Mestrado em Ciências Biológicas

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  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Efeito do fluconazol na infecção paracoccidioidomicótica em modelo experimental murino
    (2025-04-02) Andrade, Thayana Dutra de; Burger, Eva; Venturini, James; Dias, Amanda Latércia Tranches
    A paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica e endêmica de característica granulomatosa, causada pelos fungos do complexo Paracoccidioides spp. Há poucos fármacos disponíveis para tratamento desta micose. Tendo isso em vista, foi investigado o efeito da utilização do fármaco Fluconazol (FLC) na PCM. Visando avaliar seus efeitos, foi avaliada a citotoxicidade do FLC frente à Pl e Pb18, empregando ensaios in vitro. A citotoxicidade também foi testada frente a células esplênicas. Na sequência, por meio da infecção subcutânea em air pouch em camundongos swiss, foram obtidas amostras para os experimentos ex vivo. Nos experimentos in vitro, as três doses de FLC demonstraram reduzir o número de fungos viáveis de Pl. As doses também reduziram o número absoluto de Pb18. Para avaliar a capacidade antimicrobiana do fármaco, a técnica de macrodiluição foi realizada utilizando 1, 2 e 3 mg/mL. Nos experimentos ex vivo observou-se que a concentração de FLC de 2 mg/mL estimulou maior migração celular comparado com a de 1 mg/mL, com ambas as cepas fúngicas. Em contrapartida, nos grupos infectados com Pb18 não houve diferença entre os grupos infectados e tratados. Não houve diferença na produção de H2O2 nos grupos infectados por Pl, porém, na infecção por Pb18, a produção foi menor que no grupo controle no grupo tratado com 2 mg/mL. Por outro lado, a dose de 2 mg/mL estimulou a produção de catalase na infecção por Pl. A maior produção de EROS foi obtida empregando tratamento com 2mg/mL de FLC na infecção por Pl e 1 mg/mL na infecção por Pb18. O tratamento com FLC resultou em efeitos diferentes nas duas cepas do fungo: na infecção por Pl estimulou a produção de IL-17, IL-12 e TNF-α e na infecção por Pb18 causou decréscimo da produção de IL-4, IL-17, KC, TNF-α e aumento de IL-1β. Analisados em conjunto, os resultados sugerem que as diferentes doses de FLC, na presença de Pl ou Pb18 estimulam de maneiras diferentes as células da resposta imune. Apesar disso, o fármaco é capaz de gerar estímulo celular com consequente combate aos fungos, demonstrando sua eficácia na paracoccidioidomicose experimental.
  • ItemEmbargo
    Análise da transferência celular adotiva de macrófagos estimulados com BCG no controle do câncer de mama triplo-negativo em modelo murino
    (2025-02-21) Santos, Joyce Alves dos; Almeida, Patricia Paiva Corsetti de; Santos, Thaís Cristina Ferreira dos; Rabelo, Ana Carolina Silveira
    O câncer de mama é uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil e no mundo. Entre seus subtipos, o câncer de mama triplo-negativo (TNBC) tem o pior prognóstico, por ser o mais agressivo e não apresentar três principais receptores (estrogênio, progesterona e HER2) que são os alvos de terapias específicas para o câncer de mama. No microambiente tumoral, há infiltração de células imunes, principalmente macrófagos que desempenham papéis importantes no combate tumoral. Os macrófagos podem ser induzidos a um estado anti-inflamatório pró tumoral (M2), enquanto um fenótipo pró-inflamatório (M1) seria mais importante para o controle do tumor. A BCG (Bacilo Calmette-Guérin) é a única vacina que protege contra tuberculose em humanos e vem sendo estudada no tratamento de alguns tipos de cânceres. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do BCG na estimulação de macrófagos derivados da medula óssea (BMDMs) bem como o efeito in vivo utilizando BMDMs estimulados pelo BCG (BMDM+BCG) no tratamento do câncer de mama triplo negativo (células 4T1). Para isso, BMDMs derivados de camundongos fêmeas da linhagem BALB/c, foram estimulados com BCG ou seus controles e seus sobrenadantes foram coletados para análises de consumo de glicose, produção de lactato, NO e citocinas IL-10 e TNF-α. Ensaio de migração celular foi realizado para análise do efeito do meio condicionado sob as células 4T1. O estímulo com BCG em BMDMs levou ao aumento do consumo de glicose, produção de lactato, óxido nítrico e TNF-α além de impedir parcialmente a migração de células tumorais 4T1. Após análises, os BMDMs estimulados com BCG ou seus controles foram utilizados como tratamento do câncer de mama triplo negativo pela transferência celular adotiva in vivo. Foi realizada a indução do tumor de mama triplo negativo (células 4T1) em camundongos BALB/c e no dia 11 os animais foram tratados em dose única com injeção subcutânea no mesmo local da indução do tumor com: PBS, BMDMs+BCG, apenas BMDMs, BCG ou quimioterápico 5FU (5 Fluorouracil). O tratamento com BMDM+BCG diminuiu a perda de peso, melhorou o consumo de ração dos animais e diminuiu o volume tumoral. Além disso, a análise histopatológica da pele mamária, demonstrou que o tratamento BMDM+BCG levou a redução significativa no acúmulo de células tumorais, semelhante ao encontrado no grupo 5FU, porém, apresentou maior infiltração inflamatória no fígado e pulmão, caracterizando uma resposta inflamatória mais robusta, que apesar de ser eficaz no combate as células cancerosas, pode gerar maior dano tecidual e comprometimento funcional dos órgãos. O tratamento apenas com BCG apresentou menor eficácia na diminuição do volume tumoral em relação ao tratamento com BMDM+BCG e demonstrou menor infiltração inflamatória nos tecidos. É possível concluir que o tratamento com BMDM estimulado com BCG apresenta eficácia no combate ao crescimento tumoral. Contudo, a resposta inflamatória robusta pode prejudicar a integridade dos órgãos, sendo necessários mais estudos para avaliar o tratamento a longo prazo, além de estratégias no controle da resposta inflamatória. Esta abordagem abre caminhos para terapias futuras contra o câncer de mama triplo negativo.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Avaliação da associação de um peptídeo imunogênico da proteína apolipoproteína n-acetiltransferase de Brucella abortus com nanopartículas de ouro sobre macrófagos : Efeito adjuvante de nanopartículas de ouro com peptídeo de Brucella abortus em macrófagos
    (Universidade Federal de Alfenas, 2024-08-02) Andrade, Alex Junior De; Almeida, Leonardo Augusto De; Macedo, Gilson Costa; Silva, Evandro Neves
    As bactérias do gênero Brucella, um cocobacilo gram-negativo, são classificadas com base em seus hospedeiros primários, tendo a Brucella abortus como a mais distribuída globalmente e afetando principalmente a população de bovinos, causando aborto e infertilidade. Atualmente a forma de controle dessa doença é a vacinação dos animais, porém as vacinas que são comercializadas utilizam cepas atenuadas, e apesar de imunogênicas, apresentam várias desvantagens, como a prevalência de testes soropositivos em bovinos, ocorrendo incidência de virulência e contaminação acidental. Devido a isso, as vacinas de subunidades são abordagens promissoras, seguras, eficazes e com menor custo para produção. Nessa perspectiva, o presente trabalho tem como objetivo geral avaliar a conjugação do peptídeo imunogênico "AIPYILESTPQALAH" de B. abortus cepa 2308 com AuNPs e caracterizar essa associação sobre macrófagos. As AuNPs foram sintetizadas, seguidas de imobilização com o 11-ácido mercaptoundecanóico (MUA) e funcionalização com a reação química de 1-etil-3-(3-dimetilaminopropil) carbodiimida (EDC)/Nhidroxisuccinamida (NHS). Cada etapa da síntese foi avaliada e os componentes caracterizados por FTIR, MEV-FEG, UV/VIS e DLS. Os dados indicam sucesso na associação com AuNPs@MUA e o peptídeo. A fim de entender a influência do bioconjugado, macrófagos derivados da medula óssea murina (BMDM) foram obtidos e tratados. Pelo teste de MTT foi observada uma diminuição de viabilidade celular em torno de 40%, nas amostras com AuNPs independente da bioconjugação, mostrando certo grau de toxicidade das AuNPs. Entretanto, as AuNPs foram capazes de promover um aumento de atividade metabólica dos macrófagos, havendo consumo de glicose e maior produção de lactato, houve também uma secreção de citocinas pró-inflamatórias IL-6 e TNF-α, seguido de produção de óxido nítrico, indicando que a nanopartícula já é capaz de gerar um efeito adjuvante, enquanto que o bioconjugado apresentou as mesmas respostas, mas de maneira menos elevadas, indicando uma boa biocompatibilidade. Os resultados indicam um promissor bioconjugado para ser avaliado em modelos pré-clínicos para futuramente uma maior abrangência do potencial terapêutico e imunológico deste candidato vacinal.
