Efeito da fotobiomodulação na dor e cicatrização em mulheres no puerpério imediato com lacerações perineais: ensaio clínico randomizado
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Resumo
Introdução: O parto vaginal apresenta vantagens para a mãe e o bebê em comparação a cesariana, no entanto, as mulheres estão sujeitas às lacerações perineais, sejam elas espontâneas ou episiotomias, que são consideradas um tipo de trauma físico obstétrico. Estima-se que cerca de 60% das mulheres submetidas por essa via de parto apresentam algum grau de laceração. A terapia por fotobiomodulação (TFB), especificamente laser de baixa potência, é uma alternativa de tratamento para controle da dor perineal e cicatrização para essas lesões. Porém, a TFB nesse contexto necessita de maiores investigações. Objetivo: Avaliar o efeito da TFB em comparação ao placebo na dor e cicatrização em mulheres no puerpério imediato com lacerações perineais espontâneas ou episiotomia. Materiais e métodos: Ensaio clínico randomizado e duplo cego, realizado na Maternidade do Hospital Santa Casa, Alfenas- MG, Brasil. Para caracterização da amostra, foram utilizados dados sociodemográficos e obstétricos. A dor sobre a lesão foi mensurada por meio da escala numérica de dor (EN) no momento da avaliação (dor estática-desfecho primário) e durante diferentes situações funcionais. A cicatrização foi avaliada por meio de escala específica, REEDA. As doses de analgésicos (dipirona) e o intervalo de tempo entre elas foram controlados e comparados entre os grupos. Foram realizadas três avaliações com os instrumentos citados dentro de 24 horas e duas intervenções com TFB imediatamente após as avaliações. O grupo TFB (G_TFB) recebeu laser de baixa potência (660nm; 4 J; 7 a 11 pontos) e grupo placebo (G_P) recebeu os mesmos procedimentos, porém, com o aparelho desligado. O Follow-up foi realizado de 7 a 15 dias após o parto por WhatsApp, questionando a dor perineal pela EN, autopercepção da cicatrização e satisfação com o laser. Resultados: 60 mulheres participaram do estudo, 31 no G_TFB e 29 no G_P. A amostra foi homogênea na baseline. Houve diferença estatística nas análises intragrupos nas variáveis de dor estática, dinâmica, urinar e higienizar-se em ambos os grupos. Nas variáveis de cicatrização, houve diferença estatística em todas as análises intragrupos nos domínios hiperemia, edema, secreção e equimose da escala REEDA no G_TFB. Não foram encontradas diferenças estatísticas no follow-up. Já no uso de analgésico, houve diferença estatística na análise intragrupos no G_TFB e intergrupos em relação ao intervalo de tempo entre as doses. Conclusão: TFB não apresentou efeito significativo na dor e cicatrização em mulheres no puerpério imediato com lacerações perineais na análise intergrupos. No entanto, o G_TFB apresentou menor frequência na ingestão de analgésico e maior intervalo de tempo entre as doses em comparação ao placebo. Comitê de ética: 73439523.3.0000.5142