Mestrado Profissional em História Ibérica

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Navegar

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A “arte de navegar” (edição de 1712) do cosmógrafo-mor Manoel Pimentel e a importância da ciência náutica na expansão marítima portuguesa
(Universidade Federal de Alfenas, 2020-12-09) Fraga, Luiz Antonio; Nascimento, Denise Da Silva Menezes Do; Lima, Douglas Mota Xavier De; Rui, Adaílson José
Para a historiografia tradicional, a conquista de Ceuta caracterizou o início da expansão marítima portuguesa no Atlântico e a consequente exploração de ilhas, arquipélagos e de toda a costa africana. O fato é que, após a conquista dessa cidade fortificada, os portugueses prosseguiram com sua política expansionista de caráter internacional que culminaria com a circum-navegação do continente africano e com a chegada de Vasco da Gama à Calicute, cerca de 80 anos mais tarde. Neste contexto, ganham destaque os elementos que permitiram ultrapassar a navegação de cabotagem. Assim, o presente trabalho dissertativo apresenta uma análise de “Arte de Navegar” (2ª. Edição, 1712), do cosmógrafo-mor Manoel Pimentel. A intenção é, por intermédio do exame mais minucioso de cada capítulo que compõe a obra, buscar compreender melhor como os mareantes portugueses aprenderam a velejar longe da costa e passaram a navegar em alto-mar. Para atingir esse feito, era necessário navegar longe da costa e, para realizar essa façanha, foi preciso recorrer à astronomia e a instrumentos de navegação que adaptados, aperfeiçoados ou até mesmo inventados, permitiram aos navegantes calcular (mesmo com limitações e imprecisões) a sua posição global. Desse modo, por intermédio da análise de “Arte de Navegar”, correlacionando-a com outros saberes vinculados à náutica, intenciona-se demonstrar como se deu a evolução das técnicas, instrumental e embarcações que possibilitaram as conquistas de ultramar ao tempo das Grandes Navegações. No que se refere ao Objeto de Aprendizagem (OA) proposto, deliberamos disponibilizar o conhecimento sobre a navegação de longa distância para os estudantes do Ensino Fundamental (7º ano) com o propósito de auxiliar esse público-alvo na assimilação dos conteúdos abordados pelo tema dissertativo e atender também aos objetivos programáticos previstos no Currículo Básico Comum (CBC) para o nível fundamental. Trata-se de uma animação de caravelas conjugada com textos, vídeos, animações e atividades.
Para la historiografía tradicional, la conquista de Ceuta caracterizó el inicio de la expansión marítima portuguesa en el Atlántico y la consecuente exploración de islas, archipélago y de toda la costa africana. Lo cierto es que, tras la conquista de esta ciudad fortificada, los portugueses continuaron con su política expansiva de carácter internacional que culminaría con la circum-navegación del continente africano y la llegada de Vasco da Gama a Calicute, unos 80 años después. La intención es, a través de un examen más detallado de cada capítulo que compone la obra, buscar comprender mejor cómo los navegantes portugueses aprendieron a navegar lejos de la costa y comenzaron a navegar en alta mar. Para lograr esta hazaña fue necesario navegar lejos de la costa y para lograrlo, recurrieron a la astronomía y los instrumentos de navegación que - adaptados, perfeccionados e incluso inventados - permitió a los navegantes calcular (incluso con limitaciones e inexactitudes) su posición global. Así, a través del análisis del “Arte de la Navegación”, correlacionándolo con otros conocimientos relacionados con la náutica, se pretende demostrar cómo la evolución de técnicas, instrumentos y embarcaciones que posibilitaron las conquistas de ultramar durante la época de las grandes navegaciones. Con respecto al Objeto de Aprendizaje propuesto (OA), delibermos poner a disposición de conocimientos historiográficos para Estudiantes de Educación Fundamental (7º AÑO). Esta es una animación de caravelas conjugadas con textos, videos animaciones y actividades. Cada carabela describe la trayectoria marítima de un importante navegante de la "Era de los Descubrimientos". La "animación" interactúa con el usuario estudiante, demostrando el "camino marítimo" de cada navegante del globo. En la seg
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A ação Jesuítica na Contrarreforma: um estudo a partir de Vieira
(Universidade Federal de Alfenas, 2018-06-29) Lacerda, Jônatas De; Faria, Marcos Roberto De; Hernandes, Paulo Romualdo; Ribeiro, Fernanda Aparecida
O presente estudo concentra-se no empreendimento da Companhia de Jesus no Brasil, no período que compreende 1626 – 1697, descritos pelos documentos históricos, cartas e sermões do Padre jesuíta Antônio Vieira (1608-1697). Fundamentado nas cartas e sermões do jesuíta, o trabalho demonstra como os princípios teológicos da salvação católica, firmados no Concílio de Trento, estabeleceram a atividade missionária e, de igual maneira, como o processo amplo de evangelização nos domínios ultramarinos refletiam o período em processo denominado Contrarreforma. Estudado a partir desse processo maior, buscamos fontes no século XVI, que processam o início da atuação jesuítica, como a formação da Companhia de Jesus tendo como principal fundador Inácio de Loyola. Importantes alianças entre reinos e a Igreja seriam estabelecidas para contribuir nesse processo de evangelização universal na Contrarreforma. Sendo assim, os jesuítas trabalharam na criação de um ambiente favorável à salvação da alma ameríndia, tida como pagã, e construíram estratégias de conversão a partir da relação política-religiosa que Portugal havia estabelecido com seu domínio na América.
