Estudo farmacognóstico e avaliação das atividades Anti-inflamatória e analgésica das folhas do nabo forrageiro (Raphanus sativus L. var. oleifera Metzg.)
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Resumo
As plantas medicinais são comumente utilizadas pela população a fim de substituir ou auxiliar os processos de cura. Dentro deste contexo, o nabo forrageiro, Raphanus sativus L. var. oleiferus Metzg., pertencente à família Brassicaceae, também chamada por crucifera, é uma planta que apresenta conhecidas classes de compostos bioativos, assim como o próprio Raphanus sativus L. Neste trabalho, foram realizados estudos com a finalidade de se obterem parâmetros físico-químicos da droga vegetal como granulometria, cinzas totais e insolúveis em ácido, perda por dessecação e substâncias extrativas e estudos para o conhecimento do seu potencial bioativo e fitoquímico, sendo os testes de analgesia e inflamação e a triagem fitoquímica complementada à espectrometria de massas do extrato seco. Os parâmetros físico-químicos revelaram pela granulometria que a droga possui particulas moderadamente grossas, e com valores de cinzas totais e insolúveis em ácido de 16,69 e 0,025% respectivamente. A perda por dessecação foi de 6,96% e as substâncias extrativas representam 25% do total de massa da droga. A triagem fitoquímica revelou a presença de importantes classes farmacognósticas como flavonoides, esteroides-triterpenos e taninos, que puderam ser extensivamente associados à atividade biológica. Adicionalmente, foram propostas estruturas para os flavonóides encontrados no extrato seco de R. sativus, como sendo o canferol, e a quercetina além do glicosinolato glicorrafenina. Os ensaios biológicos mostraram: ausência de toxicidade aguda nas concentrações testadas; uma atividade anti-inflamatória para o teste de peritonite comparável à do padrão Indometacina nas concentrações de 30, 100 e 300 mg/kg do extrato seco. Já no teste de edema de pata, as concentrações mais ativas e com atividade comparável à do padrão foram de 30 e 300 mg/kg. O teste de analgesia feito pela metodologia da formalina mostrou melhor atividade do extrato para a concentração de 300 mg/kg enquanto que a atividade nas outras duas concentrações (30 e 100 mg/kg) não evidenciou efeito significativo. O teste da placa quente, porém, não mostrou resultado antinociceptivo favorável do extrato seco.
