Mestrado em Educação

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Acesso aberto (Open Access)
A “Cátedra por Nariño”: possibilidades para um currículo emancipatório
(Universidade Federal de Alfenas, 2020-12-07) Fernandez Giron, Daisy Johana; Felício, Helena Maria Dos Santos; Passani, Lourdes De Fátima Paschoaletto; Groppo, Luís Antônio
Nesta dissertação, pretende-se, analisar o desenvolvimento da proposta curricular alternativa chamada “Cátedra por Nariño” implementada nos anos de 1980 em Nariño, Colômbia, para conhecer e analisar como este desenvolvimento curricular interferiu no currículo oficial como uma forma de contestação às políticas educativas do Estado colombiano. Objetiva-se também explicitar a constituição histórica da “Cátedra por Nariño” no contexto colombiano, a partir de seus participantes; comparar o currículo da “Cátedra por Nariño” com o currículo oficial proposto para o país naquela situação; e explorar a representação que os professores têm acerca do desenvolvimento curricular da “Cátedra por Nariño”. Utilizaram-se como referenciais teóricos autores como: Shirley Grundy, Jürgen Habermas, Paulo Freire, Michael Apple, Peter McLaren, Henry Giroux, Miguel Arroyo, Gimeno Sacristán, Helena Felício, Fernando González Rey, Wanda Aguiar, Sergio Ozella, dentre outros. Para isso, nesta pesquisa qualitativa, fez-se um estudo bibliográfico acerca do objeto de estudo, bem como a realização de entrevistas com alguns envolvidos neste processo curricular. Para a análise dos dados, se fez uso da epistemologia qualitativa construtiva interpretativa. Como resultados deste trabalho, apresenta-se como foi o surgimento da “Cátedra por Nariño”, seu desenvolvimento, a conexão da proposta curricular alternativa com a lutas sociais da época, a expansão do projeto dentro de Nariño, os obstáculos que enfrentou, e a maneira como finalizou. Também se analisou o currículo oficial utilizado na Colômbia na década de 1980 e o projeto curricular alternativo à luz da teoria dos interesses constitutivos do conhecimento, sendo classificado o primeiro como um currículo informado principalmente por um interesse técnico e a proposta curricular alternativa chamada “Cátedra por Nariño” como um currículo como práxis. Conclui-se que, nos momentos atuais que se vivem na América Latina e onde o terreno curricular cada vez é mais protegido, é viável, necessário e possível fazer uso de maneira contra-hegemônica de currículos alternativos como instrumentos de mudanças sociais, mas é necessário que os mestres sejam críticos com o exercício de sua atividade educativa na sociedade atual e que, depois dessa reflexão, avancem para a apropriação no território curricular dos espaços que lhes permitam semear utopia e esperança de um mundo melhor para eles, para seus estudantes, para suas famílias e para a sociedade.
Acesso aberto (Open Access)
A (re)significação do ensino a partir da formação continuada de professores nos anos finais do ensino fundamental
(Universidade Federal de Alfenas, 2022-07-15) Chaves, Ivanilda Cabral Da Costa; Felício, Helena Maria Dos Santos; Coimbra, Camila Lima; Oliveira, Maria Eliza Nogueira
Esta pesquisa teve como objetivo geral compreender e analisar os mecanismos de (re)significação da prática pedagógica dos professores do ensino fundamental II, da rede municipal de ensino de Alfenas (MG), que participam de processos de formação continuada dos professores. O texto fundamentou-se em referenciais teóricos, de acordo com os postulados de Pimenta (2012); Benachio (2011) e Lima (2010); Tardif (2014); Formosinho e Araújo (2011); Libâneo (2004); Day (2001); Nóvoa (1999,2003, 2017); Garcia (1999); Imbernón (2009, 2010 e 2011); Nazar (2016); Araújo (2009); Freire (1996) e Demo (2009). A metodologia é de caráter construtivo-interpretativo, de cunho qualitativo-descritivo. A coleta das informações foi dividida em duas etapas. A primeira consistiu na aplicação de um questionário estruturado, com 22 professores. Desse grupo, foram validadas três entrevistas semiestruturadas para as inferências e as discussões. Ao abordar a formação continuada de professores, em sequência à formação inicial, acredita-se que seja uma necessidade que se apresenta pela própria atividade profissional, que vai além da participação em cursos, em capacitações, em treinamentos, em palestras e em seminários esporádicos. Foi possível identificar que, tanto no questionário quanto nas entrevistas, os programas e as atividades desenvolvidos de modo contínuo pelas escolas e pela SEME são módulos, além das atividades proporcionadas pelas instituições parceiras. Por meio das entrevistas, percebemos que é possível (re)significar as práticas pedagógicas no ensino fundamental II, mas também há a necessidade de buscar outras formações além das que são ofertadas pelas escolas, pela SEME ou por outros órgãos/instituições. Findado este objeto de estudo, esperamos que a realização desta pesquisa possa contribuir com o cotidiano dos espaços formais da educação brasileira, para que se tenha um novo olhar sobre a formação continuada de professores e que esta seja capaz de promover a melhoria do trabalho docente, de sua prática pedagógica, (re)significando-a e criando condições favoráveis para que a transformação aconteça.