El presente estudio se centra el emprendimiento de la Compañía de Jesús en Brasil, en el período que comprende 1626 - 1697, descritos por los documentos históricos, cartas y sermones del Padre jesuita Antonio Vieira (1608-1697). Fundado en las cartas y sermones del jesuita, el trabajo demuestra cómo los principios teológicos de la salvación católica, firmados en el Concilio de Trento, establecieron la actividad misionera y, de igual manera, cómo el proceso amplio de evangelización en los dominios de ultramar reflejaba el período en proceso denominado Contrarreforma. Estudiado a partir de ese proceso mayor, buscamos fuentes en el siglo XVI, que procesan el inicio de la actuación jesuítica, como la formación de la Compañía de Jesús y su principal fundador Ignacio de Loyola. Importantes alianzas entre reinos y la Iglesia se establecen para contribuir en ese proceso de evangelización universal en la Contrarreforma. Por lo tanto, los jesuitas trabajaron en la creación de un entorno favorable para la salvación del alma amerindia, considerado como pagano, y construyeron las estrategias de conversión de la relación política-religiosa que Portugal había establecido con su dominio en América.
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A atuação cristã perante o poder islâmico em córdoba de meados do Século IX: os mártires voluntários de córdoba
(Universidade Federal de Alfenas, 2018-11-10) Silva, Fabrício De Lima Patu E; Rui, Adaílson José; Gimenez, José Carlos; Carlan, Cláudio Umpierre
Por meio de pesquisa referente à resistência dos moçárabes perante o jugo islâmico em Al Andaluz, a presente dissertação visa a mostrar, em uma direção, aspectos da convivência entre duas culturas - cristã e islâmica - ocorrida na Península Ibérica, mais precisamente no Sul da Espanha, região que foi palco do encontro e convivência entre islâmicos e cristãos e, em outra, oferecer - por meio da criação de um objeto educacional que poderá ser utilizado nas Escolas de Ensino Médio - um material didático que auxiliará os professores, na apresentação e discussão de temáticas relacionadas religião em determinadas sociedades. O objeto de estudo da pesquisa realizada limita-se ao período que se estende do século VIII aos meados do IX, tendo como local específico a cidade de Córdoba, a capital do emirado. Visase à apresentação de alguns dos embates ocorridos entre as duas culturas, especificamente o movimento que ficou conhecido como Os Mártires de Córdoba, cujo idealizador e propagador foi Eulógio, o bispo de Córdoba. Inspirado nos mártires cristãos dos primeiros tempos do cristianismo, incentivou e difundiu em Córdoba um movimento de reação cristã frente à pressão imposta a eles pelo poderio islâmico. De 850 a 859, 48 fiéis alcançaram voluntariamente o martírio. Como fonte para o estudo proposto, utilizaram-se os escritos de Santo Eulógio de Córdoba presentes nas obras completas de Santo Eulógio de Córdoba publicadas por Pedro Herrera Roldán.
Through the research concerning the resistance of the Mozarabs to the Islamic yoke in Al Andaluz, this dissertation aims to show aspects of the coexistence between two distinct cultures, Christian and Islamic, which occurred in the Iberian Peninsula, more precisely in the South of Spain, a region that was the scene of the encounter and coexistence between Islamists and Christians. The object of study is limited to the period extending from the 8th to the 9th century, having as specific place the city of Cordoba, the capital of the emirate at that time. It is intended to present and analyze some of the clashes between the two cultures, specifically the movement known as the martyrs of Cordoba, whose founder and propagator was Eulógio, the bishop of Cordoba, who inspired the Christian martyrs of the early Christian times, encouraged and disseminated in Córdoba a movement of Christian reaction against the pressure imposed on them by Islamic power. From 850 to 859, 48 faithful voluntarily reached martyrdom. As a source for the proposed study, we use the writings of Saint Eulogy of Córdoba present in the complete works of San Eulógio de Córdoba Pedro Herrera Roldán.
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A cartografia como representação e legitimação da conquista da América Portuguesa no século XVI
(Universidade Federal de Alfenas, 2018-09-27) Oliveira, Altino Sérgio Dias De; Eugênio, Alisson; Silva, Eliazar João Da; Silva, Luis Eduardo Da
Os mapas ainda são vistos comumente como meros objetos de representação espacial. Porém, nos últimos anos, a cartografia foi atingida por um intenso processo de renovação teórica e metodológica. A partir desse movimento, a neutralidade e objetividade das representações cartográficas foram questionadas, constituindo, assim, as bases para uma nova História da Cartografia, que tratam os mapas como construções sociais e culturais e, também, como meios de comunicação possuidores de uma linguagem visual própria. Desse modo, considerando essa perspectiva renovada, a presente pesquisa tem como objetivo compreender o papel desempenhado pelos mapas no processo de conquista da América Portuguesa durante os primeiros anos do século XVI. Para tal intento, as práticas cartográficas elaboradas pelos portugueses serão analisadas, buscando explicitar a dimensão político-ideológica contida nos mapas. Assim, os aparatos cartográficos, as distorções geográficas, os mitos geográficos e o contexto histórico dos mapas que representavam os domínios territoriais de Portugal na América foram interpretados e discutidos, buscando evidenciar que as produções cartográficas se tornaram um importante instrumento de poder; uma arma de inteligência especializada em promover e legitimar a posse. Faz-se pertinente destacar que este trabalho vem acompanhado do desenvolvimento de um Objeto de Aprendizagem (OA) que visa, de forma simples, questionar a “natureza dos mapas”, possibilitando aos usuários perceber que os mapas não representam apenas uma imagem física do espaço, mas são produtos que detêm um discurso tendencioso, sobretudo os que foram confeccionados pelos cartógrafos portugueses. Em suma, o projeto é um recurso facilitador que consegue traduzir os abstratos da história referente à colonização portuguesa na América, proporcionando uma nova maneira de ensinar e aprender.
