Doutorado em Biociências Aplicadas à Saúde
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2669
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Navegando Doutorado em Biociências Aplicadas à Saúde por Orientador(a) "Carvalho, Leonardo César"
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Item Embargo Análise do feedforward, eletromiografia e força muscular em voluntários do grupo de risco para covid-19 submetidos a um protocolo de exercícios domiciliares: ensaio clínico randomizado, controlado, cross over(Universidade Federal de Alfenas, 2024-09-22) Silva, Roberta De Oliveira E; Carvalho, Leonardo César; Hermes, Tulio De Almeida; Oliveira, Fabricio Borges; Pegorari, Maycon Sousa; Iunes, Denise HolandaIntrodução: O Diabetes Mellitus (DM) é um distúrbio metabólico grave que leva à hiperglicemia crônica, condição patogênica que pode incluir defeitos na secreção e/ou ação da insulina. O DM tipo 2 (DM2) pode induzir a neuropatia e consequente redução da força muscular. Este estudo foi dividido em quatro etapas. Na primeira etapa objetivou-se aplicar o Questionário de Atividades de autocuidado com o Diabetes (QAD) em voluntários portadores de DM2 durante a pandemia do COVID-19; na segunda etapa foi proposto um instrumento para mensurar a força isométrica dos músculos flexores dos pododáctilos individualmente por meio de um dinamômetro isométrico específico de fácil reprodutibilidade e baixo custo; na terceira etapa o objetivo foi comparar os resultados da termografia, oximetria e baropodometria dos pés antes e após um programa de exercícios para a musculatura intrínseca dos pés em voluntários portadores de DM2; e na quarta etapa o objetivo foi avaliar os efeitos de dois protocolos de exercícios domiciliares de fortalecimento para os pés sobre os sintomas neuropáticos e as atividades de autocuidado em DM2, avaliar o tempo de resposta motora por meio do PhysioPlay e avaliar a força do músculo flexor curto dos dedos através da eletromiografia e dinamometria de ambos os pés de voluntários portadores de DM2. Método: 109 voluntários com diagnóstico prévio de DM2 foram randomizados em dois grupos: Controle (GC) e Intervenção (GI). Ambos realizaram dois protocolos de exercícios domiciliares por 30 minutos três vezes na semana para fortalecimento da musculatura intrínseca dos pés, sendo avaliados antes e após cada protocolo. Houve um período de washout de dois meses, após esse período as intervenções foram realocadas de modo cross-over. Resultados: O QAD apresentou alterações significativas no GI; no instrumento proposto os resultados demonstraram ICC excelente em todos os dedos; houve diferença estatística em alguns parâmetros da termografia principalmente no GI; a oximetria apresentou aumento no terceiro e quarto dedos esquerdo no GC e diminuição no primeiro e quarto dedos direito no GI; na baropodometria, houve aumento da pressão média em ambos os pés nos dois grupos com os olhos abertos, a pressão máxima com os olhos fechados diminuiu no pé direito no GI, os dados estabilométricos apresentaram diferença estatística na maioria dos parâmetros em ambos os grupos; o ESN apresentou sintomas leves com diminuição após exercícios em ambos os grupos; no ECN houve aumento do escore no GI; no tempo de resposta motora do GC com os olhos abertos houve diminuição do tempo na abdução do quadril direito à 10° e aumento à 20°, com os olhos fechados houve diminuição no quadril esquerdo à 10°, no GI houve aumento no quadril direto à 10°; a eletromiografia não apresentou resultados significativos; na dinamometria a força dos músculos flexores dos dedos aumentou no GC no hálux e quarto dedo direito e, no segundo, terceiro e quarto dedos esquerdo e no GI aumentou no segundo, quarto e quinto dedos direito e, segundo, terceiro e quarto dedos esquerdo. Conclusão: Os achados atendem ao objetivo do estudo evidenciando que os exercícios para o fortalecimento da musculatura intrínseca dos pododáctilos foi um fator primordial para a mudança dos parâmetros avaliados. Podemos perceber que pequenas mudanças na rotina de cuidado de voluntários diabéticos são essenciais para a melhora do enfrentamento da doença e prevenção de lesões associadas.Item Acesso aberto (Open Access) Análise dos efeitos agudos e tardios da cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior com tendão flexor na cinemática, ativação muscular, equilíbrio e funcionalidade subjetiva dos membros inferiores(Universidade Federal de Alfenas, 2022-12-09) Oliveira, Marcelo Lima De; Carvalho, Leonardo César; Iunes, Denise Hollanda; Simão, Adriano Prado; Carvalho, Eduardo Elias Vieira DeA ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) tem sido cada vez mais comum em esportes recreacionais e de alto desempenho. Existem algumas técnicas que foram desenvolvidas para a reconstrução de LCA, todas