  • ItemEmbargo
    Impact of mitochondrial uncoupler on oxidative stress and acute Chagas heart disease
    (Universidade Federal de Alfenas, 2024-07-29) Silva, José Edson Caetano Da; Novaes, Rômulo Dias; Santos, Eliziária Cardoso Dos; Soares, Evelise Aline
    Ao desacoplar a fosforilação oxidativa, o 2,4-dinitrofenol (DNP) atenua a biossíntese de espécies reativas de oxigênio (EROs), que são conhecidas por agravar a miocardite Chagásica. Assim, o impacto da quimioterapia baseada em DNP na miocardite aguda induzida por Trypanosoma cruzi foi investigado. Camundongos C56BL/6 não infectados e infectados não tratados e tratados por gavagem com 100 mg/kg de benznidazol (Bz – tripanocida de referência), 5 e 10 mg/kg de DNP durante 20 dias foram investigados. 24 horas após o último tratamento, os animais foram eutanasiados e o sangue e coração foram coletados e analisados. A infecção por T. cruzi induziu acentuada parasitemia, inflamação sistêmica, carga parasitária cardíaca (DNA de T. cruzi), estresse oxidativo, infiltrado inflamatório e dano miocárdico microestrutural em camundongos não tratados. O tratamento com DNP agravou a parasitemia, o parasitismo cardíaco e os danos microestruturais, os quais foram atenuados por Bz. Assim como Bz, 10 mg/kg de DNP foi eficaz em atenuar a produção de EROs (totais, H2O2 e O2 - ), óxido nítrico (NO), lipídios (malondialdeído) e proteínas (proteínas carboniladas) oxidadas, TNF, IFN -γ, IL-10 e MCP-1/CCL2, anti-T. cruzi IgG, níveis de troponina I cardíaca, bem como infiltrado inflamatório e dano cardíaco em camundongos infectados. Em conjunto, nossos achados indicam que o DNP atua como fator de risco farmacológico, agravando a parasitemia, o parasitismo cardíaco e os danos microestruturais aos cardiomiócitos em camundongos infectados por T. cruzi. Estas respostas foram potencialmente relacionadas às propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias do DNP na ausência de efeito tripanocida, o que favorece o parasitismo por enfraquecer os mecanismos antiparasitários pró-oxidantes e pró-inflamatórios do hospedeiro. Por outro lado, os efeitos cardioprotetores induzidos pelo Bz foram associados às respostas anti-inflamatórias e antiparasitárias eficazes, as quais protegem contra o parasitismo, o estresse oxidativo e os danos microestruturais cardíacos na doença de Chagas.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Caracterização química e determinação da atividade antimicrobiana, antioxidante e antiinflamatória do extrato etanólico de geoprópolis de Melipona quadrifasciata por ensaios in vitro e in vivo em modelo de Galleria mellonella.
    (Universidade Federal de Alfenas, 2023-06-16) Silva, Namuhell Oliveira Da; Ikegaki, Masaharu; Pereira, Ildinete Silva; Marques, Marcos José
    A geoprópolis é um tipo de própolis produzida por espécies de abelhas sem ferrão, que consiste na mistura de resina, cera e solo. Apesar das propriedades farmacológicas deste produto serem conhecidas desde os tempos remotos, os estudos disponíveis na literatura ainda são escassos. As abelhas nativas sem ferrão são de grande importância na manutenção de ecossistemas e fonte de renda para comunidades locais de meliponicultores. Este trabalho tem como objetivo principal analisar a composição química e a atividade biológica da geoprópolis produzida pela abelha nativa sem ferrão da espécie Melipona quadrifasciata, bem como, implementar na UNIFAL-MG o modelo in vivo de Galleria mellonella para determinação da toxicidade e atividade antimicrobiana da geoprópolis. Para a avaliação da composição química e atividades biológicas da geoprópolis, a amostra foi coletada no município de Morretes-PR e, posteriormente, extraída em etanol 80% (v/v) para obtenção do extrato etanólico de geoprópolis- EEGP. Foram realizadas análises químicas para investigar a composição do extrato por , determinação quantitativa dos compostos fenólicos e determinação das atividades biológicas. A amostra foi submetida às análises de toxicidade sistêmica com o modelo de G. mellonella visando definir as concentrações seguras a se utilizar. Posteriormente foram realizados ensaios in vitro para a determinação das atividades anti-inflamatórias e antimicrobianas, avaliando-se as concentrações inibitórias mínimas, concentrações microbicidas mínimas e atividade antioxidante pelos métodos do sequestro de radicais livres DPPH, potencial redutor férrico FRAP e capacidade de redução do radical oxigênio ORAC. Como resultados verificou-se que o teor de compostos fenólicos totais do EEGP foi de 23,60±0,22 mg GAE/g de extrato. A capacidade antioxidante da geoprópolis na redução do radical DPPH foi de 54,79± 1,64 μmol TEAC/g de extrato, o teste FRAP mostrou um resultado de 2467,33±223,45 μmol SF/g extrato, e no ORAC a capacidade do EEGP foi de 0,57±0,03 μmol TEAC/g. O EEGP apresentou capacidade antioxidante de compostos isolados quanto à redução do radical ABTS·+ on-line. O ensaio de atividade antimicrobiana mostrou que o extrato apresenta uma maior atividade contra bactérias gram-positivas. O extrato não apresentou toxicidade no modelo in vivo utilizado. Além dos resultados científicos que poderão impactar na no conhecimento dessa área, pudemos estruturar a produção de larvas de G. mellonella, e a implementação de metodologias para a determinação de toxicidade e da atividade antimicrobiana in vivo que permitirá assim, vislumbrar a possibilidade de publicações em periódicos de maior impacto, bem como estabelecer parcerias com outros grupos de pesquisa dentro e fora da instituição, otimizando recursos públicos, aumentando a produtividade científica e a visibilidade da instituição.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Avaliação da citotoxicidade do nifur0mox, fexinidazol-sulfona, amiodarona e alopurinol frente à infecção por Trypanosoma cruzi
    (Universidade Federal de Alfenas, 2024-02-28) Pereira, Gabriella Martiniano; Diniz, Lívia De Figueiredo; Reimão, Juliana Quero; Corsetti, Patrícia Paiva
