Mestrado em Enfermagem
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2656
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Navegando Mestrado em Enfermagem por Orientador(a) "Iunes, Denise Hollanda"
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Item Acesso aberto (Open Access) Adaptação transcultural e validação da escala de angústia espiritual em pacientes com câncer(Universidade Federal de Alfenas, 2013-03-14) Simão, Talita Prado; Iunes, Denise Hollanda; Carvalho, Emília Campos De; Nogueira, Denismar AlvesA angústia espiritual é um fenômeno subjetivo e foco de atenção do enfermeiro, que pode ser presenciado quando o ser humano está vivenciando algum momento conflituoso na sua vida, geralmente perante uma enfermidade, como o câncer. A relação entre a presença do câncer e o fenômeno de angústia espiritual é algo que merece atenção, visto que a junção dos dois pode comprometer ainda mais o estado de saúde. Assim, buscam-se ferramentas que sejam capazes de identificar e, se possível, mensurar esse fenômeno. Entretanto, a literatura brasileira não apresenta nenhum instrumento padronizado que seja capaz de avaliá-lo. Desse modo, o presente estudo teve por objetivo realizar a tradução, a adaptação transcultural e avaliar as qualidades psicométricas de uma Escala de Angústia Espiritual que se mostra presente na literatura no idioma inglês. Esse processo foi realizado seguindo as etapas de traduções, a síntese dessas traduções; as retrotraduções; a avaliação de equivalência cultural; a revisão por um comitê de juízes; o pré-teste; os testes de confiabilidade e a validade. Uma vez obtida a versão final da escala de angústia espiritual no idioma português, foi realizado o pré-teste e o teste de confiabilidade inter e intraexaminador com 20 pacientes diagnosticados de câncer em tratamento na Santa Casa de Caridade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Alfenas. Para a avaliação da validade, foi utilizada a Escala de Bem-Estar Espiritual que foram aplicadas concomitantemente em 150 pacientes da mesma população. A análise de confiabilidade da escala foi realizada por meio dos coeficientes estatísticos de Kappa e Alfa de Cronbach e a de validade pela análise fatorial e coeficiente de correlação de Spearman. A análise intra e interexaminador foi considerada satisfatória, uma vez que mais da metade dos itens tiveram valores de Kappa acima de 0,75. Na análise de consistência interna utilizando o Alfa de Cronbach e na análise fatorial, apenas o domínio três “Relação com Deus” apresentou valores discrepantes em ambas as análises. Entretanto, esse fato não trouxe prejuízos ao estudo, visto que a escala no geral e três dos quatro domínios presentes na mesma, apresentaram parâmetros significativos e corresponderam à proposta da escala original. Como a angústia espiritual é um diagnóstico de enfermagem difícil de lidar na prática clínica por apresentar características definidoras complexas e subjetivas, além de ser extremamente pessoal e dinâmico. A utilização da Escala de Angústia Espiritual, adaptada e validada neste estudo no contexto brasileiro, poderá facilitar o processo de raciocínio clínico e atenderá à necessidade espiritual dessa população. Além disso, permitirá a identificação desse diagnóstico, uma vez que demonstrou ser um instrumento confiável, válido e eficiente, capaz de avaliar o fenômeno que se propõe a mensurar (angústia espiritual).Item Acesso aberto (Open Access) Avaliação das propriedades psicométricas de um aplicativo para o exame dos pés da pessoa com Diabetes Mellitus(Universidade Federal de Alfenas, 2018-02-19) Muro, Eliene Sousa; Iunes, Denise Hollanda; Leitão, Silvia Graciela Ruginsk; Silva, Natália Chantal Magalhães DaConsiderado um problema de saúde pública e de alta prevalência no mundo, o Diabetes Mellitus configura-se por níveis elevados de glicemia sérica. Devido a sua cronicidade, predispõe a pessoa a complicações irreversíveis, dentre elas o pé diabético; um problema grave que se caracteriza por lesões nos pés com perda do epitélio, que pode atingir derme até tecidos mais profundos, tornando-se a principal causa de amputações nos membros inferiores. Com isso, destaca-se a necessidade de os profissionais de saúde promoverem uma assistência adequada às pessoas com Diabetes Mellitus por meio de avaliações periódicas dos pés, utilizando metodologias