Mestrado em Ciências Farmacêuticas
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Navegando Mestrado em Ciências Farmacêuticas por Orientador(a) "Marques, Vanessa Bergamin Boralli"
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Item Acesso aberto (Open Access) Determinação de sinvastatina em plasma humano por cromatografia líquida de ultra performance acoplada a espectrometria de massas (UPLC-MS/MS) para aplicação em estudos farmacocinéticos de bioequivalência(Universidade Federal de Alfenas, 2012-12-07) Silva, Suéllen Cristina Rennó; Marques, Vanessa Bergamin Boralli; Moraes, Natalia Valadares De; Araújo, Magali Benjamim DeA sinvastatina é um agente antilipêmico, da classe das estatinas, utilizado no tratamento de primeira escolha em pacientes com hipercolesterolemia primária. A apresentação referência da sinvastatina no Brasil é o medicamento Zocor® (Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda.). Os medicamentos genéricos e similares podem ser considerados “cópias” do medicamento de referência e para o registro de ambos medicamentos, há obrigatoriedade de apresentação dos estudos de biodisponibilidade relativa e equivalência farmacêutica. Por isso este trabalho teve por objetivo o desenvolvimento e validação de um método bioanalítico para aplicação em estudos de biodisponibilidade relativa do fármaco sinvastatina em voluntários sadios. Aplicou-se a técnica de extração líquido-líquido para purificação das amostras e para quantificação foi utilizada a cromatografia líquida de ultra performance acoplada a espectrometria de massas (UPLC-MS/MS). O método desenvolvido e validado apresentou uma faixa linear de 0,4 - 40,0 ng/mL, com seletividade, recuperação, precisão, exatidão e estabilidades adequadas segundo a RE 899/2003 da ANVISA e o Guia de Validação de Métodos Bioanalíticos do FDA. Após a validação o método foi aplicado para estudo de biodisponibilidade relativa de sinvastatina. Os resultados dos parâmetros farmacocinéticos foram obtidos através das curvas de concentração plasmática do fármaco em função do tempo, e analisados estatisticamente para determinação da bioequivalência. Os seguintes parâmetros farmacocinéticos foram determinados: ASC, Cmax e tmax. O método desenvolvido apresentou preparo de amostras simples, baixo limite de quantificação e tempo de corrida curto, adequados a estudos com grande volume de amostras e baixos níveis plasmáticos. Portanto, o método desenvolvido e validado, bem como o estudo de bioequivalência foram adequados para avaliação das formulações de sinvastatina comprimido de 40 mg (teste e referência). O produto teste analisado não foi considerado bioequivalente ao produto referência.Item Acesso aberto (Open Access) Efeitos do hipotireoidismo induzido experimentalmente no comportamento depressivo e na farmacocinética da venlafaxina em ratos wistar adultos(Universidade Federal de Alfenas, 2019-09-04) Aquino Júnior, Milton Kennedy; Marques, Vanessa Bergamin Boralli; Silvério, Alessandra Cristina Pupin; Ventura, Renato RizoO hipotireoidismo é um distúrbio com alta incidência mundial, sendo sua maior causa relacionada à deficiência de iodo na dieta. Indivíduos com hipotireoidismo geralmente desenvolvem comorbidades relacionadas à falta dos HT; como exemplo de uma dessas doenças está a depressão. Em alguns casos, pacientes com depressão não respondem bem ao tratamento com fármacos antidepressivos, sendo uma possível causa para este fato, a falta de reposição hormonal de tiroxina (T4). Sendo assim, o presente trabalho propõe avaliar se o hipotireoidismo induzido experimentalmente, com reposição ou não de T4, altera a farmacocinética da venlafaxina, avaliando se existe relação entre hipotireoidismo e comportamento depressivo em ratos Wistar machos. A avaliação foi feita comparando-se ratos com indução experimental de hipotireoidismo por duas formas diferentes, através da tireoidectomia (Tx) e tratamento com metimazol (MMI), com reposição e sem a reposição hormonal de T4 (20μg/kg/dia v.o). Foram considerados animais controles do procedimento cirúrgico aqueles submetidos à cirurgia simulada (SHAM). Para caracterização do quadro de hipotireoidismo foram realizadas dosagens hormonais de T4 livre, hormônio estimulador de tireócitos (TSH), bem como a medida das massas de tecidos relacionados à função do eixo tireoidiano [hipófise, adeno-hipófise, tecido adiposo marrom (TAM), tecido adiposo branco (TAB) perigonadal e a tireoide]. Para avaliação do comportamento depressivo foram realizados os testes de nado forçado e de preferência à sacarose. Em relação à farmacocinética, foram realizadas coletas de sangue para análise de venlafaxina através da canulação nos tempos de 0-12h; as dosagens foram realizadas em cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas, em método desenvolvido e validado segundo normas da ANVISA. De acordo com os resultados, os grupos sem reposição hormonal, Tx e MMI, e o grupo Tx com reposição apresentaram concentrações plasmáticas menores de T4 livre em relação ao grupo SHAM, respectivamente (0,3; 0,3; 1,1 vs. 1,7ng/dL); o grupo MMI com reposição apresentou valores de T4 semelhantes ao SHAM. Sobre as análises de massa da adeno-hipófise, tireoide e TAM; foram observados valores reduzidos no TAM dos grupos sem reposição, Tx e MMI, em comparação ao SHAM, respectivamente (73,4; 75,9 vs. 12,6mg/100g) e aumentadas para a adeno-hipófise (3,4; 3,1 vs. 2,2mg/100g) e a tireoide (14,0 vs. 4,7mg/100g MMI vs. SHAM). Esses resultados apontam o correto funcionamento do mecanismo de retroalimentação negativa no eixo hipotálamo-hipófise-tireoide. Em relação ao comportamento depressivo, somente o grupo MMI sem reposição apresentou maior tempo de imobilidade (153,6 vs. 86,9s) e menor preferência por sacarose (80,0 vs. 94,8%) comparado ao SHAM. A avaliação dos parâmetros farmacocinéticos mostraram alterações no grupo Tx sem reposição hormonal, como o aumento de AUC (4403,7 vs. 1037,5ng.h/mL), meia-vida (2,9 vs. 1,3h), concentração máxima (880,4 vs. 432,2ng/mL), diminuição do clearance (4,2 vs. 19,8L/h/kg), frente ao grupo SHAM. Diante dos resultados, é possível concluir que o indício de comportamento depressivo foi caracterizado no grupo MMI sem reposição hormonal e o modelo de indução baseado na tireoidectomia foi capaz de alterar os parâmetros farmacocinéticos da venlafaxina sugerindo que que a falta dos HT presentes no hipotireoidismo interfere na farmacocinética da venlafaxina.Item Acesso aberto (Open Access) Influência da duloxetina e amitriptilina na farmacocinética e efeito biológico da pregabalina para tratamento da dor crônica em animais(Universidade Federal de Alfenas, 2016-07-28) Rodrigues, Rafaela Figueiredo; Marques, Vanessa Bergamin Boralli; Veloso, Clarice De Carvalho; Ceron, Carla SperoniDor é uma experiência sensorial ou emocional desagradável que ocorre em diferentes graus de intensidade, podendo resultar da estimulação do nervo em decorrência de lesão, doença ou distúrbio emocional. A dor pode ser classificada temporalmente como aguda e crônica, que inclui a dor neuropática. A dor neuropática é mais complexa devido principalmente à sua resistência aos analgésicos comuns. Sendo assim, o Ministério da Saúde preconizou o tratamento para este tipo de dor, em humanos, tendo como medicamentos de primeira escolha pregabalina, amitriptilina e duloxetina. O objetivo do presente estudo é analisar a farmacocinética da pregabalina e efeito biológico das monoterapias e suas associações em animais e verificar qual perfil medicamentoso é mais eficaz. A avaliação do efeito biológico foi realizada em seis grupos: animais Wistar (220-250g, n=12 para cada grupo), que utilizaram pregabalina (PREG) (10mg/kg V.O); pregabalina (10mg/kg V.O) + amitriptilina (1 mg/kg V.O) (PREG+AMITRIP); pregabalina (10mg/kg V.O) + duloxetina (30 mg/kg V.O) (PREG+DULOX); amitriptilina (1mg/kg V.O) (AMITRIP); duloxetina (30 mg/kg V.O) (DULOX) e veículo (água ultrapura V.O) (VEH). O modelo para indução de dor