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A celebração da guerra em Navas de Tolosa : história e espiritualidade entre séculos XIII e XIV
(Universidade Federal de Alfenas, 2018-09-06) Costa, Lucas Magalhães; Oliveira, Paulo César De; Silva, Adelmo José Da; Rui, Adaílson José
O objeto deste estudo é a guerra entre mouros e cristãos, presente nas celebrações e espiritualidades cristãs e nas manifestações dos jogos de origem bélica entre os séculos XIII e XIV. Entende-se por celebração bélica a memória e a ritualização de elementos próprios do campo de batalha na vida cotidiana, em períodos, se não de paz completa pelo menos, de ausência de combate, manifestações, portanto incruentas. Neste texto configura-se o fato histórico da guerra entre Mouros e Cristãos em sua maior representativadade Navas de Tolosa (1212), conhecida como a maior reunião de exércitos cristãos para um enfrentamento contra os muçulmanos. Trata-se de um dos episódios que constituem uma raridade na dinâmica dos enfrentamentos militares da Reconquista, por se dar em campo aberto, exército diante de exército. A abordagem é feita tendo como objeto de análise sobre a celebração litúrgica deste período em especial na Crônica Primeira Crónica General de España, cuja autoria se atribui a de Alfonso X, o sábio. Neste texto, pela primeira vez São Tiago é evocado pelo título de Matamouros. Na extensão deste objeto, é abordado a celebração da guerra nos relatos dos jogos bélicos presente nas regras contidas na Crônica de Alfonso XI, o Onceno, El Libro de la Orden de Landa e em cronistas que remontam ao século XIII e XIV. O imbróglio é: por que o homem transporta a guerra para um espaço de celebração? Para responder a essa questão, buscou-se na Teoria do Conhecimento desenvolvida por Immanuel Kant (1972 – 1804) uma chave para se inferir uma resposta. Atendendo às oportunas exigências deste Mestrado em História Ibérica, a pesquisa também foi base para a produção de um objeto de aprendizagem que através de textos e exercícios interativos quer levar o conhecimento e reflexão aqui produzidos a alunos do ensino fundamental e a todos que se interessarem pelo tema de forma acessível. Elaboramos quatro palataformas textuais e com exercícios interativos relativos aos textos informacionais. Também acrescentamos uma reportagem como material extra para mostrarmos a celebração da guerra em dois municípios sul mineiros. Por fim, um pequeno vídeo fala sobre a chave kantiana de leitura e um exercício estimula a produção de um texto para comprovar o envolvimento do aluno com o material disponibilizado.
El objeto de este estudio es la celebración de la guerra, entre moros y cristianos, presente en las celebraciones y espiritualidad cristianas y en las manifestaciones de los juegos de origen bélico entre los siglos XIII y XIV. Se entiende por celebración bélica la memoria y la ritualización de elementos propios del campo de batalla en la vida cotidiana, en períodos, si no de paz completa por lo menos, de ausencia de combate, manifestaciones, por lo tanto incruentas. En este texto partimos del hecho histórico de la guerra entre moros y cristianos en su más representativa batalla, Navas de Tolosa (1212), conocida como la mayor reunión de ejércitos cristianos para un enfrentamiento contra los musulmanes. Se trata de uno de los episodios que constituyen una rareza en la dinámica de los enfrentamientos militares de la Reconquista, por darse en campo abierto, ejército delante de ejército. El abordaje es hecho teniendo como objeto de análisis la sobre la celebración litúrgica de este período en especial en la Crónica de Alfonso X, Primeira Crónica General de España, donde por primera vez San Tiago es evocado por el título de Matamouros. En la extensión de este objeto, abordamos la celebración de la guerra presente en los relatos de los juegos bélicos presentes en las reglas contenidas en la Crónica de Alfonso XI, el Onceno, El Libro de la Orden de Landa y en cronistas que se remontan al siglo XIII y XIV. La cuestión a ser respondida es: ¿por qué el hombre transporta la guerra a un espacio de celebración? Para responder a esta cuestión, se buscó en la Teoría del Conocimiento desarrollada por Immanuel Kant (1972 - 1804) una clave para inferir una respuesta. A la vista de las oportunas exigencias de esta Maestría en Historia Ibérica, la investigación también fue base para la producción de un objeto de aprendizaje que a través de textos y ejercicios interactivos quiere llevar el conocimiento y reflexión aquí producidos a alumnos de la enseñanza fundamental ya todos los que se interesen por tema de forma accesible. Elaboramos cuatro palataformas textuales y con ejercicios interactivos relativos a los textos informacionales. También añadimos un reportaje como material extra para mostrar la celebración de la guerra en dos municipios del sur de Minas Gerais. Por último, un pequeño vídeo habla sobre la llamada kantiana de lectura y un ejercicio estimula la producción de un texto para comprobar la implicación del alumno con el material disponible.
