Mestrado em Enfermagem

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    Trabalho interprofissional e sua relação com o alcance dos indicadores da atenção primária à saúde: estudo qualitativo
    (2024-12-03) Ribeiro, Nielly Andrade Carvalho; Lima, Rogério Silva; Silva, Simone Albino da; Chini, Lucélia Terra
    A Atenção Primária em saúde (APS) configura-se como ferramenta imprescindível para o gerenciamento do cuidado em saúde no contexto brasileiro. Considera-se que a íntima relação entre a natureza do trabalho interprofissional e o alcance dos objetivos da APS deva ser objeto de mais estudos que provoquem novas reflexões e direcionamentos para a formação inicial e continuada dos profissionais integrantes da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Assume-se como objetivo geral dessa investigação: Analisar a influência do trabalho interprofissional no alcance dos indicadores de desempenho para financiamento da APS na visão dos profissionais de saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, analítica, realizada em duas ESF. Participaram 23 profissionais que atuavam diretamente na assistência, integrantes de duas equipes de ESF do município do Sul de Minas Gerais. Foram selecionadas por conveniência as equipes que atendessem aos seguintes critérios: a com melhor alcance das metas dos indicadores de desempenho e aquela com menor taxa de alcance dos mesmos indicadores. Adicionalmente, as equipes deveriam também atender uma população com características sociodemográficas semelhantes, cobrirem um território contíguo e possuírem a mesma composição de profissionais. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas norteadas por um roteiro semiestruturado, gravadas em áudio. Para a organização e análise de dados foi utilizada a Análise Temática Reflexiva. Elaborou-se dois temas, intitulados: “O trabalho multiprofissional e sua lógica de linha de produção para o alcance dos indicadores e metas da Atenção Primária” e “O Paradoxo do bom relacionamento entre a equipe e o desconhecimento dos papéis de seus membros no alcance dos indicadores”. Pôde-se observar que os profissionais entendem que a adequada integração da equipe influencia o trabalho e, consequentemente, o alcance dos indicadores. No entanto, não se notou um alto nível de integração, esperado em um trabalho de cunho interprofissional. Da mesma forma, não foi possível assegurar que exista o reconhecimento mútuo de papéis entre os membros e objetivos claros e compartilhados entre a equipe no processo de obtenção dos resultados observados no SISAB. Sugere-se mais estudos para explorar como a formação básica e continuada dos profissionais de saúde podem ser direcionados com vistas à melhoria da integração da equipe para maior colaboração interprofissional, avançando para um modelo de trabalho em que os papéis e responsabilidades são claramente definidos e os objetivos compartilhados.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Influência da educação permanente em saúde no conhecimento e percepções dos enfermeiros da atenção primária sobre prevenção e cuidado com pé de pessoas com diabetes mellitus
    (Universidade Federal de Alfenas, 2024-11-29) Gregorini, Monise Galante Paiva; Fava, Silvana Maria Coelho Leite; Gomes, Lilian Cristiane; Sawada, Namie Okino
    Diabetes mellitus é uma condição crônica de impacto global e quando não controlada, pode causar complicações graves, incluindo o pé diabético, uma das principais causas de incapacidade. Estudo com objetivo de analisar a influência da educação permanente em saúde no conhecimento e nas percepções dos enfermeiros sobre prevenção, cuidado com o pé diabético e os desafios para a implementação das medidas preventivas e assistenciais às pessoas com risco de pé diabético em seu processo de trabalho. Trata-se de estudo quase experimental de intervenção, com abordagem quanti-qualitativa, fundamentado no referencial do processo de trabalho e na educação permanente em saúde. A intervenção foi um curso de qualificação híbrida de 120 horas. Participaram 36 enfermeiros de uma diretoria regional de saúde do estado de São Paulo. Dados foram coletados por meio de questionários de caracterização sociodemográfica e laboral, instrumento de avaliação do conhecimento e da percepção antes e após a intervenção e questões norteadoras. Os dados sociodemográficos e laborais foram analisados por estatística descritiva, e as comparações pré e pós-intervenção pelo teste de McNemar, para avaliar mudanças nas proporções de respostas. Quanto aos dados qualitativos, foram realizadas análise temática reflexiva e Análise focal estratégica. Verificou-se que a capacitação aumentou significativamente o conhecimento dos enfermeiros sobre o cuidado com o pé diabético. A disponibilidade de insumos (p-valor 0,0455), o uso de ferramentas clínicas, como o diapasão de 128 Hz (p-valor 0,00006), e o uso correto de calçados (p-valor 0,0001) e meias (p-valor 0,0098) apresentaram resultados estatisticamente significativos. Melhorou o conhecimento sobre o trabalho multiprofissional, sobre protocolos assistenciais e práticas de cuidado, incluindo avaliação dos pés e calçados, exames laboratoriais e orientações sobre a modificação do estilo de vida. Da análise qualitativa construiu-se o tema central: Pé diabético: uma jornada de conhecimento e ação - desvendando os desafios da gestão e da gerência do cuidado e dois subtemas: Gestão do sistema de saúde: o conhecimento e percepção dos enfermeiros sobre as ações para prevenção do pé diabético e Gerência do Cuidado: o conhecimento e a percepção dos enfermeiros sobre as ações para prevenção do pé diabético. No subtema, Gestão do sistema de saúde, evidenciaram-se como facilitadores, a capacitação, o conhecimento dos indicadores e o uso de sistemas de informação. Quanto às barreiras, a infraestrutura, a falta de investimentos, a rotatividade de profissionais e a sobrecarga de trabalho. No subtema, Gerência do Cuidado, constataram-se a consulta de enfermagem, a educação em saúde e o trabalho em equipe como facilitadores, enquanto a adesão dos pacientes ao autocuidado e a falta de insumos como barreiras. A educação permanente influenciou no conhecimento e na percepção dos enfermeiros sobre a prevenção e o cuidado com o pé diabético. A pesquisa revela que as ações de prevenção e de cuidado do pé diabético são complexas e exigem a articulação entre a gestão do sistema de saúde e a gerência do cuidado com foco na capacitação dos profissionais, na promoção do trabalho em equipe e na implementação de políticas públicas que garantam acesso a um cuidado integral e de qualidade.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Função gerencial do enfermeiro na Estratégia Saúde da Família e seu impacto na assistência
    (Universidade Federal de Alfenas, 2024-12-02) Lourenço, Lidiane De Fátima Felipe; Resck, Zélia Marilda Rodrigues; Soares, Mirelle Inácio; Terra, Fábio De Souza