    Estudos sobre a quimioterapia anti-Trypanosoma cruzi avançaram muito nos últimos anos, culminando com a avaliação de candidatos a fármacos em estudos clínicos de fase II para o tratamento da doença de Chagas crônica. Porém, devido às limitações relacionadas à eficácia ou tolerabilidade dos candidatos, ainda não há tratamento satisfatório para a fase crônica da infecção. Os resultados obtidos com o fexinidazol, um dos candidatos mais promissores, são particularmente intrigantes; trata-se de um nitroimidazol que apresentou alta eficácia tripanossomicida e tolerabilidade em estudos pré-clínicos e clínicos de fase I, mas ao ser administrado a pacientes com a doença de Chagas induziu neutropenia e hepatotoxicidade relevantes. Muito embora estejam sendo amplamente discutidos os fatores envolvidos nas falhas terapêuticas observadas, os estudos e informações disponíveis na literatura sobre os efeitos tóxicos dos fármacos tripanossomicidas, mesmo aqueles de uso clínico, são escassos. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi investigar o perfil de citotoxicidade de fármacos com atividade tripanossomicida utilizando diferentes tipos celulares e tempos de incubação, na ausência ou presença da infecção por T.cruzi. Para tanto, foram escolhidos candidatos já avaliados em estudos não clínicos e clínicos – o fexinidazol-sulfona (metabólito ativo do fexinidazol), a amiodarona e o alopurinol, além do nifurtimox, que é um dos medicamentos de referência no tratamento da doença de Chagas. Células H9c2 e HepG2 foram incubadas ou não com os fármacos por dois períodos distintos, 72 e 120 horas, na ausência e presença da infecção pela cepa Y de T. cruzi. A viabilidade das células hospedeiras foi aferida por meio da redução de resazurina, comparativamente às células não infectadas e não tratadas. Foram realizados ainda, para fexinidazol-sulfona, ensaios de viabilidade com Sulforodamina B e avaliação da proliferação em esquema prolongado de tratamento (192 horas) por meio da determinação da CPD (cumulative population doubling). Os resultados dos ensaios com resazurina mostraram que o perfil de toxicidade foi variável para o tipo celular e fármaco, sugerindo relação com os mecanismos de ação e fisiologia das células. O fexinidazol-sulfona apresentou níveis baixos de interferência na viabilidade de ambas as células, com redução significativa da viabilidade celular a partir de 1mM. A amiodarona apresentou efeito tóxico concentração e tempo-dependente, com valores de CC-50 de 15µM a 41 µM. Já o nifurtimox induziu maior toxicidade em H9c2, enquanto o alopurinol foi significativamente mais tóxico para HepG2. A infecção pelo parasito não exerceu influência expressiva no perfil de viabilidade das células tratadas, provavelmente pela atividade anti- T. cruzi dos fármacos nas concentrações avaliadas. A determinação da viabilidade das células HepG2 utilizando Sulforodamina B mostrou perfil citotóxico tempo e concentração-dependente para fexinidazol-sulfona, sobretudo em concentrações a partir de 1mM. A determinação da CPD para o mesmo tipo celular revelou redução expressiva da proliferação celular a partir de 96 horas de tratamento com fexinidazol-sulfona, particularmente nas concentrações de 1,0 e 2,0 mM. Os resultados demonstraram, no contexto do desenvolvimento farmacológico anti- T. cruzi, a importância da utilização do tempo de tratamento prolongado para avaliação da citotoxicidade de fármacos e podem auxiliar no delineamento de experimentos que contribuam para aumento do valor translacional dos estudos pré-clínicos de novos candidatos a fármacos.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Abordagem racional de imunoinformática para o desenvolvimento de candidatos vacinais multiepítopos do SARS-CoV-2 e Mpox vírus
    (Universidade Federal de Alfenas, 2024-02-28) Santos, Natália Cristina De Melo; Almeida, Leonardo Augusto De; Santos, Thaís Cristina Ferreira Dos; Veras, Flávio Protásio
    As doenças emergentes e reemergentes simbolizam uma ameaça crescente à saúde global, influenciadas por fatores como globalização, mudanças climáticas e interações humanas com animais. A pandemia de COVID-19 é um exemplo recente que evidencia a ameaça crescente dessas doenças à saúde pública global, enfatizando a necessidade de estratégias eficazes para lidar com doenças zoonóticas, como o recente surto reemergente da varíola dos macacos. A vacinação é uma das abordagens mais eficazes para a proteção contra doenças infecciosas. No entanto, o desenvolvimento de vacinas é um procedimento complexo e demorado, mas que pode ser otimizado empregando a vacinologia reversa, que utiliza técnicas in silico para identificação e escolha de antígenos. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi desenvolver potenciais candidatos vacinais para a COVID-19 e a varíola dos macacos. O trabalho está estruturado em dois capítulos, com o primeiro abordando a construção de proteínas quiméricas utilizando epítopos do vírus SARS-CoV-2, e o segundo na construção de uma proteína quimérica com epítopos obtidos por meio de abordagem imunoinformática para o vírus Mpox. As proteínas obtidas demonstraram estabilidade, antigenicidade e ausência de potenciais riscos alergênicos. Além disso, por meio de simulações de acoplamento molecular, observou-se que essas proteínas são capazes de interagir com receptores do sistema imunológico, sendo que as simulações imunes indicaram a capacidade de desencadear respostas imunológicas significativas. Embora os resultados sejam promissores, são necessários testes adicionais in vitro e in vivo para consolidar e validar essas descobertas antes de avançar para ensaios clínicos em humanos. Dessa forma, esse trabalho contribui para a compreensão e potencial combate a doenças infecciosas emergentes e reemergentes, destacando a importância da vacinologia reversa como uma abordagem ágil e promissora no desenvolvimento de vacinas.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Avaliação da atividade anti-inflamatória e antifúngica in vitro e ex vivo da própolis verde brasileira frente a fungos do gênero Paracoccidioides spp.