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A autonomia docente na (re)construção do currículo no cotidiano escolar
(Universidade Federal de Alfenas, 2017-02-22) Schiabel, Daniela; Felício, Helena Maria Dos Santos; Silva, Carlos Manuel Ribeiro Da; Gomes, Claudia
Este trabalho analisa como se configura a autonomia do professor no processo de (re)construção do currículo escolar, no Ensino Fundamental I, de uma Escola do município de Paraguaçu-MG, que vai desde a esfera legislativa até à prática docente e sala de aula. Para tanto, torna-se necessário identificar como os documentos legais apontam a responsabilidade e a autonomia do professor no que diz respeito ao desenvolvimento curricular; bem como compreender de que forma esta autonomia se configura nas orientações da/na instituição educacional; e em que medida os professores se apresentam enquanto sujeitos autônomos neste processo curricular. Este estudo fundamenta-se na concepção de currículo enquanto projeto e na compreensão do papel ativo do professor que se configura na possibilidade e/ou autonomia, que ele tem de, em sua sala de aula, transformar o currículo prescrito em momentos de construção de conhecimentos e de aprendizagens mais significativas para si mesmo e para seus alunos. Utilizaram-se como referenciais teóricos autores como: Gimenio Sacristán; Tomaz Tadeu da Silva; Maria do Céu Roldão; José Augusto Pacheco; Michael Young; dentre outros. Este trabalho está respaldado pelos pressupostos da pesquisa qualitativa com o enfoque na interpretação construtiva. Sendo assim, utilizamos como instrumentos de coleta de dados a análise documental dos dispositivos legais que legitimam a autonomia docente; a observação participante de reuniões pedagógicas da instituição educacional pelo período de seis meses e entrevistas semiestruturadas com sete professores do Ensino Fundamental I. A partir da construção dos núcleos de significação foi possível realizar a análise e interpretação dos dados, no qual constatamos que a legislação brasileira assegura a participação e a autonomia do professor no processo de (re)construção do currículo no cotidiano escolar, tanto no aspecto global da instituição como na ação pedagógica desenvolvida em sala de aula. Entretanto, é possível constatar tentativas de cerceamento dessa autonomia do professor, principalmente quando o currículo oficial é assumido sem a devida contextualização; da mesma forma, verifica-se que os professores, em suas salas de aula, exercem a autonomia no momento do currículo em ação, tendo em vista o processo de aprendizagem de seus alunos. Assim, conclui-se que o exercício da autonomia na (re)construção do currículo no cotidiano escolar constitui-se em um jogo de força e de poder entre as esferas legais, administrativas e pedagógicas, no qual os professores projetam suas possibilidades de autonomia profissional e modelam o projeto originário por meio do planejamento e da execução das atividades.
