Mestrado e Doutorado
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Navegando Mestrado e Doutorado por Cursos "Mestrado em Enfermagem"
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Item Acesso aberto (Open Access) Avaliação do conhecimento em primeiros socorros dos professores do ensino fundamental(2025-12-05) Araujo, Aniele Garcia de Lima; Moreira, Denis da Silva; Neves, Eliane Tatsch; Lima, Rogério SilvaCom o caráter obrigatório da ‘Lei Lucas’, o treinamento em primeiros socorros para os professores e funcionários vem sendo concretizado em diferentes locais do Brasil. Compreender se o treinamento realizado possibilitou que os professores agregassem conhecimentos sobre técnicas básicas em primeiros socorros é mais um passo na busca pela promoção da segurança e saúde da criança. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o conhecimento teórico dos professores do ensino fundamental em primeiros socorros após treinamento. Trata-se de uma pesquisa descritiva transversal, analítica, com abordagem quantitativa, conduzida em uma cidade no interior de Minas Gerais. A pesquisa contemplou 201 professores de escolas municipais de ensino fundamental, que atuam direta ou indiretamente em sala de aula e que participaram do treinamento em primeiros socorros realizado pelo Núcleo de Educação em Urgência do SAMU. A coleta de dados foi realizada por meio de um instrumento validado pela técnica e-Delphi, entre os meses de novembro e dezembro de 2024. Os dados foram analisados de forma descritiva e por regressão logística. Quanto as características dos participantes, 78,1% (n=157) dos professores são do gênero feminino, com média de idade de 48,4 anos, predominantemente graduados em pedagogia (48,8% / n=98) e com atuação maior de 15 anos na área. O treinamento ministrado aos professores e funcionários teve média de tempo de cinco horas. Os resultados demostraram que apenas 57,2% (n=115) alcançaram o mínimo esperado para um bom aproveitamento ao que se refere ao conhecimento teórico em primeiros socorros com média de acerto de 11,69 questões. As principais lacunas existentes no conhecimento dos professores são: relação compressão-ventilação na PCR em criança, desobstrução de vias aéreas, sangramento nasal, choque anafilático, picada por animal peçonhento, febre, luxação e entorse. A análise inferencial demonstrou que, docentes do gênero masculino, com formação em pedagogia, menor tempo de experiência profissional e que participaram de capacitações com maior carga horária apresentaram melhores desempenhos. Em contrapartida, quanto maior a idade e tempo de atuação dos professores, exercício profissional de forma ininterrupta no último ano letivo, menor carga horária de treinamento e formação em licenciatura, menor o nível de conhecimento. Constata-se que os aspectos individuais e formativos exercem influência direta sobre o desempenho em primeiros socorros, o que reforça a urgência de estratégias educacionais permanentes e específicas, voltadas à homogeneização do preparo docente diante de situações emergenciais. Destaca-se que o professor devidamente capacitado e em consonância com os princípios fundamentais dos primeiros socorros assume papel essencial na prevenção de agravos e na garantia de um desfecho mais favorável para crianças e adolescentes em contextos de urgência no ambiente escolar. Dessa forma, a capacitação ultrapassa o âmbito meramente instrucional, configurando-se como ação estratégica de saúde pública e de responsabilidade institucional articulada à atuação técnica e educativa do enfermeiro do Programa Saúde na Escola, permitindo a transformação do conhecimento em prática efetiva, fortalecimento da cultura de prevenção. Assim, fortalecimento de uma base científica possibilitará a sustentação não apenas de atualização contínua, mas também a corresponsabilidade dos entes federativos pelo cumprimento das diretrizes preconizadas pela Lei Lucas.Item Acesso aberto (Open Access) Potencial terapêutico da poesia como intervenção em saúde no contexto de cuidados paliativos: revisão integrativa(2025-12-01) Santos, Lourdes Helena de Paula; Garcia, Ana Cláudia Mesquita; Freitas, Patrícia Scotini; Souza, Fabiana Bolela deCuidado Paliativo trata-se de uma abordagem de cuidados que busca promover a qualidade de vida e o alívio de sintomas angustiantes por meio de uma abordagem integral e humanizada diante do sofrimento causado por doenças graves. Nesse sentido, a poesia tem emergido como uma estratégia terapêutica que favorece