    (Universidade Federal de Alfenas, 2024-02-21) Dutra, Julia De Castro; Burger, Eva; Burger, Eva; Santos, Hadassa Cristhina De Azevedo Soares Dos; Dias, Amanda Latércia Tranches
    A paracoccidioidomicose (PCM), micose sistêmica, granulomatosa, é ocasionada por fungos do gênero Paracoccidioides spp., com duas espécies patogênicas, Paracoccidioides brasiliensis (Pb18) e Paracoccidioides lutzii (Pl), as quais são termicamente dimórficas variando em forma micelial e leveduriforme. A PCM demonstra em seus portadores graves consequências clínicas que requerem opções terapêuticas mais ampliadas, visto que, há números reduzidos de medicamentos e os disponíveis possuem tempo prolongado de tratamento, sendo assim, busca-se um tratamento complementar como uma forma de imunomodular o sistema imunológico. Sabe-se que pacientes com PCM possuem uma resposta imune deficiente frente a microrganismos patogênicos invasores, por este motivo, é proposto uma associação da Própolis Verde Brasileira (PVB), cujo intuito é modular o sistema imune. A própolis vem sendo mencionada na literatura devido suas atividades anti-inflamatórias, antimicrobianas e imunomoduladoras. Objetivo: estudar as propriedades anti-inflamatórias e antifúngicas do extrato da PVB frente ao curso geral da PCM, buscando encontrar uma redução dos níveis de infecção e uma resposta anti-Pb18 e Pl. Metodologia: Inicialmente foram realizados estudos in vitro. O teste de atividade antimicrobiana foi realizado sobre as cepas Pb18 e Pl para avaliar se a PVB apresentou atividade microbicida na concentração de 500 mg/mL. Posteriormente, células esplênicas de baço de camundongos Swiss foram utilizadas para avaliar a citotoxicidade da PVB, na concentração de 500 mg/mL. Em seguida, foram realizados os experimentos ex vivo utilizando a técnica de infecção subcutânea “air-pouch”. Os animais foram infectados com suspensões fúngicas (Pb18 e Pl) a partir da técnica de “air pouch”, espécie de uma bolsa de ar subcutânea, por 10 dias. O tratamento com o extrato de PVB foi realizado nos últimos três dias de infecção. No final do processo as células foram coletadas a partir da bolsa de ar e separadas em sedimento e sobrenadante para a realização dos seguintes testes: quantificação de óxido nítrico, proteínas totais, enzima catalase, peroxidase, dosagem de citocinas, viabilidade celular, quantificação de células e fungos viáveis e atividade fagocítica de PMNs. Resultados: Em resultados in vitro a PVB apresentou atividade antimicrobiana sobre as duas cepas. Na cultura de células esplênicas a concentração de PVB testada não apresentou toxicidade. Ao avaliar se a PVB melhora a capacidade de esplenócitos para a eliminação do fungo, independente da cepa, os resultados do teste com a PVB mostraram-se significativos em relação ao controle. O tratamento em animais aumentou a viabilidade das células imunes, proteínas totais, catalase, peroxidase e produção das citocinas INF-y e IL-12. O tratamento com a PVB também foi capaz de reduzir o número de fungos viáveis, quando comparados aos grupos controle (Pb18 e Pl), além de demonstrar uma maior atividade fagocítica de PMNs. Conclusão: A PVB foi capaz de imunomodular o sistema imune, uma vez que, na população tratada houve maiores níveis de atividade de PMNs, além disso, reduziu o número de fungos viáveis e estimulou a produção de proteínas totais e citocinas ligadas a resposta do tipo Th1. Nesse sentido, a aplicação do extrato da PVB pode ser um fator promissor ao longo do tratamento e desfecho da micose.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Atividade alelopática de extratos foliares de malpighia glabra l. em bioteste com lactuca sativa L.
    (Universidade Federal de Alfenas, 2023-08-04) Vieira, Guilherme Sérgio; Barbosa, Sandro; Rodrigues, Luiz Carlos De Almeida; Silva, Marcelo Aparecido
    A alelopatia é um processo derivado do metabolismo secundário das plantas, onde o vegetal libera substâncias químicas, que podem apresentar mecanismos de ação direta ou indireta no desenvolvimento de outras plantas, resultando em um efeito inibitório ou uma ação estimuladora. A espécie Malpighia glabra L., conhecida popularmente como acerola, possui amplo consumo no Brasil, com grande potencial econômico e nutricional, devido ao seu alto teor de vitamina C. As folhas apresentam cumarinas, flavonoides, ácidos fenólicos e aminoácidos (asparagina, prolina, alanina e metionina). A presença destes constituintes químicos torna a acerola numa espécie com potencial alelopático. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade alelopática de extratos foliares de M. glabra em bioteste com Lactuca sativa L. Onde obtemos extratos secos, aquoso e hidroetanólico, para a realização de estudos dos efeitos fitotóxico e citogenotóxico na germinação e crescimento inicial de L. sativa. As soluções testes foram preparadas nas concentrações de 5, 10, 20 e 40 mg.mL-1 , utilizou-se como grupo controle a água destilada. Os parâmetros avaliados foram: a porcentagem de germinação inicial e final, o índice de velocidade de germinação, o índice de efeito alelopático, o comprimento de parte aérea, o alongamento de raiz, o índice mitótico e a frequência de anormalidades cromossômicas. Os resultados mostraram que os extratos em concentrações mais altas causaram anormalidades na divisão celular e reduziram o desempenho germinativo das sementes de alface. As anormalidades incluíram micronúcleos, pontes em anáfase e telófase, c-metáfases, stickiness, cromossomos perdidos e cromossomo atrasado em anáfase e telófase. Além disso, os extratos também causaram alterações na atividade enzimática das sementes de alface. Isso sugere que o uso desses extratos pode ter efeitos negativos sobre o crescimento e desenvolvimento das plantas.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Eventos supostamente atribuíveis à vacinação ou imunização contra a COVID-19
    (Universidade Federal de Alfenas, 2023-08-17) Pimenta, Poliana Do Carmo; Dias, Livia Máris Ribeiro Paranaiba; Oliveira, Valéria Conceição De; Marques, Marcos José
    Introdução: Diante da crise sanitária desencadeada pelo coronavirus SARS-CoV-2, vacinas contra a COVID-19 foram desenvolvidas e se mostraram eficazes na prevenção da morbimortalidade pela doença, porém, ainda é necessário avançar na quantificação e caracterização dos Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação ou Imunização (ESAVI) contra a COVID-19. Objetivo: Os objetivos deste estudo foram analisar a incidência de ESAVI contra a COVID-19 no Brasil e analisar o risco de Eventos Adversos Pós Vacinação (EAPV) contra a COVID-19 entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento. Métodos: Esta dissertação contemplou dois delineamentos metodológicos, um estudo transversal analítico para o objetivo um e uma revisão sistemática com metanálise para o segundo objetivo. Para a abordagem observacional foram utilizados dados secundários obtidos do Sistema e- SUS Notifica e do Sistema Vacivida. A investigação abrangeu variáveis demográficas, clínicas e epidemiológicas presentes nos registros de ESAVI notificados na população brasileira no ano de 2021. A incidência acumulada de eventos e a proporção de sinais e sintomas (dentre as notificações encerradas) por 100.000 doses administradas foi calculada como medida de interesse. Quanto à revisão sistemática da literatura com metanálise, após definição criteriosa dos critérios de elegibilidade, elaboração e registro do protocolo de revisão na base PROSPERO, houve busca de artigos nas bases EMBASE, PubMed/MEDLINE e SCOPUS. A fase um e a fase dois contaram com dois revisores independentes e um terceiro revisor para dirimir as divergências. Durante a etapa de verificação do risco de viés, um