Mestrado em Enfermagem
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Item Acesso aberto (Open Access) A compreensão da violência contra a criança sob a óptica dos cuidadores de instituições de acolhimento, Alfenas, MG(Universidade Federal de Alfenas, 2013-03-28) Lima, Ciderléia Castro De; Santos, Lana Ermelinda Da Silva Dos; Moreira, Denis Da Silva; Medeiros, Mauricéia Costa Lins DeA presente pesquisa versa sobre a compreensão da violência infantil sob a óptica dos cuidadores de instituições de acolhimento do município de Alfenas, MG. Tem por objetivo geral conhecer e compreender a violência contra a criança sob a óptica dos cuidadores e como específicos, identificar a frequência e o tipo de violência na faixa etária de 0 a 12 anos de idade registrados nos Boletins de Ocorrência (BO) da polícia militar (PM); caracterizar a vítima quanto à idade, sexo, tipo da agressão e caracterizar o agressor quanto à idade, sexo, parentesco com a vítima e uso de drogas. Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa, com estudo descritivo e transversal e de abordagem qualitativa. Para a análise dos dados quantitativos, utilizou-se de informações de 322 BO e com auxílio do software BioEstat 5.0, foram estimadas as proporções e aplicado o Teste Qui-Quadrado, com significância de 5%. Obteve-se por resultados, em maior evidência, vítimas na faixa etária de 10 a 12 anos com 37,3% dos casos, em relação ao sexo, o predomínio de 56% é masculino. Quanto ao local de ocorrência, o ambiente doméstico apresenta-se com 42% dos casos. Ao caracterizar o agressor, o sexo masculino com 55,3% configurou-se em maior proporção, sendo a faixa etária predominante em ambos os sexos de 21 a 30 anos, destes, 10,5% eram usuários de drogas. A considerar o parentesco com a vítima, a mãe com 30,8%, seguido do pai com 18,7% foram responsáveis por agressões contra a criança. A violência física destacou-se com 45,4%, seguida pela negligência 35,1%. Na abordagem qualitativa, em que entrevistou 10 cuidadores de duas instituições de acolhimento do município de Alfenas, MG, utilizou a análise de conteúdo proposto por Bardin (2004), com critérios de pré-análise; exploração do material, com o desmembramento do texto e no tratamento dos resultados, fez-se interpretação e a inferência. Das falas emergiram três categorias: Negligência e abandono; Agressão física: questão de poder; Violência intrafamiliar. Na Negligência e abandono, verifica-se que os pais estão faltando com suas responsabilidades, no papel de proteção integral à criança. Os cuidadores fazem menção ao fato de negligenciarem cuidados básicos a seus filhos por uso de drogas, e acabam por abandoná-los. Na Agressão física: questão de poder observa-se que a agressão física é frequente e apresenta-se com diferentes formas de manifestação, tendendo a deixar marcas nas crianças, sensibilizando o cuidador. Na Violência intrafamiliar, os cuidadores referem-se ao meio, como gerador de conflitos, sendo que deveria ser um ambiente seguro para a proteção à criança. Como considerações finais, considera-se serem necessárias intervenções no campo sócio-político, com vistas a ampliar meios de proteção à criança e reduzir a violência infantil no município. Como parte do sistema de proteção, considera-se necessário a ampliação de estudos voltados à educação continuada aos cuidadores, para que contribuam de forma benéfica, ao desenvolvimento infantil e no processo de adaptação à realidade, e a articulação dos serviços municipais de educação infantil às unidades de saúde da família.Item Acesso aberto (Open Access) A contribuição do “Ensino do cuidado com os pés” na redução do risco de integridade da pele prejudicada dos pés e na qualidade de vida de pessoas com diabetes mellitus tipo 2(Universidade Federal de Alfenas, 2015-04-09) Monteiro, Lidiane Aparecida; Chaves, Erika De Cássia Lopes; Lobato, Daniel Ferreira Moreira; Braga, Cristiane GiffoniEste estudo teve o objetivo de avaliar a contribuição do “Ensino do Cuidado com os Pés” na redução do risco de integridade da pele prejudicada dos pés e na qualidade de vida de pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2. Trata-se de um ensaio clínico, randomizado, controlado e de mascaramento único, realizado com 82 voluntários com diagnóstico de Diabetes tipo 2. Destes, 10 participaram do pré-teste e os demais, após a estratificação, foram randomizados em dois grupos distintos, denominados Grupo Tratado (GT=36 pessoas) e Grupo Controle (GC=36 pessoas). O GT recebeu a intervenção educativa “Ensino do Cuidado com os Pés”, enquanto o GC, apenas visitas domiciliares não sistematizadas. Houve uma perda de cinco voluntários durante o estudo. Antes de realizar a intervenção “Ensino do Cuidado com os Pés”, foi realizada a avaliação inicial e, após a intervenção, a avaliação final. As avaliações ocorreram por meio de questionários e de escalas, acerca do conhecimento sobre as práticas de prevenção do pé diabético, das intenções para realizar as atividades de autocuidado com os pés, da qualidade de vida, bem como da mensuração das alterações na pele e nos pelos, na circulação sanguínea, na sensibilidade, na temperatura tissular e na pressão plantar dos pés, por meio da Escala de Avaliação da “Integridade Tissular: Pele e Mucosas dos Pés de Pacientes com Diabetes Melittus tipo II”. As intervenções foram realizadas por um período de quatro meses, por meio de visitas domiciliares quinzenais. A intervenção “Ensino do Cuidado com os Pés”, direcionada ao GT, foi elaborada fundamentada nas atividades propostas pela Nursing Interventions Classification (NIC), “Ensino: Cuidado com os Pés (5603)”, as quais foram submetidas a um processo de revisão de conteúdo, por meio de uma revisão integrativa da literatura e, posteriormente, avaliação por um comitê de peritos. A intervenção “Ensino do Cuidado com os Pés” foi desenvolvida a partir das seguintes estratégias: orientação escrita, visita domiciliária, orientação verbal, feedback e observação da adoção das atividades. Os voluntários alocados no GC também receberam visitas domiciliares em que tinham os pés observados, contudo não recebiam a intervenção educativa sistematizada, conforme implementado no Grupo Tratado. Com os resultados pôde-se observar que, após a intervenção educativa, o GT apresentou médias com melhores valores quando comparado ao GC. Além disso, o GT apresentou melhora estatística significativa em relação ao GC nas variáveis globais “Conhecimento quanto às atividades de autocuidado com os pés”, “Intenção de cuidar dos pés” e no “Risco de integridade da pele prejudicada dos pés”. Apenas as variáveis Glicemia capilar e Temperatura tissular não apresentaram melhora das médias após o “Ensino do Cuidado com os Pés”. Nesse sentido, a intervenção “Ensino do Cuidado com os Pés” contribuiu para a melhora das condições de saúde da pessoa com Diabetes tipo 2, uma vez que diminuiu os riscos de complicações plantares e favoreceu a qualidade de vida. Além disso, este estudo colabora para a melhoria da assistência de enfermagem, pois desperta para o olhar clínico do enfermeiro durante a consulta de enfermagem e demonstra a importância da educação em saúde.Item Acesso aberto (Open Access) A experiência de homens submetidos à amputação: um estudo etnográfico(Universidade Federal de Alfenas, 2015-02-11) Filipini, Cibelle Barcelos; Dázio, Eliza Maria Rezende; Rezende, Eliane Garcia; Barichelo, ElizabethEste estudo teve como objetivo compreender a experiência de homens submetidos à amputação de membros inferiores. Para tal compreensão, foram utilizados o referencial teórico da Antropologia Interpretativa de Geertz e o método etnográfico. Participaram do estudo oito homens, cadastrados no Centro de Referência em Medicina Física e Reabilitação do Sul de Minas Gerais. Foram respeitados os preceitos éticos, como a aprovação do estudo pelo Comitê de Ética sob o CAAE 26203814.3.0000.5142 e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos participantes. A coleta de dados ocorreu no período de fevereiro a novembro de 2014, em domicílio por meio de entrevistas semiestruturadas gravadas, de observação participante e de anotações em diário de campo. Da análise, surgiu um eixo central transversal: “A luta pela independência” perpassado por dois eixos perpendiculares “Meu corpo marcado como