Mestrado em Ciências Biológicas
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2648
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Navegando Mestrado em Ciências Biológicas por Orientador(a) "Ariosa, Marília Caixeta Franco"
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Item Acesso aberto (Open Access) Avaliação do potencial bioativo do produto de fermentação de actinomicetos isolados de terra preta antropogênica da Amazônia(Universidade Federal de Alfenas, 2018-02-23) Amorim, Letícia Ferraz De Sena; Ariosa, Marília Caixeta Franco; Dias, Disney Ribeiro; Ikegaki, MasaharuA terra preta antropogênica da Amazônia (TPA), ou terra preta de índio, possui grande diversidade microbiana. Diante do aumento da resistência de micro-organismos patogênicos aos antibióticos disponíveis e da importância de antioxidantes na prevenção do dano oxidativo celular, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o potencial bioativo de extratos provenientes do produto da fermentação de actinomicetos isolados de TPA. Cinco actinomicetos (FL1, FL2, FL3, FL4 e FL5) não identificados, isolados de TPA da Amazônia Central, foram submetidos à fermentação e seus extratos foram obtidos com acetato de etila. Ensaios de concentração inibitória mínima (CIM) e microbicida mínima (CMM) foram realizados com os cinco extratos frente a três cepas microbianas: Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Candida albicans. Os extratos que obtiveram os melhores resultados de atividade antimicrobiana foram analisados por cromatografia em camada delgada (CCD), e fracionados em coluna Sephadex LH-20. As frações foram avaliadas por CCD com diferentes reveladores químicos e submetidas a ensaios de CIM e CMM contra a cepa que apresentou maior sensibilidade nos testes com os extratos brutos. A fração mais promissora foi submetida a ensaios de detecção e quantificação de fenólicos e atividade antioxidante, e também foi analisada por cromatografia líquida de alta eficiência e espectroscopia no ultravioleta - visível. Frações que apresentaram atividade antimicrobiana foram avaliadas quanto ao potencial de ação sinérgica em associação com a amoxicilina e quanto à sua citotoxicidade frente a células Vero. Experimentos para identificação dos actinomicetos considerados promissores foram iniciados com o sequenciamento do gene 16S do rRNA. As linhagens FL3 e FL4 se sobressaíram quanto ao potencial antimicrobiano frente a S. aureus e foram selecionadas, juntamente com seus respectivos extratos, para dar continuidade ao trabalho. O extrato FL3 apresentou CIM de 100- 200 μg/mL, e o extrato FL4 apresentou CIM de 25-50 μg/mL e CMM de 100-200 μg/mL. O fracionamento do extrato FL3 resultou em quatro frações, sendo que duas delas, B3 e C3, apresentaram os melhores valores de CIM, entre 100-200 μg/mL. A partir do extrato FL4 foram obtidas seis frações, sendo relevante mencionar os melhores valores de CIM observados para B4 e D4: entre 50 e 100 μg/mL. Dentre estas, apenas a fração B4 apresentou atividade microbicida, com CMM de 100-200 μg/mL. Nos ensaios químicos preliminares das frações foi possível sugerir a presença de grupos cromóforos, aminas primárias, flavonoides e terpenos e substâncias com ação antioxidante. A fração D4 apresentou 140,71 ± 4,0105 mg de GAE/g de fração, e obteve promissores resultados de atividade antioxidante no método ORAC: 5581,85 ± 515,1450 μmol de Trolox/g da fração. A associação entre as frações A3, B3 e D4 e o antimicrobiano amoxicilina potencializou a ação do fármaco em até quatro vezes. Na avaliação da citotoxicidade, as frações B3, B4, C4 e D4 foram consideradas mais efetivas do que tóxicas às células Vero (IS > 1). O sequenciamento do gene 16S, juntamente com a posição filogenética dos isolados FL3 e FL4 entre as espécies mais próximas, mostrou que ambos pertencem à família Streptomycetaceae, sendo prováveis espécies do gênero Streptomyces.Item Acesso aberto (Open Access) Detecção e quantificação da expressão do gene ERG11 de Candida albicans sob diferentes concentrações de fluconazol(Universidade Federal de Alfenas, 2018-01-26) Oliveira, Josimary Morais Vasconcelos; Ariosa, Marília Caixeta Franco; Lyon, Juliana Pereira; Dias, Amanda Latércia TranchesEspécies de Candida habitam o corpo humano, não causam doenças em organismos considerados saudáveis, entretanto podem levar a infecções graves naqueles com alterações nos mecanismos de defesa e/ou quando ocorre comprometimento de barreiras anatômicas. O agente etiológico mais comum das infecções causadas por Candida spp. é C. albicans, inclusive no Brasil. Há muitos anos, antifúngicos da classe dos azóis vêm sendo prescritos para tratamentos de tais infecções, porém a incidência de casos de resistências tem sido documentada. A superexpressão do gene ERG11 e bombas de efluxo e mutações no gene ERG11 são descritos como mecanismos moleculares de resistência a azóis em Candida spp. Desta forma, analisar a expressão gênica do ERG11 de isolados clínicos e de fontes de colonização ambiental foi a proposta deste estudo, envolvendo tratamentos sob concentrações inibitórias e subinibitórais de fluconazol (FLU), nunca antes investigada. Assim, foram utilizados três isolados provenientes de fontes de colonização de ambiente hospitalar e cinco isolados clínicos, além da cepa padrão ATCC 10231 cujas concentrações inibitórias mínimas para fluconazol foram obtidas de acordo com o protocolo EUCAST Definitive Document EDef 7.1 (2008). Os tratamentos consistiram de concentrações inibitórias mínimas (CIM) e subinibitórias equivalentes a 1/4 e 1/2 da CIM do antifúngico e na ausência do mesmo. As quantificações das expressões por RT-qPCR foram realizadas para os genes ERG11, e o normalizador Actina. As análises de expressão relativa foram calculadas utilizando o método 2-ΔΔCt. Observou-se no comportamento de todos os isolados analisados, independente da origem de isolamento, inclusive a cepa padrão ATCC 10231, aumento significativo de expressão do gene ERG11 em relação aos tratamentos com CIM, 1/2 e 1/4 da CIM de FLU quando comparados aos mesmos isolados na ausência de FLU. Esse aumento variou entre 1,086 a 126,105. No grupo de isolados clínicos, aquele que mais expressou o gene alvo foi o 220 (126,10) e no grupo de colonização ambiental foi o isolado 521 (40,79), ambos no tratamento da CIM de fluconazol. Em geral, a maior dose de fluconazol (CIM) foi a que mais influenciou os isolados a expressarem ERG11, seguido dos tratamentos com 1/2 e 1/4 da CIM. Estes resultados, de aumento da expressão de isolados clínicos de C. albicans é relevante, especialmente nos casos de pacientes em tratamento profilático, quando o antifúngico ao invés de proteger o paciente da infecção poderia estar estimulando o patógeno. No caso dos isolados de colonização ambientais terem apresentado o mesmo comportamento, gera um alerta para a importância na higienização no ambiente hospitalar e antissepsia dos profissionais da área da saúde.