Mestrado em Enfermagem
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Navegando Mestrado em Enfermagem por Orientador(a) "Gradim, Clícia Valim Côrtes"
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Item Acesso aberto (Open Access) Alopecia : cotidiano da mulher com câncer de mama em tratamento quimioterápico(Universidade Federal de Alfenas, 2015-02-04) Reis, Ana Paula Alonso; Gradim, Clícia Valim Côrtes; Panobianco, Marislei Sanches; Dázio, Eliza Maria RezendeEstudo qualitativo, desenvolvido no Hospital Regional do Câncer de Passos, que teve como objetivo compreender o significado da alopecia para mulheres com câncer de mama, em tratamento quimioterápico, utilizando como referencial teórico o Interacionismo Simbólico e, como metodológico, a Teoria Fundamentada em Dados. O projeto de pesquisa foi encaminhado ao CEP da UNIFAL-MG, sendo aprovado conforme parecer nº 478.376. Foi realizada entrevista com treze mulheres, que tinham diagnóstico de câncer de mama e estavam em tratamento quimioterápico adjuvante que apresentasse como evento adverso a alopecia. A questão norteadora da entrevista foi: “Como tem sido para você a queda do cabelo e dos pelos do corpo durante o tratamento?”. Através desta pergunta, obtivemos os dados que, após a análise, permitiram a criação de dois diagramas: 1- Reconhecendo o novo corpo: refere-se às consequências do tratamento quimioterápico e às estratégias de enfrentamento da mulher perante a alopecia. 2- Descobrindo Redes de Apoio para enfrentar a alopecia: refere-se às instituições de apoio que fortalecem a mulher para o enfrentamento da doença e das consequências do tratamento quimioterápico, como a alopecia. A categoria central foi denominada como “A alopecia da mulher no câncer de mama: entendendo nas estratégias de enfrentamento da doença”. Essa categoria permitiu que afirmássemos que a alopecia e considerada o pior momento do tratamento e que a queda dos cabelos e da sobrancelha tem efeito depressivo nas mulheres, pois elas além de estar fisicamente debilitadas, têm que refazer a construção do seu self, além de estar sofrendo a pressão da sociedade que as vê com doentes. As interações humanas estiveram presentes no desenrolar de cada fase da vivência da alopecia e no enfrentamento da situação, sendo que o modo como a mulher enfrenta a alopecia possui analogia com as relações humanas e com o que é culturalmente imposto pela sociedade. Os dados permitiram verificar que o significado dado à perda do cabelo e de pelos é individual e chamou a atenção que os profissionais de saúde devem estar atentos a orientar as mulheres nesse momento em que a alopecia está ocorrendo, pois esse evento tras implicações para a na vida das mesmas.Item Acesso aberto (Open Access) Avaliação da idade materna na ocasião do parto da região macrosul de Minas Gerais(Universidade Federal de Alfenas, 2016-02-17) Ribeiro, Michelly Esteves; Gradim, Clícia Valim Côrtes; Leite, Eliana Peres Rocha Carvalho; Santos, Juliana Cristina Dos SantosNo Brasil, assim como no mundo, a idade da mulher na ocasião do parto vem aumentando, visto que essa mudança reflete um declínio da fecundidade de cinco filhos nos anos 1980 para 1,8 na década de 2010. Acredita-se que o uso de contraceptivos, a entrada da mulher no mercado de trabalho, a aspiração acadêmica, a busca pelo parceiro ideal e o avanço das técnicas de reprodução assistida tenham sido as mudanças maiores que influenciaram no declínio da fertilidade. Frente a esse contexto, o estudo teve como objetivo analisar a idade das mulheres primíparas por meio da Declaração de Nascidos Vivos (DNV) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Trata-se de um estudo descritivo, comparativo-analítico e transversal, fundamentado em dados secundários. As informações foram extraídas de documentos oficiais governamentais, referentes à macrorregião do Sul de Minas Gerais, composta por 154 municípios, no período de 2000 a 2013. Os dados foram organizados contendo as informações dos registros da DNV como características sociodemográficas (idade; estado civil; escolaridade), informações obstétricas (duração da gestação; número de consultas de pré-natal; tipo de parto e tipo de gestação) e neonatais (peso ao nascer; índice do APGAR no 1º e 5º minuto após o nascimento e má-formação). As análises foram realizadas, usando-se o teste de qui-quadrado, coeficiente