Mestrado em Educação
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2655
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Navegando Mestrado em Educação por Orientador(a) "Girotto, Vanessa Cristina"
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Item Acesso aberto (Open Access) A importância da dialogicidade para a efetiva participação da comunidade local e da comunidade escolar(Universidade Federal de Alfenas, 2017-02-21) Salles, Thays Alexandre; Girotto, Vanessa Cristina; Conti, Celso Luiz Aparecido; Groppo, Luis AntonioSabemos que a escola, em muitos momentos, pode apresentar uma gestão estruturada de forma hierárquica e autoritária. Dessa forma, esta dissertação visa contribuir apresentando elementos que possam ajudar a pensar a construção de uma concepção problematizadora e libertadora, no sentido freireano e, consequentemente, uma gestão mais democrática e participativa, de forma a construir mecanismos coletivos de participação, em prol da tomada coletiva de decisões, de maneira mais dialogada. Para isso, nos baseamos em uma concepção dialógica de Aprendizagem, que tem como premissa as Comunidades de Aprendizagem como modelo de gestão dialógica. Sendo assim, realizamos esta dissertação com o objetivo de analisar a participação das comunidades escolar e local, de uma escola do município de Alfenas, a fim de verificar se ela ocorre de forma dialógica e, para isso, buscamos compreender a participação das Comunidades Local e Escolar, levando em consideração alguns aspectos: escolha democrática dos dirigentes e gestão da diretora; os espaços coletivos para a participação – Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, Conselho de Classe, Associação de pais e mestres -; o envolvimento da Comunidade Local e da Comunidade Escolar e elaboração/consolidação de documentos escolares – Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar. A coleta de dados ocorreu por meio da vertente Metodológica Comunicativa de Investigação. Realizamos entrevistas comunicativas, relatos comunicativos de vida, grupos de discussão comunicativos e observações comunicativas com todos os segmentos representativos da escola, incluindo as famílias, as crianças, os docentes e demais funcionários. As análises também foram orientadas nesta vertente metodológica e tiveram como foco os elementos transformadores, referentes às maneiras de superar as barreiras para que ocorra uma gestão dialógica, no sentido freireano e os elementos exclusores, ou seja, aqueles que impediram a realização de uma gestão dialógica. Os resultados indicam, de maneira geral, que em todos os aspectos analisados essa forma de diálogo não é característica efetiva na participação das comunidades local e escolar, pois há pouca participação da Comunidade Escolar e não há participação da Comunidade Local e famílias na tomada de decisões da escola. Quanto aos espaços coletivos para participação e os documentos escolares, a maioria dos segmentos representativos não tinha a real compreensão sobre suas funções, sendo que a composição e a forma de escolha não foram realizadas de maneira democrática, mas, com o decorrer da pesquisa, alguns elementos exclusores foram transformados. Por outro lado, encontramos alguns elementos que contribuíram para a participação da comunidade local e escolar na gestão da escolar, como, por exemplo, o fato de que, apesar de a diretora da escola ter sido nomeada pelo governo municipal, ela apresentou elementos favoráveis para a construção da participação democrática, aproximando-se, assim, daquilo que entendemos como gestão dialógica.Item Acesso aberto (Open Access) A utilização de poemas clássicos em Tertúlias Literárias Dialógicas com crianças no Ciclo da Alfabetização(Universidade Federal de Alfenas, 2018-02-22) Reis, Thais Aparecida Bento; Girotto, Vanessa Cristina; Marigo, Adriana Fernandes Coimbra; Nunes, Aparecida MariaEsta dissertação tem como tema a leitura de poemas clássicos da literatura universal no Ciclo da Alfabetização e fundamenta-se teoricamente nos princípios da Aprendizagem Dialógica. A justificativa que destaca a relevância desta pesquisa é o fato de que, em muitas falas – senso comum – de professores(as), está o discurso de que os(as) alunos(as) não gostam de poemas por serem de difícil compreensão e pelo fato de que, quando este gênero textual é trabalhado em sala de aula, tem, muitas vezes, a finalidade de identificar rimas, versos, períodos literários ou interpretações fechadas, ou seja, a ―interação‖ do(a) aluno(a) com