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A Companhia de Jesus no Brasil durante o reinado de Filipe II: transformações e permanências
(Universidade Federal de Alfenas, 2017-10-05) Oliveira, Pedro Hermes De; Nunes, Aparecida Maria; Alves, Hércules Alfredo Batista; Faria, Marcos Roberto De
Esta pesquisa examina os primórdios da colonização do Brasil, notadamente sobre a evangelização realizada pelos missionários da Companhia de Jesus, entre 1549 e 1598. Apresentarei a trajetória da missionação desses religiosos, no século XVI, concentrando informações sobre a chegada dos inacianos no Brasil com a missão entre os indígenas e as alterações no modo de proceder jesuítico, quando os membros da Companhia no Brasil foram então governados pelo rei espanhol Filipe II. A fim de contribuir para os estudos sobre a conquista no Novo Mundo, farei uma compilação da trajetória de Filipe, focalizando aspectos que o conduziram à disputa e conquista do trono português. Dois aspectos são importantes ressaltar aqui: os jesuítas eram os únicos missionários da Igreja Católica no Brasil Colonial até o início da União Ibérica e Filipe II não nutria simpatia pelos inacianos em seu reino. Embora os jesuítas fossem os escolhidos para o Projeto Ultramar, que preconizava a expansão territorial e defesa da América Espanhola, os missionários priorizaram esforços para a consolidação dos Colégios.
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A conquista romana na Península Ibérica no alto Império 27 a.c. – 284 d.c. e os reflexos da Lei das XII Tábuas
(Universidade Federal de Alfenas, 2022-07-22) Oliveira, João Lucas Reis; Carlan, Claudio Umpierre; Silva , Roberta Alexandrina Da; Silva, Filipe Noé Da
O presente trabalho visa o estudo da conquista romana na Península Ibérica no Alto Império e os reflexos da Lei Das XII Tábuas tanto em seu aspecto histórico quanto jurídico, tendo como fundamentação o Direito Romano da época, utilizados na Península Ibérica e em Roma durante o período de 27 A.C. –284 d.C.Esse, teve como escopo de estudo o contexto da conquista romana na Península Ibérica no Alto Império com as possíveis leis advindas dessa situação no aspecto histórico. O texto procura demonstrar a pertinência e a relevância do objeto de estudo a partir de uma discussão historiográfica, utilizando-se de incursão em fontes bibliográficas de autores que se dedicaram a esta análise. Foram levantados os estados da arte existentes sobre o assunto, encontrando-se artigos, revistas e livros acadêmicos, destacando-se o recorte da conquista romana na Península Ibérica.
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A construção identitária de Córdoba e o patrimônio histórico: reflexões à antiguidade romana
(Universidade Federal de Alfenas, 2020-12-14) Lucio, Cristina Santos; Carlan, Claudio Umpierre; Silva, Roberta Alexandrina Da; Sanches, Guadalupe Romero
Esta dissertação de mestrado tem por objetivo analisar documentos oficiais modernos referentes ao tombamento da cidade Córdoba, situada na comunidade autônoma da Andaluzia, enquanto Patrimônio da Humanidade (1994). Nesses documentos, buscaremos investigar qual visão é perpetuada acerca da Antiguidade Romana. As fontes escolhidas para tanto são os documentos de tombamento da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e a Guia de Arquitectura de Córdoba, produzida pelo Colegio Oficial de Arquitectos de Córdoba, via Junta de Andalucía (2003). A primeira fonte, seguindo a perspectiva de uma instituição internacional e a segunda uma ótica regional. Uma das características da cidade são as marcas remetentes a diversidade de povos que a habitaram. Em linhas gerais, Córdoba recebeu influências de turdetanos, romanos, visigodos, muçulmanos, cristãos e judeus ao longo de sua história milenar. Portanto, contém características de uma cidade multicultural. Através desse recorte, pretende-se analisar tais documentos a fim de compreender como Córdoba é pensada na atualidade e como essas fontes remetem-se ao período em que esta possuía a conotação de colônia patrícia, ou seja, pretende-se investigar como a Antiguidade romana é pensada através de discursos proferidos em documentos oficiais neste contexto. A análise documental será feita à luz do paradigma indiciário e do conceito da estética persuasiva. O Objeto de Aprendizagem caminha de encontro a um dos pilares da dissertação: o patrimônio, tendo como base teórica a educação patrimonial aplicada ao 6ºAno do Ensino Fundamental II.
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A fabricação da cidade: a Lisboa Quinhentista segundo Damião de Góis e Francisco de Holanda
(Universidade Federal de Alfenas, 2016-08-25) Muniz, Elaine Cristina; Oliveira, Paulo César De; Pascoal, Isaías; Sabeh, Luiz Antonio
Este estudo tem como tema a “fábrica” da cidade de Lisboa em dois aspectos complementares, representados pela cidade material e pela cidade narrada em duas obras quinhentistas: Descrição da Cidade de Lisboa (1554), de Damião de Góis, e Da Fábrica que falece à cidade de Lisboa (1571), de Francisco de Holanda. Baseado nas referidas obras e considerando as transformações ocorridas na cidade neste período, o trabalho demonstra a importância da Expansão Marítima Portuguesa na configuração do espaço urbano, bem como a influência dos acontecimentos dos séculos XV e XVI, como as reformas religiosas e o Renascimento, na forma como a cidade nos é apresentada pelos autores. Assim, por sua posição como “cabeça” do Império, Lisboa constitui um rico exemplo de como os diversos agentes podem interferir e moldar o espaço urbano, de modo a atender a interesses diversos. Da mesma forma, a análise das referidas obras permite perceber a cidade enquanto intenção, como discurso panegírico e ideário renascentista, a refletir os principais aspectos que regiam a sociedade quinhentista. Assim, é importante que a cidade seja entendida como uma valiosa fonte documental, cujo estudo nos permite o reconhecimento das características de uma sociedade em diversos momentos históricos.
