Mestrado em Geografia
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2660
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Navegando Mestrado em Geografia por Orientador(a) "Vale, Ana Rute Do"
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Item Acesso aberto (Open Access) Cafeicultura e transformações socioespaciais no município de Alfenas-MG pós-inundação pelo lago de furnas(Universidade Federal de Alfenas, 2023-03-07) Costa, Tamyris Maria Moreira Da; Vale, Ana Rute Do; Martins , Marcos Lobato; Alves, Flamarion DutraDesde o início de sua formação, no final de século XVIII, o município de Alfenas/MG passou por transformações que afetaram seu dinamismo demográfico e socioeconômico, sobretudo a partir da década de 1960, com a inundação de parte de suas terras pelas águas do reservatório resultante da implantação da usina hidrelétrica de Furnas, atingindo mais de 34 municípios do Sul de Minas. A partir desse momento ocorreram alterações na principal atividade econômica, com a perda das várzeas férteis, então a lógica produtiva existente deu espaço à cafeicultura. Dessa forma, essa pesquisa buscou compreender as transformações socioespaciais do município de Alfenas-MG, com ênfase na expansão da cafeicultura, pós- inundação das áreas rurais atingidas pelo Lago de Furnas. Para sua realização, optou-se como procedimento metodológico a revisão bibliográfica sobre o tema, o levantamento de dados secundários (IBGE) e documentais (CEDOC-UNIFAL-MG), a elaboração de mapas de uso do solo, a partir da plataforma MapBiomas e, por fim, o trabalho de campo para conhecer as propriedades rurais atingidas pelas águas do lago e através das entrevistas com os cafeicultores que vivenciaram as transformações, pode-se perceber avanços na cafeicultura como inserção de maquinários, redução de mão de obra e ampliação de áreas com lavoura. A consolidação foi um processo difícil, considerando as mudanças da agricultura de abastecimento para a produção de uma commodity, foram anos superando as incertezas e os desafios impostos por essa nova realidade local-regional, que atualmente posiciona Alfenas entre os municípios produtores de café arábica do país. Contudo, para os agricultores que vivenciaram estas transformações, a esperança de dias melhores foi e continua sendo o que os mantém nessa atividade.Item Acesso aberto (Open Access) Do campo à cidade: os papéis socioespaciais e as relações de trabalho das mulheres em Muzambinho- MG.(Universidade Federal de Alfenas, 2021-05-10) Araújo, Letícia Almeida; Vale, Ana Rute Do; Santos, Roseli Alves Dos; Alves, Flamariom DutraPor muito tempo nos estudos acadêmicos, a temática de gênero não foi incluída na Geografia. As pesquisas começaram a surgir na década de oitenta, e hoje não se deve deixar de abordar a espacialidade das mulheres nessa ciência. São reflexos de uma sociedade patriarcal e capitalista que ignora os papéis socioespaciais de mulheres no campo e na cidade. No campo, geralmente, as mulheres não possuem o reconhecimento e valorização de seu trabalho, sendo que seus papéis socioespaciais ficam restritos à esfera reprodutiva do lar, e acabam buscando, na cidade, uma situação diferente. Tomando como estudo de caso as mulheres que viveram em algum momento de suas vidas no campo e depois migraram para a cidade no município de Muzambinho–MG, essa pesquisa buscou compreender se seus papéis socioespaciais e as relações de trabalho se alteram a partir do momento que passaram a viver no espaço urbano. Para tanto, optou-se pela técnica de entrevista com mulheres com esse perfil. A faixa etária encontrada foi entre 26 e 86 anos, permitindo variadas reflexões. Assim, no contexto da realidade de uma cidade pequena, permeada pela ruralidade, foi possível identificar que a migração dessas mulheres ocorreu de forma individual e coletiva e, em ambas as situações, as motivações eram predominantemente por melhores condições de vida e por