uma marca na vida” e “Refazendo minha identidade masculina”. A amputação marca o corpo e a vida dos homens que diante das limitações impostas por tal condição se veem subordinados ao seu grupo social. Essa dependência gera sentimentos de inutilidade e de tristeza, contrariando as concepções do senso comum sobre o papel do homem na sociedade. A prótese surge como um horizonte de possibilidades, assumindo papel preponderante no processo de amputação, uma vez que permite a inserção do homem a um novo contexto de experiência, dando a ele uma segunda chance de vida. Apreendemos que ao se identificar com o outro, que também passou pelo processo de amputação, os homens tentam refazer sua identidade a partir das interações subjetivas e intersubjetivas e aos poucos, buscam mobilizar-se para a vida apesar da amputação. Constatamos uma pluralidade nos modos de significar a amputação, uma vez que, se trata de uma experiência única e singular. Essa experiência transita entre o “ser” e o “sentir-se” deficiente, e é influenciada pelo contexto sociocultural e pela trajetória pessoal, na qual a nova condição é aceita ou refutada. Verificamos a necessidade de mudança atitudinal da equipe de enfermagem em relação à assistência prestada às pessoas com amputação. Aprender com essas pessoas sobre a experiência da amputação contribui para repensar o cuidado à saúde, na vertente da indissociabilidade corpo e mente, considerando e respeitando a diversidade sociocultural.This study aimed to understand the men´s experience undergoing amputation of lower limbs. To achieve this understanding, the theoretical referential of Interpretive Anthropology of Geertz and the ethnographic method were used. Eight men participated in this study, registered in the Reference Center in Physical Medicine and Rehabilitation of the South of Minas Gerais. The ethical precepts were respected, as the approval of the study by the Ethics Committee under CAAE 26203814.3.0000.5142 and signing the informed consent form by the participants. Data collection occurred from February to November 2014, at participant´s home through semi-structured interviews, participant observation and recorded notes in field journal. From the analysis, a central axis transverse emerged: “the struggle for independence” composed by two perpendicular axes “My body marked as a mark in life” and “Redoing my male identity”. Amputation marks the body and the men´s lives that on the limitations imposed by such a condition are subordinate to their social group. This dependency generates feelings of worthlessness and sadness, contradicting the conceptions of common sense about the man's role in society. The prosthesis emerges as a horizon of possibilities, assuming leading role in the amputation process, since it allows the insertion of man to a new context of experience, giving him a second chance at life. We understand that when men identified with others that also went through the amputation process, they try to remake their identity from the subjective and intersubjective interactions and gradually seek to mobilize for life despite the amputation. We found a plurality of modes in amputation meanings, since this is a unique and singular experience. This experience has a transitions between “to be” and the “to feel” deficient, and it is influenced by the socio-cultural context and personal trajectory, in which the new condition is accepted or rejected. We see the need to change nursing staff attitude regarding the assistance provided to people with amputation. Learning from these people about the amputation experience, contributes to rethink health care, in terms of body and mind inseparability, considering and respecting cultural diversity.Item Acesso aberto (Open Access) “A gente tem que entender que algumas vezes não dá certo e pronto! É por isso que a mãe ama menos? Não, não é por isso!”: narrativas maternas da vivência do desmame precoce(Universidade Federal de Alfenas, 2018-11-10) Silva, Juliana De Jesus Souza; Ribeiro, Patrícia Mônica; Goyatá, Sueli Leiko Takamatsu; Rovai, Marta Gouveia De OliveiraO leite materno é um alimento completo capaz de suprir todas as necessidades do lactente nos primeiros meses de vida. Traz inúmeros benefícios tanto para mãe quanto para o bebê e é uma das principais estratégias para redução da morbimortalidade infantil. Porém, as taxas de amamentação ainda estão abaixo dos níveis recomendados. Portanto, é indispensável que se construa um novo olhar sobre o aleitamento materno que valorize sua vivência na realidade social, cultural e econômica do binômio mãe e filho. Nessa perspectiva, teve-se como objetivo descrever a vivência materna do desmame precoce e compreender essa vivência por meio de relatos orais de mães. Trata-se de um estudo qualitativo de história oral temática. O estudo foi realizado em um Ambulatório de Saúde no Sul de Minas Gerias. As colaboradoras foram seis mães que desmamaram seus filhos antes do sexto mês de vida. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas e de notas do caderno de campo, com as questões norteadoras: Conte-me como foi sua vivência no processo de amamentação de seu (a) filho (a). Mudou alguma coisa? O que você fez frente a essa mudança? O período de coleta de dados foi de agosto de 2017 a março de 2018. As narrativas transcritas a partir das entrevistas foram categorizadas num processo que requereu sistematização dos dados. A leitura das narrativas evidenciou o movimento das falas que entrelaçaram os tons vitais, os conceitos e as atitudes das colaboradoras. Para a análise dos dados, foi empregado o método de Análise de Conteúdo a partir da qual emergiram cinco categorias: 1. Des/conhecimento das Mães sobre Aleitamento Materno, o qual engloba as subcategorias: Conhecimento da nutriz sobre aleitamento materno; Percepção materna da facilidade de amamentar e Benefícios do aleitamento materno na visão da mãe; 2. Vivência Materna na Amamentação, com as subcategorias: Experiência prévia em amamentação; Tentativa para manter o aleitamento materno; 3. Assistência de Saúde no Processo de Amamentação, com as subcategorias: Preparo no Pré-natal; Assistência dos profissionais de saúde; 4. Sentimento Materno no Processo Amamentar/desmamar, englobando as subcategorias: Sentimentos das mães na amamentação; Sentimento das mães com a interrupção da amamentação; Inconformidade com o desmame; Consequências do desmame na visão da mãe; 5. Vivência do Desmame Precoce com as subcategorias: Retorno da mulher ao trabalho; A influência do uso de artifícios; Introdução de outros alimentos; Influência cultural popular; Apoio familiar; Ausência e/ou presença de afecções nas mamas; Dificuldade na amamentação; Motivos relacionados ao bebê: visão das mães. As mães vivenciam a amamentação com prazer, sendo um momento de troca de carinhos, porém esse período é cercado de incertezas e de inseguranças que aumentam com as interferências culturais e com as crenças que não valorizam o leite materno. A assistência de enfermagem é fundamental para apoiar a tríade mãe-filho-família no processo de amamentação, desde a gravidez até o puerpério, intervindo na individualidade de cada um.Item Acesso aberto (Open Access) A práxis gerencial do enfermeiro responsável técnico de instituições hospitalares: o exercício da liderança(Universidade Federal de Alfenas, 2015-12-03) Motta, Ana Leticia Carnevalli; Resck, Zélia Marilda Rodrigues; Terra, Fábio De Souza; Camelo, Sílvia Helena HenriquesEste estudo tem por objetivo analisar na práxis gerencial do enfermeiro responsável técnico de instituições hospitalares o exercício da liderança para com a sua equipe. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFAL-MG, Parecer nº 795.401. Estudo de natureza qualitativa com abordagem na Hermenêutica Dialética, realizado com 15 enfermeiros, responsáveis técnicos de instituições hospitalares, de 8 cidades do sul de Minas Gerais, selecionados a partir da Técnica Snowball Sampling. A coleta de dados foi realizada no período de outubro de 2014 a fevereiro de 2015, utilizando a entrevista semi estruturada, com a seguinte questão norteadora “como você, na função de responsável técnico, conduz no dia a dia a liderança sobre os seus colaboradores”. Utilizou-se a análise de conteúdo, elegendo-se 3 categorias empíricas: a razão de ser do hospital e a força do modelo biomédico; o exercício da liderança face às dimensões do trabalho da enfermagem e, a percepção do enfermeiro responsável técnico sobre sua atuação como líder. Considera-se que o (a) enfermeiro (a) responsável técnico (a) respaldado pela Lei do exercício profissional, se depara com diversos desafios relacionados à influência histórica, formação curricular e ao poder do modelo assistencial clínico vigente, no exercício da liderança para com a sua equipe, na sua práxis gerencial. Constata- se assim que o enfermeiro responsável técnico diante dos desafios e percalços leva consigo o valor do cuidar para a pessoa humana e assim conseguem mobilizar e envolver os profissionais de enfermagem transformando o cotidiano de trabalho positivamente em prol da integralidade da assistência. Apesar disto há que se destacar o longo caminho a ser percorrido para que a enfermagem atue por meio de uma gestão assistencial plena, linear e homogênea, e este caminho pode ser menos tortuoso se incentivado pela instituição hospitalar empregadora.Item Acesso aberto (Open Access) Ação da acupuntura auricular chinesa sobre a dor crônica em pessoas com distúrbios musculoesqueléticos na coluna vertebral: ensaio clínico randomizado(Universidade Federal de Alfenas, 2016-08-26) Moura, Caroline De Castro; Chaves, Erika De Cássia Lopes; Leitão, Silvia Graciela Ruginsk; Santos, Marilene Mendes DosA dor crônica é uma das principais queixas das pessoas com distúrbios relacionados ao sistema musculoesquelético; produz impacto negativo na qualidade de suas vidas, além de consequências econômicas e sociais. Diante disso, as Práticas Integrativas e Complementares têm sido utilizadas com a finalidade de reduzir a experiência dolorosa crônica, em que se destaca a acupuntura auricular. Essa intervenção consiste em uma técnica terapêutica da acupuntura e trabalha com a estimulação de pontos reflexos específicos no pavilhão auricular para aliviar sinais e sintomas de diversas doenças e, dentre estas, a dor. Logo, o objetivo deste estudo foi avaliar a ação da acupuntura auricular chinesa sobre a dor crônica em pessoas com distúrbios musculoesqueléticas na coluna vertebral. Trata-se de um ensaio clínico randomizado realizado entre os meses de junho de 2015 e março de 2016. A amostra final foi constituída por 110 pessoas com dor crônica na coluna vertebral há, no mínimo, três meses, que estavam cadastradas na lista de espera da Clínica de Fisioterapia e no Centro Integrado de Assistência ao Servidor da UNIFAL-MG. Por meio da randomização, após a avaliação inicial, os participantes foram alocados em três grupos: Grupo Tratado (n = 37), que recebeu 05 sessões de acupuntura auricular fundamentada nos preceitos da Medicina Tradicional Chinesa; Grupo Placebo (n=36), que foi submetido à acupuntura auricular com estímulo de pontos que não tinham ligação com o foco de observação; e Grupo Controle (n=37), que não recebeu a intervenção auricular. Todos os participantes foram avaliados por um profissional treinado, em três momentos: inicialmente (antes de qualquer intervenção); uma semana após a última sessão de acupuntura auricular, e 15 dias após a segunda avaliação (Follow up). Para isso, foram utilizados o Instrumento de caracterização do sujeito, o Inventário breve de dor, o Questionário de incapacidade de Roland Morris, além da avaliação do limiar nociceptivo frente ao estímulo mecânico, realizado com o auxílio de um algômetro digital, e da avaliação da temperatura tissular, aferida por meio de uma câmera termográfica. Os dados foram analisados por intenção de tratar e o tratamento estatístico foi realizado por meio dos testes: Qui-quadrado, Kruskal-Wallis, seguido pelo Student-Newman Keuls quando necessário; McNemar e Wilcoxon emparelhado. Os resultados demonstraram que a severidade e a interferência da dor nas atividades cotidianas reduziram nos grupos tratado e placebo durante o período de tratamento, e permaneceram as mesmas na avaliação follow up somente para o grupo placebo. Além disso, a acupuntura auricular também proporcionou alívio significativo da dor para esses dois grupos; contudo, este diminuiu no grupo tratado na avaliação follow up e permaneceu para o grupo placebo. Houve, ainda, redução na incapacidade física, para os grupos tratado e placebo, que foi mais expressiva para o grupo tratado, e permaneceu na avaliação follow up para os dois grupos. Por sua vez, obteve-se aumento da temperatura tissular entre as avaliações final e follow up para os grupos tratado e placebo. O grupo controle não sofreu influência significativa dessas variáveis. O limiar nociceptivo frente ao estímulo mecânico não apresentou variações consideráveis. Diante disso, percebe-se a efetividade da acupuntura auricular chinesa sobre os parâmetros comportamentais e fisiológicos da dor crônica na coluna vertebral.Item Acesso aberto (Open Access) Ações com potencial para enfermagem de prática avançada no Sul de Minas Gerais(Universidade Federal de Alfenas, 2023-11-27) Freire, Bianca Silva De Morais; Costa, Isabelle Cristinne Pinto; Braga, Cristiane Giffoni; Costa, Andreia Cristina BarbosaEnfermeiro de prática avançada é aquele que adquiriu uma base de conhecimentos especializada, que tem a capacidade de tomar decisões complexas e, que possui habilidades e competências clínicas para prática expandida, cujas características são moldadas pelo seu contexto e pelo país de origem, em que eles são credenciados para atuar. O estudo teve como objetivo analisar as ações com potencial para Enfermagem de Prática Avançada implementadas por enfermeiros que atuam no sul de Minas Gerais, com base nas diretrizes do Conselho Internacional de Enfermeiros. Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal,com abordagem metodológica quantitativa e amostra não probabilística do tipo bola de neve. Foi utilizado um questionário autoral sobre as características sociodemográficas deenfermeiros. Também incluiu questões relacionadas a experiência destes profissionais em relação à Enfermagem de Prática Avançada. O referido formulário foi enviado de forma online pela plataforma Google Forms®, com divulgação pela internet, por meio de aplicativosde mensagens e redes sociais. Os dados foram analisados estatisticamente por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Participaram do estudo 140 enfermeiros atuantes no sul de Minas Gerais, sendo o sexo de nascimento majoritariamente feminino (90%). A faixa etária variou entre 23 a 66 anos, maioria de etnia branca (74,28%) e estado civil casada (54,29%). Com relação ao tempo de formação, variou de um a 44 anos. A maioria dos enfermeiros (82,86%) afirmou possuir pós-graduação, sendo a Saúde da Família o destaque entre os respondentes, entretanto 61 (44,58%) deles, possui maior tempo de atuação profissional em atenção hospitalar/especializada. Verificou-se que o conceito de Enfermagem de Prática Avançada ainda não é amplamente compreendido entre os enfermeiros que atuam na região sul de Minas Gerais. No questionário, foram listadas ações de Enfermagem de Prática Avançada com base nas diretrizes do Conselho Internacional de Enfermeiros, sendo divididas em dois domínios: cuidado e gestão/educação. No domínio do cuidado, observou-se que a maioria (65,71%) dos entrevistados relatou realizar atividades como a avaliação de feridas e prescrição de curativos, juntamente com o encaminhamento de pacientes para outros serviços ou profissionais (57,14%). No contexto da gestão/educação, a atividade mais destacada foi a participação em reuniões para a elaboração e implementação deprotocolos de prevenção de riscos e danos (50%), seguida pela atuação como formadores de recursos humanos por meio da educação continuada (44,29%). Portanto, ficou evidente que a maioria dos participantes demonstrou falta de conhecimento em relação às ações específicas desempenhadas pelo enfermeiro de prática avançada, o que revela uma lacuna na compreensão desse papel profissional. Os resultados ressaltam a necessidade de compreender as capacidades e o potencial dos enfermeiros de prática avançada. Essa compreensão pode afetar positivamente a criação e adaptação de políticas públicas de saúde que reconheçam e aproveitem essas competências, o que pode ser particularmente benéfico em localidades onde é necessária a otimização do