quarto revisor foi incluído para auxiliar no consenso. Os dados extraídos foram agrupados, tendo a heterogeneidade e a sensibilidade entre os estudos avaliadas. As estimativas de efeito foram expressas como riscos relativos, com intervalos de confiança de 95%, com auxílio do software RevMan versão 5.4. Resultados: Com o estudo transversal foi possível identificar baixa incidência acumulada de ESAVI/COVID-19 no Brasil (0,038%), com predomínio de eventos não graves, gênero feminino, pessoas brancas, idade de 30 a 39 anos, evolução para cura sem sequela, regiões Sul e Sudeste do Brasil com maior incidência de casos. Os sintomas mais comuns foram dor de cabeça e febre, e o Sistema Órgão Classe mais comum foi o geral. Na revisão sistemática, mundialmente, os sintomas mais comuns foram dor, dor de cabeça e mialgia. Foi possível identificar que as pessoas de países desenvolvidos apresentaram maior risco relativo de desenvolver um EAPV/COVID-19, em comparação com os indivíduos de países em desenvolvimento, sem justificativa encontrada na literatura. Conclusão: Verifica-se que, em 2021, houve distribuição heterogênea dos ESAVI/COVID-19 no Brasil, caracterizada por baixa incidência e não gravidade dos casos. A subnotificação no Brasil e em outros países do mundo é um problema a ser enfrentado no contexto da imunização segura. Mundialmente, o padrão de baixa gravidade dos EAPV/COVID- 19 permanece, contudo, os países desenvolvidos apresentaram maior risco relativo destes eventos, evidência não explicada até o momento na literatura. Apesar do rápido desenvolvimento, uso emergencial e posterior aplicação de imunizações em massa das vacinas contra a COVID-19, os resultados do estudo corroboram a viabilidade e relevância das vacinas, assim como a baixa gravidade da maioria dos eventos adversos pós-vacinação contra a COVID-19, tantos nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Avaliação da atividade antimicrobiana e da toxicidade do Phtalox® em modelos in vitro e in vivo de Galleria mellonella
    (Universidade Federal de Alfenas, 2023-07-28) Bruzadelli, Rafaela Franco Dias; Ikegaki, Masaharu; Murata, Ramiro Mendonça; Almeida, Patricia Paiva Corsetti De
    A doença periodontal é uma condição em que ocorre a deterioração progressiva dos tecidos moles e duros que compõem o complexo periodontal. Essa deterioração é resultado de uma interação complexa entre comunidades microbianas disbióticas e respostas imunológicas exacerbadas nos tecidos gengivais e periodontais. No contexto dessa doença, o biofilme periodontopatogênico é uma comunidade de microrganismos composta por diversas gêneros e espécies bacterianos, como a Porphyromonas gingivalis e a Tannerella forsythia. O tratamento para a doença periodontal muitas vezes envolve o uso de antibióticos, e, portanto, há uma necessidade de pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos antibióticos capazes de inibir ou eliminar o biofilme presente. Nesse contexto, o Phtalox ® (PHT) surge como um potencial antimicrobiano. Trata-se de uma ferro-ftalocianina modificada com grupos carboxila em suas extremidades e ferro no centro, que exibe propriedades oxidantes, promovendo a geração contínua de oxigênio reativo na presença de oxigênio molecular. Neste estudo, foi realizado o teste de determinação da concentração inibitória mínima (CIM) utilizando bactérias sésseis. Adicionalmente, foi cultivado e tratado um biofilme subgengival de sete dias composto por 33 espécies bacterianas. A atividade metabólica e a composição microbiana do biofilme foram avaliadas por meio da técnica de hibridização DNA-DNA, conhecida como técnica Checkerboard. Para o teste de toxicidade e de atividade antimicrobiana in vivo foi utilizado o modelo de Galleria mellonella, pois é um método reconhecido pela Rede Nacional de Métodos Alternativos ao Uso de Animais (RENAMA), onde as larvas possuem resposta imune celular mediada por células fagocíticas que podem ser comparadas aos neutrófilos dos mamíferos. Os resultados obtidos no teste de CIM indicaram que o PHT não apresentou inibição frente aos microrganismos testados e nas condições do método. No entanto, o PHT na concentração de 10.000 μM demonstrou eficácia estatisticamente semelhante à Clorexidina 2.374 μM (CLX) na redução do biofilme multiespécie subgengival in vitro, inibindo o crescimento de patógenos-chave da doença. Os testes de toxicidade in vivo utilizando o modelo de G. mellonella demonstraram que o produto não é tóxico, mesmo em altas dosagens. Além disso, o PHT se mostrou tão eficaz quando a CLX para a sobrevivência das larvas infectadas com Staphylococcus aureus. Esses resultados destacam o potencial do Phtalox ® como uma alternativa promissora no combate à doença periodontal.
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    Potencial prognóstico e terapêutico do receptor de quimiocinas CCR5 na carcinogênese
    (Universidade Federal de Alfenas, 2023-02-28) Andrade, João Lucas Corrêa De; Oliveira, Carine Ervolino De; Furlan, Nilva De Karla Cervigne; Dias, Marina Lara De Carli
    O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial efeito na inibição do receptor de quimiocinas CCR5 no desenvolvimento e progressão do câncer. Esta dissertação foi elaborada na forma de dois artigos, o primeiro uma revisão sistemática e, o segundo, um estudo in vitro. Na revisão sistemática, além de avaliar as abordagens utilizadas para inibir o CCR5, bem como seus efeitos no desenvolvimento e progressão do câncer, também foi avaliada a qualidade dos estudos pré-clínicos em animais. A revisão sistemática foi realizada de acordo com as diretrizes PRISMA usando uma pesquisa estruturada nas bases de dados PubMed/MEDLINE, Scopus, Web of Science e Embase, recuperando e analisando 21 estudos originais. Para a análise do risco de viés e da qualidade metodológica dos estudos, foi utilizada a ferramenta desenvolvida pela SYRCLE (Systematic Review Center for Laboratory Animal Experimentation). Resultados promissores foram identificados após inibição de CCR5 em diferentes tipos de câncer, os quais foram associados, principalmente a redução do tamanho tumoral. Entretanto, os mecanismos subjacentes a esta redução foram bastante variáveis entre os estudos. Além disso, a maioria dos experimentos utilizou Maraviroc como inibidor de CCR5. Ao analisar a qualidade metodológica dos estudos, foram identificados potenciais riscos de viés nos diferentes domínios avaliados. Assim, esta revisão fornece suporte objetivo para delimitar estudos futuros com maior rigor metodológico, fornecendo evidências inequívocas sobre o impacto da inibição do CCR5 no desenvolvimento e progressão do câncer. Tendo em vista a relevância dos resultados encontrados e a escassez de estudos sobre a inibição de CCR5 no contexto da carcinogenese oral, foi realizado um estudo in vitro. No estudo in vitro, foi avaliada a expressão de CCR5 em diferentes linhagens celulares (CAL27, SCC4, SCC9, SCC15, SCC25 e HSC3) de carcinoma de células escamosas oral (CCEO) e os efeitos de sua inibição pelo tratamento com Maraviroc (MVC). A maior expressão de CCR5 foi detectada nas linhagens celulares SCC15 e SCC25 que, portanto, foram selecionadas para ensaios funcionais. Os resultados deste estudo demonstraram que, o tratamento com MVC resultou em diminuição significativa da proliferação celular e migração de células SCC15 e SCC25 de maneira dependente da concentração e tempo de exposição ao tratamento. Esses resultados sugerem que o tratamento com MVC desempenha um papel importante na biologia tumoral dos CCEOs e pode representar uma nova estratégia para o tratamento do câncer oral. Contudo, novos estudos são necessários para entender melhor os mecanismos associados ao tratamento de CCEO com MVC.