neuropática crônica foi a constrição do nervo ciático por ligadura e a avaliação da nocicepção foi feita pelo teste de von Frey de filamentos. A farmacocinética da pregabalina foi avaliada em monoterapia ou associação nas mesmas doses descritas anteriormente (n=6 perfis por tratamento). O sangue foi coletado de 0-24h e o plasma utilizado para análise cromatográfica. Após preparo de amostra, a pregabalina foi analisada por cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada à espectrometria de massas. Para detecção e quantificação da pregabalina e do diazepam (padrão interno) foram utilizadas as transições massa/carga 158,00 > 140,80; 158,00 > 123,00; 158,00 > 95,20 e 285,00 > 154,05; 285,00 > 192,90; 285 > 222,10 respectivamente. O método desenvolvido foi validado de acordo com a RDC 27/2012 e se mostrou linear, preciso e exato. Para avaliação dos dados de efeito biológico e disposição cinética foram realizados testes estatísticos específicos. Os resultados mostraram que os grupos operados PREG, PREG+AMITRIP e PREG+DULOX apresentaram melhor efeito antinociceptivo quando comparados com o grupo VEH. Quando comparada à PREG, apenas o grupo PREG+AMITRIP foi estatisticamente diferente do grupo PREG, apresentando efeito prolongado e mais eficaz. A monoterapia dos adjuvantes, AMITRIP e DULOX não mostrou efeito antinociceptivo ou hipoalgésico. A disposição cinética da PREG foi alterada na associação PREG+AMITRIP, com redução de clearance total aparente e consequente aumento de biodisponibilidade, podendo este achado estar associado ao prolongamento do efeito biológico da associação entre PREG+AMITRIP.Item Acesso aberto (Open Access) Influência da epilepsia na expressão de transportadores(Universidade Federal de Alfenas, 2017-03-03) Placido, Rodrigo Vicentino; Marques, Vanessa Bergamin Boralli; Podestá, Márcia Helena Miranda Cardoso; Santos, Victor RodriguesA epilepsia é uma patologia com incidência mundial, mas de maior prevalência em países em desenvolvimento; cerca de cinquenta milhões de pessoas no mundo são acometidas por esta patologia. A doença é caracterizada por crises recorrentes, que são breves episódios de movimento involuntário denominado crises convulsivas, e ocorrem devido a descargas elétricas excessivas que acometem as células cerebrais. Pacientes que possuem epilepsia, em alguns casos, não apresentam respostas ao tratamento. Alguns transportadores, como por exemplo a glicoproteína P (Pg-P), presente na barreira hematoencefálica podem estar envolvidos em mecanismos de resistência a fármacos antiepilépticos, que são substratos da Pg-P. Por isso, a avaliação da expressão da Pg-P e sua atividade pode auxiliar no entendimento dos mecanismos patológicos da epilepsia. A avaliação foi realizada comparando-se ratos sadios e animais com background genético susceptíveis ao desenvolvimento da epilepsia (WAR, sendo 2 grupos, WAR com epilepsia do lobo temporal e WAR resistente à crises) que receberam a fexofenadina (dose de 10mg/kg, por via oral), que é um substrato da Pg-P, e tiveram seu sangue coletado, no período de 0-12horas. As concentrações de fexofenadina foram determinadas por cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada à espectrometria de massas; o preparo de amostra foi realizado através de precipitação de proteínas com acetonitrila. As condições cromatográficas foram: coluna C18, com fase móvel de metanol:acetonitrila:acetato de amônio 10mM (45:45:10, v:v), com fluxo de 0,4mL/min, e monitoramento das seguintes transições para fexofenadina: íon precursor m/z 502 e íons produtos 484, 466 e 171 e padrão interno (losartana), nas seguintes transições m/z 423 para o precursor e íons produtos 207, 192 e 235. O método desenvolvido e validado segundo as normas vigentes na legislação, mostrou ser preciso, exato, estável e adequado ao estudo farmacocinético. Por meio da análise farmacocinética foi possível verificar um aumento da biodisponibilidade (AUC) da fexofenadina, com aumento da meiavida e diminuição do