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A voz docente na construção do currículo escolar
(Universidade Federal de Alfenas, 2020-04-27) Moraes, Amanda Souza; Felício, Helena Maria Dos Santos; Possani, Lourdes De Fátima Paschoaletto; Mariano, André Luiz Sena
O presente trabalho busca analisar o processo de participação dos professores na construção do currículo escolar, buscando identificar e compreender como a voz desses professores se constituem enquanto conceito que nos ajuda a entender como é a sua participação no processo de concepção e desenvolvimento do currículo escolar. Para tanto, torna-se necessário analisar a concepção que os professores têm a respeito do currículo escolar, analisar como se dá o processo de construção de currículo nas escolas em que atuam, bem como questionar se suas vozes são ouvidas nesta construção. Este estudo fundamenta-se nos pressupostos da teoria crítica do currículo, embasados pelas concepções teóricas de Giroux (1988) que defende de forma contundentea participação dos professores no processo de construção curricular; Apple (2006),que nos traz uma análise do que está oculto no processo de construção curricular, a produção, uniformização para manterem o controle social; e as contribuições de Sacristán (2013), que aponta a importância de dar suporte às pesquisas feitas com e sobre os professores a respeito do desenvolvimento do currículo escolar. Este trabalho está respaldado pelos pressupostos da pesquisa qualitativa com o enfoque na interpretação construtiva. Sendo assim, utilizamos a entrevista semiestruturada como instrumentos de coleta de informações, realizadacom 19 professores egressos do curso de licenciatura em Pedagogia que atuam como professores da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental. A partir da construção do núcleo de significação, dos indicadores e pré-indicadores foi possível realizar a análise e interpretação dos dados, no qual constatamos que os professores conceituam o currículo como uma forma prescrita, um roteiro do trabalho docente a ser seguido, seja como conceito ou como prática, fruto de uma arraigada tradição curricular.Foi verificado que algumas escolas apresentam déficit na valorização e promoção de espaços para o diálogo, no que diz respeito à voz do professor nesta construção;também se verifica que a maioria dos professores entrevistados evidenciam que suas vozes não são ouvidas e que o momento de construção curricular é apenas uma reprodução do que foi produzido no ano anterior, limitando a participação e a autonomia. Assim, conclui-se que as estruturas escolares não contribuem para que os professores atuem com autonomia, diminuindo as possibilidades de tomadas de decisões democráticas relacionadas à construção do currículo escolar. Desse modo, é preciso considerar que ainda existe um longo caminho a percorrer para que as vozes dos professores sejam ouvidas, pois ainda vivenciamos um clima de participação retórica na construção do currículo escolar, apesar de estarem conscientes destes preceitos.
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Ações democráticas no desenvolvimento curricular sob a perspectiva de docentes
(Universidade Federal de Alfenas, 2021-08-25) Barbosa, Bruna Lorena Zifirino Lima; Felício, Helena Maria Dos Santos; Barbosa, Vanderlei; Soares, Olavo Pereira
A presente pesquisa tem como problemática central identificar e analisar qual o entendimento que os docentes, egressos do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL - MG), têm a respeito da educação democrática e como ela se materializa no desenvolvimento curricular. Procuramos problematizar, neste espaço de pesquisa e diálogo, as percepções dos sujeitos que atuam em sala de aula em seus diferentes níveis de ensino, conciliando as questões teóricas a uma realidade já vivenciada pelos participantes, visando contribuir tanto no campo teórico, como no campo prático. A partir disso, nos subsidiamos dos princípios da teórica crítica que guiam nossos estudos teóricos e nos auxiliam a pensar as realidades com a qual nos deparamos diante de nossa análise mais geral e relacionamos nossa temática de estudo a uma concepção dialética de interação entre os elementos que nos propomos investigar. Atrelado a isso, pautados nos princípios da epistemologia qualitativa, de natureza básica, com objetivos exploratórios, e diante da análise das informações junto aos egressos, submetemos nossa construção da pesquisa a um processo metodológico construtivo-interpretativo. Diante disso, nosso estudo se organiza em três tópicos, sendo o primeiro intitulado Educação Democrática, onde apresentamos, de forma mais geral e introdutória, um delineamento teórico que guiou nosso entendimento diante de nossa proposta. O segundo tópico, denominado Estrutura metodológica da pesquisa, em que expressamos, de forma sistemática, nosso percurso metodológico, assim como os detalhamentos de nossa abordagem diante dos participantes. Por fim, o terceiro, Significando educação democrática na ação docente: Entre diálogos, onde apresentamos as percepções dos egressos alinhadas ao nosso entendimento teórico, construído em conjunto, a partir do diálogo entre pesquisadora e participantes da pesquisa. Consideramos que, por meio deste estudo, apresentamos formas de pensar a educação democrática dentro de contextos vivenciados, a fim de flexionar a possibilidade democrática ao contexto escolar.