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    Soroprevalência do SARS-CoV-2 em trabalhadores de hospitais na região Sul de Minas Gerais, Brasil, no ano de 2020
    (Universidade Federal de Alfenas, 2023-02-10) Caixeta, Duillio Alves; Malaquias, Luiz Cosme Cotta; Fonseca, Flávio Guimarães Da; Silva Júnior, Sinézio Inácio Da
    A determinação da soroprevalência da infecção pelo SARS-CoV-2 pode ser realizada através da detecção de anticorpos anti-SARS-CoV-2 por meio de imunoensaios. Este levantamento é essencial para compreender, mediante estimativa, o desenvolvimento e a transmissão da doença na população estudada. Este estudo teve como objetivo realizar levantamento soroepidemiológico do SARS-CoV-2 em trabalhadores hospitalares em três cidades localizadas no sul do Estado de Minas Gerais, Brasil, em 2020. Foram realizados testes imunoenzimáticos (ELISA) em soros de 859 participantes. A média de idade foi de 38 anos. Mulheres 71,4% e homens 28,6%; profissionais de saúde 74,5% e trabalhadores do setor administrativo 11,6%. Os sintomas relatados pelos participantes foram: febre 6,4%, dificuldade respiratória 5,8%, perda de olfato e paladar 7,0% e diarreia 15,8%. Relataram, ainda, contato com pacientes infectados 63,35% dos participantes. Apresentaram testes de ELISA positivos 21,7% dos indivíduos, 62,7% negativos e 15,6% indeterminados. O hospital 3 apresentou a maior positividade (22,9%), seguido pelo hospital 2 (21,6%) e pelo hospital 1 (20,3%) (p=0,079). Mulheres apresentaram maior prevalência que os homens (22,8% e 18,7% respectivamente). A maior positividade (22,0%) foi observada entre profissionais administrativos, seguida pelos profissionais de saúde (20,9%). Entretanto, os profissionais que realizavam exames laboratoriais e de imagem apresentaram maior positividade (30,3%), seguidos pelos administrativos (22,6%), área hospitalar Covid (22,0%) e hospitalar não-Covid (21,5%). Detectou-se correlação significativa entre os testes ELISA positivos e as variáveis: testes sorológicos pregressos, contato anterior com pacientes infectados e presença de febre, perda de olfato e paladar. Conclui-se que, os testes sorológicos foram, em período pré-vacinal, ferramentas importantes para a detecção de anticorpos contra o vírus entre os profissionais hospitalares, os testes ELISA demonstraram não haver diferença significativa entre os trabalhadores hospitalares das diversas áreas, entretanto demonstrou que os profissionais hospitalares de maneira geral estão expostos à infecção. Porém, apresentou-se, quando analisado os teses ELISA positivo, diferença significativa entre os sintomas relatados e contato com pacientes com Covid-19.
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    Heat-killed Pseudomonas aeruginosa drives M1 polarization on BCG- primed macrophages
    (Universidade Federal de Alfenas, 2023-02-06) Rosa, Caio Pupin; Almeida, Leonardo Augusto De; Tana, Fernanda De Lima; Peloso, Eduardo De Figueiredo
    A imunidade inata treinada é conceito recente que diz respeito ao treinamento de macrófagos, células natural killer (NK), células dendríticas e células epiteliais frente à estimulação heteróloga, levando ao treinamento ou à tolerância de resposta. Considerando os recentes indícios de treinamento em modelos de estudo de pneumonias e as possíveis implicações na prevenção e no tratamento dessas afecções, o presente trabalho se propôs a avaliar o perfil de resposta de macrófagos estimulados previamente pelo Bacilo de Calmatte-Guérin (BCG) e/ou Pseudomonas aeruginosa morta pelo calor (HKPa) seguido de estímulos homólogos ou heterólogos. Para isso, macrófagos derivados da medula óssea de camundongos C57BL/6 foram obtidos e estimulados com BCG e/ou HKPa. Houve ativação de macrófagos CD11b+ pelo aumento da imunofluorescência emitida por CD80/86, quando de estimulação homóloga ou heteróloga com BCG e/ou HKPa. As mesmas células demonstraram tendência pró- oxidante pelos testes da NADPH-oxidase, TBARS e TRAP, quando do estímulo com BCG e aumento da secreção de óxido nítrico quando da estimulação heteróloga iniciada com BCG. Ainda, houve aumento da secreção de IL-6 quando da estimulação heteróloga iniciada por BCG. Contudo, a estimulação homóloga com HKPa aumentou tanto a expressão quanto a secreção de IL-10. Portanto, o presente trabalho sugere o priming de macrófagos pelo BCG, quando da estimulação heteróloga com HKPa, e sugere tolerância induzida pela estimulação homóloga de HKPa.
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    Análise diferencial da capacidade de formação de biofilmes e sensibilidade antifúngica de Candida albicans e espécies não-albicans de Candida isoladas de pacientes criticamente enfermos sujeitos a eventos adversos relacionados à assistência
    (Universidade Federal de Alfenas, 2022-09-23) Reis, André Francisco Dos; Dias, Amanda Latercia Tranches; Lucas, Rosymar Coutinho De; Oliver, Josidel Conceição
    Objetivo. Este estudo objetiva a análise diferencial da capacidade de formação de biofilmes e da sensibilidade antifúngica de células planctônicas e biofilmes de Candida albicans e Candida spp. não- albicans isoladas de pacientes criticamente enfermos, sujeitos a eventos adversos relacionados à assistência. Metodologia. Foram avaliadas amostras de Candida spp. isoladas de secreção traqueal, urina, corrente sanguínea e outros sítios de pacientes, maiores de 18 anos, dos setores de Terapia Intensiva e Emergências da Irmandade do Hospital da Santa Casa de Poços de Caldas, sujeitos a incidentes que possam estar relacionados ao estabelecimento de infecção fúngica. Os isolados foram identificados por espectrometria de massa MALDI-TOF e avaliados quanto à sensibilidade das células planctônicas e dos biofilmes aos antifúngicos: anfotericina B, fluconazol e itraconazol. Os prontuários destes pacientes foram examinados a partir da data da 1ª internação até o momento de desfecho clínico, com alta ou óbito do paciente. A identidade dos pacientes e as informações contidas nos prontuários foram preservadas conforme Resolução CNS nº 466/2012. Os critérios de rastreamento adotados para a análise dos prontuários fizeram referência à assistência à saúde, à terapia intensiva e à prescrição de medicamentos. Resultados: Foram analisados os prontuários e as amostras de 43 pacientes. O tempo de internação variou de 1 a 127 dias e todos os pacientes foram submetidos, durante o período de sua internação, a um ou mais eventos adversos relacionados à assistência, tais como utilização de ventilação mecânica, cateter venoso central, cateter venoso periférico, sonda vesical de demora, utilização de substâncias vasoativas, dentre outros. Os 43 pacientes apresentaram positividade para cultura fúngica, sendo este um dos principais critérios para a seleção do paciente integrante desta pesquisa. Ressalta-se que do total de 43 amostras, 23 foram fenotipicamente identificadas como pertencentes à espécie C. albicans, e 20 como Candida ssp. não-albicans. Deste total, 33 amostras puderam ser identificadas por MALDI-TOF (51,5% C. albicans e 48,5% Candida spp. não albicans) e apresentaram a capacidade de formação de biofilmes, sendo que 30% dos isolados apresentaram biofilmes com elevado potencial metabólico. Quanto à sensibilidade antifúngica, observou-se uma relação direta com a sensibilidade à Anfotericina B e situações de baixa sensibilidade aos fármacos Itraconazol e Fluconazol, inclusive com situações de resistência. Conclusão: A relevância desta pesquisa assenta-se solidamente na necessidade cada vez maior de centros de saúde, tais como os hospitais, que lidam com pacientes criticamente enfermos, conhecerem obrigatoriamente sua comunidade fúngica e seus perfis de sensibilidade aos antifúngicos; bem como o percentual de formação de biofilmes que podem influenciar negativamente na capacidade de resolução dos processos infecciosos,na ação dos antifúngicos então utilizados, e sua correlação com o eventual e inevitável evento adverso relacionado à assistência.