inovadoras confiáveis, que combinam ciência e tecnologia, a fim de medir precisamente o risco de desenvolver o pé diabético e intervir precocemente no problema. Frente a isso, o estudo objetiva avaliar as propriedades psicométricas de um aplicativo de avaliação dos pés da pessoa com Diabetes Mellitus do tipo 2 em um município do sul de Minas Gerais. Trata-se de um estudo metodológico quantitativo em que o processo de validação foi realizado por meio das etapas: análise de conteúdo do aplicativo; confiabilidade interexaminadores e intraexaminador e validade de critério concorrente. A análise de conteúdo foi realizada por um comitê com 15 juízes de diferentes categorias profissionais os quais por meio de um formulário avaliaram o aplicativo quanto a sua funcionalidade e aplicabilidade. Ao término dessa etapa, realizou-se a coleta de dados no período de abril a junho de 2017 com voluntários portadores de Diabetes Mellitus do tipo 2. A confiabilidade interexaminadores foi realizada por dois avaliadores diferentes os quais, em um mesmo momento, utilizaram o aplicativo em uma amostra de 100 voluntários. A confiabilidade intraexaminador foi realizada pelo mesmo investigador em momentos diferentes com 67 voluntários. Na validade de critério, 100 voluntários foram avaliados por meio de um instrumento impresso com itens de avaliação preconizados pelo Ministério da Saúde e concomitantemente pelo aplicativo. Para análise dos dados foi utilizado o coeficiente estatístico de Kappa. Os dados evidenciaram, na análise de conteúdo do aplicativo, excelente concordância entre juízes. Nas análises de confiabilidade interexaminadores e intraexaminador, mais de 90% dos indicadores da avaliação do pé diabético expressaram confiabilidade satisfatória e excelente e apenas os itens: “já teve os pés avaliados”, “conhece cuidados com os pés” e “xerodermia/seca”, apresentaram confiabilidade baixa na análise intraexaminador, porém, apesar de serem importantes para complementar a avaliação, estes não constituem em indicadores que pontuam para a classificação do risco do pé diabético. Na validade de critério, não houve nível de concordância baixa e, para a maioria dos itens, a confiabilidade foi excelente, constatando que o aplicativo gera repostas semelhantes às respostas do instrumento impresso e ainda possui vantagens, visto que oferece as possibilidades da tecnologia digital, além de possuir recursos como fotos, vídeos e telas de ajuda. Conclui-se que o estudo permitiu a avaliação de conteúdo e das propriedades psicométricas do aplicativo “Cuidando do pé”, o qual mostrou-se um instrumento confiável para conduzir o profissional de saúde no processo de avaliação dos pés da pessoa com DM e mensuração do risco do pé diabético.Item Acesso aberto (Open Access) Avaliação do efeito da acupuntura auricular na vertente francesa sobre a dor crônica musculoesquelética: um ensaio clínico randomizado(Universidade Federal de Alfenas, 2017-02-09) Souza, Valéria Helena Salgado; Iunes, Denise Hollanda; Souza, Lígia De; Galvão, Cristina MariaEste estudo teve como objetivo avaliar a efetividade da acupuntura auricular francesa na redução da dor crônica nas regiões cervical, torácica e lombar em pessoas com distúrbios musculoesqueléticos. Trata-se de um ensaio clínico, controlado, randomizado, duplo cego, realizado com 111 pacientes que apresentavam dor na coluna vertebral. Foram randomizados em três grupos distintos, denominados Grupo Tratado (GT; n=37), Grupo Placebo (GP; n=37) e Grupo Controle (GC; n=37). Foram realizadas três avaliações, antes de realizar a intervenção acupuntura auricular protocolar, após a última intervenção e 15 dias após a avaliação final (follow up). Em todas as avaliações utilizaram-se os mesmos instrumentos, o questionário Inventário Breve de Dor (BPI), para caracterizar a dor; o Questionário de Incapacidade de Roland Moris (QIRM); o algômetro digital, para a mensuração do limiar de dor por pressão e a câmera termográfica para a mensuração da temperatura. O GT recebeu a intervenção acupuntura auricular protocolar pela prancha francesa, o GP recebeu um estímulo em um ponto que não possui relação com o foco do estudo e o GC não recebeu nenhuma intervenção. As intervenções foram realizadas em um período de cinco semanas, sendo uma por semana. A presença de dor aumentou no GC (p= 0,048), enquanto diminuiu no