papel dos enfermeiros e melhora do acesso aos cuidados de saúde.Item Acesso aberto (Open Access) Ações de vigilância sanitária em serviços de saúde brasileiros: revisão integrativa(Universidade Federal de Alfenas, 2023-09-19) Oliveira, Walkiria De; Martinez, Maria Regina; Silva, Simone Albino Da; Godinho, Monica La-Salette Da CostaO presente estudo analisou evidências disponíveis na literatura sobre ações de vigilância sanitária no âmbito dos serviços de saúde brasileiros. Para alcançar o objetivo, conduziu-se revisão integrativa da literatura. Elaborou-se a questão de pesquisa a partir do acrônimo PICo. Estratégia de busca única e adaptada foi utilizada para a busca de estudos primários nas bases de dados CINAHL, Embase, LILACS, PubMed e Web of Science. Incluídos estudos primários que abordaram ações de vigilância sanitária em serviços de saúde brasileiros, publicados em português, inglês e espanhol, a partir de 2012. Amostra final constituída de quatorze estudos, e a extração de dados se deu por roteiro construído e validado pelas autoras. Doze estudos foram do tipo descritivo e dois do tipo exploratório. No delineamento, nove estudos foram retrospectivos com uso de pesquisa documental. Na avaliação crítica da qualidade metodológica, os quatorze estudos tiveram como sim a resposta mais frequente para os questionamentos presentes nos formulários de revisão crítica. A interpretação dos resultados se deu sob duas categorias principais: caracterização dos estudos e dados do desenvolvimento dos estudos, sendo esta última organizada em duas subcategorias, para orientar a tomada de decisão em cada agrupamento. A primeira subcategoria organizou os estudos sobre condições sanitárias de funcionamento dos serviços de saúde e a segunda tratou de estudos relacionados aos processos e condições de trabalho em vigilância sanitária. Quanto aos autores dos estudos, dois eram enfermeiros. Os serviços de saúde estudados foram as farmácias, hospitais, serviços de atenção obstétrica e neonatal, laboratórios de análises clínicas, serviços de diálise, de hemoterapia e de mamografia. Evidenciou-se dezoito não conformidades mais frequentes nos serviços de saúde. Verificou-se a falta de integração entre a vigilância sanitária e outros serviços de atenção à saúde. Instrumentos validados apoiam a classificação de potenciais riscos sanitários. Programas de monitoramento são ferramentas úteis para intervenções de vigilância sanitária. Apesar das evidências apontadas, ainda existem poucos estudos que tratam de vigilância sanitária em serviços de saúde. É esperada a condução de mais estudos sobre o tema, com delineamentos e níveis de evidências mais robustos, para que sejam recomendadas evidências de maior impacto para a tomada de decisão nas práticas de vigilância sanitária nos diversos serviços de saúde brasileiros.Item Acesso aberto (Open Access) Açúcar no sangue: estado doente na perspectiva da pessoa com diagnóstico biomédico de diabetes mellitus(Universidade Federal de Alfenas, 2016-02-12) Gomes, Daisy Moreira; Fava, Silvana Maria Coelho Leite; Dázio, Eliza Maria Rezende; Sonobe, Helena MegumiEste estudo teve como objetivo compreender os significados da doença na perspectiva de pessoas com diagnóstico biomédico de Diabetes Mellitus. Para tal compreensão, adotamos o referencial teórico da Antropologia Interpretativa e o método Etnográfico. Participaram deste estudo dezesseis pessoas com diagnóstico biomédico de Diabetes Mellitus. Foram respeitados os preceitos éticos, como a aprovação do estudo pelo Comitê de Ética e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos participantes. Estudo desenvolvido no período de agosto de 2014 a outubro de 2015, em visita domiciliária, por meio de entrevistas em profundidade gravadas, observação participante e de anotações em diário de campo. A análise e a interpretação foram empreendidas a partir do primeiro capítulo do livro de Geertz, Uma Descrição Densa: Por uma Teoria Interpretativa da Cultura. Dessa análise, constatamos uma alternância entre os estados doente e não doente, motivo pelo qual denominamos como eixo transversal: Autopercepção de um estado doente e dos eixos horizontais: Significado da doença e Representação cultural de cuidado do estado doente. Apreendemos que os significados do Diabetes Mellitus se relacionam à presença do açúcar, problema de açúcar no sangue, sangue grosso e doença silenciosa. A causalidade da doença é conferida a fatores externos como uma entidade que ataca e esparrama, diante de condições como o desejo de Deus, o envelhecimento, os efeitos dos medicamentos e dos alimentos e o nervoso. O estado doente é marcado pelo corpo deitado e medicado caracterizado por moleza, bambeza, fraqueza e sensação de mal estar. O significado de cronicidade se relaciona as ameaças constantes que são capazes de ataca-los e produzir o estado doente. As representações de cuidado do estado doente apontam para o tratamento alopático à sua maneira e a dosagem da glicemia capilar, embora haja ambiguidades quanto aos seus benefícios, para dissipar as manifestações corporais, afastar a entidade e reconquistar a saúde. A religião e o sistema popular são valorizados para tratamento e cura. Ao darmos relevância à dimensão social e cultural na perspectiva da pessoa com diagnóstico biomédico de DM, compreendemos o universo imaginativo dentro do qual os significados da doença e a cronicidade são determinados e orientam sua prática. A enfermagem precisa tentar compreender o outro para que não haja confusão e a comunicação seja minimamente compreendida, o que possibilita ofertar cuidados contextualizados na perspectiva da integralidade.This study aimed to understand the meanings of the disease from the perspective of people with biomedical diagnosis of Diabetes Mellitus. To this end, we have adopted the theoretical understanding of Interpretive Anthropology and Ethnographic method. Sixteen people participated in this study with biomedical diagnosis of Diabetes Mellitus. Been complied with the ethical principles, such as the approval of the study by the Ethics Committee and signing the informed consent by participants. Study developed in the period of August to October 2014 2015, home visit, through in-depth interviews, participant observation and recorded notes in field journal. Analysis and interpretation were undertaken from the first chapter of the book of Geertz, A Dense Description: For an Interpretive Theory of culture. Of this analysis, we can see a toggle between the sick and not sick, why we as transaxle: Self-perception of a sick state and horizontal axes: meaning of disease and cultural Representation of state patient care. We apprehend that the meanings of Diabetes Mellitus relate to the presence of sugar, blood sugar problem, thick blood and silent disease. The causality of disease is given to external factors as an entity that attacks and splashes, before conditions such as the desire for God, the ageing, the effects of medicines and foodstuffs and the nervous. The state is marked by the body lying sick and medicated characterized by a breeze, bambeza, weakness and sick feeling. The meaning of chronicity relates the constant threats that are able to attack them and produce the sick state. The representations of state care sick point to the allopathic treatment in their own way and capillary glucose dosage, although there are ambiguities as to their benefits, to dissipate the bodily manifestations, away from the entity and regaining health. Religion and popular system are valued for treatment and cure. To give importance to the social and cultural dimension in the perspective of the person with biomedical diagnosis of DM, we understand the imaginative universe within which the meanings of illness and chronicity are determined and guide their practice. Nursing needs to try to understand each other so there is no confusion and communication is minimally understood, which makes it possible to offer context and care from the perspective of integrality.Item Acesso aberto (Open Access) Adaptação transcultural e validação da escala de angústia espiritual em pacientes com câncer(Universidade Federal de Alfenas, 2013-03-14) Simão, Talita Prado; Iunes, Denise Hollanda; Carvalho, Emília Campos De; Nogueira, Denismar AlvesA angústia espiritual é um