a expressão emocional, ressignificação da experiência e suporte espiritual. Este teve como objetivo de analisar as evidências disponíveis na literatura sobre o potencial terapêutico da poesia como intervenção em saúde no contexto dos cuidados paliativos. Foi desenvolvida uma revisão integrativa, conforme proposto por Toronto e Remington. A questão de pesquisa foi elaborada com base na PICo: Quais são as evidências disponíveis na literatura sobre o potencial terapêutico da poesia como intervenção em saúde no contexto de hospice e cuidados paliativos. O protocolo foi registrado no Open Science Framework. Foram incluidos doze estudos publicados entre os anos de 1997 e 2024 incluídos nesta revisão. A partir da análise dos dados, foram identificados três temas: 1) Expressão e processamento emocional; 2) Facilitação da Comunicação e Vínculo interpessoal, 3) Ressignificação da experiência de adoecimento e finitude. A avaliação da qualidade metodológica dos estudos incluídos foi realizada pelo Evidence Level and Quality Guide Johns Hopkins Nursing Evidence Based Practice. Os estudos, com predominância de delineamentos observacionais, identificaram efeitos benéficos da poesia em variáveis como qualidade de vida, resiliência emocional, expressão de sentimentos e auto conexão. O uso da poesia como medida terapêutica nos cuidados paliativos tem se mostrado uma abordagem promissora para pacientes com câncer e outras doenças graves. A poesia favorece o desenvolvimento de conexão com a natureza, com os outros e com questões internas. Além disso, é capaz de minimizar sintomas emocionais negativos como ansiedade e omissão de sentimentos.Item Acesso aberto (Open Access) Trabalho interprofissional e sua relação com o alcance dos indicadores da atenção primária à saúde: estudo qualitativo(2024-12-03) Ribeiro, Nielly Andrade Carvalho; Lima, Rogério Silva; Silva, Simone Albino da; Chini, Lucélia TerraA Atenção Primária em saúde (APS) configura-se como ferramenta imprescindível para o gerenciamento do cuidado em saúde no contexto brasileiro. Considera-se que a íntima relação entre a natureza do trabalho interprofissional e o alcance dos objetivos da APS deva ser objeto de mais estudos que provoquem novas reflexões e direcionamentos para a formação inicial e continuada dos profissionais integrantes da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Assume-se como objetivo geral dessa investigação: Analisar a influência do trabalho interprofissional no alcance dos indicadores de desempenho para financiamento da APS na visão dos profissionais de saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, analítica, realizada em duas ESF. Participaram 23 profissionais que atuavam diretamente na assistência, integrantes de duas equipes de ESF do município do Sul de Minas Gerais. Foram selecionadas por conveniência as equipes que atendessem aos seguintes critérios: a com melhor alcance das metas dos indicadores de desempenho e aquela com menor taxa de alcance dos mesmos indicadores. Adicionalmente, as equipes deveriam também atender uma população com características sociodemográficas semelhantes, cobrirem um território contíguo e possuírem a mesma composição de profissionais. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas norteadas por um roteiro semiestruturado, gravadas em áudio. Para a organização e análise de dados foi utilizada a Análise Temática Reflexiva. Elaborou-se dois temas, intitulados: “O trabalho multiprofissional e sua lógica de linha de produção para o alcance dos indicadores e metas da Atenção Primária” e “O Paradoxo do bom relacionamento entre a equipe e o desconhecimento dos papéis de seus membros no alcance dos indicadores”. Pôde-se observar que os profissionais entendem que a adequada integração da equipe influencia o trabalho e, consequentemente, o alcance dos indicadores. No entanto, não se notou um alto nível de integração, esperado em um trabalho de cunho interprofissional. Da mesma forma, não foi possível assegurar que exista o reconhecimento mútuo de papéis entre os membros e objetivos claros e compartilhados entre a equipe no processo de obtenção dos resultados observados no SISAB. Sugere-se mais estudos para explorar como a formação básica e continuada dos profissionais de saúde podem ser direcionados com vistas à melhoria da integração da equipe para maior colaboração interprofissional, avançando para um modelo de trabalho em que os papéis e responsabilidades são claramente definidos e os objetivos compartilhados.