GT e no GP. Também foi possível observar valores significativos estatisticamente na presença de dor na região cervical, que obteve melhora tanto no GT quanto no GP após a avaliação final (p= 0,035) e follow up (p= 0,024) e manteve-se constante no GC. Ao avaliar a dor ao longo do tempo, verifica-se que o GT apresentou diferença significativa entre a avaliação inicial e a avaliação final (p= 0,039) uma vez que, 26,4 % dos voluntários deixaram de sentir dor. Na avaliação do BPI, observou-se que houve redução significativa da média de dor após as cinco sessões de acupuntura auricular e que este resultado se permaneceu constante 15 dias após o término do tratamento. Segundo o Questionário de Roland Morris os dados demonstram que o grau de incapacidade das pessoas, tanto no Grupo Tratado quanto no GP, diminuiu após as cinco sessões de acupuntura auricular, ou seja, elas se tornam mais capazes de realizar as atividades do dia a dia. A média da tolerância dolorosa pela algometria foi inversamente proporcional ao relato de alívio da dor. Ao avaliar a temperatura das regiões cervical, torácica e lombar, nota-se que não houve diferença significativa entre os grupos. Porém, quando analisadas as comparações, observa-se que há diferença estatística nos três grupos entre avaliação inicial e avaliação final. Esses dados revelam que a média das temperaturas aumentou depois do tratamento proposto. Dessa forma, conclui-se que a acupuntura auricular francesa protocolar foi efetiva para tratar a dor crônica nas regiões cervical, torácica e lombar em pessoas com distúrbios musculoesqueléticos, devido à redução da intensidade da dor, à melhora do grau de incapacidade dos voluntários e no aumento da temperatura corporal.Item Acesso aberto (Open Access) Efeitos da reflexologia podal sobre os pés de portadores de diabetes mellitus tipo 2: um ensaio randomizado(Universidade Federal de Alfenas, 2014-02-07) Silva, Natália Chantal Magalhães Da; Iunes, Denise Hollanda; Dázio, Eliza Maria Rezende; Pace, Ana EmíliaOs profissionais de saúde, mais especificamente o enfermeiro, desempenham um papel fundamental na implementação de intervenções que visam controlar as alterações plantares decorrentes da diabetes mellitus. Nesse contexto, surge a reflexologia podal, terapia que, por meio da pressão em pontos específicos nos pés, pode atuar no controle ou na prevenção dessas complicações. Logo, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da reflexologia podal sobre os pés de pessoas com diabetes mellitus tipo 2. Trata-se de um ensaio clínico prospectivo, randomizado, controlado e mascarado, com delineamento anteroposterior. A amostra final foi constituída por 45 pessoas com diabetes mellitus tipo 2 há, no mínimo, cinco anos, cadastrados no Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos – HIPERDIA. Por meio da randomização estratificada, após a avaliação inicial, os participantes foram divididos em dois grupos: Grupo Tratado (n = 21), que recebeu orientações de autocuidado com os pés e foi submetido a 12 sessões de reflexologia; e, Grupo Controle (n = 24), que recebeu apenas orientações de autocuidado com os pés. Todos os participantes foram avaliados por um profissional treinado, em três momentos: inicialmente (antes de qualquer intervenção); após a sexta e décima segunda sessão de reflexologia podal. Nas avaliações, foi verificada a glicemia capilar ao acaso com a utilização de um glicosímetro portátil; a temperatura tissular dos pés com a termografia cutânea; a pressão plantar com a baropodometria e o comprometimento dos pés por meio da uma escala de avaliação. O tratamento estatístico foi realizado por meio dos testes: Qui-quadrado; Exato de Fisher; Mann-Whitney; Wilcoxon; Regressões Logísticas e Log-Lineares. Os resultados não demonstram diferenças significativas entre os grupos com relação à glicemia capilar, à temperatura tissular e à pressão plantar. Entretanto, em algumas variáveis relacionadas à pressão plantar, mais especificamente a pressão média, a pressão máxima, a distribuição do centro de gravidade e do tempo de contato dos pés com o solo, apesar de não terem sido identificadas diferenças significativas entre os grupos, ao final do estudo, os participantes que receberam 12 sessões da terapia testada apresentaram resultados mais próximos da normalidade do que aqueles que integraram o Grupo Controle. Os