Mestrado em Enfermagem

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Acesso aberto (Open Access)
Construção e validação do jogo de tabuleiro para a prevenção de autolesão não suicida em adolescentes
(Universidade Federal de Alfenas, 2023-04-27) Quintiliano, Guilherme Luis Nascimento; Moreira, Denis Da Silva; Sawada, Namie Okino; Miranda, Talita Prado Simão
A adolescência é uma fase propicia a apresentar dúvidas e incertezas em decorrência das transformações biológicas, psicológicas e emocionais que vivenciam e, das influências que podem existir no contexto em que estão inseridos. Nesse período do ciclo vital pode emergir a autolesão não suicida com consequências graves para o adolescente e para a vida adulta. A presente investigação se justifica pelo aumento de número de casos de autolesão não suicida em adolescentes, desdobrando-se em um problema de saúde pública. Objetivo: Construir e validar um jogo de tabuleiro para prevenção da autolesão não suicida em adolescentes. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva de delineamento metodológico que objetivou a construção e validação do jogo de tabuleiro baseado em evidências científicas para a prevenção da autolesão não suicida em adolescentes. Resultados: Evidenciou-se por meio da revisão integrativa que a autolesão não suicida é uma realidade na vida dos adolescentes, e que as repercussões desse comportamento podem afetar diretamente na qualidade de vida do adolescente. A síntese dos estudos proporcionou o conhecimento das evidências disponíveis e a ampliação do conhecimento sobre a autolesão não suicida e possibilitou a construção do jogo de tabuleiro “A Escolha é Sua”, que consiste em uma ferramenta lúdica e inovadora baseado em evidências científicas, validada por juízes especialistas e juízes adolescentes, por meio de um instrumento de validação de conteúdo, que possibilitou avaliar cada item do jogo individual e o instrumento como um todo. Utilizou-se o Índice de Validação de Conteúdo, e o instrumento obteve a taxa de concordância pelos juízes especialistas 1,0, a taxa obtida pelos juízes adolescentes 0,80 e a taxa geral do instrumento obtida foi 0,92. Conclusão: A ferramenta lúdica e inovadora é uma estratégia que poderá contribuir para a práxis profissional na área de educação e saúde no contexto do adolescente, minimizando as repercussões dessa problemática no seu cotidiano e de sua família, bem como contribuindo com a produção de conhecimento científico e pesquisas futuras. É imprescindível desenvolver ou utilizar metodologias de ensino que sejam eficazes para o aprendizado do adolescente, seja no âmbito escolar, com os profissionais da educação ou nas unidades de saúde, por meio do enfermeiro, visto que o enfermeiro é um agente de promoção e educação em saúde, nesse contexto, a utilização de ferramentas lúdicas, didática e inovadora pode ser fundamental.
Acesso aberto (Open Access)
Efeito da Terapia Comunitária Integrativa sobre os sintomas de ansiedade e depressão em adolescentes
(Universidade Federal de Alfenas, 2020-11-27) Alves, Mariane Inaraí; Moreira, Denis Da Silva; Bressan, Vânia Regina; Resck, Zélia Marilda Rodrigues
A adolescência é um período de intensas mudanças a nível biológico, psicológico e social, o que torna esta fase mais vulnerável a alterações psicoemocionais, tais como a ansiedade e depressão. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da Terapia Comunitária Integrativa sobre os sintomas de ansiedade e de depressão em adolescentes e avaliar a relação dessas comorbidades com a autolesão não suicida. Trata-se de uma pesquisa quase experimental do tipo pré e pós-teste. Os participantes foram constituídos por 56 adolescentes de 12 a 17 anos matriculados em uma escola pública do sul de Minas Gerais. Os instrumentos para a coleta de dados foram: Caracterização dos participantes, Classificação Econômica, Escala de Comportamento de Autolesão, Children’s Depression Inventory e o Screen for Child Anxiety Related Emotional Disorders. Constatou-se um predomínio dos adolescentes do sexo feminino, solteiros, a média de idade foi 15 anos, 32,1% estavam cursando o primeiro ano do ensino médio, 53,6% classificados economicamente nas classes B2 e C1 e 42,9% moravam com os pais. Grande parte dos adolescentes se autolesionaram (87,5%) no último ano, relataram sentir pouca ou nenhuma dor, 36,7% apresentou ideação suicida e 91,8% não estavam sob efeito de álcool ou outras drogas quando praticaram a autolesão. As idades mais frequentes para o início da autolesão foram 15, 16 e 12 anos, respectivamente. Os tipos de autolesão mais comuns foram: cutucar ferimentos, bater em si mesmo e cortar a pele e entre as razões referidas estão: para aliviar a sensação de vazio ou indiferença, sentimentos ou sensações ruins e controlar uma situação. Dos 56 adolescentes que participaram do estudo, 43(76,8%) apresentaram sintomas ansiosos e 30(53,6%) sintomas depressivos. Evidenciou-se uma correlação entre ansiedade e a depressão, a medida que o escore de ansiedade aumenta o de depressão também se eleva. Os escores de ansiedade e depressão são maiores nos que realizaram autolesão. As meninas tiveram maiores escores de ansiedade, de depressão e taxas superiores de comportamento autolesivo e apresentaram maiores chances para desenvolverem tais comorbidades (ansiedade O.R:9,8, depressão O.R:4,2 e comportamento autolesivo O.R:7,7). Os adolescentes que apresentavam ideação suicida tiveram maiores escores de depressão e frequência superiores para a autolesão, estatisticamente significante. Após a intervenção com a Terapia Comunitária Integrativa houve uma redução estatisticamente significativa dos escores de ansiedade e depressão da amostra geral e acima do ponto de corte. Na avaliação em relação a variável sexo na amostra total, observou-se uma redução significativa no sexo feminino para os escores de ansiedade e depressão, no entanto, para os participantes que apresentaram pontuação acima do ponto de corte foi estatisticamente significante a variável depressão apenas para as meninas. Concluiu-se que a ansiedade, a depressão e a autolesão são problemas relatados pelos adolescentes do estudo e essas comorbidades estão associadas. A Terapia Comunitária Integrativa foi uma intervenção eficaz na diminuição dos escores de depressão e ansiedade, portanto foi uma ferramenta efetiva de apoio e de prevenção do sofrimento psicoemocional, sendo uma estratégia concreta com efeitos benéficos à atuação dos enfermeiros na assistência à saúde mental dos adolescentes no contexto escolar.
