Doutorado em Biociências Aplicadas à Saúde
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2669
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Navegando Doutorado em Biociências Aplicadas à Saúde por Orientador(a) "Leitão, Silvia Graciela Ruginsk"
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Item Acesso aberto (Open Access) Efeitos da Maca Vermelha (Lepidium meyenii Walp.) sobre variáveis metabólicas, comportamentais e sobre a microbiota intestinal de ratas Wistar ovariectomizadas(2025-04-28) Martins, Angela Maria; Leitão, Silvia Graciela Ruginsk; Paula, Hudsara Aparecida de Almeida; Pereira, Marília Gabriella Alves Goulart; Ceron, Carla Speroni; Fonseca, Wesley FernandesA Maca tem sido amplamente utilizada na medicina complementar para tratar infertilidade, redução da libido e outros sintomas associados à menopausa. O presente estudo explorou a influência da suplementação oral com Maca Vermelha em indicadores comportamentais, metabólicos e bioquímicos associados ao hipoestrogenismo. Após aclimatação, ratas Wistar adultas foram submetidas à ovariectomia (OVX) ou cirurgia simulada (SHAM). Os animais foram então tratados por gavagem com uma suspensão de Maca Vermelha (100 mg/kg/dia) por 21 dias. Ao final do tratamento, os animais foram submetidos ao teste de campo aberto e eutanasiados para coleta do útero, hipófise, adeno-hipófise, timo, tecidos adiposos branco e marrom e do plasma para as análises de glicemia casual, colesterol total, triglicerídeos, lactato e cálcio. Todos os procedimentos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa Animal da UNIFAL/MG (protocolo 005/2022). Tanto a OVX quanto a administração da Maca Vermelha não alteraram a glicemia casual, o perfil lipídico plasmático e as concentrações de cálcio. Além disso, o tratamento com Maca Vermelha não modificou as alterações induzidas por OVX na massa corporal, índice uterino ou tamanho relativo do tecido adiposo marrom. No entanto, a Maca Vermelha preveniu a diminuição induzida pela OVX na massa relativa da hipófise, indicando um papel potencial no controle central da função gonadal. A administração de Maca Vermelha induziu ainda a um efeito ansiolítico em animais OVX, mas não em animais SHAM, o que ocorreu em paralelo com alterações do perfil da microbiota intestinal. A análise da composição da Maca Vermelha revelou quantidades significativas de flavonoides, que podem estar subjacentes à importante atividade antioxidante, conforme demonstrado por ensaios de eliminação de radicais in vitro. Portanto, a Maca Vermelha pode ser considerada um alimento funcional em potencial para gerenciar alterações associadas ao hipoestrogenismo, particularmente no comportamento e na saúde intestinal. No entanto, o uso mais prolongado deve ser avaliado por estudos futuros, a fim de validar os efeitos benéficos da Maca Vermelha em marcadores metabólicos, comportamentais e bioquímicos.Item Acesso aberto (Open Access) Participação do receptor cb1 nas respostas homeostáticas induzidas por estresse de contenção(Universidade Federal de Alfenas, 2024-06-11) Chagas, Luana Aparecida; Leitão, Silvia Graciela Ruginsk; Godoy, Lívea Dornela; Pereira, Marília Gabriella Alves Goulart; Fonseca, Wesley Fernandes; Ventura, Renato RizoOs distúrbios relacionados ao estresse estão se tornando cada vez mais comuns e frequentemente associados a deficiências cognitivas. Neste contexto, o sistema endocanabinóide (SEC), particularmente o receptor canabinóide tipo 1 (CB1), parece desempenhar um papel decisivo na restauração da homeostase corporal. Há evidências consistentes na literatura de que a interrupção da neurotransmissão mediada por CB1 pode, em última análise, contribuir para doenças relacionadas ao estresse. Portanto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a participação dos receptores CB1 na integridade das respostas periféricas e comportamentais induzidas pelo estresse. Para tanto, ratos Wistar machos adultos foram submetidos a contenção física (1h/dia, durante 7 dias), seguida de administração única de rimonabanto (antagonista do receptor CB1, 3mg/Kg, intraperitonial) ao final do protocolo de estresse. Os animais foram então submetidos à avaliação das respostas neuroendócrinas, testes comportamentais e quantificação da imunorreatividade do Iba-1 (microglial) nas subdivisões parvocelulares do núcleo paraventricular do hipotálamo (PVN). Não foram detectados efeitos do estresse de contenção ou da administração de rimonabanto na variação da massa corporal. No entanto, o estresse aumentou significativamente a massa relativa adrenal e a secreção de corticosterona e reduziu o tamanho relativo do timo. Os efeitos do estresse no tamanho da adrenal e nos níveis plasmáticos de corticosterona estavam ausentes em ratos tratados com rimonabanto, mas o tamanho do timo foi ainda mais reduzido no grupo de restrição com rimonabanto. O estresse por restrição também induziu anhedonia e reduziu o índice de reconhecimento de objetos, indicando comprometimento da recuperação da memória. O tratamento com o antagonista CB1 reverteu significativamente a anedonia induzida pelo estresse e o déficit de memória. No PVN, o estresse de restrição reduziu o número de células positivas para Iba-1 na região parvocelular medial de animais tratados com veículo, mas não com rimonabanto. Tomados em conjunto, estes resultados indicam que a inibição aguda da via endógena mediada por CB1 restaura comportamentos semelhantes à depressão induzidos pelo stress e perda de memória, sugerindo um papel para os endocanabinóides na interacção neuroimune-endócrina tanto a nível periférico como hipotalâmico.