participantes submetidos à intervenção apresentaram diferenças significativas em alguns indicadores relacionados à pele e aos pelos, quando comparados ao Grupo Controle. Nesse sentido, após seis sessões da reflexologia podal, o Grupo Tratado apresentou melhores escores de crescimento de pelos/pilificação; elasticidade/tugor; hidratação; transpiração; textura e integridade da pele/descamação cutânea. Dessa forma, acredita-se que este estudo tenha contribuído não só para a inserção da reflexologia podal nos cuidados de enfermagem ao portador de diabetes, mas também para o conhecimento acerca da técnica, de seu método de aplicação e da possibilidade de utilização nos mais diferentes serviços de atenção à saúde. Espera-se, ainda, que esta pesquisa, por meio da proposta de instrumentos que possibilitam a análise mais precisa das alterações plantares, tenha colaborado para a melhoria da avaliação dos pés de pessoas com diabetes. Recomenda-se, contudo, a realização de estudos com uma duração maior, em que a aplicação da intervenção seja mais frequente e ocorra em uma amostra maior, o que permitirá a detecção de pequenas diferenças entre os grupos, possibilitando confirmar os efeitos da terapia e certificar a aplicação da reflexologia podal no cuidado com os pés de pessoas com diabetes mellitus tipo 2.Item Acesso aberto (Open Access) Influência do toque terapêutico na pessoa com risco para integridade tissular : um ensaio clínico randomizado(Universidade Federal de Alfenas, 2015-02-09) Souza, André Luiz Thomaz De; Iunes, Denise Hollanda; Dázio, Eliza Maria Rezende; Santos, Marilene Mendes DosO diabetes mellitus é uma doença crônica que repercute em um risco elevado para o desenvolvimento de lesões cutâneas. Na prevenção de complicações comuns na doença, é fundamental a participação do enfermeiro por meio das estratégias de intervenção em saúde. Nesse contexto, o toque terapêutico desponta-se no intuito de promover o equilíbrio energético e auxiliar as pessoas doentes no processo de recuperação e/ou de cura. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do toque terapêutico no risco de integridade tissular dos pés de pessoas com diabetes mellitus tipo 2. Este estudo trata-se de um ensaio clínico, randomizado, mascarado, realizado entre os meses de março e junho de 2014, com aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL -MG, sob Certificado de Apresentação para Apreciação Ética - CAAE: 20758513.7.0000.5142 e registro no portal de Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos – REBEC: RBR-45rdh2. A amostra final constitui-se de 48 pessoas com diabetes mellitus tipo 2 divididas em dois grupos experimentais: Grupo Controle (n=23), que recebeu uma visita domiciliar por semana, com duração média de 15 minutos, por um período de 30 dias; e Grupo Tratado (n=25), que foi submetido a 12 sessões de toque terapêutico pelo método Krieger-Kunz, realizadas três vezes por semana, com duração média de 20 minutos, por um período de 30 dias. Os grupos experimentais foram avaliados em três ocasiões distintas: primeira avaliação (antes do início das intervenções); segunda avaliação (ao final das intervenções); terceira avaliação (15 dias após a última avaliação). As avaliações constaram-se da verificação da glicemia capilar; da mensuração da temperatura tissular dos pés e, pressão plantar e, por fim, do escore de comprometimento dos pés por meio de uma escala de uso específico no diabetes mellitus. Os resultados foram analisados utilizando-se dos testes de Qui-quadrado ou Exato de Fisher; da Análise de Variância com Medidas Repetidas (ANOVA) e do Poder Estatístico por meio do programa Piface Application Selector, versão 1.76. Este estudo confirma a hipótese alternativa sobre a influência do toque terapêutico nas variáveis investigadas. Foram observadas melhoras significativas entre as avaliações no Grupo Tratado e quando comparado os grupos também foi observado significância estatística, com destaque para o aumento nos escores das variáveis de pele e anexos, médias respectivamente da primeira da segunda e da terceira avaliação (46,12±0,73a; 49,16±0,73b; 48,92±0,66a), e de sensibilidade (5,32±0,21a; 7,76±0,21b; 5,85±0,24a). Além disso, foi observada, entre as avaliações, diminuição significativa na temperatura tissular dos pés em 18 pontos investigados no Grupo Tratado e quando comparado