clearance nos ratos WAR resistentes à crises (p<0,05). A análise imunohistoquímica do tecido cerebral, notou-se aumento da expressão de Pg-P nos grupos WAR com ELT e WAR resistente na barreira hematoencefálica. A alteração na expressão da Pg-P pode ser a responsável pela alteração farmacocinética do grupo WAR resistente à crises, uma que vez que a entrada do fármaco ao SNC está diminuída, e este achado pode ser um dos motivos da refratariedade ao tratamento farmacológico observada nos pacientes.Item Acesso aberto (Open Access) Influência da epilepsia na farmacocinética do enalapril e da carbamazepina em ratos(Universidade Federal de Alfenas, 2016-08-31) Costa, Lellis Henrique; Marques, Vanessa Bergamin Boralli; Cairasco, Norberto Garcia; Pacheco, Larissa Helena L. TorresA Epilepsia é um conjunto de condições neurológicas que tem como característica comum a ocorrência de crises epiléticas recorrentes. A Epilepsia do Lobo Temporal (ELT) é a causa mais comum de crises resistentes a fármacos. Alguns dos modelos animais utilizados na literatura para estudo da condição epiléptica são linhagens de animais geneticamente susceptíveis à epilepsia, como os ratos WAR (Wistar Audiogenic Rats). A carbamazepina é um dos fármacos antiepilépticos mais prescritos, também utilizada em transtornos psiquiátricos. Devido ao baixo índice terapêutico, este fármaco está propenso a interações farmacológicas significativas, sendo que, pequenas mudanças na concentração plasmática podem resultar em perda da eficácia ou sinais de intoxicação. Além disso, pode ser indutor de várias enzimas hepáticas. A angiotensina II, peptídeo formado a partir da clivagem de AngI pela enzima conversora de angiotensina, tem sido considerada como sendo o principal peptídeo ativo do sistema renina-angiotensina (RAS), podendo ser considerado como um neurotransmissor/neuromodulador através de sua ação sobre os receptores AT1 e AT2 presentes em várias regiões cerebrais. O enalapril é um inibidor da enzima conversora de angiotensina e é um dos fármacos mais utilizados para tratamento da hipertensão em pacientes com epilepsia. Este estudo teve como objetivo avaliar a influência de crises epilépticas induzidas em modelo experimental de epilepsia, na farmacocinética do enalapril e da carbamazepina, um conhecido anticonvulsivante, quando usados em monoterapia ou em associação. Para isto, desenvolveu-se metodologia capaz de quantificar o enalapril e a carbamazepina simultaneamente em plasma de rato e realizar avaliação da disposição cinética destes fármacos em ratos Wistar e WAR (não submetidos ao kindling). O enalapril e a carbamazepina foram analisados em plasma por cromatografia líquida de ultraperformance acoplada a espectrômetro de massas. O preparo das amostras foi feito por extração líquido-líquido. O método foi desenvolvido e validado segundo a legislação vigente (ANVISA, RDC 27/2012), sendo adequado para a aplicação em estudos farmacocinéticos. Verificou-se que, nos estudos farmacocinéticos a carbamazepina somente teve seus parâmetros modificados quando administrada a ratos WAR em associação com o enalapril, apresentando diminuição da biodisponibilidade do medicamento (AUC0-∞: 9395 vs 35796 ng.h/mL, CWA e CCA, respectivamente). Com relação ao enalapril, o background genético para a epilepsia aumentou a biodisponibilidade do fármaco quando comparado ao seu controle (AUC0-∞: 105,25 vs 273,05ng.h/mL, ECA e EWA, respectivamente), além disso, a associação com a carbamazepina fez com que houvesse a diminuição das concentrações plasmáticas de enalapril tanto nos grupos controle, quanto nos grupos WAR.Item Acesso aberto (Open Access) Influência do diabetes mellitus no metabolismo de fármaco marcadores de atividade dos CYP2D6 e 3A4 em ratos(Universidade Federal de Alfenas, 2014-04-28) Simões, Juliana Savioli; Marques, Vanessa Bergamin Boralli; Sakakibara, Isarita Martins; Peccinin, Rosângela GonçalvesO citocromo P450 (CYP450) e suas isoformas podem ser reguladas por compostos