliferativa foi testada frente a nove linhagens de células tumorais e o extrato de Microsphaeropsis sp apresentou seletividade contra células de melanoma (UACC-62) atingindo o TGI (inibição total do crescimento), na concentração de 4 µg/mL. Todas as linhagens atingiram o GI50 (atividade citostática) e LC50 (atividade citocida) nas concentrações de 25 µg/mL e 250 µg/mL, respectivamente. A biodiversidade da natureza abre caminhos para muitos estudos sobre fungos endófitos que são fontes naturais pouco exploradas de metabólitos bioativos, com potencial terapêutico desconhecido.Nowadays, there is an increasing interest in endophytics fungi research as a source oh bioactive substances that could be applied in agriculture for pest control, and even for the discovery of new drugs. Like any plant, Theobroma cacao L. serves as habitat for diverse fungal endophytes that live within plant tissues in a symbiotic, mutualistic or parasitic. A total of 37 strains of fungal endophytes isolated in Theobroma cacao L. were cultured in vitro and their extracts were analyzed, and a fungus was selected for investigation of the antimicrobial, antioxidant and antiproliferative activities. The fungus endophyte Microsphaeropsis sp. CML 1765 presented a satisfactory growth and stability in addition to good antimicrobial activity against S. aureus. The results of minimum inhibitory concentration (MIC) of the extract from fermented Microsphaeropsis sp were between 62.5 and 125 µg/mL. The chemical composition analysis of the extracts was carried by CG/MS and allowed the identification of fatty acids and steroids as main components. The antioxidant activity was determined using the DPPH test and was not significant, possibly because it contains phenolic compounds in their chemical composition. The antiproliferative activity was tested against nine cancer cell lines and extract Microsphaeropsis sp. showed selectivity against melanoma cells (UACC-62) reaching the TGI (total growth inhibition) at a concentration of 4 µg/mL. The extracts was cytostatic and cytocide for all cell lines at concentration of 25 µg/mL and 250 µg/mL, respectively. The diversity of nature opens the way for studies on fungal endophytes that are natural sources of unexplored bioactive metabolites with therapeutic potential unknown.Item Acesso aberto (Open Access) Isolamento e seleção de fungos endofíticos produtores de compostos bioativos associados à Annona crassiflora(Universidade Federal de Alfenas, 2014-09-15) Mendonça, Andrea Natan De; Ikegaki, Masaharu; Marques, Marcos José; Duarte, Marta Cristina TeixeiraOs fungos endofíticos merecem um destaque especial devido a sua diversidade, e consequentemente ao aumento da probabilidade de descoberta de metabólitos. Este trabalho teve por objetivo isolar fungos endofíticos das folhas da Annona crassiflora, selecionar os de melhor atividade e testá-los quanto à capacidade em produzir metabólitos bioativos com atividade antimicrobiana, antioxidante e antiproliferativa. Foram isolados 192 fungos em diferentes períodos do ano, sendo a maior quantidade isolada a partir de folhas adultas. Após o isolamento foi preparado extrato de acetato de etila, e avaliada a atividade dos extratos. Para a análise da atividade antimicrobiana foram utilizados os micro-organismos Staphylococcus aureus ATCC 6538, Escherichia coli ATCC 25922 e Candida albicans ATCC 10231, e foi obtida a atividade de 73,22% contra pelo menos um dos micro-organismos. Contra o S. aureus a atividade dos extratos foi de 45,54%, a C. albicans foi inibida por 31,25% dos extratos, e 54,46% dos extratos foram capazes de inibir a E. coli. A partir destes resultados foram selecionados os extratos fúngicos: A1F2F1, A4F14F1 e A5F18F7. A concentração inibitória mínima contra S. aureus foi de 250-500 μg/mL para o extrato A5F18F7, 500-1000 μg/mL para o extrato A4F14F1 e A1F2F1 não apresentou atividade nas concentrações testadas. O extrato A5F18F7 demonstrou capacidade bactericida na concentração de 1000 μg/mL. Nas análises de atividade antioxidantes o extrato A4F14F1 destacou frente aos demais em todos os testes e ainda obteve uma maior quantidade de compostos fenólicos totais. Os resultados de atividade antiproliferativa demonstraram resultados promissores para o extrato A4F14F1, sendo esta avaliada como potente contra linhagens de células tumorais e uma baixa atividade contra linhagens celulares não tumorais. Através da análise da composição química desses extratos não foi possível identificar compostos que pudessem ser responsáveis pelas atividades testadas, porém foi possível determinar a presença do ácido butanodióico que consiste em um composto de ampla utilização em diversas áreas. Portanto os resultados sugerem a potencialidade dos extratos, e destacam a importância do estudo dos fungos endofíticos, já eles podem ser uma fonte para várias novas substâncias com atividade de interesse farmacológico.Item Acesso aberto (Open Access) Isolamento e seleção de fungos endofíticos produtores de compostos bioativos associados à Eugenia pyriformis (Myrtaceae).