    No que diz respeito à função gerencial, a divisão entre gerenciamento do cuidado e da unidade é considerada meramente didática, pois, na prática, ambas devem estar interligadas e serem complementares. Este estudo tem por objetivo analisar a função gerencial do enfermeiro na Estratégia Saúde da Família e seu impacto na assistência. Trata-se de abordagem metodológica descritiva, qualitativa, a luz da hermenêutica dialética. Foi realizado com onze enfermeiros da Estratégia Saúde da Família, selecionados por meio da técnica de amostragem Snowball, desenvolvido em ambiente virtual, por meio da Plataforma Google Meet, com uma única entrevista por participante, nos meses de abril e maio de 2024. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Alfenas, Parecer Consubstanciado: n.6.701.230/2024. Foi utilizado para a coleta de dados, um questionário, elaborado pelas autoras, para caracterização pessoal e profissional dos participantes e com a questão norteadora - Fale sobre a sua vivência no desempenho da função gerencial e assistencial na Estratégia Saúde da Família. Utilizou-se análise descritiva para caracterização pessoal e profissional e, para a organização dos dados qualitativos, a análise de conteúdo com o referencial teórico metodológico da hermenêutica dialética. Observou-se predomínio de 82% dos participantes do sexo feminino, casadas/união estável e 73% na faixa etária acima de 30 até 40 anos. A maioria (82%) cursou pós-graduação lato sensu. O tempo de experiência profissional dos onze enfermeiros variou de cinco a vinte anos. E na função gerencial, 55% dos enfermeiros relataram de 10 até 20 anos de experiência. Todos os entrevistados (100%) trabalhavam em municípios situados no sul do Estado de Minas Gerais. Apreendeu-se três categorias e duas subcategorias. Em relação à Integração gestão e assistência: ser gerente versus gerência de enfermagem, evidenciaram em seus depoimentos, a inconsonância quanto ao exercício da gerência da assistência e do serviço. Na Superposição de atividades burocráticas: desafio na gerência de enfermagem e impacto na assistência, desvelaram que no cotidiano da práxis experienciaram a sobrecarga de atividades e desvio de função e, a impotência em face da simultaneidade entre o gerenciar e o assistir. No que se refere à Equipe multiprofissional: desafio da interdisciplinaridade na Estratégia Saúde da Família, apresentaram que se encontra aquém de alcançar a proposta das diretrizes preconizadas. Conclui-se que urge a continuidade da educação permanente. Evidencia-se a ausência do gerente de unidade na maioria dos municípios, sendo a função assumida pelo enfermeiro. Enfatiza-se que o encadeamento contínuo com as atividades burocráticas tem gerado sobrecarga de trabalho e desvio de função, resultando em sentimentos de insatisfação, frustração e impotência, que refletem na saúde do enfermeiro e na resolubilidade do serviço. E em relação à equipe multiprofissional, ainda apresenta desafios para a interprofissionalidade, com vistas à prática colaborativa para atingir a integralidade do cuidado e a qualidade da assistência.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Papel do profissional de enfermagem em procedimentos cirúrgicos robó2cos: revisão de escopo
    (Universidade Federal de Alfenas, 2024-11-22) Roseira, Luis Guilherme Fernandes; Costa, Andreia Cristina Barbosa; Santos, Sérgio Valverde Marques Dos; Pinto, Isabelle Cristinne
    O número de cirurgias tem crescido globalmente, o que aumenta a demanda por novas tecnologias para atender a essa necessidade. Além disso, os profissionais de enfermagem precisam se atualizar continuamente para enfrentar os desafios e as exigências, garantindo a continuidade e a eficiência do atendimento. Este estudo tem como objetivo mapear as evidências científicas sobre o papel do profissional de enfermagem nos procedimentos cirúrgicos robóticos. Trata-se de uma revisão de escopo conduzida segundo a metodologia da Colaboração JBI, com busca realizada em seis bases de dados internacionais e na literatura cinzenta, sem restrição de idioma ou recorte temporal. Para responder à questão de pesquisa, foram usados os descritores "Perioperative Nursing", “Nurse's Role” e “Robotic Surgical Procedures”, cujos termos alternativos foram combinados empregando os operadores booleanos AND e OR. Foram incluídos 2036 estudos, todos eles resgatados das bases de dados e exportados para o gerenciador de referências Endnote Online, onde ocorreu a exclusão das duplicatas. Posteriormente, os estudos foram transferidos para o software Rayyan, a fim de realizar a seleção dos trabalhos elegíveis. Após o processo de seleção, a amostra foi composta por 24 estudos, cujos dados foram extraídos com base em um roteiro elaborado pelos autores deste trabalho.Os resultados demonstram que o papel da enfermagem nas cirurgias robóticas envolve responsabilidades diversas, que abrangem o planejamento e a coordenação do procedimento, além da necessidade de adquirir conhecimento técnico e científico específico. Os profissionais de enfermagem também precisam desenvolver competências no manuseio do robô e de suas funções, atuando em conjunto com os cirurgiões e garantindo a segurança do paciente. Entre os desafios enfrentados, destacam-se a capacitação da equipe para atuar nas cirurgias robóticas, a necessidade de implementar ações para a redução de custos e o enfrentamento das dificuldades associadas à implantação dessa tecnologia.Conclui-se que a enfermagem desempenha um importante papel nas cirurgias robóticas, destacando-se pela sua atuação em todas as fases do procedimento e pela necessidade de habilidades técnicas e capacitação contínua. Os avanços tecnológicos têm contribuído para tornar os procedimentos cirúrgicos mais seguros e eficientes, e o papel da enfermagem é fundamental para garantir a segurança e a eficácia desses processos.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Processo de trabalho de enfermeiros na atenção primária à saúde de uma região do Estado de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Alfenas, 2024-11-27) Moreira, Juliana Aparecida Pacheco; Silva, Simone Albino Da; Godinho, Mônica La-Salette Da Costa; Resck, Zelia Marilda Rodrigues
    Introdução: O enfermeiro desempenha um papel central na equipe multiprofissional da Atenção Primária à Saúde (APS), que é considerada a principal porta de entrada para o sistema público de saúde brasileiro. Nesse contexto, compreender os processos de trabalho dos enfermeiros na APS é essencial para aprimorar a assistência à saúde. Objetivo Geral: compreender a constituição dos processos de trabalho dos enfermeiros nas equipes de APS do Sistema Único de Saúde (SUS), em uma região do Estado de Minas Gerais. Método: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa e transversal. A pesquisa foi realizada com 88 enfermeiros vinculados às equipes de APS de 24 municípios de uma região de saúde do Estado de Minas Gerais, Brasil. A coleta de dados foi realizada por meio de um instrumento padronizado e estruturado, contendo perguntas fechadas e abertas, enviado por e-mail, sendo preenchido de forma on-line, via formulário Google. As variáveis analisadas foram agrupadas em seis blocos: identificação pessoal; formação profissional; gestão da informação e tradução de conhecimento; condições de emprego, de trabalho e salários; práticas coletivas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) – Estratégia de Saúde da Família (ESF); e práticas individuais. Os dados foram analisados com o uso de estatística descritiva e inferencial. Resultados: A caracterização social e demográfica dos participantes revelou que a maioria é do sexo feminino, branca, católica, jovem, entre 31 e 45 anos, não reside no local de nascimento, trabalha no município onde mora e tem entre 11 e 20 anos de experiência na APS/ESF. Quanto às condições de emprego, a maioria integra uma eSF (equipe de saúde da família), com carga horária de 40 horas semanais, como servidor público, sem plano de cargos, de carreira e de salários, nem gratificação por desempenho. As condições de trabalho nas UBS/ESF são avaliadas como boas pela maioria. Predominam profissionais formados em instituições privadas, entre 2005 e 2009, com pós-graduação Lato Sensu em saúde da família e em saúde pública. Os meios digitais e o ambiente de trabalho são as principais fontes de acesso à informação, mas há dificuldades em utilizar evidências científicas para embasar práticas e em participar de eventos científicos. As práticas coletivas e individuais dos enfermeiros estão consolidadas em seis dimensões: controle social, vigilância e informação, educação e comunicação em saúde, equidade, integralidade, gestão da UBS e atuação no território. Observou-se um alto desempenho desses profissionais, o que evidencia a consolidação de seus processos de trabalho tanto em atividades gerenciais quanto no cuidado direto aos usuários. Destacou-se, contudo, a necessidade de investimentos contínuos para a sustentabilidade das ações dos enfermeiros. Considerações Finais: Este estudo contribui para o campo da APS, ao caracterizar o processo de trabalho dos enfermeiros. Estudos futuros, com abordagens qualitativas, poderão aprofundar a investigação sobre as facilidades e os desafios do processo de trabalho do enfermeiro, para comparar diferentes tipos de equipes e avaliar a efetividade da APS nos territórios atendidos, a fim de aprimorar estratégias de cuidado.