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Alterações curriculares dos cursos de licenciatura em física, matemática e pedagogia: a experiência da Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL-MG em sua primeira expansão
(Universidade Federal de Alfenas, 2017-08-10) Silveira, Vanja Myra Barroso Vieira Da; Felício, Helena Maria Dos Santos; Possani, Lourdes De Fátima Paschoaletto; Groppo, Luis Antônio
Esta pesquisa descreve como se processam as alterações curriculares dos Projetos Políticos Pedagógicos dos Cursos de Matemática Licenciatura, Física Licenciatura e Pedagogia (presencial) da Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL-MG, tendo em vista o meu interesse na área como técnica em assuntos educacionais. Para tanto, foram necessários compreender o conceito de currículo e quais as influências do poder nesta construção e discutir, também, o currículo da formação de professores. Como recursos para a construção das informações utilizamos a análise documental e, posteriormente, entrevista semiestruturada com o presidente do Núcleo Docente Estruturante e com o coordenador de cada um dos Cursos. A partir da análise documental e das entrevistas citadas, construímos o percurso percorrido pelos cursos na construção de projeto político pedagógico, destacando como estas alterações ocorreram de forma a atender à legislação vigente, às necessidades institucionais e, principalmente aos acadêmicos, fatos que foram evidenciados durante a pesquisa.
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Início da docência: desafios vivenciados pelos professores egressos das licenciaturas da UNIFAL-MG
(Universidade Federal de Alfenas, 2021-08-20) Tomaz, Ana Caroline De Brito Evangelista; Felício, Helena Maria Dos Santos; Alves, Jaqueline Magalhães; Mariano, André Luiz Sena
A presente dissertação se situa em torno de questões que estão relacionadas ao início da profissão docente e seus impasses. Para nos ajudar a tecer este trabalho, utilizamos como referenciais teóricos autores que trabalham com as temáticas “Professor Iniciante”, “Desenvolvimento Profissional Docente” e “Formação Inicial e Continuada de professores”. São eles: João Formosinho; Maurice Tardif; Maria Assunção Flores; Michaël Huberman; dentre outros autores relevantes para a pesquisa. Algumas questões orientaram a discussão, tais como: conhecer os desafios vivenciados pelos docentes em início de carreira, quais são os mecanismos de superação elaborados pelos professores frente aos desafios vivenciados em início de carreira e qual a percepção dos docentes quanto ao processo de formação inicial e continuada. Nesse sentido, o trabalho tem como objetivo central identificar os desafios vivenciados pelos professores egressos dos cursos de licenciaturas da UNIFAL-MG e também verificar como a formação inicial e/ou continuada contribui para o enfrentamento de tais desafios. A metodologia utilizada é de natureza qualitativa, com perspectiva na interpretação construtiva, cujos dados foram obtidos por meio das análises de um questionário disponibilizado aos egressos. De acordo com a construção de núcleos de significação, realizamos as análises e a interpretação dos dados, observando que o trabalho docente resiste às forças opressoras enfrentadas pelos educadores, sobretudo questões desafiadoras que estão relacionadas não apenas ao fazer docente, mas também à própria contrução da identidade do professor. Estes desafios são vivenciados especialmente pelo professor iniciante, cujo início da carreira muitas vezes é marcado por falta de apoio, seja dos colegas ou da própria gestão da instituição, fazendo-o muitas vezes desistir da carreira ou ir trabalhando conforme for possível. Isso nos remete a um termo muito utilizado no que diz respeito ao início da carreira docente que é a "sobrevivência" na profissão. Este termo está ligado ao que chamamos de sobreviver aos primeiros anos da carreira, pois é nesse período que os professores encontram maior dificuldade para enfrentarem os desafios da docência. Concluímos, assim, que o desenvolvimento profissional docente não depende apenas de fatores externos, como a formação inicial de professores, mas também de questões relacionadas à própria dinâmica da instituição em que se trabalha, sobretudo do sistema educacional como um todo. Isto é, há de se pensar mais neste profissional docente iniciante, de maneira que este encontre subsídios, dentro das instiuições escolares, por meio de políticas públicas, que possam auxilía-lo, não apenas no início da atividade docente, mas também ao longo de toda a sua trajetória como professor.