exogenos, endogenos e patologias. O Diabetes Mellitus (DM) e uma sindrome de etiologia multipla, decorrente da incapacidade da insulina em exercer adequadamente sua acao, sendo capaz de alterar a atividade do CYP450. Este estudo avalia a influencia do DM na atividade das isoformas CYP2D6 e CYP3A4 utilizando como marcadores de atividade o metoprolol (MET) e o midazolam (MDZ) respectivamente. Ratos machos Wistar, 200-250 g, foram tratados com dose unica, por via oral 20 mg/Kg para MET e 15 mg/Kg para MDZ. O DM foi induzido por estreptozotocina (50 mg/Kg) por via intravenosa. Midazolam, metoprolol e alfa-hidroximetoprolol foram analisados em plasma por cromatografia liquida de ultraperformance (coluna XR-ODS 100 mm x 3,0 mm) acoplada a espectrometro de massas. O preparo das amostras foi realizado por extracao liquido-liquido. A analise farmacocinetica do MDZ em ratos mostrou reducao significativa (54,01 vs 12,24 L/h/kg) no clearance dos animais diabeticos em relacao ao controle e aumento significativo (402,66 vs 1742,6 h.ng/mL) do AUC0- ‡ no grupo diabetico quando comparado com o controle. O DM modificou o AUC0- ‡ do MET no grupo diabetico em relacao ao controle (998,09 vs 348,45 h.ng/mL) acompanhado de reducao significativa do clearance no grupo diabetico (46,85 vs 17,80 L/h/kg). Desde que nao foi observada qualquer alteracao na farmacocinetica do alfa-hidroximetoprolol, o aumento do AUC0- ‡ do MET pode ser devido a inibicao de outra via de metabolizacao pelo DM, como comprovado pela alteracao na via do CYP3A. A analise dos dados sugere que o DM inibe a atividade do CYP3A4 e nao exerce influencia sobre a atividade do CYP2D6Item Acesso aberto (Open Access) Interação nebivolol-atorvastatina: avaliação farmacocinética em estudo experimental(Universidade Federal de Alfenas, 2014-06-30) Brito, Joice Oliveira; Marques, Vanessa Bergamin Boralli; Costa, Ana Maria Duarte Dias; Pereira, Gislaine RibeiroAtualmente, hipertensão e hipercolesterolemia afetam um terço da população mundial. A ocorrência dessas duas patologias concomitantemente é comum, exigindo um regime terapêutico que associe medicamentos para o controle de níveis elevados da pressão arterial e níveis séricos de colesterol. Este estudo propõe a avaliação experimental da interação farmacocinética de um betabloqueador de terceira geração, o nebivolol (NEB), com a atorvastatina (ATV), uma estatina que bloqueia a síntese do colesterol. Para isso, ratos Wistar machos (200-250g, n=6 para cada ponto de colheita) foram tratados em esquema de dose única dos medicamentos, em situação de associação ou não. Duas metodologias analíticas foram desenvolvidas, sendo o preparo de amostra realizado através de extração líquido-líquido, para ambos. O NEB foi quantificado por cromatografia líquida de alta eficiência (coluna C18) com detecção em ultravioleta (282nm) e a ATV por cromatografia líquida de ultraperformance acoplada a espectrômetro de massas (coluna XR-ODS/C18).As metodologias analíticas desenvolvidas foram validadas segundo a legislação vigente (ANVISA, RDC27/2012) sendo adequadas à aplicação em estudos farmacocinéticos. As concentrações plasmáticas obtidas foram utilizadas para a modelagem farmacocinética dos perfis para cada grupo avaliado (NEB, ATV e NEB-ATV). Não foi observada qualquer alteração na farmacocinética da ATV nos grupos quando em associação com o NEB. O NEB na situação de associação teve alterações significativas (p<0,05) nos seguintes parâmetros: aumento no clearance (7,36 vs 10,79 L/h/kg) e (0,43 vs 0,80 h-1) na constante de eliminação na situação de interação em relação ao grupo controle; e redução (1097,21 vs 745,45ng.h/mL) da ASC0-∞e (1,62 vs 0,88 h) da meia-vida na situação de interação em relação ao grupo controle. Tais alterações observadas podem causar alterações na farmacodinâmica do NEB uma vez que foi observada a redução de ASC de 32% aproximadamente. Nesta situação, a associação, que é comum na clínica, não é adequada ou candidata para serem utilizadas