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Capacidade de autocuidado segundo a qualidade de vida entre pessoas idosas, residentes em um município do sul de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Alfenas, 2024-12-02) Dias, Jonas Paulo Batista; Sawada, Namie Okino; Silva, José Vitor Da; Coelho, Silvana Maria
    O envelhecimento é um processo complexo e afeta diferentes sistemas do organismo e esferasde vida do indivíduo. A melhoria de qualidade de vida e diminuição de agravos a saúde está ligado a realização de atividade física, de exames periódicos, controle alimentar e atividades delazer. Ou seja, o autocuidado influencia a qualidade de vida do indivíduo. O objetivo geral é analisar a capacidade deautocuidado segundo a qualidade de vida entre pessoas idosas, residentes em um município dosul de Minas Gerais. Método: abordagem quantitativa e transversal. Os participantes do estudoforam pessoas idosas de 60 anos ou maistanto do sexo masculino quanto do feminino,residentesem uma cidade no Sul de Minas Gerais. Critérios de Inclusão: Ser capaz de comunicar-se do ponto de vista verbal e cognitivo, condição avaliada por meio do Questionário de Avaliação Mental. Critérios de exclusão: Pessoa idosa institucionalizada. Para coleta de dados, foi utilizado, quatro instrumentos de pesquisa: Questionário de Avaliação Mental (Proposto por Khan, Goldfarb, Pollack e Peck em 1960) (utilizado para critério de inclusão), Caracterização sociodemográfica e de saúde, Escala de Avaliação daQualidade de Vida de WHOQOL-Bref Abreviada e WHOQOL-OLD, Escala para Avaliar as Capacidades de Autocuidado (EACAC). Para análise dos dados, foi utilizado um banco de dados(SPSS versão 22.0) a partir dos dados dos instrumentos. Aplicado estatística descritiva (médiae frequencia) para os dados sociodemográficos e de saúde e análise multivariada exploratória (análise de agrupamentos) para as variáveis referentes ao autocuidado e qualidade de vida. Resultados: com uma amostra de 100 pessoas idosas, o estudo demonstrou que a habilidade de um indivíduo em gerenciar sua própria saúde e bem-estar, por meio do autocuidado, pode refletir positivamente em sua qualidade de vida. 98% da amostra foram classificados com capacidade de autocuidado superior (boa, muito boa e ótima), . Quanto a qualidade de vida tem-se que 69% dos participantes tem melhor qualidade de vida e 31% obtiveram pior qualidade de vida. Além disso, dados sociodemográficos (idade, sexo, escolaridade, filhos, estado conjugal, renda, religião, prática de atividade física, uso de medicamentos e presença de doenças crônicas) desempenham um papel crucial na capacidade de autocuidado e, consequentemente, na qualidade de vida de indivíduos, especialmente entre os idosos. Conclui-se que o autocuidado desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida de pessoas idosas. A pesquisa evidenciou que a maioria dos participantes demonstrou uma capacidade elevada de autocuidado, o que reflete diretamente em melhores índices de qualidade de vida. No entanto, fatores sociodemográficos, como escolaridade, estado conjugal e condições de saúde, também se mostraram determinantes importantes na variação da qualidade de vida entre os idosos. Assim, promover o autocuidado e entender as influências desses fatores é essencial para desenvolver estratégias de saúde pública voltadas à população idosa, visando ao bem-estar e à longevidade com qualidade.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Transição ao envelhecimento no contexto das capacidades de autocuidado entre residentes de um município do sul de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Alfenas, 2024-11-28) Bitencourt, Angélica De Cássia; Dázio, Eliza Maria Rezende; Silva, José Vitor Da; Fava, Silvana Maria Coelho Leite
    A maneira como a pessoa passa pela transição da vida adulta para idosa pode ser influenciada por diferentes fatores que interferem nas capacidades de autocuidado. Conhecer o processo de transição ao envelhecimento das pessoas com ótima capacidade de autocuidado é de suma importância, pois permite uma melhor compreensão deste processo, o que poderá subsidiar modelos para o envelhecimento ativo e saudável a serem replicados nos programas de saúde da pessoa idosa para potencializar as capacidades de autocuidado com vistas a manutenção da longevidade. Estudo com o objetivo de compreender a transição ao envelhecimento entre pessoas idosas com ótima capacidade para o autocuidado em um município do Sul de Minas Gerais. Trata-se de estudo descritivo e exploratório de abordagem qualitativa realizado em um município do Sul de Minas Gerais com 92 pessoas idosas com ótima capacidade para o autocuidado. Teve como critérios de elegibilidade: estar cadastrado em Equipes de Saúde da Família ou Equipes de Atenção Primária do município e apresentar capacidade de compreensão e comunicação verbal, o que foi verificado por meio do Questionário de Avaliação Mental. A coleta de dados deu-se no período de julho a dezembro de 2023 em ambiente domiciliar após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Alfenas, sob o parecer nº 6.081.953. Empregou-se como instrumentos: Questionário de Avaliação Mental, Formulário de caracterização sociodemográfica e de saúde, Roteiro de entrevista semiestruturada e Escala de avaliação das Capacidades de Autocuidado. A análise dos dados de caracterização socioeconômica e de saúde foi por meio da estatística descritiva. Para os dados originados a partir da entrevista semiestruturada, foi adotado o referencial metodológico da Análise Temática Reflexiva de Braun e Clarke, com perspectiva dedutiva fundamentada no referencial teórico da Teoria das Transições de Afaf Ibrahim Meleis. Dentre os participantes, 59,8% eram do sexo feminino, idade média de 68,9 anos, 38,0% tinham ensino médio completo, 85,9% afirmaram praticar alguma(s) religião(ões), 69,6% tinham alguma condição de saúde ou doença crônica, 79,3% faziam uso de medicamentos e 56,5% praticavam alguma atividade física. Referente aos dados qualitativos, foram gerados sete temas: Envelhecimento: (in) consciencialização decorrente da construção social do idadismo, Envelhecimento: sofrimento diante das perdas, Envelhecimento: mudança na percepção do autocuidado, Envelhecimento: resultado de como se vive e de como se cuida, Envelhecimento: conceitos e preconceitos, Envelhecimento: aquisição de competências e habilidades, Envelhecimento: um outro olhar sobre a vida. O maior tempo para estar consigo mesmo, a melhoria do status financeiro, o apoio familiar e social e o acesso aos serviços de saúde foram percebidos como condicionantes facilitadores e contribuíram para a consciencialização do envelhecimento e para a melhoria das capacidades de autocuidado.