o texto nesse tipo de atividade acontece de forma mecânica. Nesse sentido, abordamos a Tertúlia Literária Dialógica, como uma atividade de leitura de clássicos universais da literatura que objetiva uma educação literária mais participativa e dialógica, o que acontece desde a escolha do livro até as reflexões entre alunos(as) e professores(as), que acontecem a partir do diálogo igualitário e que propõe que todas as opiniões sejam respeitadas, não pela posição ou nível de conhecimento acadêmico do(a) participante, mas, por sua argumentação diante de determinado tema. O presente trabalho foi desenvolvido a partir da pesquisa bibliográfica e busca responder a questão: ―quais as características presentes nos clássicos literários que justificam seu uso na Tertúlia Literária Dialógica para a leitura de poemas?‖ Para responder à questão, partimos da hipótese de que estimular a leitura a partir dos clássicos literários contribui para a ampliação da linguagem oral e escrita, por se tratar de textos que utilizam a norma culta da língua, diferente de muitos fragmentos de textos presentes em livros didáticos e que apresentam uma linguagem, muitas vezes, infantilizada ou que não contribuem para desenvolver a criticidade e o vocabulário do(a) aluno(a). A partir de um estudo sistemático de autores(as) como Ana Maria Machado, Ezra Pound, Harold Bloom, Italo Calvino, Leyla Perrone-Moisés e T. S. Eliot, identificamos que, quando a leitura é desenvolvida em sala de aula, com finalidade estritamente interpretativa e obrigatória, dificulta uma melhor participação dos(as) alunos(as) no processo, assim como o desenvolvimento de atividades com textos que não possuem as características que permeiam as obras literárias clássicas como, por exemplo, a utilização de uma linguagem concisa, atemporalidade, universalidade e amplitude de sentidos. O objetivo geral desta pesquisa é identificar como a leitura realizada na Tertúlia Literária Dialógica contribui para desenvolver, em alunos(as) do Ciclo da Alfabetização, as habilidades de leitura propostas em documentos oficiais. Conclui-se, com base nos aportes teóricos elencados, que os textos a serem apresentados para alunos(as) no período da alfabetização não podem ser infantilizados ou textos ―pobres‖ gramatical e literariamente, haja vista as diversas possibilidades de aprendizagem instrumental dos conteúdos bem como a diversidade cultural advindas da leitura dos clássicos literários. Assim, a Tertúlia Literária Dialógica, por garantir a leitura dos clássicos universais e por possibilitar a expressão oral dos(as) alunos(as), consequentemente, contribui para a formação de alunos(as) que, criticamente, aprendem a realizar a leitura do mundo e, assim, criam sentido na aprendizagem da leitura da palavra.Item Acesso aberto (Open Access) Alfabetização de mulheres na EPJA: uma análise de artigos do SciELOà luz da abordagem dialógica(Universidade Federal de Alfenas, 2018-02-27) Gonçalves, Renata De Fátima; Girotto, Vanessa Cristina; Braga, Fabiana Marini; Mariano, André Luiz SenaEsta dissertação buscou fazer um estudo sobre a Educação de Pessoas Jovens e Adultas, com foco na alfabetização de mulheres, tentando identificar teoricamente, nas produções científicas, em especial no site Scientific Electronic Library Online (SciELO), os obstáculos que historicamente vêm impedindo esse grupo de ter um êxito educativo, bem como evidenciar as possibilidades de uma aprendizagem da leitura e da escrita que permita uma inserção e permanência nos espaços educativos, de forma mais autônoma e democrática. No sentido de apresentar tais possibilidades encontramos na vertente dialógica grande contribuição, pois esse referencial potencializa a participação de todas as pessoas, maximiza as aprendizagens e fomenta a transformação social e educativa desse grupo. Realizamos uma pesquisa de natureza bibliográfica, selecionando artigos da última década que abordaram a questão da alfabetização de mulheres em âmbito nacional, bem como os desafios encontrados por esse público, as políticas públicas geradas e os movimentos que vêm apoiando as discussões em torno dessa temática. Como resultados encontramos evidências históricas que levaram e levam à exclusão das mulheres, em especial aquele relacionado ao aspecto da aprendizagem da leitura e escrita da palavra, como por exemplo o machismo, a religião, o trabalho, questões ligadas à raça, ao gênero e à classe social. O direito à educação escolar foi direcionado, ao longo dos séculos, para os