de correlação de Spearman, Kruskal Wallis e regressão logística (Oddis Ratio), por meio dos programas estatísticos SPSS e R. Os resultados obtidos ratificam o status da macrorregião do Sul de Minas Gerais como região desenvolvida, quanto às características demográficas, sociais, obstétricas e neonatais: queda da fecundidade; aumento da idade materna ao engravidar; escolaridade elevada; relacionamento estável; números de consultas de pré-natal conforme o preconizado; baixa prematuridade, e aumento indesejável de parto cesariano. No entanto, ao contrário de outras regiões com essas características, o peso ao nascer e a prematuridade não foram variáveis afetadas. Os resultados permitiram traçar o perfil social e clínico das gestantes e do recém-nascido, disponibilizando dados para servirem como subsídio pelos profissionais de saúde por meio do SINASC, possibilitando a organização e o planejamento de ações específicas para o perfil da população usuária dos serviços de saúde.In Brazil, as in the world, the woman's age at birth time is increasing, since this change reflects a decline in fertility of five children in the 1980s to 1.8 in the decade of 2010. It is believed that the use of contraceptives, women's entry into the labor market, academic aspiration, the search for the ideal partner and the advancement of assisted reproduction techniques have been the biggest changes that influenced the decline in fertility. Facing this context, the study aimed to analyze the age of primiparous women through the Live Birth Declaration (DNV) and Live Birth Information System (SINASC). This is a descriptive, comparative-analytical and cross-sectional study, based on secondary data. The information was extracted from official government documents relating to the macro-region of southern Minas Gerais, made up of 154 municipalities in the period from 2000 to 2013. The data were organized containing information from DNV records as sociodemographic characteristics (age, marital status; education), obstetrical information (duration of pregnancy, number of prenatal visits, type of delivery and type of pregnancy) and neonatal (birth weight, Apgar index at 1 and 5 minutes after birth and malformation). Analyses were performed using the chi-square test, Spearman correlation coefficient, Kruskal Wallis and logistic regression (Oddis Ratio), by means of statistical programs SPSS and R. The obtained results confirm the status of the macro-region of South of Minas General and developed region, for the demographic and social characteristics obstetric and neonatal: the fertility decline; increasing maternal age when pregnant; higher education; stable relationship; numbers of prenatal consultations as recommended; low premature and undesirable increase in caesarean section. However, unlike other regions with these characteristics, birth weight and prematurity were not results affected. The variables allowed tracing the social and clinical profile of pregnant women and newborns, providing data to serve as the health professional allowance through SINASC, enabling the organization and planning of specific actions for the profile of the user population of health services.Item Acesso aberto (Open Access) Efetividade da auriculoterapia na dor de pessoas portadoras de câncer em tratamento quimioterápico: um ensaio clínico randomizado(Universidade Federal de Alfenas, 2017-02-10) Ruela, Ludmila De Oliveira; Gradim, Clícia Valim Côrtes; Iunes, Denise Hollanda; Stefanello, JulianaA dor é um sintoma temido pela população e, quando um paciente com diagnóstico de câncer tem uma evolução da doença, estima-se que 90% terão esse sintoma. Muitos são os esforços para o seu controle adequado, contudo os números da dor oncológica continuam a crescer. Nesse contexto, o uso de terapias complementares ao tratamento convencional da dor tem sido cada vez mais utilizado por esses pacientes. Um dos métodos mais usados é a acupuntura, incluindo a auriculoterapia. Essa técnica, que pode ser aplicada pelo enfermeiro, busca restabelecer o equilíbrio do corpo por meio de estímulos em pontos específicos do pavilhão auricular, com o objetivo de promover a prevenção ou a cura de uma doença. Portanto, este estudo teve o objetivo avaliar a efetividade da auriculoterapia na dor de pacientes com câncer em tratamento quimioterápico. Trata-se de um