fenômeno subjetivo e foco de atenção do enfermeiro, que pode ser presenciado quando o ser humano está vivenciando algum momento conflituoso na sua vida, geralmente perante uma enfermidade, como o câncer. A relação entre a presença do câncer e o fenômeno de angústia espiritual é algo que merece atenção, visto que a junção dos dois pode comprometer ainda mais o estado de saúde. Assim, buscam-se ferramentas que sejam capazes de identificar e, se possível, mensurar esse fenômeno. Entretanto, a literatura brasileira não apresenta nenhum instrumento padronizado que seja capaz de avaliá-lo. Desse modo, o presente estudo teve por objetivo realizar a tradução, a adaptação transcultural e avaliar as qualidades psicométricas de uma Escala de Angústia Espiritual que se mostra presente na literatura no idioma inglês. Esse processo foi realizado seguindo as etapas de traduções, a síntese dessas traduções; as retrotraduções; a avaliação de equivalência cultural; a revisão por um comitê de juízes; o pré-teste; os testes de confiabilidade e a validade. Uma vez obtida a versão final da escala de angústia espiritual no idioma português, foi realizado o pré-teste e o teste de confiabilidade inter e intraexaminador com 20 pacientes diagnosticados de câncer em tratamento na Santa Casa de Caridade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Alfenas. Para a avaliação da validade, foi utilizada a Escala de Bem-Estar Espiritual que foram aplicadas concomitantemente em 150 pacientes da mesma população. A análise de confiabilidade da escala foi realizada por meio dos coeficientes estatísticos de Kappa e Alfa de Cronbach e a de validade pela análise fatorial e coeficiente de correlação de Spearman. A análise intra e interexaminador foi considerada satisfatória, uma vez que mais da metade dos itens tiveram valores de Kappa acima de 0,75. Na análise de consistência interna utilizando o Alfa de Cronbach e na análise fatorial, apenas o domínio três “Relação com Deus” apresentou valores discrepantes em ambas as análises. Entretanto, esse fato não trouxe prejuízos ao estudo, visto que a escala no geral e três dos quatro domínios presentes na mesma, apresentaram parâmetros significativos e corresponderam à proposta da escala original. Como a angústia espiritual é um diagnóstico de enfermagem difícil de lidar na prática clínica por apresentar características definidoras complexas e subjetivas, além de ser extremamente pessoal e dinâmico. A utilização da Escala de Angústia Espiritual, adaptada e validada neste estudo no contexto brasileiro, poderá facilitar o processo de raciocínio clínico e atenderá à necessidade espiritual dessa população. Além disso, permitirá a identificação desse diagnóstico, uma vez que demonstrou ser um instrumento confiável, válido e eficiente, capaz de avaliar o fenômeno que se propõe a mensurar (angústia espiritual).Item Acesso aberto (Open Access) Aleitamento materno: percepção de enfermeiras sobre a vivência da assistência oferecida no puerpério imediato(Universidade Federal de Alfenas, 2020-11-30) Silva, Marcela Souza Da; Ribeiro, Patrícia Mônica; Leite, Eliana Peres Rocha Carvalho; Clapis, Maria JoséO aleitamento materno traz muitos benefícios ao binômio mãe e filho e seu sucesso pode estar relacionado às experiências vividas no puerpério imediato. É nesse período que alguns obstáculos surgem e interferem na prática correta da amamentação, sendo então o momento favorável para se prestar assistência de enfermagem que busque implementar ações de promoção, proteção e incentivo à prática do aleitamento materno. O objetivo desse estudo foi compreender a percepção das enfermeiras sobre a vivência da assistência oferecida ao aleitamento materno no puerpério imediato; e, descrever essa vivência por meio das falas dessas profissionais. Trata-se uma pesquisa com abordagem qualitativa, respaldada na Etnografia. O método de escolha foi a Etnoenfermagem, apresentada pela Teoria da Diversidade e da Universalidade do Cuidado Cultural de Madeleine Leininger e o referencial utilizado foi a Antropologia Médica. Foram adotados como critérios de inclusão: ser enfermeira que desenvolve práticas assistenciais relacionadas à mulher no puerpério imediato, que atue na maternidade de um hospital localizado no Sul de Minas Gerais. Esse estudo foi aprovado com o parecer de número 3.398.381 e levou em consideração os princípios éticos, garantindo o anonimato das colaboradoras, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A coleta de dados teve início em setembro de 2019 e término em janeiro de 2020. Foi realizada por meio da observação participante, caderno de campo, oficinas e entrevistas semiestruturadas, com as questões norteadoras: Conte-me como você vê a amamentação no puerpério imediato? Fale-me sobre sua prática em relação ao aleitamento materno? A Observação Participante teve duração de dois meses junto à elaboração do caderno de campo, onde foram agrupadas as Notas de Observação; Notas Teóricas; Notas Metodológicas e Notas Pessoais. As oficinas foram realizadas durante os meses de novembro e dezembro de 2019, perfazendo um total de dois meses. Foram realizados três encontros de 50 minutos com as enfermeiras, sendo que em cada um desses encontros se desenvolveu uma oficina específica. Participaram da pesquisa sete enfermeiras que formaram o grupo cultural denominado “Belas Flores”. As narrativas transcriadas a partir das entrevistas foram categorizadas, em um processo que requereu sistematização dos dados. A leitura das narrativas evidenciou o movimento das falas que entrelaçaram os tons vitais, os conceitos e as atitudes das colaboradoras. A análise temática dos dados originou oito categorias: Amamentar e benefícios; Parto normal ajuda! Parto cesárea atrapalha! Essa categoria se dividiu em duas subcategorias: Cesariana e amamentação: dificuldades pela cirurgia; e, Parto normal e amamentação; Prática na assistência ao aleitamento materno, que se dividiu em três subcategorias: Pouca prática e a falta de incentivo dificultam a assistência; Enfermeira e também mãe: experiência pessoal no aleitamento materno; e, Prática profissional na assistência ao aleitamento materno; Assistência no pré-natal e assistência no hospital; Orientações; Amamentação no puerpério imediato; Dificuldades enfrentadas durante a amamentação e Percepção da importância do papel da enfermagem. A assistência de enfermagem faz parte da vivência das colaboradoras deste estudo e envolve todas as percepções sobre a prática do aleitamento materno. Diante do contexto encontrado, esse estudo aponta que as enfermeiras apesar de terem prática e conhecimento, percebem que a assistência de enfermagem ainda se encontra deficitária, apontando muitas barreiras que dificultam a prática do aleitamento materno. Com isso, faz-se necessário que ocorram mudanças para o fortacelimento e valorização dessa prática.Item Acesso aberto (Open Access) Alopecia : cotidiano da mulher com câncer de mama em tratamento quimioterápico(Universidade Federal de Alfenas, 2015-02-04) Reis, Ana Paula Alonso; Gradim, Clícia Valim Côrtes; Panobianco, Marislei Sanches; Dázio, Eliza Maria RezendeEstudo qualitativo, desenvolvido no Hospital Regional do Câncer de Passos, que teve como objetivo compreender o significado da alopecia para mulheres com câncer de mama, em tratamento quimioterápico, utilizando como referencial teórico o Interacionismo Simbólico e, como metodológico, a Teoria Fundamentada em Dados. O projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP da UNIFAL-MG, sendo aprovado conforme parecer nº 478.376. Foi realizada entrevista com treze mulheres, que tinham diagnóstico de câncer de mama e estavam em tratamento quimioterápico adjuvante que apresentasse como evento adverso a alopecia. A questão norteadora da entrevista foi: “Como tem sido para você a queda do cabelo e dos pelos do corpo durante o tratamento?”. Através desta pergunta, obtivemos os dados que, após a análise, permitiram a criação de dois diagramas: 1- Reconhecendo o novo corpo: refere-se às consequências do tratamento quimioterápico e às estratégias de enfrentamento da mulher perante a alopecia. 