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A herança portuguesa na formação do Brasil: discutindo raízes do Brasil e seu legado nos livros didáticos
(Universidade Federal de Alfenas, 2019-09-30) Assis, Mayara Romancini Rennó De; Hernandes, Paulo Romualdo; Fernandes, João Bosco; Siepierski, Carlos Tadeu
Este estudo procurou analisar como o livro Raízes do Brasil construiu e constrói um discurso historiográfico sobre a contribuição da herança portuguesa na identidade brasileira, com influência, inclusive, sobre os livros didáticos que estão presentes nas salas de aulas em todo o país. O Brasil dos anos 1930 foi um período de uma vasta e rica produção historiográfica a respeito da constituição da nação brasileira e do povo brasileiro. Autores clássicos da nossa historiografia se consagraram com suas obras-primas lançadas nesta década e nos anos seguintes, e foi neste contexto que as obras de Sérgio Buarque de Holanda, aqui, em especial Raízes do Brasil, deram a legitimidade científica e acadêmica que contribuiu para perpetuar no cotidiano e no inconsciente do brasileiro a noção que ele tem de si e de seu país e que, por muitas vezes, atribuiu à herança ibérica o atraso do Brasil diante do mundo moderno ocidental. Esta pesquisa pretendeu levantar como determinados conceitos construídos por Sérgio Buarque de Holanda – que continuam defendidos por toda uma geração de estudiosos que o sucedeu, mas também são alvos de críticas por alguns pesquisadores – ainda se fazem presentes nos livros didáticos do PNLD (Programa Nacional do Livro e do Material Didático) do ano de 2018. A partir da pesquisa com os materiais didáticos adotados nas escolas públicas do Brasil, optamos por desenvolver um objeto de aprendizagem que, utilizando da ferramenta Xerte, fizesse uma reflexão sobre a presença das ideias de Sérgio Buarque de Holanda nos livros didáticos, valendo-se de atividades que levassem o aluno a perceber e questionar a chamada herança ibérica.
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A humanidade de Deus nas cantigas de amor de Bernal de Bonaval
(Universidade Federal de Alfenas, 2022-09-30) Santos, Clenilda Maria De Faria; Oliveira, Katia Aparecida Da Silva; Porto, Ana Paula Teixeira; Rui, Adailson José
O objeto de aprendizagem é um importante material de apoio para a Educação Básica e contribui com o processo de ensino-aprendizagem. Por isso, o objeto de aprendizagem intitulado As Cantigas de Amor e a Humanidade de Deus constitui-se de uma unidade didática disponibilizado, gratuitamente, no repositório da Universidade Federal de Alfenas. Ele poderá ser acessado em computadores por docentes e discentes do primeiro ano do Ensino Médio e possui textos, imagens, mapas, músicas, vídeos, atividades e sugestões de filmes. Buscando articular História e Literatura, o objeto de aprendizagem foi elaborado a partir de uma pesquisa referente à produção literária desenvolvida na Península Ibérica, na região da Galiza, entre os séculos XII e XIV, conhecida como Trovadorismo Galego-Português que contou com diferentes poetas e cantigas. Esta pesquisa, por meio das análises de cinco poemas amorosos que possuem Deus em suas composições, escritas pelo trovador Bernal de Bonaval, busca demonstrar os sentidos atribuídos à figura divina nos poemas. As análises demonstram que Deus se aproxima do homem e se distancia de sua divindade, exercendo um papel mais humanizado e profano. Defendemos que isso pode ser o reflexo de um processo de mudança do pensamento medieval para aquele que se desenvolveu no Humanismo.
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A imagem dos “Negros da Guiné” no contexto da expansão marítima Portuguesa: a crônica de Gomes Eanes de Zurara (1453).
(Universidade Federal de Alfenas, 2020-12-16) Marcelino, Mara Lúcia Cabral; Siepierski, Carlos Tadeu; Santos, Elaine Ribeiro Da Silva Dos; Monteiro, Lívia Nascimento
O presente trabalho busca compreender as narrativas de viagens, como forma de ação política, ou seja, utilizadas como instrumento de poder; neste caso o poder de construir uma imagem sobre o “outro” e, a partir dessa construção, justificar a dominação sobre eles e, assim, abrir caminho para as conquistas ultramarinas. A fonte para essa pesquisa é a Crônica de Guiné, de Gomes Eanes de Zurara, escrita em 1453. Para análise e contextualização do documento, foi necessária a compreensão do contexto histórico de Portugal no século XV e a avaliação dos possíveis significados de produção de uma obra, seja de qual natureza for, pois toda produção é filha do seu tempo. Analisaremos, assim, o conteúdo histórico da narrativa para saber, primeiramente, como os negros foram percebidos neste documento que pode ser considerado um marco da expansão portuguesa na África, e, a seguir, em quais tradições intelectuais (conceitos, expressões, assertivas, autores, etc.) o seu autor fundamentou as suas interpretações sobre os negros. Diante do exposto, as narrativas de viagem no contexto da expansão marítima ibérica, podem expressar as concepções de mundo, a cultura, o pensamento da sociedade e da época de quem as elaborou. Afinal, elas são expressões literárias e intelectuais do tempo histórico e da sociedade em que foram escritas. Em relação ao seu conteúdo, a crônica em estudo segue a tendência histórica analisada por T. Todorov sobre a conquista da América, pois nela encontramos uma descrição detratora, isto é, distorcida, dos negros da Guiné. Essa descrição pode ter sido um dos primeiros exemplos intelectuais eurocêntricos da classificação dos negros como sendo inferiores e bárbaros, para afirmar a superioridade do homem branco e justificar a dominação sobre eles nos séculos seguintes. Os dados colhidos permitiram o desenvolvimento de um roteiro para a elaboração do Objeto de Aprendizagem, material didático digital onde propomos uma sequência com a temática trabalhada.
