Mestrado em Geografia
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2660
Navegar
Navegando Mestrado em Geografia por Orientador(a) "Coca, Estevan Leopoldo De Freitas"
Agora exibindo 1 - 5 de 5
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Item Acesso aberto (Open Access) A Agricultura Digital como Territorialidade do Agronegócio na Região Geográfica Imediata de Alfenas-Mg (2011-2023)(Universidade Federal de Alfenas, 2024-01-30) Silva, Rodrigo De Paulo Souza E; Coca, Estevan Leopoldo De Freitas; D’Alexandria, Marcel Azevedo Basta; Toledo, Eli Fernando TavanoO estudo analisa os impactos predominantes do emprego de tecnologias digitais na agricultura, com foco específico na Região Geográfica Imediata de Alfenas-MG, dos anos de 2011 a 2023. Estruturado em três capítulos, o primeiro aborda conceitos fundamentais relacionados à Geografia, destacando a reestruturação produtiva, a modernização agrícola, a territorialidade e a definição do agronegócio no contexto brasileiro. O segundo capítulo lança luz sobre o conceito de Agricultura Digital e suas discussões na esfera acadêmica. O terceiro capítulo apresenta os resultados da pesquisa, contribuindo com uma caracterização econômica detalhada das atividades do agronegócio na região, além de analisar como as empresas desse setor estão incorporando tecnologias digitais e os impactos causados por essa incorporação no uso do território. Este trabalho integra um projeto mais abrangente financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), intitulado "Agronegócio, campesinato e tecnologias digitais no campo: um estudo sobre a região geográfica intermediária de Varginha". Foram conduzidas 17 entrevistas semiestruturadas, sendo 11 durante a Agrishow em Ribeirão Preto-SP e 6 na Região Geográfica Imediata de Alfenas-MG, com representantes do agronegócio. Esses dados primários contribuem diretamente para a construção da base qualitativa da pesquisa, complementada por levantamentos de dados secundários que sustentam a base quantitativa, especialmente nos aspectos econômicos do agronegócio. O enfoque na digitalização agrícola compreende um processo sociotécnico que almeja integrar inovações digitais no setor, englobando uma variedade de elementos, como big data, internet das coisas (IoT), realidade aumentada, robótica, sensores, impressão 3D, sistemas integrados, conectividade, inteligência artificial, aprendizado de máquina, gêmeos digitais e blockchain. Essa complexa abordagem reorganiza a estrutura produtiva e a perspectiva de modernização agrícola, introduzindo uma nova forma de territorialidade do agronegócio, com impactos econômicos influenciados por relações de trabalho controversas que permeiam a produção social do espaço geográfico. Esses impactos, evidenciados em diversas escalas, desde o global até o local, indicam que o uso de tecnologias digitais por empresas do agronegócio não supera, mas sim reforça sua posição hegemônica na região.Item Acesso aberto (Open Access) A questão agrária no Sul de Minas Gerais: a luta pela terra em Campo do Meio-MG(Universidade Federal de Alfenas, 2023-06-26) Bertachi, Marcos Vinicius; Coca, Estevan Leopoldo De Freitas; Goldfarb, Yamila; Cléps Júnior, JoãoO debate sobre a questão agrária durante décadas foi pautado entorno da dissolução ou permanência dos camponeses e camponesas em todo o mundo. No entanto, pesquisas e estudos têm demonstrado novos fluxos migratórios em direção ao campo ou a conversão de produtores em direção ao um “modo camponês” de agricultura, de trabalhar a terra e suas relações com a natureza, esse fenômeno foi denominado de recampesinização. A presente pesquisa busca compreender a formação do campesinato em uma área de acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), denominado Quilombo Campo Grande, no município de Campo do Meio-MG. O estudo foi realizado através de uma análise histórica e geográfica da formação da região do sul de Minas Gerais e sua agricultura, o estabelecimento do MST e a formação do campesinato através de processos e dinâmicas de recampesinização. A metodologia utilizada foi o levantamento bibliográfico, dados secundários, entrevistas semiestruturadas de caráter qualitativo com camponeses e camponesas sem-terra. O trabalho evidenciou que a formação do campesinato ocorreu através da incorporação de antigos trabalhadores da falida Usina Ariadnópolis, assalariados rurais e migrantes relacionados a colheita do café e famílias de oriunda de grandes cidades, mas que possuíam raízes no campo. Através da junção desses três grupos configurou-se de um processo de recampesinização no Acampamento Quilombo Grande – MST.Item Acesso aberto (Open Access) Mulheres na questão agrária: um estudo sobre o coletivo "Raízes da Terra" do Acampamento Quilombo Campo Grande, Campo doMeio-MG(Universidade Federal de Alfenas, 2022-03-03) Xavier, Gabriela Taíse Poiati; Coca, Estevan Leopoldo De Freitas; Vinha, Janaina Francisca De Souza Campos; Alves, Flamarion DutraO modo como as mulheres e homens experienciam os espaços são diferenciados pela classe e raça, e também pelo fator gênero, o que torna necessário compreender geograficamente tais espaços. Apesar de ocorrer um aumento dos estudos geográficos na abordagem