elas com seus pontos positivos e negativos. Dentre elas vão se destacar a técnica com enxerto autólogo do terço medial do tendão patelar, e a técnica com enxerto autólogo de tendão da musculatura flexora de joelho, mais especificamente dos músculos grácil e semitendinoso. Apesar de uma literatura abundante a respeito da cirurgia de reconstrução de LCA e seus resultados, existem poucos dados comparando diretamente os efeitos agudos de ambas às técnicas cirúrgicas em se tratando de eletromiografia, principalmente da musculatura proximal de quadril, cinemática de membros inferiores e sua funcionalidade. Foram realizados 3 estudos, onde, o objetivo do estudo 1 foi investigar as alterações cinemáticas agudas, estratégias de equilíbrio corporal e distribuição de peso nos membros operados e não operados no seguimento de curto prazo, no período pósoperatório (15 dias). O estudo 2 teve como objetivo investigar os efeitos imediatos ou agudos da reconstrução do LCA na ativação muscular dos membros inferiores. O objetivo do estudo 3 foi investigar as alterações cinemáticas, eletromiográficas, do equilíbrio e funcionalidade subjetiva no período de 3 meses após cirurgia de reconstrução do LCA. A avaliação simultânea da cinemática tridimensional, eletromiografia e equilíbrio dos membros inferiores em apoio bipodal (por baropodometria) foi realizada durante o miniagachamento com os olhos abertos e fechados, em três momentos: pré e pós-operatórios (15 dias e 3 meses). Os resultados destes estudos indicam que após a lesão do LCA e, posteriormente a reconstrução cirúrgica, foram encontradas importantes alterações biomecânicas de membros inferiores, tanto na articulação do quadril quanto na articulação do joelho, no membro operado e no membro não operado. Ao longo do processo de reabilitação, foi demonstrado uma melhora no padrão de movimento, melhora na ativação muscular, melhora do equilíbrio, menor distribuição de peso no membro operado e uma melhora na função subjetiva e sintomatologia do joelho.Item Acesso aberto (Open Access) Efeito dos diferentes percentuais de carga de treinamento (40% e 80% de 1 repetição máxima) utilizados em exercícios resistidos até falha concêntrica em indivíduos fisicamente ativos : estudo clínico controlado randomizado(Universidade Federal de Alfenas, 2024-04-29) Massahud, Anderson Ranieri; Carvalho, Leonardo César; Borges, Juliana Bassalobre Carvalho; Penoni, Álvaro César De Oliveira; Mansur, Henrique Novais; Silva , Giuliano Roberto DaA comunidade científica reconhece a força muscular como um importante componente da aptidão física relacionada à melhora e à manutenção da saúde. Neste contexto, o treinamento proposto para ganho de força muscular é de grande interesse para profissionais da saúde e para pesquisadores. Existem várias formas de se desenvolver força muscular, sendo o treinamento resistido a mais comum. Dentre os diversos métodos de treinamento resistido, o método de treino resistido até a falha concêntrica vem se popularizando a cada dia. Porém, a falha concêntrica é um fenômeno multifatorial, ainda não totalmente elucidado pelo método científico. Dessa forma, o objetivo do estudo 1 foi comparar o efeito de diferentes intensidades de treinamento até a falha concêntrica, 80% vs. 40% repetição máxima (RM), nas adaptações musculares em indivíduos fisicamente ativos. Foi realizado um estudo clínico randomizado e controlado com indivíduos do sexo masculino. Sessenta participantes foram alocados três grupos. O primeiro grupo realizou o protocolo de treinamento com intensidade de carga de treinamento de 40%RM. (G40, n=20); o segundo, um treinamento com 80% RM (G80, n=20) e o terceiro, grupo controle (GC, n=20), não realizou nenhuma intervenção. Para os grupos G40 e G80 foi aplicado um programa de treinamento com exercícios resistidos para extensores e flexores de joelho até a falha concêntrica, com duração de oito semanas e frequência de três vezes por semana com intervalo mínimo de 48 horas entre as sessões. A ordem do treinamento foi exercícios no Leg Press, na cadeira extensora e na mesa flexora realizados na Clínica do Exercício da Universidade Vale do Rio Verde - UNINCOR. Realizaram-se três séries de cada exercício com o intervalo de recuperação entre as séries de 2 minutos e, somente após as três séries no mesmo exercício, executava-se a sequência no exercício posterior. Os participantes foram avaliados por meio de exame de ultrassonografia para avaliar a espessura do músculo vasto lateral; teste de avaliação de força dos extensores e flexores do joelho por meio da contração isométrica voluntária máxima avaliada por um dinamômetro de tração e força dinâmica máxima avaliada por meio dos testes de uma repetição máxima; e testes de desempenho funcional (Single/Triple Hop Test e Vertical Jump). Os resultados