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    Sedação paliativa no controle do sofrimento existencial em pessoas com doenças graves: Revisão Integrativa
    (Universidade Federal de Alfenas, 2024-11-27) Isidoro, Geovanna Maria; Garcia, Ana Cláudia Mesquita; Souza, Fabiana Bolela De; Freitas, Patrícia Scotini
    Embora cuidados paliativos de qualidade estejam disponíveis, algumas pessoas em fim de vida sofrem de sintomas refratários, para os quais os tratamentos convencionais falham. A sedação paliativa é uma opção indicada nesses casos, inclusive para o tratamento do sofrimento existencial refratário de pessoas em fim de vida. Este estudo teve como objetivo analisar as evidências disponíveis na literatura sobre o uso da sedação paliativa para o controle do sofrimento existencial em pessoas com doenças graves. Foi desenvolvida uma revisão integrativa relatada de acordo com os itens do Preferred Reporting Items for Systematic Review and MetaAnalysis. Foram incluídos 36 estudos publicados entre os anos de 2000 a 2024. A partir da análise dos dados, realizada por meio da utilização de prompts específicos no ChatGPT 4, foram identificados temas e subtemas, de acordo com padrões e temas recorrentes. Os dois grandes temas foram: 1) Sedação paliativa no controle do Sofrimento existencial: desafios para a prática clínica, e 2) Definição e avaliação do Sofrimento existencial. A avaliação da qualidade metodológica dos estudos incluídos foi realizada pelo Evidence Level and Quality Guide - Johns Hopkins Nursing Evidence-Based Practice. A aceitação da sedação paliativa para o alívio de sintomas refratários físicos é amplamente consolidada, enquanto seu uso para sofrimento existencial permanece controverso. Preocupações éticas, especialmente em relação à distinção entre sedação paliativa, eutanásia e morte assistida são comuns entre os profissionais da saúde. O receio quanto ao uso da sedação paliativa para sofrimento existencial por parte desses profissionais é legítimo, considerando-se a falta de evidências robustas que indiquem a eficácia da sedação paliativa para sofrimento existencial refratário, bem como de diretrizes claras que orientem estes profissionais quanto à definição de sofrimento existencial refratário, como identificá-lo e como utilizar a sedação paliativa nestes casos. Além disso, a formação e experiência em cuidados paliativos dos profissionais de saúde influenciam a tomada de decisões, sugerindo que educação e treinamento dos mesmos são essenciais para assegurar a prática adequada da sedação paliativa
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Implicações da certificação ONA em acreditação hospitalar para a gestão em assistência de enfermagem : revisão integrativa
    (Universidade Federal de Alfenas, 2024-11-11) Vizzotto, Dianefer; Martinez, Maria Regina; Freire, Elana Maria Ramos; Freitas, Patrícia Scotini
    Este trabalho objetivou delinear as evidências disponíveis na literatura quanto as implicações da certificação ONA em acreditação hospitalar para assistência e gestão em enfermagem. Trata-se de uma revisão integrativa. Utilizou-se as recomendações do JBI Manual for Evidence Synthesis e do checklist Systematic Reviews and MetaAnalyses (PRISMA-ScR), bem como a estratégia PICo para elaboração da pergunta: Quais as evidências disponíveis na literatura acerca das implicações da certificação ONA em Acreditação Hospitalar para a gestão em assistência de Enfermagem? Foram incluídos estudos primários, indexados, nos idiomas português, inglês e espanhol, com recorte temporal entre 2001 a 2024. Os manuais de acreditação foram limitados ao período de 2020 a 2024 para que os conteúdos utilizados estejam em suas versões atualizadas. Utilizou-se as fontes de informação: PubMed; Web of Science; LILACS; CINAHL e Embase. A estratégia de busca foi ajustada para cada fonte de informação, utilizando os descritores principais: Cuidados de Enfermagem, Acreditação Hospitalar e Hospitais. Foram combinados por meio dos operadores booleanos OR e AND. A pré-seleção e seleção foram realizadas nos softwares Endnote e Rayyan, por dois revisores às cegas e os conflitos revistos por um terceiro revisor. De 1.110 estudos identificados, foram eleitos 23 estudos. Por se tratar de uma Acreditação nacional os estudos com maior abrangência foram nos estados de Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pará e Amazonas. Os estudos qualitativos tiveram um expressivo destaque. Sendo os enfermeiros os profissionais que mais desenvolveram estudos em reação ao objetivo proposto. Tendo como população estudada profissionais da área de saúde, administração e contabilidade. As principais implicações identificadas no estudo foram: organização das instituições acreditadas, padronização dos processos de assistência e gestão de enfermagem, e o desenvolvimento de habilidades e competências. No entanto, foi observada uma implicação negativa relacionada à motivação, ao estresse e à sobrecarga das equipes envolvidas no processo de acreditação. A implementação dos padrões ONA exige uma padronização rigorosa dos processos, o que resulta em maior eficiência e segurança do paciente, promovendo a criação de indicadores de desempenho e efetividade, possibilitando o monitoramento contínuo e a melhoria das práticas clínicas e administrativas.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    O Enfermeiro nos Distúrbios do Assoalho Pélvico em Mulheres : uma Revisão Integrativa
    (Universidade Federal de Alfenas, 2024-11-18) Franco, Anna Paula Mendes Marques De Lima; Freitas, Patrícia Scotini; Mendes, Karina Dal Sasso; Calheiros, Christianne Alves Pereira
    O presente estudo tem como objetivo analisar as evidências disponíveis na literatura acerca da assistência do enfermeiro nos distúrbios do assoalho pélvico em mulheres. Para alcançar o objetivo proposto, foi desenvolvida uma revisão integrativa. Inicialmente foi elaborada a pergunta de pesquisa, desenvolvida a partir do acrônimo PICO, em seguida, foi feita a busca dos estudos primários nas fontes de informação MEDLINE/PubMed, Web of Science, Scopus, LILACS, BDENF/BVS, CINAHL e Embase e na literatura cinzenta utilizando o ProQuest e Google Scholar, e a busca manual na lista de referências dos estudos incluídos, a fim de identificar mais pesquisas disponíveis sobre a temática. Utilizou-se uma estratégia de busca única adaptada para cada fonte de informação. Os descritores, termos alternativos e palavras-chave foram combinados, empregando-se os operadores booleanos AND e OR. Os critérios de elegibilidade definidos foram estudos primários que abordam sobre a assistência do enfermeiro e/ou parteira e/ou obstetriz, nos distúrbios do assoalho pélvico em mulheres, publicados em português, inglês e espanhol, com recorte temporal dos últimos 20 anos (2004-2024). Após a execução das buscas, os estudos foram exportados para o gerenciador de referências Endnote online onde se realizaram a organização dos estudos e a exclusão das duplicatas, após esse processo, os estudos foram transferidos para o software ASReview LAB, para a leitura de títulos e resumos, bem como para a leitura na íntegra dos estudos selecionados. Após a seleção, os dados foram extraídos, empregando-se um roteiro elaborado pelas autoras deste estudo e novamente com o auxílio do ASReview LAB. Em seguida, foram realizadas a avaliação do nível de evidência, de cada estudo primário incluído, e a avaliação da qualidade metodológica dessas pesquisas. Os resultados foram analisados de forma descritiva em quadros-síntese e apresentados em três categorias: Incontinência urinária, Prolapsos de órgãos pélvicos e Incontinência anal. Observa-se, através das evidências levantadas, que os distúrbios do assoalho pélvico prejudicam a qualidade de vida das mulheres e afetam suas famílias e círculos sociais. Essas condições podem