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Integração das disciplinas de humanidades em currículos médicos a partir de uma análise documental e opinativa
(Universidade Federal de Alfenas, 2018-07-12) Barboza, Jaqueline Santos; Felício, Helena Maria Dos Santos; Graciano, Miriam Monteiro De Castro; Gomes, Cláudia
Visando ampliar nosso olhar sobre os processos curriculares da educação médica, nomeadamente sobre a integração dos elementos humanísticos, este trabalho buscou compreender como as disciplinas de humanidades médicas se integram aos currículos dos cursos de Medicina, a partir de um recorte documental e opinativo. Para tanto, empregamos a metodologia mista de coleta e análise de dados, a fim de obter informações quantitativas e qualitativas. A análise documental delimitou uma amostra de 20 (vinte) projetos curriculares e suas ementas, enquanto a pesquisa de opinião coletou as percepções de 234 (duzentos e trinta e quatro) sujeitos sobre a integração das humanidades nos currículos médicos. O exame das humanidades a partir dos princípios da integração curricular em quatro níveis de articulação revelou que, em sua maioria, há escassa articulação horizontal (transversalidade e interdisciplinaridade), verticalidade (continuidade das experiências e complexidade gradativa dos conhecimentos), lateralidade (integração com o meio) e equilíbrio (representação quanti e qualitativamente harmoniosa). Os dados da pesquisa de opinião corroboram com a análise documental, porém, trazem uma perspectiva menos crítica em relação às humanidades médicas nos currículos dos respondentes. Os resultados evidenciam que, de modo geral, as humanidades médicas se articulam ainda de forma superficial aos currículos dos cursos de medicina, aproximando-se mais do conceito de inserção do que de integração. Contudo, alguns currículos analisados apresentaram importantes avanços e aproximações, a partir da inserção longitudinal de disciplinas das humanidades, inclusão temática em vários ciclos de aprendizagem, vinculação destas em módulos multidisciplinares e, de certa forma, um número considerável de disciplinas do campo. Acreditamos que o estudo contribui para a discussão das humanidades médicas, suas referências e temáticas, sua importância na educação médica e sua integração ao contexto em que situa. Evidenciamos, na teoria curricular, elementos que contribuem para a proposição de projetos curriculares que integrem, de fato, as humanidades em uma representação harmoniosa e justa, dando ao campo o espaço e a articulação necessários à sua efetivação como categoria de compreensão da concepção de homem e seus processos.
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Internacionalização na/da UNIFAL-MG: da concepção à prática
(Universidade Federal de Alfenas, 2022-11-28) Mendonça, Priscila Martins; Felício, Helena Maria Dos Santos; Morosini, Marília Costa; Groppo, Luís Antônio
Este trabalho investiga as concepções e as práticas de internacionalização, no âmbito da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG); tem como principal objetivo identificar as relações entre internacionalização concebida nas políticas, planos institucionais e documentos referentes ao processo internacionalização na UNIFAL- MG; e sua dimensão prática, composta por ações, atividades que são referenciadas como sendo de internacionalização. Neste estudo, entende-se que internacionalização, no cenário da educação superior, é processo multidimensional não neutro que se materializa institucionalmente, perpassando diferentes níveis, setores e funções acadêmico-universitárias. Utiliza como referenciais teóricos os propostos por Morosini, Dalla Corte, Lima, Maranhão, Sebástian, Knight, Hudzki, De Wit, Leask, entre outros. O processo de investigação está respaldado pelos pressupostos da abordagem quanti- qualitativa, se vale de documentos institucionais, questionário com docentes do quadro permanente da instituição e entrevistas semiestruturadas com gestores, como fonte de coleta de informações; além disso, se pauta na metodologia construtivo-interpretativa para análise e interpretação das informações. Foi possível constatar que o termo internacionalização passou a ser evidenciado em documentos oficiais, a visão institucional impressa nas metas e nos objetivos dos documentos oficiais não contempla a riqueza de ações que ocorrem em seu interior, as quais são desenvolvidas também por iniciativa pessoal e esforços empreendidos por docentes e gestores. A visibilidade e a compreensão dessas iniciativas, bem como um alinhamento entre elas em torno a propósitos institucionais consistentes e por meio de incentivos e compromissos institucionais, poderiam fortalecer, ainda mais, o processo de internacionalização no interior na universidade e, também, refleti-lo fora dela.