ensaio clínico, randomizado, controlado, mascarado. A amostra foi composta por 23 portadores de câncer em tratamento quimioterápico, acompanhados pela Unidade de Assistência de Alta Complexidade de um município do Sudoeste mineiro. Para a obtenção dos resultados, foram formados dois grupos paralelos, por meio da randomização estratificada: Grupo Tratado (n = 11), o qual recebeu a aplicação de oito sessões de auriculoterapia nos pontos Shenmen, Rim, Simpático, Relaxamento Muscular e pontos do Pentagrama individual, e Grupo Placebo (n = 12), em que os participantes receberam oito sessões de auriculoterapia em dois pontos placebos fixos, olho e traqueia. Os participantes foram avaliados por um avaliador cegado, por meio da Escala Numérica da Dor, do Questionário de Dor de McGill e instrumentos elaborados pelos pesquisadores. Após a aplicação da intervenção, houve diferença significativa (P < 0,05) entre os dois grupos na intensidade e na classificação da dor, nos descritores qualitativos da dor (sensorial e total), em relação ao número de locais de dor e em relação ao consumo dos analgésicos. Além disso, o Grupo Tratado apresentou melhores resultados ao longo do tempo quando comparado com o Grupo Placebo. Desse modo, observou-se que a auriculoterapia foi uma técnica efetiva na redução da dor oncológica. Nesse contexto, recomenda-se o uso dessa técnica no controle e no alívio da dor oncológica, como um tratamento complementar ao convencional e a implementação desse método nos serviços de saúde para o atendimento aos portadores de câncer. Espera-se que este trabalho contribua para o incentivo dos profissionais da saúde, principalmente os enfermeiros, na busca da auriculoterapia como método complementar no alívio da dor durante o planejamento e nas ações voltadas para o paciente oncológico. Entretanto, novos estudos com rigor metodológico devem ser desenvolvidos para fortalecer as evidências científicas sobre o uso da auriculoterapia para o manejo da dor dos portadores de câncer e, consequentemente, proporcionar qualidade de vida e melhorar a aceitação da técnica pelos profissionais no planejamento de sua assistência.Item Acesso aberto (Open Access) Mulheres com neoplasia mamária em tratamento quimioterápico ou em hormonioterapia: uma avaliação da qualidade de vida(Universidade Federal de Alfenas, 2013-03-22) Cordeiro, Laís De Andrade Martins; Gradim, Clícia Valim Côrtes; Terra, Fábio De Souza; Almeida, Ana Maria DeEstudo descritivo, analítico e transversal de abordagem quantitativa, que teve por objetivo avaliar a qualidade de vida (QV) de mulheres com neoplasia mamária, as quais se encontravam em momentos distintos do tratamento: quimioterapia ou hormonioterapia e, ainda, buscou descrever as características sociodemográficas, clínicas e terapêuticas das pacientes em estudo e verificar se existe associação entre esse constructo e as variáveis sociodemográficas, clínicas e terapêuticas, para toda a amostra em estudo. A amostra foi formada por 72 mulheres, sendo 25 em tratamento quimioterápico e 47 em hormonioterapia; as quais realizavam tratamento em uma unidade de oncologia situada em Alfenas/MG. A coleta de dados ocorreu no período de 08 de março a 08 de novembro de 2012, sendo utilizados dois instrumentos: um primeiro para caracterização das entrevistadas segundo variáveis sociodemográficas, clínicas e terapêuticas; e, o FACT B+4 para a avaliação da QV. Para ambos os tratamentos abordados, verificou-se, de maneira geral, bons resultados de QV. Para a amostra total, encontraram- se resultados satisfatórios para todos os domínios do FACT B+4 e para o FACT B Total; sendo encontradas melhores médias de escores nos domínios preocupações adicionais com o braço (15,56/20) e bem-estar emocional (19,06/24). O domínio preocupações adicionais com o câncer de mama apresentou a média de escore mais baixa (23,26/36). Na análise da associação entre QV e fatores sociodemográficos, clínicos e terapêuticos, as variáveis: vida sexual ativa, linfedema e tipo de cirurgia; apresentaram associações estatisticamente significativas. Mulheres que negaram vida sexual ativa apresentaram QV inferior às demais nos domínios bem-estar social/familiar (p=0,001), bem-estar funcional (p=0,005) e para o FACT B Total (p=0,013). A presença do linfedema inferiu em QV inferior para os domínios: bem-estar social/familiar (p=0,019); bem- estar emocional (p=0,002), preocupações adicionais com o braço (p=0,000) e, para o FACT B Total (p=0,015). Para os tipos de cirurgia, constatou-se correlação positiva e significativa para o domínio bem-estar funcional (r=0,299; p=0,011), sendo que mulheres submetidas à cirurgia radical modificada e à linfadenectomia apresentaram um maior comprometimento. O profissional de saúde deve se posicionar na atuação de uma assistência que vise propiciar à mulher com câncer de mama, a continuidade da satisfação com sua QV, em todas as dimensões que envolvem esse aspecto.Item Acesso aberto (Open Access) O fechamento de uma casa de parto na perspectiva das ex-usuárias frente a uma nova gestação(Universidade Federal de Alfenas, 2017-02-17) Siqueira, Yeda Maria Antunes De; Gradim, Clícia Valim Côrtes; Ribeiro, Patrícia Mônica; Vedana, Kelly Graziani GiaccheroEstudo de abordagem qualitativa que teve como objetivo compreender a percepção das ex-usuárias sobre o fechamento da Casa de Parto da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora. Para o desenvolvimento desse estudo a Teoria Fundamentada nos Dados foi utilizada como referencial metodológico e o Interacionismo Simbólico como referencial teórico. Participaram da pesquisa 20 ex-usuárias da Casa de Parto que tiveram uma nova gravidez após o fechamento da Casa. Em resposta à pergunta norteadora: Na gravidez após o fechamento da Casa, como você escolheu o lugar para ter seu filho? A análise das entrevistas determinou duas categorias para o estudo: “Casa de Parto” e “Vivenciando um final feliz”. Tais categorias foram analisadas e deram origem a três subcategorias cada. Assim, dois diagramas emergiram da análise. O primeiro diagrama intitulado “Sendo atendida na Casa de Parto” apresentou as impressões que as mulheres tinham acerca da assistência prestada na Casa. O segundo diagrama, “Estou grávida: e agora?” referiu-se às percepções das mulheres quanto à nova gestação e as expectativas com relação ao parto. A teoria gerada dos dados: “O que importa é o filho nascer bem” apresentou as percepções das mulheres sobre o nascimento dos filhos, e a capacidade de adaptação dessas para que seus bebês nascessem com segurança. O modelo teórico proposto demonstrou que o fechamento da Casa de Parto foi percebido como uma perda para as mulheres, mas elas foram capazes de se adaptar à nova situação e buscaram as melhores condições para o nascimento dos seus bebês, pois para elas o que importava era o filho nascer bem.Item Acesso aberto (Open Access) Percepção das mulheres sobre a violência no trabalho de parto e parto(Universidade Federal de Alfenas, 2016-05-24) Rennó, Giseli Mendes; Gradim, Clícia Valim Côrtes; Leite, Eliana Peres Rocha Carvalho; Scherer, Zeyne Alves PiresEste estudo teve como objetivo conhecer a ocorrência de violência na assistência ao trabalho de parto e parto vivenciado pelas mulheres de um município do sul de Minas Gerais. Pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo descritivo, exploratório e transversal, desenvolvido com 25 mulheres que pariram em serviço hospitalar. Os dados foram analisados utilizando a proposta de conteúdo de Bardin e duas categorias foram identificadas: violência institucional no trabalho de parto e parto e ações não farmacológicas na humanização da assistência no trabalho de parto e parto. Nas falas das mulheres foi possível identificar elementos que caracterizam a violência no trabalho de parto em física, psicológica, sexual, institucional e material. A violência é relatada como acolhimento e assistências inadequadas, o descumprimento de direitos básicos das mulheres, dos familiares e dos filhos, o uso de práticas consideradas inadequadas e prejudiciais para o trabalho de parto e parto e a ausência de métodos farmacológicos para alívio da dor. Porém, a maioria delas referiram que não foram vítimas de violência. Foram identificados elementos da humanização da assistência como acolhimento, cumprimento dos direitos das mulheres e uso de métodos não farmacológicos de alívio da dor. Assim, a violência relatada pelas mulheres foi institucional e praticada por atendentes, por médicos e profissionais de enfermagem, pela infraestrutura e está ligada às relações de poder que colocam a mulher em situação de desigualdade e vulnerabilidade diante aqueles que deveriam ser cuidadores. Contudo, as