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    Efeito adjuvante de nanopartículas de albumina sérica bovina contendo Poli (I:C) em camundongos imunizados com o domínio III da proteína do envelope do Zika virus
    (Universidade Federal de Alfenas, 2023-11-10) Amaral, Raíne Piva; Coelho, Luiz Felipe Leomil; Rocha, Raissa Prado; Castro, Lívia De Figueiredo Diniz
    O Zika virus (ZIKV) é considerado um Flavivirus emergente associado a epidemias em ilhas na região do Oceano Pacífico e em vários países das Américas. Manifestações graves como a síndrome congênita do Zika e síndrome de Guillain-Barré tiveram a sua incidência aumentada durante estes surtos e contribuíram para o estabelecimento de um estado de emergência pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A partir de então, o desenvolvimento de uma vacina eficaz para prevenir infecções causadas pelo ZIKV tornou-se uma prioridade, uma vez existem poucas vacinas para o ZIKV em estágios avançados de desenvolvimento, fotalecendo a necessidade de testar plataformas alternativas. As nanopartículas (NPs) são materiais particulados que apresentam tamanhos variando entre 10 a 1000 nm. As NPs são sistemas coloidais formados por estruturas complexas, os quais têm o potencial de evitar a degradação enzimática do fármaco ou do antígeno de interesse e assim prolongar a exposição ao princípio ativo por meio da liberação controlada. As NPs poliméricas estão sendo amplamente exploradas como novas plataformas vacinais devido à capacidade dessas NPs em estimular o sistema imunológico, proporcionando desta forma, a liberação controlada do antígeno após a sua administração. A albumina é um polímero natural, biocompatível, biodegradável, não tóxico e, devido a essas características, as NPs feitas de albumina sérica bovina (NPs-BSA) são promissores sistema de administração de medicamentos ou antígenos. Diante disso, este trabalho teve como objetivo avaliar se a formulação preparada de nanopartículas compostas de albumina sérica bovina e ácido poliinosínico-policitidílico (NPPI) quando adicionadas a uma solução contendo o domínio III da proteína do envelope do ZIKV (zEDIII) são capazes de induzir anticorpos neutralizantes. Para isso, camundongos fêmeas foram imunizados pela via subcutânea com nanopartículas contendo ácido poliinosínico-policitidílico (NPPI) com ou sem adição do domínio III da proteína do envelope do ZIKV (zEDIII) nos dias 0, 7 e 14. A produção de anticorpos IgG anti-zEDIII foram avaliados por ELISA. Os soros dos animais previamente imunizados foram transferidos passivamente a camundongos neonatos de um dia de idade após uma hora de infecção por ZIKV. Os neonatos foram acompanhados e avaliados quanto ao peso, sinais clínicos e neurológicos durante 28 dias ou até o dia de sua morte. Os cérebros desses animais foram coletados para ensaios de quantificação de carga viral. Os resultados mostraram que camundongos imunizados NPPI+zEDIII produziram títulos significativos de anticorpos IgG anti-zEDIII. Essa imunização também foi capaz de induzir a produção de anticorpos neutralizantes, capazes de neutralizar potencialmente a infecção pelos ZIKV in vitro. Além do mais, o soro dos animais imunizados com NPPI+zEDIII foi capaz de prevenir os sinais clínicos e neurológicos em um modelo de transferência passiva de anticorpos a animais neonatos, além de reduzir a carga viral, expressão de citocinas pró- inflamatórias e inflamação no cérebro desses animais. Portanto, nossos resultados mostram que NPPI+zEDIII é um candidato vacinal promissor para combater infecções causadas pelo ZIKV.
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    Avaliação da imunogenicidade de epítopos da proteína estrutural spike do SARS-CoV-2 racionalmente selecionados por vacinologia reversa e associados ao BCG vacinal como carreador e indutor da imunidade inata treinada
    (Universidade Federal de Alfenas, 2022-10-06) Santos, Ana De Souza; Almeida, Leonardo Augusto De; Rodrigues, Marina Quádrio Raposo Branco; Novaes, Rômulo Dias
    A COVID-19 está relacionada a uma síndrome respiratória aguda grave no trato respiratório inferior causada pelo SARS-CoV-2. Análises observacionais mostraram que pessoas vacinadas com o Bacilo Calmette-Guérin (BCG) têm menor probabilidade de desenvolver formas graves da COVID-19. Assim, foi hipotetizado que a associação desse bacilo com epítopos imunogênicos selecionados por técnicas de vacinologia reversa das proteínas estruturais do SARS-CoV-2 pode acarretar o desenvolvimento de uma resposta imune inata treinada capaz de aumentar a resposta imune protetora específica contra esse vírus. Assim, esse trabalho teve como objetivo identificar epítopos imunoestimulantes da proteína spike do SARS-CoV-2 e associá-los ao BCG vacinal para a estimulação de uma resposta imune inata treinada. Para isso, 53.838 genomas depositados em bancos de dados do SARS-CoV-2 foram utilizados e as putativas sequências proteicas preditas da spike do vírus foram alinhadas para a determinação de uma proteína consenso mundial. A estrutura dessa proteína foi predita por modelagem molecular e foi possível identificar dois peptídeos de maior promiscuidade de se ligar aos BCR, MCH-I e MHC-II, assim como as características quanto a estabilidade, imunogenicidade, não alergenicidade, e com propriedades físico- químicas compatíveis para o desenvolvimento de peptídeos imunogênico. Por ancoragem molecular foi possível identificar os pontos e as forças de interação com as moléculas de MHC. O epítopo 1 apresenta pontos de alterações já identificadas nas variantes do novo coronavírus, assim como um ponto de n- glicosilação. Por outro lado, o epítopo 2 não se encontra em posições de alta variabilidade nas variantes em circulação no momento, incluindo a nova variante ômicron. Duas formulações contendo o BCG e cada peptídeo foram utilizadas para estimular macrófagos derivados da medula óssea murina demonstrando um aumento expressivo na secreção de IL-6, IL-1 e TNF- quando do contato prévio com essa formulação. Ademais, a via de MAPK se mostrou mais ativada nessas células com destaque para maior ativação de p38. Análises in vivo, utilizando camundongos C57BL/6 vacinados intramuscularmente com as formulações, mostraram um aumento expressivo na produção de IgG total, IgG1 e IgG2c específicos para os peptídeos da proteína spike no soro, assim como a secreção aumentada de IFN-, IL-6, TNF-α e IL-17. Em suma, a abordagem racional de predição de epítopos imunogênicos ao serem associados ao BCG vacinal foi capaz de induzir a imunidade efetiva tanto inata quanto adaptativa em modelos in vitro e in vivo.