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A Inquisição Portuguesa e seus reflexos no Brasil colonial no século XVI
(Universidade Federal de Alfenas, 2017-04-27) Cornélio, Priscilla Guimarães; Carlan, Claudio Umpierre; Hernandes, Paulo Romualdo; Cerveira, Sandro Amadeu
A relevância do tema provém do fato de que a Inquisição Portuguesa trouxe uma nova estrutura, com formas de poder e organização distintas, como o direito consuetudinário, pelos códigos escritos, permitindo uma centralização do poder, bem como construiu uma sociedade persecutória tanto em Portugal, quanto no Brasil, salientando que possuem resquícios desse sistema até nos dias atuais. Faz-se necessário a reflexão crítica dos acontecimentos ocorridos durante esse período, no sentido de os tornar relevantes dentro do ambiente escolar, levando aos alunos maiores informações no que tange ao país em que vivem e o ocorrido durante a época inquisitorial. Vale ressaltar que o enfoque central gira em torno da precariedade em que o tema é retratado durante as aulas, sendo que a Inquisição é considerada uma época importante para a modificação do sistema político, histórico e jurídico da sociedade brasileira, sendo o principal responsável por inúmeras mudanças em relação às penalidades, motivações, criação e manutenção de poderes políticos e religiosos, dentre outros. Ressalta-se que a pesquisa visa, por fim, a criação de ferramentas diversas, no que tange à criação do objeto de aprendizagem, para que possam auxiliar e levar aos alunos do ensino médio o entendimento do conteúdo histórico pesquisado, haja vista a impossibilidade, ainda que temporária, em esmiuçar tal tema dentro da sala de aula de maneira profunda.
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A legislação pós-conquista: a análise da imagem de Fernando III, o Santo (1201–1252) como instrumento de ensino e pesquisa.
(Universidade Federal de Alfenas, 2023-11-29) Siqueira, Saymon Da Silva; Rui, Adaílson José; Coelho, Maria Filomena; Vidotte, Adriana
Neste trabalho objetivamos apresentar e discutir os aspectos procedimentais que compõem a construção do objeto de aprendizagem digital Conquista de Córdoba (disponível em: https://conquista-de-cordoba.netlify.app/), a partir do estudo de fontes medievais ibéricas, quais sejam: Chronica regum Castellae e o Fuero de Córdoba. Em relação a tais fontes, destaca-se que a Chronica se centra nos reinados de Alfonso VIII (1155–1214) Enrique I (1204–1217) e Fernando III (1201–1252), concluindo a narrativa após a conquista de Córdoba. O Fuero, por sua vez, é uma produção da chancelaria Fernandina, do ano de 1241, contendo 58 rubricas a fim de organizar a ocupação e manutenção do espaço conquistado. A partir desse corpus documental, desenvolvemos uma pesquisa de pós-graduação intitulada “A Legislação Pós- Conquista: A Análise da Imagem de Fernando III, o Santo (1201–1252) como Instrumento de Ensino e de Pesquisa”, a fim de compreender os dispositivos de poder e suas variadas articulações empregadas pela regência Fernandina a fim de conquistar e reorganizar o reino de Córdoba e, posteriormente, a Andaluzia. Subsidiados por essa pesquisa, desenvolvemos um OA digital com a finalidade de proporcionar ferramentas para o ensino de História para a educação básica, assim como promover a divulgação da história medieval para o público não escolar. Portanto, neste trabalho, refletiremos acerca dos desafios, pertinência e possíveis conexões de um OA dessa natureza, a partir do recorte proposto.