estratégias de capacitação dos profissionais de enfermagem proposta pela OMS e aderida pelo MS ainda não proporcionou, nesses locais, uma mudança significativa das experiências no parto, prevalecendo uma obstetrícia clássica e intervencionista.Item Acesso aberto (Open Access) Violência no Estado de Minas Gerais : análise do sistema de informação de agravos de notificação compulsória(Universidade Federal de Alfenas, 2014-02-13) Filardi, Monique Borsato Silva; Gradim, Clícia Valim Côrtes; Scherer, Zeyne Alves Pires; Leite, Eliana Peres Rocha CarvalhoDiante da caracterização da violência como problema de saúde pública, o Brasil tem implementado estratégias de notificação do agravo para possibilitar a identificação de prioridades a serem tratadas pelas políticas públicas que realmente possam coibir e prevenir esse fenômeno e promover a saúde da população exposta. Este é um estudo epidemiológico descritivo-exploratório de desenho individual-observacional-transversal que objetivou analisar a qualidade das informações sobre violência doméstica, sexual e outras geradas a partir do banco de dados do Sistema de Agravos de Notificação compulsória (SINAN) no estado de Minas Gerais nos anos de 2010-2011, bem como caracterizar os atendimentos notificados. Para a análise da qualidade, foram avaliadas as incompletitudes e inconsistências dos dados nas fichas de notificação/investigação. As inconsistências foram verificadas por meio um instrumento elaborado com definição das possíveis inconformidades entre os campos relacionados. Como incompletitudes, foram considerados os registros preenchidos como ignorados ou em branco. A categorização foi realizada da seguinte forma: baixa (< 10% de registros sem preenchimento); regular (11 a 30%) e alta (> 30%). A caracterização dos casos notificados foi realizada por meio da análise do sexo; da faixa etária; da raça/cor da pele das vítimas; do local de ocorrência e da relação com o agressor, comparadas à tipologia da violência. Para as análises estatísticas descritivas e analíticas, foi empregado o software SPSS, versão 17, utilizando o teste Qui-quadrado, o Exato de Fischer com estabelecimento de 95% de confiança e margem de erro de 5%. Por meio de análise de 22.755 registros, verificou-se que 36,5% das fichas de notificações continham ao menos uma inconformidade; 0,4 % apresentavam características de acidentes e 5,1 % referiam-se a casos de violência extrafamiliar (criminalidade/delinquência), cujas vítimas eram adultos (20 a 59 anos) do sexo masculino, que, por estratégia adotada pelo Ministério da Saúde, não são objeto de notificação por esse banco de dados. Totalizaram-se, assim, 42 % de inconsistências. O perfil das pessoas atendidas, de forma geral, consiste principalmente de mulheres, jovens (20-29 anos) e pretos. O principal local de ocorrência é a residência e a relação com o agressor sofre variação de acordo com a faixa-etária analisada e com a tipologia da violência. Excetuando a violência sexual e a negligência/abandono, nas demais tipologias o principal agressor foi representado pelos cônjuges/companheiros. Houve maior predomínio de mães (20,3%) como executoras do ato violento nas negligências/abandonos e de desconhecidos (34,4%) nas notificações de violência sexual. Entre os adolescentes de 10-14 anos os conhecidos da vítima (25,6%) foram os maiores agressores e entres aqueles de 15-19 anos a maior parcela foi representada pelos parceiros amorosos (19,9%). Em crianças (0-9 anos) os agressores mais reportados foram a mãe (17%) e o pai (14,8%). Nas notificações em idosos (60 anos e mais) houve predominância dos filhos (20,9%) como agressores. Em relação ao sexo dos autores da agressão 51% deles foram homens. Os resultados permitem, por meio de análise crítica do banco de dados, com exclusão das inconsistências, a caracterização do perfil da violência para o direcionamento das ações de saúde no enfrentamento ao problema. Ainda são necessários esforços no aprimoramento da incompletitude e da consistência das informações. A notificação compulsória de violência pelo setor saúde é uma estratégia que possibilita o avanço na visibilidade e o enfrentamento ao flagelo, no entanto, evidencia-se, ainda, a necessidade da instituição de uma política nacional de monitoramento regular da qualidade das informações produzidas no Brasil, conduzida pelo Ministério da Saúde.