demonstraram que os grupos G40 (Δ=0,73cm) e G80 (Δ=0,56cm) apresentaram ganhos similares de espessura muscular do vasto lateral. Ambos os grupos apresentaram diferenças significativas em relação ao grupo controle GC (Δ=-0,33cm; p=0,0001). Para os ganhos de força muscular, dos músculos extensores de joelho, avaliado por meio de um dinamômetro de tração (CIVM - Contração Isométrica Voluntária Máxima) foram observados ganhos de força nos grupos intervenção G40 (Δ=5,82kg) e G80 (Δ=8,37kg). Ambos os grupos apresentam diferenças significativas em relação ao GC (-0,015kg; p=0,0001). Não foram observadas diferenças significativas na avaliação dos flexores de joelho (p=0,1251). Já na avaliação de força dinâmica (1RM) o G80 apresentou os maiores ganhos de força quando comparado ao G40 e ao GC (p<0,0001). Essas diferenças foram observadas nos exercícios de Leg Press (Δ=65,42kg), cadeira extensora (Δ=13,52kg) e mesa flexora (Δ=7,89kg). Na avaliação funcional através da distância alcançada foram encontradas diferenças significativas entre os grupos, sendo que o grupo G80 apresentou os maiores ganhos de distância quando comparados ao G40 e GC no Single Hop Test (p=0,0001), Triple Hop Test (p=0,0001) e Vertical Jump (p=0,0001). Podemos concluir que o treinamento resistido até a falha concêntrica realizado com altas ou baixas intensidades de carga geram ganhos de hipertrofia muscular semelhante. Já para o ganho de força máxima dinâmica, isométrica voluntária máxima e para os testes de desempenho funcional, as intensidades de cargas altas são mais eficazes quando comparada às intensidades de cargas baixas. O estudo 2 teve como objetivo avaliar os efeitos agudos em uma sessão de treinamento resistido até a falha concêntrica com diferentes intensidades de carga (40% vs. 80% RM) sobre o metabolismo mineral (sódio, potássio, magnésio, cálcio, fósforo, zinco), marcadores indiretos de estresse e danos musculares (creatina quinase, transaminase oxalacética, termografia infravermelha, lactacidemia). Foi realizado um estudo experimental com indivíduos fisicamente ativos do sexo masculino entre 18 a 25 anos. Preencheram os requisitos de inclusão no estudo 28 homens, sendo quatorze em cada grupo. O primeiro grupo realizou o protocolo de treinamento com intensidade de carga de treinamento de 40%RM (G40). O segundo grupo realizou o treinamento com 80%RM (G80). O programa de treinamento com exercícios resistidos até a falha concêntrica consistia em realizar três séries dos exercícios de Leg Press, cadeira extensora e mesa flexora com intervalo de 2 minutos entre as séries. De acordo com os resultados houve diferença significativa entre os dois grupos para a concentração de sódio (p=0,026), potássio (p=0,0001), cálcio (p=0,0021), lactato (p=0,011) e transaminase oxalacética (p=0,011). Podemos concluir que o treinamento resistido até a falha concêntrica com maior intensidade de carga leva a um maior estresse metabólico e danos musculares quando comparados ao treinamento com menor intensidade de carga. O estudo 3 teve como objetivo avaliar os efeitos hemodinâmicos agudos do treinamento resistido até a falha concêntrica com diferentes intensidades de carga (40% vs. 80%RM). Foi realizado um estudo experimental com indivíduos fisicamente ativos do sexo masculino com idade entre 18 a 25 anos com experiência em treinamento resistido. Preencheram os requisitos de inclusão no estudo 28 homens, sendo quatorze em cada grupo. O primeiro grupo realizou o protocolo de treinamento com a intensidade de carga com 40%RM (G40), enquanto o segundo grupo com 80%RM (G80). A sessão de treinamento até a falha concêntrica foi realizada no exercício de extensão de joelho (cadeira extensora). Realizaram-se três séries do exercício com 2 minutos de intervalo entre elas. Os participantes foram avaliados através do comportamento da pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, frequência cardíaca e do duplo-produto. Os valores de pressão arterial e frequência cardíaca foram avaliados, nas últimas repetições de cada exercício e após 5 e 15 minutos. Os resultados mostraram que em nenhuma das situações de treinamento avaliadas houve interações significativas entre os fatores de pressão arterial sistólica (p=0,172), pressão arterial diastólica (p=0.298) frequência cardíaca (p=0,376) e duplo produto (p=0,214). A média do duplo produto, importante parâmetro de risco cardiovascular, apresentou valores médios máximos de: G40=12363,6 mmHg x bpm e G80=11363,6 mmHg x bpm . Sendo assim, podemos afirmar que o treinamento resistido até a falha concêntrica com 40 e 80%RM são seguros, pois, segundo as diretrizes do American College of Sports Medicine (2014), valores até duplo produto iguais ou acima de 30.000 mmHg x bpm (milímetros de mercúrios/batimentos por minutos), são indicativos de risco cardiovascular