impor restrições ao estilo de vida e às interações sociais. Há equívocos frequentes entre as mulheres sobre os distúrbios pélvicos, como a crença errônea de que esses distúrbios são consequências inevitáveis do parto e do envelhecimento. A incontinência urinária é um dos principais distúrbios, e a literatura ressalta uma preocupação evidenciando sua importância clínica e seu impacto na qualidade de vida. O tratamento mais comum, realizado por enfermeiros capacitados, é o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico por meio de treinamentos musculares e biofeedback. Após a incontinência urinária, o prolapso de órgãos pélvicos é a condição disfuncional mais abordada. O tratamento para o prolapso de órgãos pélvicos envolve treinamentos musculares e a inserção de pessários vaginais. Além disso, a incontinência anal requer atenção dos enfermeiros. As intervenções devem incluir orientações para a reeducação dos hábitos intestinais, exercícios de fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico e implementação de programas de biofeedback e utilizando plugs anais. Diante disso, é fundamental treinar enfermeiros para fornecer apoio e educação às mulheres sobre a temática, a fim de combater a desinformação e aprimorar a assistência, garantindo um cuidado de qualidade.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Percepções da equipe de saúde sobre o trabalho e a educação interprofissional na sala de emergência
    (Universidade Federal de Alfenas, 2024-02-28) Araújo, José César De; Lima, Rogério Silva; Souza, Geisa Colebrusco De; Fava, Silvana Maria Coelho Leite
    A sociedade atual enfrenta desafios de saúde complexos, como doenças crônicas, envelhecimento da população e serviços de emergência sobrecarregados, o que dificulta a implementação de modelos de produção de serviços de saúde mais efetivos. A Educação e o trabalho Interprofissional são essenciais para melhorar a qualidade do atendimento e pode contribuir para avanços nos sistemas, mas sua implementação se defronta com obstáculos.Este estudo tem por objetivo compreender as percepções dos profissionais da equipe de saúde atuantes no pronto-socorro sobre o trabalho e a educação interprofissional.Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, analítica, pautado no referencial teórico da abordagem histórico-cultural, proposta por Vigotski.A pesquisa foi realizada no pronto socorro, em uma sala vermelha de um hospital de grande porte, de natureza pública. Integraram o estudo 28 participantes, entrevistados por meio de um roteirosemiestruturado, entre os meses de dezembro de 2022 a março de 2023. A entrevista foi gravada em áudio, transcrita na íntegra. Os dados foram analisados por meio da Análise Temática Reflexiva. A pesquisa recebeu a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa, sob parecer nº 5.759.746, (CAAE:63121722.4.0000.5142). Construiu-se dois temas: “Ninguém trabalha sozinho na emergência: uma interação obrigatória pela natureza do trabalho”, com dois subtemas, “O (des)conhecimento do papel do outro em um espaço de hierarquias” e “A comunicação: ferramenta indispensável para o trabalho interprofissional no Pronto-socorro”; “Aprendendo a trabalhar em equipe no dia a dia e superando as falhas na formação uniprofissional”, com os subtemas: “Trabalho interprofissional: processo de troca de conhecimento e aprendizado contínuo com o outro”, “Estratégias possíveis mas nem sempre realizadas na formação continuada”.As percepções dos participantes acerca do trabalho e da educação interprofissional são fortemente moldadas pelas condições materiais que possibilitam o próprio exercício laboral e matizam as possibilidades de interação na sala vermelha, cenário este em que ocorre a colaboração interprofissional, influenciando substancialmente a eficácia e a dinâmica desse espaço. Os profissionais reconhecem que o trabalho interprofissional é uma realidade necessária para atender às demandas do processo laboral na emergência. Atestam que as condições laborais, particularmente a sobrecarga e a hierarquia, influenciam as possibilidades de colaboração entre os profissionais. Ressalta-se a necessidade de reformular modelos educacionais para melhor preparar os profissionais para a atuação interprofissional, haja vista que, no cenário da formação inicial e continuada para o trabalho na emergência, a educação interprofisssional nem sempre é objeto de destaque.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Influência do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e da Cobertura Assistencial da Estratégia Saúde da Família sobre a mortalidade pela COVID-19 na Macrorregião de Saúde Sul de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Alfenas, 2024-02-06) Giacomelli, Bruna; Goyatá, Sueli Leiko Takamatsu; Vieira, Liliana Batista; Nascimento, Murilo César Do
    A dinâmica dos casos confirmados e óbitos pela COVID-19 no Brasil é impactada pela própria propagação da pandemia e por fatores socioeconômicos. Nesse contexto, uma análise detalhada da mortalidade pela COVID-19 em municípios brasileiros se torna crucial, especialmente ao correlacionar esse desfecho com indicadores socioeconômicos, notadamente o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e a taxa de cobertura assistencial da Estratégia Saúde da Família (ESF), cujo papel tem sido fundamental no enfrentamento de crises sanitárias. Esta pesquisa objetivou analisar a influência entre o IDHM, a cobertura assistencial da ESF e a mortalidade por COVID-19 na Macrorregião de Saúde Sul de Minas Gerais. Realizado como um estudo ecológico, exploratório e analítico, foram identificados os IDHM e as taxas de cobertura assistencial da ESF, calculando-se as Taxas de Mortalidade Específica (TME) e Taxas de Mortalidade Proporcional (TMP) pela COVID-19 em 149 municípios no ano de 2020, utilizando fontes secundárias e de domínio público governamental. A Macrorregião de Saúde Sul de Minas Gerais, subdividida em Macrorregião Sudoeste, Extremo Sul e Sul, totalizando 49, 51 e 49 municípios, respectivamente, revelou resultados significativos apenas na subdividida Macrorregião Sul, onde encontrou-se correlação significativa entre o IDHM de 2010 e a TME (0,002) e TMP (0,001). Quanto à taxa de cobertura assistencial da ESF, não foram observadas correlações significativas com a TME (0,105) e a TMP (0,067). A correlação entre IDHM elevado e maiores taxas de mortalidade pode ser atribuída à alta circulação populacional, manutenção das atividades econômicas, transporte em massa, aglomerações urbanas, e menor adesão da população às medidas não farmacológicas, especialmente no primeiro ano da pandemia. Esse cenário eleva a transmissibilidade do vírus, resultando em maior número de casos e, consequentemente, em taxas de mortalidade mais elevadas. Além disso, municípios com IDHM mais elevado tendem a realizar mais testagens, aumentando a detecção de casos e notificação eficaz de óbitos. Esses indicadores destacam a importância da compreensão do IDHM e seu impacto nas taxas de mortalidade pela COVID-19, fornecendo subsídios valiosos para a formulação de políticas públicas pelos gestores municipais da Macrorregião Sul de Minas Gerais no combate à pandemia. Diante da carência de estudos nesta temática e da notável heterogeneidade nos resultados obtidos no Brasil, propõe-se a realização de pesquisas adicionais para aprofundar esse entendimento e contribuir para a elaboração de estratégias mais eficazes no enfrentamento à pandemia. Propõe-se a realização de pesquisas adicionais relacionadas a esta temática, dada a escassez de estudos existentes, sobretudo considerando a notável heterogeneidade nos resultados obtidos em um país como o Brasil, de porte territorial continental, caracterizado por marcadas disparidades no desenvolvimento humano, socioeconômico e cultural em suas diversas regiões.