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A literatura épica e os princípios da “Identidade” Castelhana
(Universidade Federal de Alfenas, 2016-09-20) Paula, Ronison Penha De; Mariano, André Luiz Sena; Salles, Bruno Tadeu; Faria, Marcos Roberto De
Este trabalho é constituído de duas partes concomitantes para se adequar aos requisitos do Programa de Pós-graduação em História Ibérica da Universidade Federal de Alfenas, UNIFAL-MG. Na primeira parte, segue uma análise acerca do processo que estamos identificando como os princípios da identidade castelhana no contexto do século XII, o que fazemos por meio de análise referente a um exemplar da denominada literatura épica que surgiu no reino de Castela, especialmente o Poema De Mio Cid, e considerando a hipótese de que esse gênero literário na especificidade castelhana também pode ser considerado como uma reação à narrativa épica originada no reino dos francos que circulou e foi relevante impactando no imaginário ibérico, inclusive difundindo seus personagens. Para isso, o trabalho no que concerne a essa primeira parte está organizado em três capítulos, sendo o primeiro uma discussão bibliográfica onde consideramos alguns autores que tratam dessa temática histórica que é a observação dos princípios da identidade em Castela medieval por meio de narrativa épica surgida no século XII e as principais incursões desses autores sobre o tema é o que nos fundamenta nas análises das fontes. Já no segundo capítulo buscamos demonstrar as características dessa literatura externa combatida, juntamente com seu potencial para difundir seus personagens, neste caso, a obra analisada é intitulada Crônica Pseudo- Turpin. Essa análise permitiu a verificação de características dessa narrativa épica de origem além Pirineus que, numa perspectiva comparativa em relação à épica de origem castelhana analisada, possibilitou encontrar nessas obras diferenças que sugerem traços da identidade castelhana expressada em suas elaborações de gênero épico. Justamente por isso é que procuramos analisar uma obra de cada origem para observar o que de mais característico do ponto de vista de seu contexto histórico apresentam. No terceiro capítulo, portanto, buscou-se conceituar de forma mais ampla o conceito de literatura épica tal como aprofundar as análises ao Poema de Mio Cid por meio do qual fomos indicando traços castelhanos presentes em sua elaboração que ousamos também com base na bibliografia identificar características incipientes de uma identidade castelhana. Na segunda parte do trabalho abordamos a demanda diretamente relacionada à área educacional, requisito do programa de pós-graduação em História Ibérica. Como se trata de uma pesquisa em história medieval da Península Ibérica trata-se também de uma temática pouco ou não explorada nos níveis básicos de ensino. Essa hipótese surgida de observações superficiais foi acrescida de uma análise mais profunda em dois importantes currículos do ensino básico, um de caráter local, do estado de Minas Gerais e outro de um ponto de vista mais abrangente. O primeiro é denominado como Conteúdos Básicos Comum (CBC) do estado mineiro, elaborado no ano de 2007. O outro é o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) do ano de 2011. Em ambos os casos, observamos a negligência em relação à temática histórica aqui pesquisada de relevância que nos parece inquestionável do ponto de vista da compreensão da formação histórico-cultural da sociedade brasileira. O currículo também é um espaço de expressão de poder, discussão essa que é feita com base nas considerações de Michel Foucault e seu conceito de discurso. Com base nisso, aos moldes do referido autor inferimos a sugestão de se considerar também outros espaços para a abordagem histórica, o que compreendemos benéfico para uma formação íntegra e que não negligencia processos históricos inerentes à sociedade. Por fim, segue um capítulo acerca do objeto educacional desenvolvido, o qual é uma ferramenta que auxiliará o professor, no exercício de sua prática docente quando trabalhar essa temática, a ideia básica, portanto, foi desenvolver a pesquisa histórica, reconhecer sua necessidade nos meios educacionais e oferecer um recurso midiático que possa auxiliar no ensino do mesmo.
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A mística de João da cruz no cenário de reformas do Século XVI
(Universidade Federal de Alfenas, 2020-11-27) Passos, Silmara Luiza Órfão Novais; Nunes, Aparecida Maria; Alves, Hércules Alfredo Batista; Faria, Marcos Roberto De
O período histórico que envolveu a vida de João da Cruz será a direção para o presente trabalho, portanto, trata-se da Espanha em meados e fins do século XVI. Em tal cenário, a atenção está voltada para as “desconstruções” advindas com a Reforma Protestante e a Reforma Católica e os reflexos que tais movimentos causaram no interior das Ordens religiosas, especificamente na Ordem do Carmelo, a qual João da Cruz, ao lado de Teresa de Jesus, foram os protagonistas em revolucionar a vida monástica carmelita, ao promoverem a reforma de sua Ordem. Todavia, será apresentado o momento pós-tridentino, especificamente na Espanha, sendo que ocorreu com o término do Concílio de Trento e é estritamente relacionado aos ideais que João da Cruz queria viver. Paralelamente, será analisada a obra em prosa joãocruciana “Subida do Monte Carmelo”, sendo que é a interpretação do poema “Noite escura”, usada pelo autor para explicar os meios e as fases que acontecem no processo de união mística da alma com Deus. Foi realizada ainda, uma reflexão teórica sobre os aspectos educacionais recentes, trazendo em relevância alguns pensadores que priorizam a educação como um elo de ligação entre a sociedade, a cultura, o conhecimento e a esperança de um universo escolar melhor. Simultaneamente, apresentamos o Objeto Educacional de Aprendizagem, desenvolvido pelo próprio autor, através da plataforma interativa e gratuita “Exe Learning” e que permanecerá disponível no site de repositório de ferramentas educacionais da Universidade Federal de Alfenas, vindo a servir como material de apoio para os professores de História, contendo “Quiz” interativo, material de leitura, links de acesso à vida de João da Cruz, curiosidades e um vídeo inclusivo com o resumo do conteúdo em Libras (Língua Brasileira de Sinais) elaborado pelo autor.
Acesso aberto (Open Access)
A origem do poder temporal segundo Francisco Suárez
(Universidade Federal de Alfenas, 2022-07-18) Feodorow, Michael Alexander; Rui, Adaílson José; Oliveira, Paulo César De; Faria, Marcos Roberto De
O século XVI foi um dos períodos históricos de maior apogeu econômico da Espanha e também uma época em que seus intelectuais contavam entre os mais importantes do mundo cristão, tendo sido alcunhada de século de ouro. Suárez teve participação ativa neste período histórico, tanto na Espanha quanto em Portugal. Ele também configurava a atitude dos intelectuais católicos dos mais prestigiados círculos, tentando encontrar novas bases para a justificação e atualização das doutrinas clássicas da Igreja, bem como matéria de lei, justiça e poder. Suas teses tinham aplicação prática visando mudanças políticas de sua época. Em seus trabalhos o Granadino alia a tradição com a modernidade em suas doutrinas. Este trabalho visa apresentar através de objetos de aprendizagem a tese de Francisco Suárez acerca da origem do poder temporal e paralelamente o contexto da época.