oportunidades de trabalho na cidade, o que grande parte das mulheres acabou encontrando, embora, mesmo no espaço urbano, continuou vivenciando papéis socioespaciais desiguais, especialmente pelos postos ocupados com menor remuneração e pela responsabilidade integral do trabalho reprodutivo.Item Acesso aberto (Open Access) Ser mulher no comércio varejista da cidade de Alfenas-MG: proprietárias de lojas de vestuário e autonomia econômica(Universidade Federal de Alfenas, 2024-02-05) Freire, Mariana Romanzini; Vale, Ana Rute Do; Cleps, Geisa Daise Gumiero; Alves, Flamarion DutraEstudar relações de gênero na Geografia é sempre um grande desafio e, ao mesmo tempo, uma necessidade, pelo fato de que homens e mulheres possuem formas diferenciadas de se relacionar com o espaço e, no mesmo sentido, no que se refere ao mercado de trabalho, bastante desigual e injusto para elas. No caso das mulheres, donas do “próprio negócio”, a situação tende a ser um pouco melhor e é isso que este trabalho tentou mostrar ao buscar compreender o processo de inserção das mulheres no mercado de trabalho, na cidade de Alfenas/MG, a partir da atuação delas como proprietárias de lojas de vestuários, e a forma como tais atividades têm contribuído em sua autonomia econômica. Para isso, utilizou-se de levantamento e revisão bibliográfica, levantamento de dados secundários, trabalho de campo e aplicação de questionário, junto a 25 proprietárias de lojas de vestuários da cidade. Por fim, foi possível concluir que, as mulheres, que possuem o próprio negócio, passam por diversas dificuldades, como dupla jornada de trabalho, baixos salários e dificuldades para se firmarem no ramo, entretanto, elas conseguem obter sua autonomia econômica, com uma renda superior às mulheres, em geral, do município.Item Acesso aberto (Open Access) Trabalho escravo contemporâneo na cafeicultura da mesorregião Sul/Sudoeste de Minas: entre a lei e a realidade(Universidade Federal de Alfenas, 2022-03-03) Raimundo, Glaucione; Vale, Ana Rute Do; Rodrigues, Sávio José Dias; Coca, Estevan Leopoldo De FreitasO trabalho escravo contemporâneo pode ser encontrado em diferentes atividades empregatícias brasileiras, perdurando por anos sem punições. Na cafeicultura da mesorregião Sul/ Sudoeste de Minas, o trabalho escravo contemporâneo beneficia muitos fazendeiros às custas da exploração de trabalhadores migrantes e da própria região, conhecidos como apanhadores de café. A presente pesquisa buscou compreender as incidências do trabalho escravo contemporâneo em lavouras de café da mesorregião Sul/Sudoeste de Minas e as formas de atuação do Estado e demais movimentos sociais frente a esse modo de exploração. Para o desenvolvimento do estudo acadêmico, além da revisão bibliográfica sobre o tema e análise documental de dados secundários, também foram realizadas entrevistas com o coordenador da ADERE-MG (Articulação dos Empregados Rurais do Estado de Minas Gerais), com uma representante do Ministério Público do Trabalho de Varginha - MG, com um auditor fiscal da Secretaria Regional do Trabalho de Poços de Caldas - MG e com uma assessora da Organização Midiática Conectas Direitos Humanos. O estudo demonstrou que os trabalhadores resgatados são migrantes oriundos do Norte do Paraná, Norte de Minas e de alguns estados do Nordeste brasileiro. Essas vítimas costumam ser submetidas às condições de vida e trabalho extremamente precárias e insalubres em propriedades rurais de médio e pequeno porte na região nas quais seus proprietários por acreditarem na morosidade da justiça e na impunidade, repetem o crime a cada safra. Com a pandemia da Covid -19, a situação tem se tornado ainda mais complexa, considerando o não cumprimento das medidas sanitárias de controle da doença nos cafezais e a intensificação da desvalorização do trabalho dos apanhadores, incentivando ainda mais o trabalho informal e a escravidão contemporânea nesse setor empregatício.