2- Descobrindo Redes de Apoio para enfrentar a alopecia: refere-se às instituições de apoio que fortalecem a mulher para o enfrentamento da doença e das consequências do tratamento quimioterápico, como a alopecia. A categoria central foi denominada como “A alopecia da mulher no câncer de mama: entendendo nas estratégias de enfrentamento da doença”. Essa categoria permitiu que afirmássemos que a alopecia e considerada o pior momento do tratamento e que a queda dos cabelos e da sobrancelha tem efeito depressivo nas mulheres, pois elas além de estar fisicamente debilitadas, têm que refazer a construção do seu self, além de estar sofrendo a pressão da sociedade que as vê com doentes. As interações humanas estiveram presentes no desenrolar de cada fase da vivência da alopecia e no enfrentamento da situação, sendo que o modo como a mulher enfrenta a alopecia possui analogia com as relações humanas e com o que é culturalmente imposto pela sociedade. Os dados permitiram verificar que o significado dado à perda do cabelo e de pelos é individual e chamou a atenção que os profissionais de saúde devem estar atentos a orientar as mulheres nesse momento em que a alopecia está ocorrendo, pois esse evento tras implicações para a na vida das mesmas.Item Acesso aberto (Open Access) Ambiência para o trabalho de parto e parto normal institucionalizado: identificação do conceito(Universidade Federal de Alfenas, 2017-02-07) Dias, Paula Faria; Mendes, Maria Angélica; Resck, Zélia Marilda Rodrigues; Zveiter, MarceleO estudo evidencia o conceito de ambiência para o trabalho de parto e parto normal institucionalizado; visto que tanto o espaço físico como o social influi na qualidade da assistência ao binômio mãe-filho. Ambiência em saúde se caracteriza como um conjunto de ações que compreendem o espaço físico, o profissional e as relações interpessoais; que integradas constroem um projeto de saúde voltado à atenção acolhedora, resolutiva e humana (BRASIL, 2010). Também, no contexto da Obstetrícia, as ações vão além da organização físico-funcional; buscando a qualificação da assistência ao parto humanizado (BRASIL, 2012). Nessa perspectiva, emergiu a pergunta norteadora do estudo; o que é ambiência para o trabalho de parto e parto normal institucionalizado? Teve como objetivo identificar, na literatura, os antecedentes, os atributos definidores e os consequentes do conceito de ambiência para o trabalho de parto e parto normal institucionalizado. Este estudo corresponde à primeira etapa da Metodologia Qualitativa de Análise de Conceito (MORSE et al., 1996 p. 263) fundamentado nas Diretrizes e Premissas da Política Nacional de Humanização (BRASIL, 2013) e do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (BRASIL, 2002). A exploração teórica foi realizada nas Bases de Dados: PsycInfo, COCHRANE, CINAHL, LILACS e PubMed. Resultaram 57 referências, que explicitaram ambiência para o trabalho de parto e parto normal institucionalizado como um processo coletivo de interação simbólica da parturiente com o self, com a equipe e com o contexto, incluindo o acompanhante. Caracteriza-se por uma série de eventos de interação, sequenciais e inter-relacionadas entre si, no alcance do empoderamento e protagonismo do trabalho de parto e parto pela parturiente. Os atributos definidores do conceito descrevem o processo de interação assistencial e o uso das Tecnologias Não Invasivas. Já, os antecedentes permeiam o contexto comum e social do conceito de ambiência e se constituem de elementos referentes à parturiente e à qualificação do espaço social e físico. Por fim, os consequentes são elementos resultantes da aplicação do conceito e estão relacionados principalmente ao desfecho para o parto normal, ao alívio e conforto da dor e à satisfação e bem-estar da parturiente. Também como resultado foi elaborada uma proposição teórica inédita para o conceito de ambiência para o trabalho de parto e parto normal institucionalizado. O estudo oferece subsídios para gestores e profissionais da Obstetrícia alavancarem transformações na assistência, tendo em vista a excelência obstétrica.Item Acesso aberto (Open Access) Análise da sobrecarga e do apoio social entre cuidadores informais de pessoas em hemodiálise: estudo de método misto(Universidade Federal de Alfenas, 2020-02-12) Vieira, Ingrid Fernanda De Oliveira; Fava, Silvana Maria Coelho Leite; Lima, Rogerio Silva; Brito, Tabatta Renata Pereira DeA insuficiência renal crônica e a hemodiálise trazem repercussões que comprometem a multidimensionalidade da pessoa adoecida, o que torna essencial a presença do cuidador para desenvolver atividades relacionadas ao bem-estar físico e psicossocial. A crescente demanda de cuidados diários e ininterruptos pode ocasionar no cuidador sobrecarga e desgaste físico, mental e social. O apoio social pode ser uma das estratégias de alívio para essa sobrecarga. Este estudo tem por objetivo analisar a sobrecarga e o apoio social de cuidadores informais de pessoas com insuficiência renal crônica em hemodiálise. Trata-se de um estudo de método misto, realizado em um serviço de alta complexidade no Sul de Minas Gerais, com 55 participantes. Dados coletados por meio de quatro instrumentos: questionário de caracterização sociodemográfica; Escala de Apoio Social; Escala de Sobrecarga de Zarit e um roteiro com questões norteadoras para a condução da etapa qualitativa desta pesquisa. Utilizou-se para a análise dos dados quantitativos o coeficiente de correlação de Spearman e o teste de MannWhitney para avaliação do grau de associação entre as variáveis em estudo; a Análise Temática de Braun e Clarke para os qualitativos. Constatou-se o predomínio de cuidadores do sexo feminino (74,%), de 31 a 50 anos (43,7%), casadas (58,2%), católicas (69,1%), com renda familiar mensal de um a menos de dois salários mínimos (47,3%), ensino fundamental (58,2%), que não praticavam atividades físicas (72,7%), de lazer (54,5%), nem atividades trabalhistas (56,4%), com tempo de cuidado superior a três anos (50,9%), com carga horária de cuidados às pessoas em hemodiálise entre 16 e 24 horas (43,7%) e não corresidia com a pessoa cuidada (50,9%). Evidenciou-se alto nível de apoio social percebido, principalmente em relação à dimensão afetiva (mediana 100) e uma ligeira sobrecarga (47,3%). Houve correlação significativa entre as variáveis “interação social positiva” e “sobrecarga” (r= -0,272; p= 0,045). Da análise qualitativa, foi construído o tema central: as vivências do cuidador informal da pessoa em hemodiálise: entre o peso da responsabilidade e a busca por sentido e subtemas: os significados de cuidar da pessoa com insuficiência renal crônica em hemodiálise, o dia-a-dia do cuidador e a dualidade no reconhecimento da sobrecarga, os encontros e desencontros na busca pelo apoio social. Embora os resultados quantitativos tenham apontado para a ligeira sobrecarga, os cuidadores relataram cansaço, isolamento e mudanças no cotidiano de vida, o que evidencia a dualidade no seu reconhecimento. Este estudo colabora para o conhecimento das necessidades relativas à sobrecarga e ao apoio social entre cuidadores de pessoas com doença renal crônica, bem como para o avanço da prática de enfermagem no cuidado a essa população, a qual deve ser incluída no plano de cuidados de Enfermagem. Colabora, também, para a reflexão a respeito do reconhecimento da importância das redes de apoio a esses cuidadores e da sala de espera como espaço terapêuticoItem Acesso aberto (Open Access) Anorexia do envelhecimento associada ao menor comprimento do telômero de pessoas idosas residentes na comunidade(Universidade Federal de Alfenas, 2022-11-28) Vieira, Ricardo Antônio; Brito, Tábatta Renata Pereira; Rocha, Greiciane Da Silva; Fava, Silvana Maria Coelho LeiteA abordagem nutricional realizada no âmbito do processo de cuidar em enfermagem tem um impacto significativo na saúde das pessoas idosas, uma vez que os profissionais de enfermagem podem realizar rastreamento e monitoração da ingestão alimentar e do estado nutricional. Isso porque o envelhecimento é um processo complexo marcado por uma série de modificações no organismo que resultam no aumento do risco de desenvolvimento de condições crônicas, dentre elas, a anorexia do envelhecimento. Do ponto de vista molecular, estudos sugerem que alterações estruturais e funcionais dos telômeros, como o seu encurtamento, estejam relacionadas à alguns fenótipos e doenças relacionados ao envelhecimento, como a anorexia. Considerando que a