Acesso aberto (Open Access)
O currículo de formação em direito na perspectiva dos egressos
(Universidade Federal de Alfenas, 2020-12-11) Brigagão, Cláudia Godoy; Felício, Helena Maria Dos Santos; Ferreira, Rafael Alem Mello; Soares, Olavo Pereira
Visando a ampliar o olhar sobre os processos curriculares na educação jurídica, em especial na relação entre o currículo de formação do Bacharel em Direito com os saberes demandados pela prática profissional dos egressos no contexto brasileiro, este trabalho busca compreender como os bacharéis em Direito, no exercício de sua profissão, analisam o processo formativo que tiveram ao longo da graduação. Para tanto, apresenta o Direito como uma ciência humana em seu contexto histórico no Brasil, resultando no relato do seu ensino, com a consequente análise das diretrizes curriculares que refletem a cultura, política e economia, culminando com a análise da atual Diretriz Curricular Nacional de Graduação em Direito. No percurso metodológico, foi realizada uma pesquisa com metodologia mista de coleta e análise de dados, a fim de se obter informações quantitativas e qualitativas, descrevendo o percurso metodológico e o enquadramento da pesquisa, apresentando os procedimentos de coleta e análise dos dados, participantes da pesquisa e considerações éticas sobre o processo de formação desses juristas e das demandas apresentadas pelos contextos de atividade profissional. A partir da construção dos núcleos de significação, foi possível realizar a análise e interpretação dos dados, sendo possível apontar que a realidade social exige do profissional jurista uma formação ampla, diversificada e que atenda às novas exigências dos processos sociais globais, demandas e inovações para os quais os cursos de Direito devem se atentar, modificando-se de acordo com as diretrizes curriculares nacionais, bem como com movimentos constantes dos desafios mercadológicos, apresentados pelo contexto contemporâneo. Assim, conclui-se que o egresso encontra amparo entre os saberes demandados pelo exercício da prática profissional em relação à formação recebida no curso de graduação, contudo, também, foram mapeadas inconsistências e fragilidades da formação do jurista as quais refletem nos contextos de suas atuações.
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O desenvolvimento curricular de uma instituição de educação não-formal: a perspectiva de uma educação de tempo integral.
(Universidade Federal de Alfenas, 2019-04-08) Assis, Jessica Soares Lapa.; Felício, Helena Maria Dos Santos; Guará, Isa Maria Ferreira Da Rosa; Oliveira, Fabiana De
O presente trabalho busca analisar o desenvolvimento curricular de uma instituição de educação não-formal do município de Varginha-MG e como este trabalho pode contribuir para uma educação de tempo integral. Para tanto, torna-se necessário identificar e analisar os elementos que constituem o desenvolvimento curricular da instituição não-formal, bem como compreender a relação dos profissionais da instituição não-formal com o processo de desenvolvimento curricular e relacionar os elementos presentes no currículo desta instituição como possibilidade de contribuição para a educação de tempo integral. Esta perspectiva parte da ideia de que a educação não-formal exerce uma prática educativa e contribui para o processo educativo de um indivíduo na medida em que se relaciona com outros modos de se fazer educação em espaços de formação para a construção de aprendizagens e saberes significativos, sobretudo no contraturno escolar, o que viabiliza uma educação de tempo integral. Diante das distintas dimensões da pesquisa, os referencias utilizados são: na educação não-formal, autores como Jaume Trilla e Maria da Glória Gohn; no desenvolvimento curricular, partimos dos estudos de Ivone Gaspar e Maria do Céu Roldão; e na educação de tempo integral, temos por analise as alterações históricas e legais do Brasil, bem como as contribuições de Isa Maria Ferreira da Rosa Guará. Este trabalho está respaldado com base na pesquisa qualitativa com enfoque interpretativo construtivo, tendo como instrumentos de coleta de dados propostos a observação participante; análise documental e entrevistas semiestruturadas realizadas com profissionais da instituição. A partir da construção de núcleos de significação com as informações obtidas, foi possível realizar a interpretação e análise dos dados, no qual constatamos a importância de se pensar o currículo da educação não-formal, sobretudo considerando a atuação desse trabalho direcionado às classes menos favorecidas, com vistas à formação integral do indivíduo. Correlacionando alguns dos elementos do desenvolvimento curricular verificamos um currículo flexível, dinâmico, pautado pela atuação de uma gestão ativa e democrática e que pode trabalhar com habilidades e competências de grande valia para o desenvolvimento humano, o que evidencia a sua significativa contribuição para uma proposta de formação em tempo integral.
