Mestrado em Nutrição e Longevidade
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2662
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Navegando Mestrado em Nutrição e Longevidade por Orientador(a) "Dala-Paula, Bruno Martins"
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Item Acesso aberto (Open Access) Influência dos processamentos das folhas do café (Coffea arabica) para chás: Compostos bioativos, propriedades funcionais e resíduos de praguicidas(Universidade Federal de Alfenas, 2022-11-30) Rodrigues, Kamila Leite; Dala-Paula, Bruno Martins; Custódio, Flávia Beatriz; Tavano, Olga LuisaAs folhas de café produzido na região do Sul de Minas Gerais podem ser exploradas de modo sustentável, visando o desenvolvimento de uma bebida que integra regionalidade e saúde. Assim, o objetivo deste estudo foi desenvolver diferentes tipos de chá a partir de folhas da desbrota de cafeeiros de cultivo orgânico e convencional e os caracterizar quanto aos teores de flavonoides totais, fenólicos totais e potencial antioxidante (ABTS e DPPH). Avaliou-se também a presença e teores de resíduos de pesticidas nas infusões obtidas. Para tal, os processamentos utilizados na Camellia sinensis (chá verde, amarelo e oolong) foram adaptados para as folhas de café, além da fermentação em estado-sólido (FES) com adição de diferentes culturas iniciadoras [(i) Lactobacilos acidophilus LA-5®, Bifidobacterium BB-12® e Streptococcus termophilus; (ii) Saccharomyces cerevisiae; e (iii) a mistura das anteriores]. A cinética da fermentação foi acompanhada por 240 h, nos intervalos 0, 48, 96, 144 e 240 h, para determinar o ponto ótimo considerando os teores de bioativos e potencial antioxidante, que foram determinados por espectrofotometria. O método multirresíduo por meio de HPLC-MS/MS foi utilizado para detectar os praguicidas triazóis e organofosforados. Os teores de flavonoides variaram entre 3,78 ± 0,03 e 12,55 ± 0,20 EC mg.g -1 , fenólicos entre 16,83 ± 0,06 e 18,52 ± 0,04 EAG mg.g -1 e potencial antioxidante (ABTS) entre 49,76±0,76 e 84,35 µmol.g -1 e (DPPH) entre 47,66 ± 0,24 e 62,84 ± 0,18 µmol.g -1 de folha processada em base seca. As folhas de café de cultivo convencional e processadas de forma similar ao chá amarelo apresentaram os maiores teores de bioativos e potencial antioxidante (p≤0,05). De modo geral, os chás fermentados apresentaram os maiores valores ao final de 48 h, sendo o grupo controle com os maiores teores de fenólicos e flavonoides totais, reduzindo bruscamente após esse período, enquanto o adicionado de S. cerevisiae, maior potencial antioxidante. As infusões obtidas pelas folhas de café provenientes de plantações convencionais, com o manejo de pesticidas apresentaram triazóis e organofosforados em níveis que poderiam comprometer a saúde humana. Pesquisas futuras envolvendo o período de aplicação de pesticidas são necessárias, a fim de garantir o consumo seguro de chás de folhas de café proveniente de cultivos convencionais.Item Acesso aberto (Open Access) Marolo (Annona crassiflora): bioacessibilidade de compostos bioativos com potencial à longevidade humana(Universidade Federal de Alfenas, 2022-11-25) Todescato, Angélica Pereira; Dala-Paula, Bruno Martins; Custódio, Flávia Beatriz; Tette, Patrícia Amaral SouzaO marolo (Annona crassiflora) é uma fruta típica do Cerrado brasileiro, fonte de diferentes compostos bioativos. Estudos recentes demonstraram relação direta das poliaminas, em especial da espermidina, com a longevidade humana. Este trabalho teve como objetivo determinar a bioacessibilidade de compostos bioativos na polpa de marolo com potencial à longevidade humana. Os teores de compostos fenólicos totais, flavonoides totais e potencial antioxidante foram determinados por métodos espectrofotométricos. Dez aminas bioativas foram investigadas por cromatografia líquida de alta eficiência por pareamento iônico de fase reversa, sendo elas: putrescina, cadaverina, agmatina, espermidina, espermina, 2-feniletilamina, serotonina, triptamina, histamina e tiramina. A bioacessibilidade foi realizada seguindo o protocolo INFOGEST. A polpa do marolo apresentou 66,15 μmol ET/g para potencial antioxidante (ABTS) e 65,94 μmol ET/g (DPPH), 9,16 mg EAG/g para fenólicos totais, 7,26 mg EC/g para flavonoides totais. Os índices do potencial antioxidante após a digestão in vitro pelos métodos de ABTS e DPPH foram de 35,3% e 47,6%, respectivamente. Os índices de bioacessibilidade foram de 21,8%, e 17,6% para fenólicos e flavonoide totais. Apenas putrescina, espermidina e tiramina foram detectadas na polpa do marolo, com teores de 20,65, 6,32 e 31,96 mg/kg e índice de bioacessibilidade de 59,4%, 36,8% e 89,6%, respectivamente. Essa pesquisa contribui com informações inéditas acerca da bioacessibilidade de compostos bioativos da polpa do marolo, caracterizada por baixa bioacessibilidade de compostos fenólicos e flavonoides totais; moderada de putrescina e espermidina e elevada de tiramina. O ensaio ABTS sobre o efeito da digestão no potencial antioxidante foi igual para as fases gástrica e intestinal; enquanto para DPPH, o teor de antioxidantes na fase intestinal foi maior que na fase gástrica. Sugere-se a realização de pesquisas futuras para avaliar o efeito de diferentes processamentos da polpa de marolo na bioacessibilidade de compostos bioativos e em seu potencial antioxidante.