de gênero, esses ainda são escassos na geografia agrária, o que torna necessário a ampliação de tais estudos. Devido a divisão social e sexual do trabalho ancorada no patriarcado e intensificada pelo capitalismo, as mulheres são distanciadas dos espaços sociais, econômicos e políticos. No campo, esse fator se agrava, já que além de lutar pela inserção nos espaços, as mulheres camponesas também lutam pelo acesso e permanência nos territórios. Aliadas com sua classe em movimentos socioterritoriais, como o MST, as mulheres camponesas permanecem em constantes disputas e conflitos pelos espaços e territórios. No acampamento Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio-MG, através da metodologia da pesquisa militante que valoriza a práxis e ação social, foram aplicadas 8 entrevistas semiestruturadas e diversos trabalhos de campo que demonstraram que as mulheres camponesas estão em luta em escala local, nacional e internacional, pensando estratégias, ações e conquistando esses espaços há tanto negados. O Coletivo de Mulheres Raízes da Terra, criado em 2011 demonstra a territorialização da luta das mulheres camponesas no acampamento. A partir da agroecologia, do feminismo camponês popular lutam não somente pela reforma agrária, mas também pela emancipação social, econômica e política das mulheres camponesas, compondo o que os estudos agrários críticos compreendem como “questões agrárias” já que a luta passa a ser não somente por um pedaço de chão, mas por uma nova sociedade antipatriarcal, antirracista e anticapitalista.Item Acesso aberto (Open Access) Retrato das políticas públicas: Acampamento Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio, MG(Universidade Federal de Alfenas, 2022-04-14) Alves, Mariana Medeiros; Coca, Estevan Leopoldo De Freitas; Origuela, Camila Ferracini; Gotlib, JoyceA reforma agrária não é uma questão solucionada na história do Brasil, apesar de não ser uma demanda recente. As desigualdades sociais acarretadas pela concentração fundiária são insustentáveis, e por isso, as políticas públicas precisam direcionar como solução a esse processo, a reforma agrária. Infelizmente, esta não é a realidade de atuação dos governos brasileiros que nunca realizaram uma reforma agrária no país. Há 20 anos o Acampamento Quilombo Campo Grande, no Sul de Minas Gerais, enfrenta batalhas jurídicas pela regularização da área ocupada. A disputa judicial emplaca o desenvolvimento social e territorial do Acampamento e seus acampados. Através do materialismo histórico dialético, buscou-se frisar a realidade do acesso e não acesso às políticas públicas a partir de questionários e análise de dados históricos e públicos. A regularização fundiária é parte importante na compreensão da reforma agrária, mas é preciso o acesso às políticas públicas que promovam o desenvolvimento socioterritorial dos acampamentos. Assim, refletiu-se sobre as formas alternativas de produção e organização territorial que se contrapõem ao modelo convencional de produção campesina, expondo como o Acampamento tem buscado seu desenvolvimento, mesmo com a falta de amparo do Estado.Item Acesso aberto (Open Access) Territorialidades camponesas e Reforma Agrária Popular em Campo do Meio-MG(Universidade Federal de Alfenas, 2023-03-01) Santos, Leonardo Lencioni Mattos; Coca, Estevan Leopoldo De Freitas; Santos, Adriano Pereira; Fernandes, Bernardo MançanoApesar de ser pensada no Brasil desde os anos finais do século XIX, a reforma agrária continua sendo um tema complexo. Dentro da academia são diversas as formas de analisar as experiências de reforma agrária ocorridas no país até os dias de hoje. Considerando os projetos de reforma agrária adotados pelos governos brasileiros como insuficientes para a resolução dos problemas agrários do país, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) passou a construir uma novaforma de se pensar e fazer reforma agrária (MST, 2007). Em 2007 aparece pela primeira vez nos documentos do MST referências a uma Reforma Agrária Popular (RAP), destinada a ser mais do que um instrumento de distribuição e desconcentração de terras. A RAP engloba temas como a agroecologia e a soberania alimentar, sendo a ação popular o motor do processo de reforma agrária. Neste sentido, em um contexto político de refluxo de políticas públicas voltadas ao campesinato, desponta a necessidade de se avaliar o projeto de reforma agrária popular a partir das lentes de análise da Geografia. Assim, propõe-se nesta pesquisacompreender a RAP enquanto um modelo de desenvolvimento territorial alternativo, de modo a delimitar as disputas e as territorialidades que envolvem o projeto de RAPno município de Campo do Meio-MG. Para isso, nos utilizaremos de dados secundários provenientes dos relatórios anuais da Rede DATALUTA, além daqueles oriundos das pesquisas realizadas no âmbito do programa de extensão “Semeando a Terra: ações de fortalecimento da cadeia agroecológica e da soberania alimentar no sul de Minas Gerais”, do qual fazemos parte. Por fim, aplicamos entrevistas semiestruturadas com camponeses(as) acampados(as) e dirigentes do MST buscando relacionar os debates teóricos acerca do programa de RAP com os aspectos práticos observados em Campo do Meio.