(Universidade Federal de Alfenas, 2015-07-17) Feliphe, Bárbara Helena Muniz Prado E.; Ikegaki, Masaharu; Marques, Marcos José; Silva, Bruno BuenoOs fungos endofíticos têm despertado o interesse da comunidade científica especialmente pela sua diversidade e seu potencial na produção de metabólitos secundários. Eugenia pyriformis (Cambess), conhecida como Uvaia, é uma espécie frutífera da família Myrtaceae, que demonstra potencial para a produção de compostos bioativos. Este trabalho teve como objetivo isolar a comunidade fúngica endofítica associada a E. pyriformis e avaliar o potencial em produzir metabólitos bioativos com atividade antimicrobiana, antiproliferativa e antiparasitária. Foram isolados aproximadamente 200 fungos no período do Outono, a partir de folhas adultas. Metade dos isolados foram submetidos à fermentação e extração com acetato de etila. Os extratos foram testados em um ensaio de triagem antimicrobiano. Para o teste de difusão em agar os micro-organismos utilizados foram o Staphylococcus aureus ATCC 6538, a Escherichia coli ATCC 25922 e a Candida albicans ATCC 10231. No total, 54 dos 100 fungos endofíticos testados apresentaram atividade antimicrobiana frente a, no mínimo, um micro-organismo. O S. aureus foi inibido por 34 extratos, a C.albicans teve seu crescimento inibido por 12 extratos, já para E.coli 8 extratos demonstraram atividade. Baseado nos resultados da triagem antimicrobiana, foram selecionados os extratos fúngicos F6F3, F12F2 e F15F1, para os ensaios de CIM e CBM frente à Staphylococcus aureus ATCC 6538, Escherichia coli ATCC 25922, Proteus mirabilis ATCC 25933, Micrococcus luteus ATCC 9341, Bacillus subtilis ATCC 6633, Staphylococcus epidermidis ATCC 22228, Enterobacter cloacae LMI-UNIFAL, Serratia marcescens LMI-UNIFAL, além dos ensaios antiproliferativo e antiparasitário. Os extratos obtiveram bons resultados no teste de CIM e os valores variaram entre 250 e 1000 µg/mL. Os extratos demonstraram capacidade bactericida na concentração de 1000 µg/mL. Os resultados obtidos no ensaio antiproliferativo demonstraram que os três extratos foram inativos frente as linhagem celulares tumorais, sendo que os extratos F6F3 e F15F1 também não foram capazes de inibir o crescimento de promastigotas, e o extrato F12F2 foi fracamente ativo, no ensaio leishmanicida, contrariando as expectativas. Contudo, os resultados encontrados demonstram o grande potencial antimicrobiano dos fungos endofíticos isolados de E. pyriformis e destacam a importância da continuidade dos estudos dos fungos endofíticos, já que destes poderão ser identificados e isolados compostos bioativos e novas substâncias, provavelmente derivados da complexa interação endofítico/hospedeiro, com atividades de interesse farmacológico.Item Acesso aberto (Open Access) Isolamento e seleção de fungos endofíticos produtores de compostos bioativos associados às plantas do gênero Rheedia(Universidade Federal de Alfenas, 2011-12-19) Carvalho, Patrícia Lunardelli Negreiros De; Ikegaki, Masaharu; Ruiz, Ana Lúcia Tasca Gois; Lacava, Paulo TeixeiraA maioria dos compostos naturais do mundo ainda não foi testada, visto a vasta biodiversidade disponível. As plantas do gênero Rheedia apresentam propriedades farmacológicas e químicas bem descritas na literatura e podem ser fonte de fungos endofíticos produtores de compostos bioativos. Os fungos endofíticos merecem especial destaque por sua grande diversidade de espécies e consequentemente, seus metabólitos tendem a apresentar diversidade química e moléculas inéditas com algumas atividades biológicas já descritas. Objetivou-se neste trabalho isolar fungos endofíticos das folhas de Rheedia brasiliensis, selecionar os de maior destaque e testá-los quanto à capacidade em produzir metabólitos bioativos com atividade antimicrobiana, antioxidante e antiproliferativa. Foram analisados 245 fragmentos de folhas de R. brasiliensis com isolamento de 154 fungos (freqüência de isolamento de 62,86%). Selecionou-se dois fungos, por meio da triagem antimicrobiana, para estudos mais avançados, sendo eles o Paraconiothyrium sp. P83F4/1, que pertence a um novo gênero recentemente descrito e que pode vir a se destacar na produção de novas moléculas de interesse e, Colletotrichum gloeosporioides P67F1/1, o qual apresenta histórico de metabólitos bioativos e moléculas importantes descritas na comunidade científica. Assim, no primeiro estudo, avaliou-se as propriedades biológicas do extrato acetato de etila de Paraconiothyrium sp. P83F4/1 obtido pela fermentação submersa em caldo czapek, testando-o quanto a sua capacidade em produzir compostos bioativos de interesse por meio de ensaios antimicrobianos, antioxidantes e antiproliferativos. As