Acesso aberto (Open Access)
O exercício da docência em tempos da pandemia covid-19: dilemas, desafios e possibilidades das professoras do ensino fundamental-I das escolas de São Pedro da União - MG
(Universidade Federal de Alfenas, 2023-11-13) Paiva, Joice De; Felício, Helena Maria Dos Santos; Souto, Nilton Luiz; Souza, Ana Cristina Gonçalves De Abreu
O objetivo deste trabalho consiste em analisar as percepções das professoras do ensino fundamental I do município de São Pedro da União acerca do trabalho desenvolvido pelo ensino remoto emergencial durante a pandemia da covid-19, do ano de 2020. Para tanto, foram construídos os seguintes objetivos específicos: conhecer as orientações oficiais fornecidas pela secretaria de educação do município em causa para o trabalho docente, identificar aspectos do cotidiano do trabalho das professoras, os saberes mobilizados para o desenvolvimento das atividades no ensino remoto emergencial e compreender os principais desafios enfrentados no trabalho docente durante a pandemia. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, busca compreender e a analisar as características e opiniões de populações de pequenas amostras. A análise das informações foi realizada pelo referencial qualitativo na perspectiva teórica interpretativa-construtivista que busca captar diferentes significados de uma experiência vivida, auxiliando a compreensão do indivíduo no seu contexto. O diálogo estabelecido com as participantes, sendo 16 professoras, 2 diretoras e a secretária municipal de educação, foi mediado por um roteiro semiestruturado. Os resultados revelam desafios experienciados pelas professoras com o uso das tecnologias no ensino remoto, dificuldades às novas formas de atuação e adaptação da prática pedagógica e a fragilidade dos vínculos com os estudantes. Elas vivenciaram sentimentos de angústia com relação às perdas causadas pela pandemia, exposição das videoaulas que eram gravadas e preocupação com a qualidade do ensino. A construção dos saberes docentes foi mobilizada pela socialização do conhecimento com os pares, familiares das próprias professoras e estudantes. As professoras perceberam que as diretoras e a secretária municipal tentaram ampará-las dentro do possível, buscando adotar estratégias para mitigar as dificuldades do ensino remoto emergencial. A pandemia evidenciou que o ensino não pode mais ser pensado sem as tecnologias digitais. Os resultados revelam a importância de debates mais robustos quanto ao uso das ferramentas tecnológicas no ensino e ações formativas para os professores. A inserção das tecnologias nas escolas deve favorecer uma nova relação com o conhecimento docente e uma nova relação pedagógica. Os recursos devem ser aliados dos professores para favorecer o processo de ensino. Para tanto, precisa de familiaridade, disposição de tempo e preparo para o professor desenvolver ações e reflexões sobre o uso de novos recursos em suas práticas.