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    Atendimento às mulheres que buscam pelo exame citopatológico de colo de útero: vivência de enfermeiros da Atenção Primária à Saúde
    (Universidade Federal de Alfenas, 2024-02-15) Silva, Keila Aparecida; Resck, Zélia Marilda Rodrigues; Soares, Mirelle Inácio; Terra, Fábio De Souza
    O enfermeiro integrante da equipe profissional da Atenção Primária à Saúde é responsável pela coordenação contínua dos serviços, contribuindo significativamente para o atendimento à população feminina. Este estudo tem por objetivo analisar a vivência de enfermeiros que atuam na Atenção Primária à Saúde em relação ao atendimento às mulheres que buscam pelo exame citopatológico de colo de útero. Neste contexto, a principal clientela do Sistema Único de Saúde é constituída por mulheres, as quais possuem maior expectativa de vida que os homens e estão sujeitas às patologias específicas da sua fisiologia, como câncer do colo uterino. Este estudo tem por objetivo analisar a vivência de enfermeiros que atuam na Atenção Primária à Saúde em relação ao atendimento às mulheres que buscam pelo exame citopatológico de colo de útero. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, analítico. Adotou-se como referencial teórico- metodológico, a hermenêutica dialética para discussão dos dados empíricos com os eixos teóricos. Realizado com 15 enfermeiros atuantes na Atenção Primária, por meio de entrevista semiestruturada, em ambiente presencial, no período de março a maio de 2023, norteadas por um instrumento elaborado pelas pesquisadoras, composto por itens referentes à caracterização sociodemográfica e profissional dosparticipantes e por duas questões abertas. Utilizou-se a análise descritiva para a apresentação dos dados referentes à caracterização sociodemográfica e profissional e a análise temática indutiva para a organização e análise dos dados qualitativos. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, mediante Certificado de Apresentação de Apreciação Ética 66824123.6.0000.5142 e Parecer Consubstanciado 5.922.349. Houve predomínio de enfermeiros do sexo feminino, casados, com idade entre 30 a40 anos, atuantes entre 10 a 15 anos em Estratégia Saúde da Família. A análise temática possibilitou a definição dos temas Atendimento às mulheres na Atenção Primária à Saúde em relação ao exame citopatológico de colo de útero e; Atuação do enfermeiro na gerência e na assistência no atendimento às mulheres no contexto do exame citopatológico de colo de útero.Apreendeu-se que há priorização do atendimento segundo as Linhas Guias de Cuidados à Saúdeda Mulher, embora todas as mulheres que procuram o serviço sejam igualmente atendidas. Existe resistência de adesão ao procedimento devido ao medo, desconforto, vergonha, crençase cultura local, o que evidencia a necessidade de se aplicar a busca ativa das mulheres para realização do exame, embora também se observe o atendimento decorrente de demanda espontânea. A Educação Permanente e a Educação em Saúde devem ser implementadas para definir e esclarecer os objetivos do procedimento junto aos profissionais e à população. A articulação entre assistência e gerência é positiva, porém, a função gerencial administrativa/burocrática, exercida concomitantemente à assistencial gera sobrecarga e estresse e reduz o tempo para assistência às mulheres desencadeando insatisfação e frustração aos enfermeiros. Sinaliza-se para a necessidade de se repensar a operacionalização das diretrizes das Políticas Públicas referentes à Saúde da Mulher de acordo com a realidade local de cada comunidade, para tornar o atendimento a essa clientela mais individualizado, humanizado e efetivo e para a ressignificação da Educação em Saúde, com vistas à autonomiadas usuárias e à implementação de estratégias que estabeleçam as atribuições do enfermeiro nagerência da assistência e nas funções administrativas.
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    Estado de Saúde percebido e qualidade de vida de homens e mulheres atendidos na estratégia saúde da família
    (Universidade Federal de Alfenas, 2023-12-19) Medeiros, Caroline Foster; Sawada, Namie Okino; Sonobe, Helena Megumi; Resck, Zélia Marilda Rodrigues
    Na pesquisa nacional de saúde (PNS), em que as mulheres procuram mais o atendimento em postos de saúde, deixa claro que existe uma diferença entre a perspectiva de vida do homem e da mulher. Diversas causas de mortes de homens por doenças preveníeis representa uma grande parcela dos óbitos registrados quando comparados as mulheres. Perante a relevância da perspectiva de vida e procura por atendimento de saúde de homens e mulheres e frente a escassez de conhecimento sobre a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do homem (PNAISH) e da Mulher (PNAISM), objetivou-se neste trabalho avaliar a percepção do estado de saúde e qualidade de vida deles em consultas agendadas na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Para tal, um estudo de tipo quantitativo com corte transversal e abordagem analítica – descritiva foi aplicado na ESF do município de Cambuquira-MG, com 41 homens e 71 mulheres. Utilizou-se instrumentos de pesquisa validados, sendo um questionário sociodemográfico, a escala SF36 e WHOQOL-bref. Para verificar se houve associação entre as variáveis sociodemográficas e os domínios dos instrumentos, aplicou-se o teste Chi quadrado e para comparar os scores entre homens e mulheres aplicou-se o teste de T-Student, ambos considerando p<0,05 como significância estatística pelo software SPSS. Observou-se que há uma predominância (p<0,05) por parte das mulheres na busca de serviços de saúde comparando aos homens; dominância da faixa etária 31 a 60 anos, seguida da faixa de 18 a 30 anos (p<0,05); respectivamente também solteiros, casados, divorciados e viúvos (p<0,05); predomínio do nível de escolaridade ensino médio completo (p<0,05). Perante a escala SF36, à percepção do estado geral da saúde no momento atual e há um ano atrás, elas têm melhor percepção do estado de saúde (p<0,05). Já na percepção da dificuldade de realizar certas atividades diárias, houve diferença (p<0,05), onde os homens se demonstraram mais suscetíveis ao domínio. Na percepção da sua saúde física e estado psicológico, as características tiveram diferença no sexo dos participantes (p<0,05), em que mulheres informaram que a saúde física não interfere na diminuição do tempo de trabalho (p<0,05), sem limitações (p<0,05) e sem dificuldades em realizar suas tarefas (p<0,05). Quanto a dor corporal e deficiências emocionais, houve maior porcentagem de mulheres que relataram que não interfere de maneira alguma no desenvolvimento de tarefas diárias (p<0,05). Nos domínios de sentimentos emocionais e aspectos físicos, as mulheres não se auto percebem como pessoas nervosas, deprimidas ou desanimadas, esgotadas e cansadas, e que, ao contrário, elas estão a maior parte do tempo cheias de vigor, com energia, mais calmas e felizes (p<0,05). Para a capacidade funcional, a limitação por aspectos físicos, o estado geral da sua saúde, a vitalidade, a limitação por aspectos emocionais e a saúde mental, foram as participantes do sexo feminino que tiveram scores maiores (p<0,05). Pelo WHOQOL-bref, os resultados sugerem que as mulheres possuem melhor qualidade de vida. Portanto, pode ser concluído que há uma predominância por parte das mulheres, na busca de serviços de saúde, com evidencia de melhor qualidade de vida do que os homens.
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    Promoção do aleitamento materno pelo enfermeiro atuante na atenção primária à saúde: revisão de escopo
    (Universidade Federal de Alfenas, 2023-11-09) Avelar, Emily Rezende; Silva, Simone Albino Da; Chini, Lucelia Terra; Freitas, Patricia Scotini
    Introdução: O aleitamento materno exclusivo é recomendado até os seis meses de idade e o aleitamento materno continuado até dois anos ou mais. Nesse contexto, o enfermeiro da equipe de Atenção Primária à Saúde desempenha um papel relevante de promoção da saúde. Objetivo geral: mapear as evidências disponíveis na literatura sobre estratégias utilizadas pelo enfermeiro atuante na Atenção Primária à Saúde para a promoção, para a prevalência e para a duração do aleitamento materno. Método: revisão de escopo norteada pela questão: Quais as evidências disponíveis na literatura sobre estratégias utilizadas pelo enfermeiro atuante na atenção primária à saúde para a promoção, para a prevalência e para a duração do aleitamento materno? A pesquisa foi realizada nas bases de dados nacionais e internacionais e na literatura cinzenta. Resultados: Foram recuperados 1.380 estudos, dos quais 486 foram excluídos por duplicidade e 820, após a leitura do título e resumo, por não se enquadrarem dentro dos critérios de inclusão. Um estudo foi removido por não estar disponível gratuitamente. Foram avaliados 73 estudos na íntegra. Destes, foram excluídos 27 por não atenderem aos critérios de inclusão. Foram adicionados dois estudos após a leitura das referências dos estudos incluídos, totalizando 48 estudos nesta revisão de escopo. O presente trabalho permitiu traçar um escopo das publicações que abordaram o tema, no período considerado e cumprir com os objetivos de análise da produção científica sobre as estratégias de promoção do aleitamento materno pelo enfermeiro da atenção primária à saúde. Considerações finais: Pôde-se constatar que houve uma tendência de aumento no número de publicações sobre a temática, a produção científica é majoritariamente brasileira e produzida por enfermeiros nas universidades públicas, porém não é extensa, direcionando a necessidade de novas pesquisas, visando a publicações em periódicos de altos extratos para maior visibilidade da comunidade científica mundial. A realização de ações de educação em saúde, por meio da consulta de enfermagem, foi a estratégia individual mais citada. Acrescenta-se que atenção especial deve ser direcionada à mulher na fase puerperal, através de orientações sobre o aleitamento materno e a avaliação da mamada, além da inclusão dos familiares, do parceiro e da rede de apoio nas ações de educação em saúde. Em relação às estratégias coletivas, prevaleceu a realização de educação em saúde em grupo, sejam grupos de gestantes, de nutrizes e de apoio de pares à amamentação. Sobre as potencialidades para a organização e para o planejamento do processo de trabalho do enfermeiro, ficou evidente a importância da criação de políticas públicas e de programas governamentais estruturados de apoio à amamentação, bem como da abordagem consistente da temática na formação profissional, da implantação de educação permanente da equipe e da realização da gestão das ações de promoção do aleitamento materno. Como fragilidades, os estudos apontaram que há baixa realização de ações de promoção do aleitamento materno na APS, condições precárias de trabalho do enfermeiro e falta de organização de seu processo de trabalho, panorama que precisa ser modificado com o máximo de urgência, dada a importância da amamentação.