cepas de Staphylococcus aureus e Escherichia coli foram susceptíveis ao extrato de Paraconiothyrium sp. P83F4/1 testado, sendo a concentração inibitória mínima (CIM) para S. aureus de 500-1000 g/mL. Utilizando o método do DPPH (radical 1,1-difenil-2-picril-hidrazil), o extrato de Paraconiothyrium sp. P83F4/1 apresentou capacidade sequestrante (média da capacidade sequestrante+desvio padrão), a 90 ppm, de 58,92+0,024 (%), sendo significativamente superior (p<0,05) ao padrão comercial Butil Hidróxi Tolueno (BHT), 39,52+0,095 (%). Ainda, o extrato deste fungo também apresentou destaque pela seletividade sobre as células HaCat (queratinócito humano), importante em patologias como psoríase, sendo o valor de GI50 de 0,95 µg/mL (média do log GI50 = -0,02). Estes resultados apontam para a potencialidade do extrato da fermentação do fungo Paraconiothyrium sp P83F4/1 e estimulam a continuidade dos estudos, elucidando o(s) composto(s) que exerce(m) estas atividades em potencial e aprofundando os conhecimentos sobre os mecanismos de ação envolvidos em tais atividades. No segundo estudo, objetivou-se avaliar o potencial biológico do extrato bruto de farelo de trigo e demonstrar sua influência em processos fermentativos, utilizando-se o fungo endofítico C. gloeosporioides P67F1/1 para a obtenção dos compostos bioativos. Verificou-se que o extrato diclorometânico do farelo de trigo apresentou atividades biológicas iguais ou superiores ao extrato fúngico. No ensaio antimicrobiano, ambos os extratos apresentaram CIM de 250-500 g/mL. A capacidade sequestrante (%) dos extratos, revelada pelo DPPH, mostrou valores de (média da capacidade sequestrante+desvio padrão): 17,7+0,037 (farelo de trigo) e 10,56+0,004 (fungo), sendo o extrato do farelo significativamente (p<0,05) melhor que o extrato de C. gloeosporioides P67F1/1. No ensaio antiproliferativo, o extrato bruto do farelo de trigo apresentou atividade fraca frente à maioria das linhagens tumorais avaliadas (25,34250 g/mL, média logGI50>2,40), conforme critério do National Cancer Institute. Diante dos resultados, verificou-se que o farelo de trigo não se apresentou como substrato inerte no processo fermentativo. Desta forma, alerta-se a necessidade de maiores cuidados ao empregá-lo como substrato em determinados tipos de fermentação (cujos objetivos assemelham-se aos deste trabalho), evitando assim, influências de sua composição química (direta e/ou indiretamente) sobre atividades esperadas para os extratos em estudo, provenientes de processos fermentativos fúngicos.Item Acesso aberto (Open Access) Própolis de abelha nativa sem ferrão da espécie Frieseomelitta varia: determinação da composição química e atividades biológicas(Universidade Federal de Alfenas, 2013-03-04) Hipólito, Taciane Maíra Magalhães; Ikegaki, Masaharu; Santos, Marcelo Henrique Dos; Ruiz, Ana Lúcia Tasca GoisO auxílio terapêutico exercido pelas própolis de abelhas Apis mellifera é conhecido desde tempos imemoriais e suas propriedades têm sido amplamente estudadas. Contudo, as própolis produzidas por abelhas sem ferrão foram ainda pouco investigadas. Desta forma, este trabalho se propôs a avaliar algumas características químicas e atividades biológicas de própolis de abelhas sem ferrão da espécie Frieseomelitta varia obtidas em épocas e locais diferentes. Para tanto, obtiveram-se extratos etanólicos de própolis coletadas na região de Alfenas-MG (Fv1, Fv2 e FvA), os quais foram avaliados quanto ao perfil de absorção da luz UV visível, composição por flavonoides (com base em quercetina), compostos fenólicos (com base em ácido gálico) e perfil químico por cromatografia em camada delgada (CCD). Adicionalmente, Fv1, Fv2 e FvA foram submetidos a testes in vitro que analisaram suas atividades antimicrobiana, antioxidante e antiproliferativa. O espectro de absorção da luz UV visível apresentou picos característicos de fenólicos e flavonoides e os testes quantitativos mostraram baixos valores destes compostos fitoquímicos. A CCD, por sua vez, revelou a presença de terpenoides em todas as amostras. Quanto às propriedades biológicas, verificou-se baixa atividade antioxidante. As atividades antimicrobiana e antiproliferativa, no entanto, foram bastante relevantes. A amostra Fv1 mostrou capacidade para inibir totalmente o crescimento de células de câncer de ovário multirresistente a drogas em uma concentração de 7,6µg/mL, valor inferior ao necessário do padrão Doxorrubicina para inibir esta mesma linhagem celular. Nos testes de atividade antimicrobiana, Fv1 também se destacou por sua ação bactericida sobre Streptococcus agalactiae em concentração contida entre 15,62-31,25µg/mL, valor também inferior ao obtido com o padrão Cloranfenicol. Os resultados encontrados nesta pesquisa evidenciam o grande potencial biológico das própolis de Frieseomelitta varia, que pode se modificar conforme local e época de coleta.