em uma mesma forma farmacêutica.Item Acesso aberto (Open Access) Morfina: revisão sistemática acerca das vias de administração do fármaco em pacientes com dor pós-histerectomizadas(Universidade Federal de Alfenas, 2023-01-30) Silva, Rafael Alves Laudares; Marques, Vanessa Bergamin Boralli; Simões, Juliana Savioli; Figueiredo, Eduardo Costa DeA histerectomia é uma das cirurgias mais realizadas em mulheres após a menopausa, no qual é realizada a remoção do útero, podendo ser total ou parcial. Quanto às causas que levam a indicação deste procedimento, destaca-se o sangramento uterino secundário à leiomiomatose uterina. As queixas álgicas das mulheres pós-histerectomizadas estão relacionadas a diversos fatores, desde a maneira em que o procedimento cirúrgico foi realizado até aspectos biopsicossociais das mesmas. Dentre as terapias farmacológicas para o alívio da dor, destaca-se a morfina, fármaco opioide muito utilizado para controle de dores moderadas e graves, podendo ser administrado, majoritariamente, pelas vias intravenosa e oral. Assim, o objetivo desta revisão sistemática é analisar a influência das vias de administração da morfina em mulheres histerectomizadas com dor pós-operatória. O protocolo desta revisão sistemática foi registrado no banco de dados International Prospective Register of Systematic Reviews sob n.º CRD42022357183. A busca dos estudos foi realizada nas bases de dados Pubmed, Scopus, Lilacs, Web of Science e Embase. Foram incluídos estudos com mulheres histerectomizadas com dor pós-operatória, no qual fez o uso de morfina, publicados até agosto de 2022 que respondessem à pergunta norteadora: o uso de morfina parenteral é mais eficaz no controle da dor pós-operatória e na redução dos efeitos adversos em pacientes histerectomizadas em comparação com a administração oral? Foram excluídos carta/comentário ao editor, editoriais, artigos de revisão e estudos com animais, bem como em língua que não fosse inglesa/espanhola/portuguesa. O risco de viés foi mensurado pelo Checklist Cochrane Risk and Bias (ROB 2) para ensaios clínicos randomizados. Foram identificados 864 artigos para a leitura de títulos e resumos, após essa etapa, 10 artigos foram selecionados para leitura na íntegra e desses, um estudo foi incluído, de acordo com os critérios de elegibilidade. Todas as etapas foram feitas por dois pesquisadores independentes e as discrepâncias foram resolvidas em consenso com demais pesquisadores. Dados como as principais características dos estudos incluídos, características do tratamento e características dos resultados avaliados foram extraídos do único estudo incluído nesta revisão. Os resultados sugerem que as pacientes que trataram de dor com o método de analgesia controlada pelo paciente após histerectomia abdominal devem iniciar um regime de dosagem intermitente convencional, e uma infusão contínua deve ser utilizada somente se o alívio da dor continuar ineficaz durante o tratamento analgésico, o controle da dor pós-operatória em pacientes que passaram por histerectomia, aparenta ser palpável por meio do uso de fármacos opioides, mais especificamente a morfina, quando utilizada por via intravenosa. Os resultados obtidos levam ao questionamento, sobre a ideia amplamente aceita de que, os pacientes fazem demandas suficientes de fármacos analgésicos para manter uma concentração sanguínea acima da concentração mínima efetiva do medicamento.Item Acesso aberto (Open Access) Síntese de um polímero de impressão molecular restrito a ligação com macromoléculas por meio de revestimento com albumina para extração de Benzodiazepínicos seguido de análise por HPLC(Universidade Federal de Alfenas, 2014-07-28) Swerts, Aline Alves; Marques, Vanessa Bergamin Boralli; Malfará, Wilson Roberto; Pereira, Gislaine RibeiroOs benzodiazepínicos (BZD) são uma das classes de medicamentos mais consumidas mundialmente e sua utilização deve ser norteada pela administração das menores doses terapêuticas e pelo menor período de tempo