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    Comunicação efetiva entre a equipe de enfermagem e a segurança do paciente na maternidade: revisão integrativa
    (Universidade Federal de Alfenas, 2023-11-29) Marques, Mariana Viotti Nogueira; Silva, Simone Albino Da; Ribeiro , Helen Cristiny Teodoro Couto; Ribeiro, Helen Cristiny Teodoro Couto
    Introdução: A comunicação inadequada no processo assistencial pode resultar em danos para o paciente e a ocorrência de eventos adversos nos serviços de saúde, como na maternidade, em que a segurança do paciente está direcionada a duas ou mais pessoas, em casos de gestações múltiplas. Objetivo: Analisar as evidências disponíveis na literatura científica sobre a relação da comunicação efetiva da equipe de enfermagem da maternidade e a segurança do paciente. Método: Revisão integrativa, norteada pela pergunta: como a comunicação efetiva da equipe de enfermagem da maternidade contribui para a segurança do paciente? Buscou-se por estudos primários nas bases de dados nacionais e internacionais, nas quais se selecionaram artigos publicados em inglês, em português e em espanhol, em qualquer período de tempo, que respondessem à questão de pesquisa. Realizada a triagem dos artigos recuperados, com posterior extração de dados nos estudos incluídos, utilizou-se um roteiro elaborado para essa finalidade. Procedeu-se à avaliação crítica dos estudos selecionados por meio de instrumentos de avaliação dos níveis de evidência e da qualidade metodológica para a síntese e para a apresentação dos resultados. Resultados: Foram recuperadas 703 publicações; 444 foram excluídas por duplicidade em gerenciadores de referências; 234 foram excluídas por não atenderem aos critérios de inclusão pela leitura do título e do resumo. Selecionaram-se 25 artigos para a leitura na íntegra, sendo 12 excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão. Adicionaram-se dois estudos das referências dos estudos incluídos, totalizando 15 artigos. Destes, nove (60%) são quantitativos e seis (40%), qualitativos. Sobre o local de publicação, os Estados Unidos da América são o país com o maior número de publicações, 73,33% (n=11), seguidos de Austrália, Itália, Holanda e África do Sul com 6,66% (n=1) cada um. Destacando-se os principais resultados, elaborou-se um quadro-síntese das publicações da amostra e foram definidas duas categorias. A primeira é o uso de recursos facilitadores de comunicação, composta por dez estudos, assinalando a predominância da utilização de instrumentos embasados no mnemônico SBAR (Situação, antecedentes, avaliação, recomendação), adaptado de várias formas conforme a época, as condições estruturais e tecnológicas. A segunda categoria foi a comunicação verbal: potencialidades e fragilidades, com cinco estudos os quais indicam que a comunicação verbal é fragilizada por hierarquias rígidas, disputas na equipe multiprofissional e múltiplos provedores de assistência e potencializadas pela vinculação da comunicação como indicador de qualidade institucional. Conclusão: Por meio das evidências selecionadas, considerou-se que a utilização de ferramentas facilitadoras possibilitam a comunicação de maneira ordenada, a continuidade de uma assistência segura ao binômio mãe e filho no ambiente da maternidade e que a comunicação verbal, apesar de ser a maneira mais fácil de disseminar as informações, quando utilizada de forma errônea, prejudica a qualidade do cuidado e, consequentemente, favorece o aparecimento de eventos adversos, colocando em risco a segurança do paciente. Assim sendo, esta revisão reúne evidências disponíveis no que concerne à comunicação eficaz durante o trabalho de parto, parto e puerpério, além do que a comunicação é uma estratégia fundamental para elevar a qualidade do serviço prestado nas unidades de atendimento materno-infantil.
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    Tradução, adaptação cultural e análise das propriedades psicométricas da demoralization scale para a cultura brasileira
    (Universidade Federal de Alfenas, 2023-12-15) Schneiders, Milena; Garcia, Ana Cláudia Mesquita; Meireles, Everson Cristiano De Abreu; Sawada, Namie Okino
    Este estudo teve como objetivo traduzir, adaptar culturalmente e analisar as propriedades psicométricas da Demoralization Scale (DS) para a cultura brasileira. Trata-se de um estudo quantitativo e transversal, com coleta de dados presencial, por meio dos instrumentos: Questionário para caracterização sociodemográfica, Mini - Mental Adjustment to Cancer (Mini-MAC), DS e Functional Assessment of Chronic Illness Therapy - Spiritual Well-Being 12 Item Scale (FACIT-Sp-12). A amostra foi constituída por pessoas adultas com câncer, independente do tipo. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista, à beira leito, pela própria pesquisadora. A tradução e a adaptação cultural da DS foram baseadas nas recomendações da European Organization for Research and Treatment of Cancer. Os resultados da Análise de Componentes Principais indicaram a extração de uma estrutura tridimensional, o que explica 37,57% da variância total da escala e apresentaram coeficientes alfa adequados, indicando consistência interna satisfatória. Os resultados referentes à validade preditiva baseada em relações com medidas externas atenderam ao esperado neste estudo. Diante disso, mais estudos são necessários para melhor qualificar o constructo da desmoralização no atendimento clínico.