cuidados do lar, em que a mulher era ensinada a ser mãe, esposa recatada e aprendendo a exercer atividades domésticas, e não era necessário nada além de cozinhar, costurar e realizar pequenas tarefas do lar, assim as possibilidades foram se ampliando e, no decorrer dos séculos, as mulheres e os movimentos sociais começaram a reivindicar alguns direitos como voto, maior acesso à escolarização, igualdade nos salários, mesmos direitos na política, entre outros. Apesar de estarmos ainda caminhando nesta direção e sabendo que muitos direitos estabelecidos pela Constituição não foram assegurados, vislumbramos teorias e ações que nos apoiam nessa busca. Por conta disso, os encaminhamentos para a sociedade se pautaram em uma vertente dialógica de educação que busca, de forma democrática, potencializar a participação de todas as pessoas, garantindo a máxima aprendizagem, ao mesmo tempo em que fomenta a transformação social e educativa desses gruposItem Acesso aberto (Open Access) Professora de biblioteca e a tertúlia literária dialógica: desafios e transformações(Universidade Federal de Alfenas, 2017-02-13) Magalhães, Amanda Chiaradia; Girotto, Vanessa Cristina; Gabassa, Vanessa; Silva, Elias Ribeiro DaA biblioteca está presente nas instituições escolares há muito tempo. Porém, pesquisas na área apontam que este, ainda hoje, é um espaço esquecido dentro da escola, visto apenas como um depósito de livros e um lugar de castigo. Em contrapartida, estudiosos do assunto afirmam que, se a biblioteca escolar for utilizada na dimensão pedagógica, pode vir a ser um instrumento potente para colaborar no ensino e na aprendizagem das crianças. Há, no cenário atual, algumas políticas públicas que caminham nesse sentido e afirmam que a biblioteca escolar pode potencializar o ensino e a aprendizagem, principalmente da leitura. Contudo, não há ainda uma regulamentação sobre as atribuições do cargo do(a) profissional da biblioteca escolar, o que gera um impasse sobre as práticas que ocorrem no interior deste espaço. Por vezes, essas práticas tratam a leitura de forma mecânica, afastando o(a) pequeno(a) leitor(a) do mundo da leitura. Na vertente da aprendizagem dialógica conceito que adotaremos nesse trabalho, entre as atuações educativas de êxito, estudadas em âmbito internacional, há a proposta de tertúlia literária dialógica, que é uma prática compartilhada de leitura que, entre outras singularidades, por meio da leitura de literatura clássica intersubjetiva, potencializa a aprendizagem. A partir desses pressupostos, realizamos a formação de uma professora do uso de biblioteca em aprendizagem dialógica e também implementamos a atividade de tertúlia literária dialógica no seu espaço de trabalho, de modo a buscar romper com a leitura mecanizada que acontecia ali. Assim, procuramos responder à seguinte questão: Quais são os impactos que a formação da professora de biblioteca em aprendizagem dialógica gera no seu espaço de atuação? Para tanto, realizamos a coleta de dados, que aconteceu no segundo semestre de 2015, também por um viés comunicativo, utilizando a metodologia comunicativa de investigação. Utilizamos, como instrumentos de coleta de dados, as observações comunicativas durante a realização da Tertúlia Literária Dialógica no espaço da biblioteca, bem como os relatos comunicativos e grupo de discussão com a professora participante. As análises referem-se às dimensões transformadora e exclusora, próprias da metodologia adotada. De maneira geral, os elementos apontaram que as práticas dialógicas vêm ao encontro do que é proposto nos documentos oficiais e colabora com a reorganização do espaço da biblioteca. A formação da professora em aprendizagem dialógica supriu uma necessidade anterior e possibilitou a reorganização da sua prática, transformando a biblioteca em um espaço de maior interação e aprendizagem. Foi possível notar também uma melhora no quesito instrumental e de convivência dos(as) alunos(as), bem como uma ampliação no diálogo com a gestão escolar. No que tange aos elementos exclusores, apontamos as dificuldades iniciais em estabelecer um reconhecimento da importância da biblioteca e da função da professora deste espaço; a falta de exemplares de literatura para realização da prática dialógica; dificuldades quanto ao apoio dos demais docentes da escola para realização da atividade. Como apontamos, as práticas dialógicas representaram um potencial para a reorganização do espaço da biblioteca e da ampliação de interações mais respeitosas.