El siglo XVI fue uno de los dos períodos históricos de mayor auge económico en España y también una época en la que sus intelectuales se encuentran entre los más importantes del mundo cristiano, habiendo sido un siglo dorado. Suárez jugó un papel activo en este período histórico, tanto en España como en Portugal. También plasmó la actitud de dos intelectuales católicos en dos círculos más prestigiosos, tratando de encontrar nuevas bases para la justificación y actualización de las doctrinas clásicas de la Iglesia, así como la cuestión del derecho, la justicia y el poder. Sus tesis tuvieron aplicación práctica ante los cambios políticos de su época. En su artesanía granadina alía la tradición con la modernidad en sus doctrinas. Este trabajo pretende presentar, a través de objetos de aprendizaje, la tesis de Francisco Suárez sobre el origen del poder temporal y en paralelo con el contexto del tiempo.
Acesso aberto (Open Access)
A prole de Caim e os descendentes de Cam: legitimação da escravidão em Portugal e a influência das Bulas Dum diversas (1452 e Romanus Pontífex (1455).
(Universidade Federal de Alfenas, 2017-06-27) Oliveira, Cleiton; Oliveira, Paulo César De; Silva, Adelmo José Da; Alves, Hércules Batista
A pesquisa procura analisar de que forma a escravidão presente no mundo clássico, sobretudo no Império Romano, e que durante a Idade Média permaneceu residualmente em algumas partes, ganhou força novamente durante os séculos XIV e XV. Nesse contexto, sob uma forte influência do imaginário medieval, buscou-se fundamentar o tráfico de escravos e a prática da escravidão à luz de passagens bíblicas, tendo a Igreja por meio de bulas papais, conferido aos portugueses a missão de retomar esse sistema. Para isso, o trabalho buscou analisar toda a mística que envolvia o reino de Portugal, sua ideia de predestinação divina, além de tentar compreender as razões da proximidade da relação entre Papado e os portugueses, que receberam através das bulas Dum Diversas e Romanus Pontífex, autorização para a conquista do território africano, fazendo com que a escravidão passasse a ser considerada não só legítima, mas também sacralizada, pois representava um componente da própria Cristandade.
Acesso aberto (Open Access)
A Reconquista: pesquisa e ensino da história medieval ibérica por meio de objeto educacional
(Universidade Federal de Alfenas, 2020-01-14) Vasconcelos, Éderson José De; Rui, Adaílson José; Mariano, André Luiz Sena; Santos, Elaine Ribeiro Da Silva Dos
Tendo como referência a historiografia e fontes, como a Crónica latina de los reyes de Castilla e a Primera crónica general de España, ambas organizadas no século XIII, elaboramos uma pesquisa cujo objeto de estudo são temas relacionados à Reconquista espanhola. Nessa perspectiva desenvolvemos três estudos: o primeiro relativo ao conceito Reconquista, o segundo sobre as monarquias medievais e o terceiro sobre a função da guerra na Idade Média. A partir desses estudos elaboramos um objeto educacional digital destinado a professores e a alunos do Ensino Fundamental, em especial do 7º ano, referente aos temas estudados. Visamos, com isso, contribuir para que a história medieval ibérica possa ser também conhecida e estudada no âmbito do ensino básico.
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A representação da mulher indígena nas cartas de José de Anchieta
(Universidade Federal de Alfenas, 2019-09-25) Lopes, Jacqueline; Nunes, Aparecida Maria; Fedel, Karla Maria; Faria, Marcos Roberto De
As cartas jesuíticas são registros importantes do século XVI, Brasil Colônia, pois revelam informações históricas e contextuais do imaginário do europeu da época da Companhia de Jesus com sua base religiosa cristã. Nesta pesquisa, essas narrativas são encaradas como um elo entre o saber e o poder, relevando o sistema do pensamento social sobre o indígena. Buscou-se, então, encontrar, analisar e compreender a relação “jesuíta e índio”, mais especificamente, a mulher indígena. Para traçar a representação da índia, tendo em vista que a língua escrita é um instrumento cultural que projeta a visão do “outro”, foram objetos de estudos as narrativas do Pe. José de Anchieta em algumas cartas que escreveu. Tal escolha justifica-se pelo fato de os indígenas brasileiros serem ágrafos. Então, para conhecer a história deles, é preciso escolher um narrador europeu que tenha registro na linguagem escrita. O Pe. José de Anchieta possui relevância histórica no Brasil, além de qualidades relacionadas com os aspectos linguísticos, postura minuciosa, ademais da sua proximidade com os nativos. Foi um grande conhecedor da língua indígena e escrevia sob comandos religiosos da Companhia de Jesus. O número de cartas escritas por ele é suficientemente amplo, sendo possível trabalhar com o conceito de representação que está intimamente conectado com o imaginário e reflete a forma como um indivíduo, ou coletivo, olha, vê e interpreta algo ou alguém. Para essa construção da imagem da mulher, sob o olhar do homem branco, europeu e cristão, a pesquisa se pautou na historiografia, que possibilitou leituras desta representação e, por consequência, mostra a mentalidade da mulher indígena e a memória da concepção de mundo da época. Por fim, no cenário escolar de ensino básico, poucas são as informações sobre esta temática por parte de professores e/ou materiais didáticos. Quando há, são pautadas em estereótipos. Por isso fez-se necessário a elaboração de Objeto de Aprendizagem (OA), no caso, um e-book, que contribuísse com ensino desse tema específico.