anorexia do envelhecimento afeta aproximadamente um quarto das pessoas idosas e é um dos principais contribuintes para o desenvolvimento da subnutrição e de outros resultados adversos para a saúde desses indivíduos, este estudo transversal teve como objetivo verificar se o menor comprimento do telômero está associado à anorexia do envelhecimento em pessoas idosas. Foi realizado com uma amostra de 448 indivíduos com 60 anos ou mais residentes na comunidade de um município do interior do Brasil. Utilizou-se amostra sanguínea para a quantificação relativa do tamanho dos telômeros por meio da qPCR. A anorexia do envelhecimento foi avaliada por meio do Questionário Nutricional Simplificado de Apetite. Utilizou-se regressão logística múltipla na análise dos dados. Das 448 pessoas idosas avaliadas, 70,69% eram do sexo feminino e a faixa etária predominante foi a de 60 a 69 anos (45,08%). O menor comprimento telomérico foi identificado em 25% dos participantes e a prevalência de anorexia do envelhecimento foi de 41,16%. Pessoas idosas com menor comprimento do telômero apresentaram mais chances de ter anorexia do envelhecimento (OR=1,92; IC95%=1,12 – 3,29), independente do sexo, faixa etária, sintomas depressivos, dor e desempenho em atividades básicas de vida diária. Concluiu-se que houve associação entre o menor comprimento do telômero e a anorexia do envelhecimento. Torna-se necessário repensar o planejamento da assistência de enfermagem a fim de avaliar criteriosamente aspectos nutricionais da pessoa idosa visando a implementação de intervenções que possam melhorar sua condição de saúde.Item Acesso aberto (Open Access) Apoio social de cuidadores informais de pessoas em cuidados paliativos por câncer(Universidade Federal de Alfenas, 2019-01-28) Ribeiro, Erika Maria Hering; Fava, Silvana Maria Coelho Leite; Brito, Tabatta Renata Pereira; Rezende, Eliane GarciaO apoio social para o cuidador informal de pessoas em cuidados paliativos por câncer é necessário e fundamental para o enfrentamento das adversidades decorrentes do adoecimento, principalmente diante da proximidade da morte. Face a esse panorama, este estudo teve por objetivo analisar o apoio social de cuidadores informais de pessoas em cuidados paliativos por câncer em estágio IV. Trata-se de um estudo com abordagem mista, realizado com 45 cuidadores informais de pessoas com câncer, cadastradas em um serviço de atendimento às pessoas com câncer de um município do sul de Minas Gerais, no período de novembro de 2017 a janeiro de 2018. Foram utilizados três instrumentos: caracterização sociodemográfica, Escala de apoio Social Medical Outcomes Study e roteiro com questões norteadoras. Dados coletados pela pesquisadora em entrevista e diário de campo, realizados por meio de visita domiciliária pré-agendada. Após a coleta os dados foram analisados quantitativamente por meio de programa estatístico com aplicação dos testes Qui Quadrado de Pearson e Exato de Fisher para verificar a associação entre o apoio social dos cuidadores informais com as variáveis independentes, o Alfa de Cronbach e Odds ratio. A análise qualitativa foi realizada pela Análise Temática de Braun e Clarke. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Alfenas (064258/2017). Constatou-se o predomínio de pessoas do sexo feminino, com faixa etária de 36 a 50 anos, casadas/com companheiro, católicas, com renda familiar mensal entre dois e três salários mínimos, ensino médio completo, não-tabagistas e não-etilistas, não praticavam atividades físicas nem lazer, e não exerciam atividades trabalhistas, com tempo de cuidado de 1,01 a 2 anos, carga horária de cuidados de até 5 horas e que residiam com a pessoa cuidada. Evidenciou-se alto nível de apoio social geral, sendo que a maior média foi encontrada na dimensão 2 – afetiva e a menor na dimensão 5 - interação social positiva. Constatou-se que nenhuma variável independente apresentou associação estatística com o apoio social. Da análise qualitativa foi construído o tema central: Apoio social para o cuidador diante da impotência perante o câncer e seus subtemas: O que move para o apoio; Para onde move o apoio; Apoio social percebido e não percebido. Embora o apoio social percebido pelos cuidadores tenha sido alto, cuidar de uma pessoa com câncer em estágio IV pode acarretar mudanças no estilo de vida do cuidador, com redução de contatos sociais, assim como o abandono da vida profissional. Por outro lado, assumir o papel de cuidador possibilita que as pessoas ressignifiquem a sua vida.Item Acesso aberto (Open Access) Assédio moral com os trabalhadores da atenção primária à saúde: revisão de escopo(Universidade Federal de Alfenas, 2020-11-19) Siqueira, Sarah Maria Souza; Goyatá, Sueli Leiko Takamatsu; Terra, Fábio De Souza; Podestá, Márcia Helena Miranda CardosoO ambiente de trabalho pode gerar diferentes manifestações de assédio moral. O objetivo foi rastrear artigos ao assédio moral na Atenção Primária à Saúde. Utilizou- se as bases/bancos de dados Lilacs, SciELO, Scopus, PubMed e Web os Science e também a literatura cinza, no período de 2010 a 2019. Analisou 19 artigos e verificou- se que os assediados eram na maioria enfermeiros, feminino e menores de 50 anos. O estudo vem preencher parte da lacuna existente de assédio moral no ambiente de trabalho na Atenção Primária à Saúde.Item Acesso aberto (Open Access) Assistência do enfermeiro na Atenção Primária à Saúde à mulher vítima de violência por parceiro íntimo: revisão integrativa(Universidade Federal de Alfenas, 2023-11-13) Silva, Tatiana Corrêa Da; Freitas, Patrícia Scotini; Mendes, Karina Dal Sasso; Felipe, Adriana Olímpia BarbosaO presente estudo tem como objetivo analisar as evidências disponíveis na literatura sobre a assistência do enfermeiro na Atenção Primária à Saúde à mulher vítima de violência por parceiro íntimo. Para alcançar o objetivo proposto, foi conduzida uma revisão integrativa. Inicialmente foi elaborada a questão de pesquisa, desenvolvida a partir da estratégia PICO, em seguida realizada a busca dos estudos primários para inclusão na revisão integrativa, nas bases de dados PubMed, Web of Science, LILACS, CINAHL, Embase e na literatura cinzenta utilizando o Google Scholar. Foram incluídos estudos primários que abordaram sobre a assistência do enfermeiro, na Atenção Primária à Saúde, à mulher vítima de violência por parceiro íntimo, publicados em inglês, espanhol e português, no período de janeiro de 2012 a setembro de 2023. Posteriormente foi realizada a extração de dados dos estudos primários incluídos, utilizando um roteiro construído pelas autoras deste estudo. Em sequência, foram realizadas a avaliação do nível de evidência de cada estudo primário incluído e também a avaliação crítica desses estudos. Foram feitas a análise e a síntese dos resultados de forma descritiva, seguidas da apresentação da revisão. Foram selecionados, ao final, 10 estudos primários para compor a amostra da presente revisão integrativa. Com relação ao tipo/delineamento do estudo, cinco foram qualitativos, três quase experimental, um controlado randomizado e um estudo transversal analítico. Os resultados foram apresentados através de três categorias: Rastreamento pelo enfermeiro dos casos de violência por parceiro íntimo na Atenção Primária à Saúde, Assistência do enfermeiro às mulheres vítimas de violência por parceiro íntimo na Atenção Primária à Saúde e Treinamento do enfermeiro da Atenção Primária à Saúde na identificação da vítima de violência por parceiro íntimo. Observa- se, através das evidências levantadas, que a violência por parceiro íntimo é um problema de saúde pública e necessita de uma abordagem holística e biopsicossocial do enfermeiro da Atenção Primária à Saúde. A consulta de enfermagem é um local privilegiado para detectar sinais de alerta que indiquem possíveis abusos, além da proximidade com as vítimas de violência por parceiro íntimo. Os enfermeiros possuem conhecimentos sobre essa temática, adquiridos em experiências de vida e de trabalho e que esses devem ser aprimorados por meio de treinamento formal, utilizando ferramenta de triagem que possa ser útil para capacitá-los a rastrear e identificar a violência por parceiro íntimo. Isso significa que o conhecimento e as habilidades relacionadas à violência por parceiro íntimo devem se