ao Grupo Tratado, em 15 pontos ocorreu diferenças estatísticas significativas. Nas variáveis glicemia capilar (208,60±10,81a; 178,80±10,81a; 192,92±12,24a), circulação sanguínea (22,36±0,28a; 22,52±0,28a; 22,52±0,39a) e pressão plantar, não foram observadas modificações significativas que refletissem em um efeito clínico satisfatório, mesmo quando comparado os dois grupos. Desse modo, é possível inferir que essa modalidade de intervenção complementar refletiu benefícios sobre a manutenção da integridade tissular dos pés e sobre a prevenção de lesões cutâneas nos voluntários do Grupo Tratado por meio da diminuição na temperatura dos pés, do aumento no escore de pele e anexos e da sensibilidade. Entretanto, é fundamental o desenvolvimento de outros estudos clínicos abordando os diferentes graus de complicações envolvidos na doença. Ressalta-se importância do envolvimento do profissional de Enfermagem em pesquisas experimentais no qual o ensaio clínico serve de subsídio para comprovar as intervenções em saúde realizadas por este profissional.Item Acesso aberto (Open Access) O efeito da acupuntura auricular sobre o risco do pé diabético: ensaio clínico controlado e mascarado(Universidade Federal de Alfenas, 2018-11-22) Assis, Bianca Bacelar De; Iunes, Denise Hollanda; Monteiro, Cristiane Aparecida Silveira; Chianca, Tania Couto MachadoO Diabetes Mellitus é um problema de saúde global do século. Dentre as complicações do Diabetes, o Pé Diabético tem grande relevância devido à alta taxa de incidência. Uma abordagem atual tem centrado a atenção em substituir os modelos de atenção curativistas por práticas holísticas que compreendam intervenções de prevenção de agravos e promoção em saúde, as chamadas práticas integrativas, como por exemplo, a acupuntura. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da acupuntura auricular sobre o risco de Pé Diabético, bem como investigar os pés de pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2, antes e após a intervenção, quanto às Características da pele e anexos; Sensibilidade; Condições vasculares; Circulação Sanguínea pelo teste de ITB e Temperatura tissular. Trata-se de um ensaio clínico randomizado, controlado e cego, realizado entre os meses de agosto e dezembro de 2017. A amostra final foi constituída por 44 pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2, há, no mínimo, cinco anos, que estavam cadastradas no E-SUS da Atenção Primária à Saúde no município de Alfenas. Por meio da randomização, após a avaliação inicial, os participantes foram alocados em dois grupos: grupo intervenção (n = 22), que recebeu cinco sessões de acupuntura auricular e grupo controle (n=22), que não recebeu a terapêutica proposta. Todos os participantes foram avaliados por um profissional treinado, em três momentos: inicialmente (antes de qualquer intervenção); um dia após a última sessão de acupuntura auricular e 15 dias após a segunda avaliação (Follow up). Para isso, foram utilizados o Instrumento de caracterização do sujeito, o aplicativo “Cuidando do Pé”, a mensuração do Índice Tornozelo-Braquial (ITB) e a termografia. Os dados foram analisados por intenção de tratar (ITT). Para a análise foi utilizado o Teste de Shapiro Wilk para determinar a normalidade dos dados. Utilizaram-se os testes de Mann Whitney, Wilcoxon e Wilcoxon emparelhado para os dados não paramétricos e o Teste T de Student e Teste T emparelhado para os paramétricos. Também foram utilizados os testes Exato de Fisher, McNemar e Qui-Quadrado para as variáveis dicotômicas. A acupuntura auricular não apresentou alteração significativa na classificação do risco do Pé Diabético. O mesmo ocorreu com as análises referentes às características da pele e anexos, bem como aos testes neurológicos. No entanto, no que se refere à avaliação da circulação sanguínea pelo Teste de Índice Tornozelo-Braquial, foi possível identificar diferença significativa entre as avaliações pré-intervenção e follow-up no grupo intervenção, bem como a termografia, que evidenciou melhora significativa da temperatura na análise intragrupo. Diante disso, é possível afirmar que a acupuntura auricular se mostrou eficiente para melhorar as condições circulatórias e a temperatura plantar. No entanto, o número de sessões não foram suficientes para produzir alterações significativas na classificação de risco do Pé Diabético.