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    Prevenção de adoecimento e promoção da saúde mental em profissionais de enfermagem: revisão integrativa
    (Universidade Federal de Alfenas, 2023-12-13) Milan, Nayara Cristina; Monteiro, Cristiane Aparecida Silveira; Bressan, Vânia Regina; Robazzi, Maria Lucia Do Carmo Cruz
    As condições e características do trabalho, as questões relacionadas à carreira, os baixos salários e a pouca valorização do trabalho dos profissionais de enfermagem podem constituir-se como riscos à saúde gerando adoecimento físico e mental, nem sempre diagnosticados e/ou investigados. Dessa forma, a implementação de ações voltadas à promoção e prevenção de alterações de saúde mental no trabalho faz-se necessária. O objetivo do presente estudo foi analisar as evidências científicas sobre a prevenção de adoecimento e promoção da saúde mental em profissionais de enfermagem. Trata-se de uma Revisão Integrativa, com a questão norteadora a partir da estratégia PICo. Foi realizada a busca dos estudos primários utilizando descritores controlados e não controlados nas seguintes bases de dados: Medical Literature Analyses and Retrieval System Online (MEDLINE) via PubMed®, a Latin American and Caribbean Health Science Literature Database (LILACS), a Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Sciverse (Scopus) e a Web of Science (WOS). Foram incluídos estudos primários que abordavam a prevenção de adoecimento e promoção da saúde mental em profissionais de enfermagem, publicados em inglês, espanhol e português e publicados no período de 2006 a 2022. Os critérios de exclusão foram: revisões, cartas ao editor, editorial, comentários breves e aqueles que, após a leitura na íntegra, não respondiam ao objetivo desta revisão. Posteriormente, foi realizada a extração de dados dos estudos primários incluídos, utilizando um roteiro validado. Para a identificação do delineamento de pesquisa dos estudos primários incluídos na Revisão Integrativa, foi adotada nomenclatura utilizada pelos próprios autores dos estudos. Para a avaliação da qualidade metodológica foram utilizados os instrumentos de avaliação de qualidade da Joanna Briggs Institute. Foram selecionados, ao final, 12 estudos para esta revisão integrativa, dos quais três foram em 2021, dois (16,7%) em 2020, dois (16,7%) em 2015, um (8,3%) em 2019, um (8,3%) em 2017, um em 2016 e um estudo em 2012. Cinco (41,7%) foram publicados em periódicos dos EUA, dois (16,7%) da Inglaterra, dois (16,7%) do Brasil, um (8,3%) da Suíça, um (8,3%) do Japão e um da Holanda. Em relação ao idioma, dez eram em inglês e dois (16,7%) em português. Quanto ao tipo de estudo, oito (66,67%) foram classificados como Ensaios Clínicos Randomizados, dois (16,7%) como Estudos Qualitativos, um (8,33%) como Estudo Quase-experimental e um (8,33%) como Estudo de Coorte Prospectivo. Em relação ao nível de evidência, oito (66,7%) foram caracterizados como nível IIa, dois (16,7%) como VI e um (8,3%) como IV. Em relação às evidências científicas sobre a prevenção de adoecimento e promoção da saúde mental em profissionais de enfermagem identificou-se as seguintes intervenções: quatro (33,3%) sobre autocuidado, dois (16,7%) sobre arteterapia, dois (16,7%) sobre atividades físicas, um (8,3%) sobre Yoga, um (8,3%) sobre Escalda-Pés, um (8,3%) sobre Tai Chi e um (8,3%) com múltiplas intervenções. Conclusão: A educação permanente, seja no treinamento de habilidades de autocuidado, seja na realização de práticas de incentivo, é imprescindível. A promoção de um ambiente saudável e a busca da equidade no cuidado com propostas educativas motivam ao autoconhecimento e aperfeiçoamento. Por fim, pode-se afirmar que a Yoga, o Tai Chi, o escalda-pés, a arteterapia, o Modelo de Resiliência Comunitária, as atividades físicas e as intervenções combinadas para a promoção da saúde mental, bem como a capacitação pelas instituições laborais são importantes estratégias de intervenção que proporcionam movimentação de energia, estímulos a consciência corporal, concentração e tranquilidade, promovendo diversos benefícios para o corpo e mente com a redução do estresse, melhora na qualidade do sono, do condicionamento físico e mental de profissionais de enfermagem.
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    Evidências para o cuidado de enfermagem à pessoa com estomia respiratória: revisão integrativa
    (Universidade Federal de Alfenas, 2023-12-08) Souza, Juliana Cristina Martins De; Dázio, Eliza Maria Rezende; Sonobe, Helena Megumi; Freitas, Patricia Scotini
    Este estudo tem por objetivo analisar as evidências disponíveis na literatura concernentes à assistência de enfermagem à pessoa com traqueotomia e/ou traqueostomia e estabelecer as recomendações para a assistência de enfermagem às pessoas com estomia respiratória temporária e definitiva. A pesquisa consiste em uma revisão integrativa da literatura, visando resumir o conhecimento sobre cuidados de enfermagem às pessoas com traqueostomia. O estudo seguiu seis etapas: identificação do tema e definição da questão de pesquisa, busca e seleção de estudos, extração e categorização de dados, avaliação dos estudos, interpretação dos resultados e apresentação da revisão. Foi registrado um protocolo no repositório Figshare para promover a ciência aberta. Como se trata de uma revisão, baseada em artigos públicos online, não foi necessário revisão ética. A avaliação dos estudos envolveu formulários específicos para estudos qualitativos, quantitativos e métodos mistos, além de hierarquização do nível de evidência. A síntese dos resultados contribui para decisões clínicas dos enfermeiros na assistência a pessoas com traqueostomia. A apresentação final incluiu um documento que detalha as etapas e resultados da revisão. Foram inicialmente identificados 23.128 estudos na busca de bases de dados, sendo 8.090 excluídos por duplicidade. Após análise de títulos e resumos, 14.958 estudos foram removidos. Os critérios de exclusão incluíram estudos secundários, cartas ao editor, editoriais e idiomas não inclusivos. Dos 80 estudos restantes, 35 foram selecionados para a revisão integrativa. A distribuição geográfica dos estudos mostrou diversidade, com destaque para os EUA (28.57%) e Arábia Saudita (11.43%). O inglês foi o idioma predominante (94.29%). quanto aos anos de publicação, 2023 teve a maior frequência (14.29%). A partir da leitura, emergiram 3 categorias: a importância da construção de saberes e fazeres para o cuidado à pessoa com traqueostomia, cuidados à pessoa com traqueostomia e educação em saúde à pessoa com traqueostomia e aos cuidadores. Assim, a prestação de cuidados às pessoas com estomia respiratória demanda uma abordagem holística e personalizada. A educação, suporte à família e manutenção adequada do equipamento são fundamentais. Promover a autonomia da pessoa com estomia respiratória e compreender sua experiência prévia são essenciais para um cuidado eficaz e compassivo.
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    Associação entre o comprimento do telômero e a menopausa: evidências da literatura e de um estudo transversal com mulheres idosas da comunidade
    (Universidade Federal de Alfenas, 2023-11-29) Bem, Márcia Maria Da Silva; Brito, Tábatta Renata Pereira De; Gozzo, Thais De Oliveira; Sawada, Namie Okino
    Sabendo-se das importantes repercussões da menopausa para a saúde da mulher e que a longevidade feminina pode ser mais bem compreendida por meio de estudos a partir de biomarcadores do envelhecimento, estudos a respeito da relação entre a menopausa e o comprimento do telômero poderão auxiliar a compreender melhor esta fase da vida. Assim, o objetivo desse estudo foi verificar se a menopausa está associada ao comprimento dos telômeros. Trata-se de um estudo que foi desenvolvido em duas etapas. A primeira consistiu em uma revisão integrativa da literatura com buscas nas bases de dados PubMed, CINAHL, LILACS, Web of Science e Scopus. Quatro estudos foram selecionados para a amostra final, sendo que os achados deles apontam que a maior idade da menopausa e o maior tempo de vida reprodutiva (diferença entre a idade da menopausa e da menarca) estão associados ao maior comprimento dos telômeros, ou seja, à longevidade. A segunda etapa consistiu em um estudo transversal realizado com uma amostra de 286 mulheres com idade de 60 anos ou mais residentes em um município do Sul de Minas Gerais. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista domiciliar e coleta de sangue. A variável dependente do estudo foi o comprimento do telômero determinado por meio de qPCR e a variável independente foi a idade da menopausa (autorreferida). Utilizou-se regressão linear na análise dos dados. Os resultados do estudo transversal revelaram associação negativa entre anos de estudo e idade da menopausa com o comprimento do telômero, enquanto a condição de baixo peso, de acordo com o índice de massa corporal, apresentou associação positiva. Conclui-se, portanto, que quanto menor a idade da menopausa, menor o comprimento dos telômeros na amostra avaliada no estudo transversal. Quanto ao que tem sido produzido na literatura científica, o pequeno número de estudos incluídos na revisão integrativa e o fato de os resultados indicarem que a relação entre a menopausa e o comprimento dos telômeros pode ser dependente do estágio da menopausa, da raça/etnia, escolaridade e peso corporal, sugerem que pesquisas adicionais com enfoque nessas variáveis sejam realizadas.