Acesso aberto (Open Access)
Jogo de tabuleiro: estratégia educativa sobre o uso de álcool em adolescentes
(Universidade Federal de Alfenas, 2018-11-30) Caliari, Tamires Marta; Moreira, Denis Da Silva; Resck, Zélia Marilda Rodrigues; Pillon, Sandra Cristina
O consumo de álcool entre os adolescentes está cada vez mais precoce em decorrência de diversos fatores sociais, culturais, escolares, familiares e também da influência dos amigos. O consumo excessivo de álcool provoca alterações no raciocínio e na coordenação motora, ocasionando prejuízo físico, psíquico e social. Portanto, é necessário criar e desenvolver estratégias nas escolas, nas famílias e na sociedade com vista à educação sobre a temática. Este estudo teve como objetivos desenvolver um jogo de tabuleiro como estratégia educativa sobre o uso de bebidas alcoólicas em adolescentes e analisar-lhes a percepção sobre essa temática antes e após a aplicação do jogo de tabuleiro. Trata-se de um estudo com metodologia ativa na construção e refinamento do jogo de tabuleiro e qualitativo para a análise da percepção dos adolescentes sobre o uso de bebidas alcoólicas. A amostra do estudo consistiu de adolescentes do sexto ano do ensino fundamental na faixa etária de 10 a 13 anos de uma escola pública do Sul de Minas Gerais. A montagem do jogo desde a criação lúdica, artística do tabuleiro da jogabilidade e das cartas foram criadas pela pesquisadora e contou com a colaboração de uma desenhista e de um designer gráfico, concretizando a versão final do jogo "Você Decide". Após a construção do jogo de tabuleiro, este foi submetido à avaliação por juízes, assim, o jogo foi atualizado com as respectivas observações e estruturado em sua versão final, aplicando-se nos adolescentes sujeitos do estudo. A coleta de dados ocorreu por meio do grupo focal em torno de 6 a 12 adolescentes. Os registros dos dados foram realizados por meio de gravações, observações e anotações em diário de campo. Os dados coletados foram analisados referente à Análise de Conteúdo de Bardin: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados, inferência e interpretação. Posteriormente à aplicação do jogo de tabuleiro “Você Decide”, foram realizados cinco grupos focais com 46 adolescentes, podendo-se apreender desse processo, com os depoimentos dos adolescentes, duas categorias e duas subcategorias. A primeira categoria se refere a “Embasamento científico e legislação: empoderamento do adolescente.’’ E a segunda a “O uso de bebidas alcoólicas na adolescência e as suas interfaces: família, comportamento social e na saúde”, englobando duas subcategorias: “Violência doméstica: da agressão à morte” e o “Uso de bebidas alcoólicas: influência no comportamento e na saúde”. O jogo “Você Decide”, como ferramenta educativa, possibilitou aos adolescentes uma tomada de consciência sobre o uso de bebidas alcoólicas, que antes era visto como algo natural, prazeroso, permissivo e presente no seio familiar, agora visto como algo proibido, causando malefícios em suas vidas. Observa-se também uma consciência sobre os atos abusivos sofridos e presenciados, agora identificados como atos de violência não-toleráveis e naturais em seu cotidiano. O jogo também proporcionou aos adolescentes uma consciência moral diante da imprudência no trânsito, devido ao uso de bebidas alcoólicas, e um conhecimento e tomada de consciência sobre os malefícios e morbidades provocados no organismo pela bebida alcoólica, a qual pode ocasionar a morte. O jogo “Você Decide” apresenta-se como uma estratégia educativa para promoção na saúde dos adolescentes e para a prática em enfermagem. A ferramenta lúdica interativa e prazerosa possibilitou inovar a educação. Favorecendo o desenvolvimento da autonomia e do empoderamento, que poderá resultar em uma maior conscientização, autonomia e tomada de decisão frente aos desafios inerentes ao processo de adolescer.

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