possível devido aos riscos de dependência e abuso. Diante disso se faz necessário o acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes para mensurar as concentrações plasmáticas dos fármacos e observar a sua efetividade e sua segurança. Para isso foi utilizado uma técnica de polímero de impressão molecular restrito a ligação com macromoléculas (RAM-MIP-BSA). O RAM-MIP-BSA, é um polímero sintetizado pelos métodos tradicionais e posteriormente revestido com uma camada hidrofílica que elimina as macromoléculas das amostras tornando o preparo de amostra mais simples e sendo aplicado diretamente na extração em fase sólida. Este estudo teve como objetivo a síntese de um RAM-MIP-BSA para uma classe farmacêutica (benzodiazepínicos) para fins de monitorização terapêutica. O diazepam foi utilizado como molécula modelo na síntese do polímero que foi acondicionado em cartucho para extração em fase sólida, sendo esta extração SPE-RAM-MIP-BSA a única etapa de preparo de amostra. O eluato da SPE foi levado à secura e ressuspendido para injeção em sistema cromatográfico com fase móvel de tampão fosfato 0,01 M pH 3,0 e acetonitrila (65:35, v/v); fluxo de 1 mL/min; detecção em UV a 220 nm; coluna C8; volume de injeção de 200 μL e tempo de análise cromatográfica de 20 minutos. O método foi validado segundo normas vigentes da ANVISA, demonstrando ser preciso, exato e estável e linear na faixa de 10 a 800 ng/mL. O RAM-MIP-BSA eliminou 100% das proteínas do plasma, sendo o processo de extração rápido, e pequena utilização de solventes orgânicos. Dos 18 voluntários incluídos no estudo em uso de BZD, 66,6% apresentaram níveis muito acima do intervalo terapêutico para cada fármaco. Este dado, que pode contribuir eventos adversos ou tóxicos, pode ser causado por interações entre medicamentos, desde que os pacientes estão em politerapia ou por alterações fisiológicas ocasionadas pelo envelhecimento, uma vez que 62% dos pacientes incluídos apresentam idade acima de 60 anos.The Benzodiazepines (BZD) are a drugs class of most used worldwide and their use should be guided by administration of smaller doses and for the shortest period of time because due to dependence and abuse situations. Therefore, it is necessary pharmacokinetic and pharmacodynamic patients monitoring in order to determine plasma concentration of drugs and observe its effectiveness and safety. For this purpose a technique of molecular imprinting polymer restricted binding to macromolecules (RAM-MIP-BSA) was used. The RAM-MIP-BSA is a polymer synthesized by traditional methods and subsequently coated with a hydrophilic layer that eliminates the macromolecules of samples by making sample preparation simple in solid phase extraction. This study aims to synthesis of a RAM-MIP-BSA to a pharmaceutical class (benzodiazepines) for therapeutic drug monitoring. Diazepam was used as a model molecule in polymer synthesis; after synthesis, the polymer was packed into a cartridge for solid phase extraction, and extraction single step sample preparation. The eluate from SPE was evaporated to the dryness and resuspended for injection into the chromatographic system with mobile phase of 0.01 M phosphate buffer pH 3.0 and acetonitrile (65:35, v / v), flow rate 1 mL/min, UV detection at 220 nm; C8 column , injection volume of 200 μL and chromatographic analysis time of 20 minutes. The method was validated according to the current standards of ANVISA, proving to be precise, accurate and stable and linear in the range 10-800 ng / mL. The RAM-MIP-BSA eliminated 100% of the plasma proteins, with the rapid extraction process, and little use of organic solvents. The 18 subjects included in the study on the use of BZD, 66.6% presented levels above the therapeutic range for each drug. This data, which may contribute toxic or adverse events may be caused by drug interactions, since patients are on polytherapy or physiological changes caused by aging, since 62% of patients have included age over 60 years..