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    Avaliação de híbridos de metronidazol no tratamento da doença de Chagas experimental
    (Universidade Federal de Alfenas, 2022-08-23) Benedetti, Monique Dias; Caldas, Ivo Santana; Vashist, Usha; Santos, Fabiane Matos Dos
    A doença de Chagas possui como um de seus principais desafios o desenvolvimento de um fármaco que seja efetivo em todas as fases da doença e com baixa toxicidade, uma vez que os atuais não suprem essas necessidades. Uma das estratégias de planejamento de fármacos, é a hibridização molecular, que pode reduzir os efeitos colaterais e melhorar a afinidade e eficácia em relação aos compostos isolados. Dessa forma o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade anti-T. cruzi de novos compostos híbridos de metronidazol acoplados com derivados de eugenol com testes in vitro e in vivo. Previamente a este trabalho, 21 compostos foram avaliados em testes in vitro frente às formas epimastigotas e tripomastigotas de T. cruzi para avaliação da eficácia contra o parasito (definição do IC 50 ) e toxicidade dos compostos (CC 50 ). Os três compostos com melhores resultados no experimento in vitro (CEI02, CEF05 e MG02), foram testados em experimento de triagem in vivo para definição do composto com melhor atividade, menor toxicidade e a dosagem mais otimizada do mesmo, em experimento de maior duração e em terapia combinada com Bz, além disso, CEF05 foi testado contra formas amastigotas. Neste experimento final, foram avaliados parâmetros de eficácia terapêutica, biológicos, imunológicos e histológicos. Os resultados obtidos a partir dos testes in vitro demonstram que todos os compostos apresentaram atividade tripanocida contra o parasito e apresentaram satisfatório grau de toxicidade, sendo MG02 o composto mais satisfatório. Na triagem in vivo foi demonstrado que o melhor resultado na redução da parasitemia foi o do híbrido CEF05 nas dosagens de 50 e 100mg/kg, que foi o único a prevenir a morte de todos os animais e com menor perda de peso. Foi possível observar, a partir do resultado do experimento in vitro contra formas amastigotas que o híbrido apresentou resultados superiores ao benznidazol. A partir dos resultados do experimento in vivo final, a monoterapia de CEF05 não eliminou o T. cruzi dos hospedeiros, porém reduziu a parasitemia dos animais, evitou a mortalidade, reduziu a perda peso dos animais e reduziu os infiltrados inflamatórios do coração dos camundongos e a produção de citocinas pró- inflamatórias, além de potencializar o efeito tripanocida do Bz verificado através da parasitemia. Com os resultados obtidos, é possível concluir que apesar de a maior atividade nos testes in vitro ter sido observada com a utilização do MG02, melhores resultados foram observados in vivo com a utilização do híbrido CEF05 que se destacou pela maior atividade contra T. cruzi e redução dos efeitos tóxicos.
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    Preclinical and clinical evidence of exercise training as a complementary Chagas disease treatment
    (Universidade Federal de Alfenas, 2022-07-28) Souza, Matheus Augusto De; Novaes, Rômulo Dias; Santos, Eliziária Cardoso Dos; Lima, Graziela Domingues De Almeida
    Contexto: A doença de Chagas (DC) é uma condição negligenciada correlacionada com a pobreza e a principal causa de cardiomiopatia infecciosa em todo o mundo. Embora contraindicado no passado, o treinamento de exercícios (TE) foi recentemente sugerido como um tratamento complementar para a DC. No entanto, a base mecanicista que apoia essa recomendação ainda não está clara. Objetivo: Utilizamos uma estrutura de revisão sistemática para investigar as evidências pré-clínicas e clínicas sobre a relevância do TE para o tratamento da DC. Métodos: Uma pesquisa estruturada em dois níveis baseada na estratégia PRISMA foi aplicada aos bancos de dados PubMed/Medline, Web of Science, Scopus e Embase. Foram investigados desfechos parasitológicos, bioquímicos, imunológicos e cardiorrespiratórios. Resultados: Evidências pré-clínicas indicam que o treinamento físico pré- infecção é seguro e aumenta a resistência do hospedeiro à infecção por T. cruzi, regulando positivamente a função contrátil do coração e dos cardiomiócitos, os desfechos imunológicos (ex: INF-γ, TNF-α, NO) e antioxidantes (ex: CAT, GR, GPx, SOD); atenuando a parasitemia, carga parasitária, biossíntese de espécies reativas de oxigênio (EROS) e nitrogênio (ERN), dano molecular e microestrutural dos músculos cardíaco e esquelético. Por outro lado, o treinamento de exercícios concomitantemente administrado à infecção aguda pode exacerbar o parasitismo celular, as respostas pró- inflamatórias e pró-oxidantes (por exemplo, oxidação de lipídios e proteínas); potencializando a lesão de órgãos-alvo. Além disso, evidências clínicas indicam que o treinamento aeróbico com dosimetria ajustada por testes de exercício limitados por sintomas é igualmente seguro para melhorar a tolerância ao exercício, a função cardiorrespiratória e a qualidade de vida em pacientes com DC crônica. Conclusão: Evidências pré-clínicas e clínicas sustentam o TE como estratégia complementar para o tratamento da DC, indicando que a dosimetria de treinamento e o estágio da infecção devem ser rigorosamente
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    Impacto do inibidor da via m-TOR rapamicina na susceptibilidade à infecção por Trypanosoma cruzi dependente do envelhecimento
    (Universidade Federal de Alfenas, 2022-06-30) Santos, Margarida Pereira; Novaes, Rômulo Dias; Santos, Eliziária Cardoso Dos; Caldas, Ivo Santana
    Considerando a eficácia da rapamicina em aumentar a expectativa de vida e de saúde, reduzindo o declínio imunológico dependente do envelhecimento, comparamos a evolução da infecção por Trypanosoma cruzi e miocardite aguda em camundongos jovens e idosos não tratados e cronicamente tratados com esta droga. Cinco grupos de animais foram investigados: jovens não infectados e infectados, idosos não infectados e infectados com Trypanosoma cruzi não tratados e tratados com rapamicina (4 mg / kg a cada 3 dias) da 8a à 96a semanas de idade. Sete dias após o último tratamento, camundongos idosos foram inoculados com T. cruzi. Os animais jovens foram infectados com 8 semanas de idade. Camundongos idosos não tratados exibiram aumento de parasitemia, carga parasitária e miocardite, que foram associados à diminuição de níveis plasmáticos de IL-2, IL-6, IFN-γ, TNF, imunoglobulina anti-T. cruzi (IgG total, IgG1 e IgG2a), expressão do gene da óxido nítrico-sintase induzida (iNOS) e produção cardíaca de óxido nítrico (NO), bem como aumento da expressão do gene da Arginase-1 e atividade da arginase (ARG) em comparação com animais jovens. Esses parâmetros melhoraram em camundongos idosos pré-tratados com rapamicina, que exibiram um melhor controle parasitológico, reduziram a inflamação cardíaca e danos microestruturais. Essas respostas foram associadas a um melhor equilíbrio entre os efetores Th1 e Th2, semelhante ao observado em animais jovens, incluindo uma ativação melhorada de citocinas Th1 e a via do iNOS que aumenta a biossíntese de NO, contrariando a ativação predominante da via da arginase em animais idosos não tratados. Assim, nossos resultados sugerem que o pré-tratamento crônico com rapamicina pode reduzir a imunossenescência em camundongos, contribuindo para prolongar a resistência ao parasita e reduzir a miocardite aguda em hospedeiro idoso infectado por T. cruzi.