tornar um componente obrigatório de todos os currículos de enfermagem. Ressalta-se que, na identificação da violência no âmbito da saúde na Atenção Primária à Saúde, deve ser realizada a notificação compulsória dos casos de violência por parceiro íntimo. Os enfermeiros estão dispostos a prestar assistência de qualidade e cuidar holisticamente dessas vítimas, proporcionando um ambiente de apoio, com suporte institucional, mais colaboração e interação entre os membros da equipe interdisciplinar da Atenção Primária à Saúde. Observou-se, por meio das evidências analisadas, que para a oferta da assistência de qualidade, é imprescindível que os enfermeiros da Atenção Primária à Saúde recebam treinamentos adequados e educação continuada sobre a violência por parceiro íntimo. Assim, é necessário o fortalecimento de políticas públicas voltadas para a erradicação da violência contra a mulher.Item Acesso aberto (Open Access) Assistência no pré-natal pelo enfermeiro na atenção primária à saúde: visão da usuária(Universidade Federal de Alfenas, 2020-04-23) Santos, Patricia Silva; Freitas, Patrícia Scotini; Calheiros, Christianne Alves Pereira; Felipe, Adriana Olímpia BarbosaO estudo objetiva avaliar a assistência prestada na consulta pré-natal pelo enfermeiro na atenção primária à saúde na visão da usuária, em um município localizado no sul do Estado de Minas Gerais. Foi conduzida pesquisa de delineamento não experimental, do tipo descritiva, de abordagem quantitativa, com elaboração de instrumento de coleta de dados pelos pesquisadores, validado conforme a Técnica Delphi, e realizado teste-piloto. População composta por 80 gestantes que realizaram o pré-natal nas unidades de atenção primária à saúde, chamadas para uma atividade educativa, orientadas em relação ao estudo e convidadas a participar. A análise dos dados foi realizada de forma descritiva e inferencial, utilizando-se o software R versão 3.6.3, os testes Qui-Quadrado, Teste G e Exato de Fisher considerado o nível de significância de 5%. Como resultados foi possível observar que a maior parte das gestantes estava na faixa etária entre 18 a 25 anos, brancas, casadas ou em uma união estável, ensino médio completo, do lar, renda familiar mensal entre 999,00 e 1.996,00 reais e católicas. Referente ao histórico gestacional, a maior parte estava na segunda ou terceira gestação, sem abortos anteriores, com parto anterior cesariano, negaram intercorrências nas gestações anteriores e antecedentes pessoais, afirmaram possuir antecedentes familiares. Com relação à assistência recebida, observou-se que as gestantes apresentaram predominantemente índice de massa corporal adequado e sobrepeso, gestação única, início do pré-natal até 12 semanas, realização de uma a três consultas pré-natal com, pelo menos, uma consulta com o enfermeiro. Apresentavam anotações na caderneta de pré-natal referentes à altura uterina, pressão arterial, batimentos cardiofetais, exames laboratoriais, ultrassonografia e orientação sobre vacinação. Informaram deficiência em relação ao exame clínico das mamas e realização de testes rápidos. Referente à prescrição de ácido fólico e sulfato ferroso, a maior parte informou estar em uso, porém sem anotação. Quanto às queixas na gestação atual, todas informaram sentir pelo menos uma queixa, sendo as mais citadas lombalgia, dor na barriga e dor nas pernas. Quando questionadas sobre a opinião na assistência prestada pelo enfermeiro, todas afirmaram como facilitadores: acolhimento na unidade, sentiu-se bem na consulta e uso de linguagem esclarecedora; a maioria apontou como barreiras: recebimento de atividade educativa e visita domiciliar. Nos testes inferenciais, observou-se significância entre: intercorrências nas gestações anteriores com número de abortos, índice de massa corporal com inchaço nos pés, manchas na pele e náuseas com antecedentes pessoais; dor nas costas e nas pernas, vômitos, manchas na pele e náuseas com idade gestacional; sangramento na gengiva com faixa etária; situação de trabalho com fraqueza; fraqueza e vômito com exames laboratoriais; queixas emocionais com uso de sulfato ferroso. Embora na visão das gestantes a assistência realizada pelo enfermeiro tenha sido avaliada como facilitadora em vários aspectos, observa-se deficiência no atendimento de ações indispensáveis durante o pré-natal como realização de exame físico completo, testes rápidos, atividades educativas e visita domiciliar. Espera-se que as ações evidenciadas neste estudo contribuam na prática dos profissionais de saúde e de gestores, estimulando um processo reflexivo frente ao cuidado humanizado no pré-natal, buscando atender às reais necessidades das usuárias.Item Acesso aberto (Open Access) Assistência pré-natal às gestantes com diagnóstico de sífilis segundo os enfermeiros da atenção primária à saúde(Universidade Federal de Alfenas, 2022-12-13) Reis, Eluana Maria Cristofaro; Freitas, Patrícia Scotini; Calheiros , Christianne Alves Pereira; Silva, Simone Albino DaO presente estudo tem por objetivo analisar como ocorre a assistência pré-natal às gestantes com diagnóstico de sífilis, segundo os enfermeiros que atuam na Atenção Primária à Saúde, em uma regional de saúde do interior do Estado de São Paulo. Para alcançar o objetivo proposto, foi conduzida pesquisa de delineamento não experimental, transversal, do tipo correlacional descritiva e de abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada com os enfermeiros que atuavam na assistência pré-natal, na Atenção Primária à Saúde, em 18 das 20 cidades que compõem o Departamento Regional de Saúde XIV. A amostra foi composta por 89 enfermeiros que atuavam na Estratégia Saúde da Família e que eram responsáveis pelo primeiro atendimento pré-natal da gestante e pelo acompanhamento daquelas com diagnóstico de sífilis. Para a coleta de dados, foi elaborado e validado instrumento conforme a Técnica Delphi seguido de teste-piloto, após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. A coleta de dados foi realizada de forma não presencial por meio de formulário eletrônico (Google forms). Foram utilizados os testes estatísticos Qui-Quadrado e Exato de Fisher para verificar a associação entre as variáveis do estudo. Como resultados da análise descritiva, foi possível observar que 64,0% dos enfermeiros atuavam em Equipe Saúde da Família em tempo menor ou igual a cinco anos, 77,5% referiram basear sua assistência às gestantes com sífilis em protocolo municipal, 88,8% não realizavam consultas subsequentes de pré- natal, 96,6% realizavam teste rápido na primeira consulta de pré-natal e 64,0% realizavam também no segundo e no terceiro trimestres gestacionais; 48,3% referiram tratar o parceiro concomitantemente à gestante independente do resultado do teste rápido; 36,0% referiram não administrar a benzilpenicilina na unidade sem a presença do médico e 30,4% não realizaram a prescrição de benzilpenicilina para as gestantes reagentes à sífilis. Nas análises inferenciais, identificaram-se várias associações como em relação aos enfermeiros que baseiam seu atendimento em protocolo municipal às gestantes com sífilis, observou-se que 63,6% (p=0,000) realizavam consultas subsequentes de pré-natal, 56,8% (p=0,008) realizavam teste rápido na primeira consulta, no segundo e no terceiro trimestres gestacionais, e 55,7% (p=0,019) administravam a benzilpenicilina na unidade, mesmo sem a presença do médico. Embora a opinião dos enfermeiros sobre sua assistência às gestantes com diagnóstico de sífilis tenha tido maior relato de facilitadores do que barreiras, observaram-se algumas lacunas em relação à assistência prestada e aos protocolos existentes, como, por exemplo, a não prescrição de benzilpenicilina benzatina ou a sua não administração na unidade, a não realização de consultas subsequentes e a realização de testes rápidos somente na primeira consulta por grande parte dos enfermeiros. Espera-se que as ações evidenciadas neste estudo contribuam para a prática dos enfermeiros e a sensibilização dos gestores, estimulando um processo reflexivo, o estabelecimento de fluxos e empoderamento dos profissionais envolvidos na assistência pré-natal, para uma assistência humanizada, resolutiva e que contribua para atingir no Brasil a meta preconizada pela Organização Mundial de Saúde de casos da sífilis congênita.