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O Programa Residência Pedagógica em tempos de pandemia na perspectiva dos residentes de Pedagogia da Universidade Federal de Alfenas - MG
(Universidade Federal de Alfenas, 2023-03-30) Polita, Leandra Borges; Felício, Helena Maria Dos Santos; Fernandes, Maria José Da Silva; Vitiello, Márcio Abondanza
O Programa Residência Pedagógica (PRP) é uma ação da Política Nacional de Formação de Professores, desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES), em parceria com as Instituições de Ensino Superior, que possuem licenciaturas, e as Escolas de Educação Básica, visando aperfeiçoar a formação teórico-prática do residente, a partir da segunda metade do curso. Este estudo tem o objetivo de compreender o desenvolvimento do PRP, na Universidade Federal de Alfenas - MG (UNIFAL-MG), no contexto da pandemia, sob a perspectiva dos residentes do curso de Pedagogia, bem como de identificar as implicações desta realidade na formação de professores. O estudo abrange o referencial teórico sobre formação de professores; o contexto referente aos dispositivos legais da Política de Formação de Professores no Brasil e do PRP a nível nacional e institucional; a análise de um questionário on-line, que é parte de uma pesquisa maior, intitulada “O Programa Residência Pedagógica no contexto da pandemia da COVID- 19”, coordenada pela Profa. Dra. Helena Maria dos Santos Felício, visando a busca de informações sobre o perfil de formação e atividade profissional dos residentes do curso de Pedagogia; e de entrevistas semiestruturadas, sobre o desenvolvimento do PRP na UNIFAL- MG durante a pandemia. Os pressupostos metodológicos desta pesquisa se constituem por meio da perspectiva histórico-dialética numa compreensão e síntese qualitativa dos dados e dos discursos dos sujeitos em contexto real. A pesquisa aponta que as políticas públicas de formação de professores não são estáticas, acompanham o movimento social, cultural, histórico e político; que o PRP devido à complexidade das dimensões atribuídas pelo contexto de execução pode estabelecer alterações na proposta inicial num nível microestrutural; que com a pandemia o desenvolvimento do PRP se adequa a novas formas de interação on-line; que teoria e prática no processo de aprendizagem profissional docente se integram mutuamente; que as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) são relevantes na formação inicial; que há um deslocamento do locus da escola para as residências dos envolvidos; que com o contato virtual no PRP surgem muitas angústias, mas também sucessos; que durante a pandemia ocorrem no PRP uma improvisão virtual e uma imersão mínima no contexto escolar; e que a formação de professores deve ser contínua.
Acesso aberto (Open Access)
O Programa Residência Pedagógica na Universidade Federal de Alfenas: a experiência do docente orientador no contexto aa Pandemia de Covid-19
(Universidade Federal de Alfenas, 2024-02-28) Santos, Ana Carolina Sabino Dos; Felício, Helena Maria Dos Santos; Souto, Nilton Luiz; Vitiello, Márcio Abondanza
Esta pesquisa investiga a orientação da prática pedagógica no contexto da formação de professores, com foco no Programa Residência Pedagógica (PRP) e na atuação dos Docentes Orientadores. Esses professores-formadores, pertencentes à instituição de Ensino Superior, desempenham um papel fundamental ao orientar os licenciandos durante a imersão nas escolas, integrando a experiência da residência aos fundamentos teórico-práticos da profissão docente. Assim, o objetivo central desta pesquisa foi analisar a experiência dos docentes orientadores no desenvolvimento do PRP na Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), bem como compreender o movimento didático-pedagógico do docente orientador durante o período da pandemia de COVID-19. A pesquisa foi de natureza qualitativa, com dados coletados por meio de entrevistas semiestruturadas com sete docentes orientadores do PRP da UNIFAL-MG que integraram o programa durante o período de vigência do Edital no 1 de 2020. As entrevistas foram analisadas por meio da análise construtivo-interpretativa. A análise interpretativa dos dados evidenciou três núcleos de significação: I) A docência em tempos de pandemia na Residência Pedagógica; II) A dimensão relacional discente e docente; III) O exercício da docência e a mediação digital. Os resultados destacam que a experiência dos orientadores no PRP durante a pandemia foi marcada por desafios e aprendizados. A adaptação dos subprojetos para o ensino remoto enfrentou obstáculos variados, destacando-se as particularidades de cada subprojeto e as limitações encontradas. O movimento de adaptação dos subprojetos para ensino remoto não foi uniforme e enfrentou desafios, especialmente diante das particularidades de cada subprojeto e das limitações encontradas. A dimensão relacional entre orientadores e residentes licenciandos foi fundamental, apesar da virtualidade ter gerado um certo distanciamento. A mediação digital, embora tenha proporcionado continuidade às atividades de residência, não foi capaz de replicar integralmente a experiência autêntica da sala de aula. O ensino remoto resultou em uma artificialização do aprendizado da docência, divergindo do propósito do programa de proporcionar uma imersão completa no processo de ensino e aprendizagem. A mudança abrupta para o ensino remoto intensificou as pressões emocionais e a sobrecarga de trabalho dos orientadores, impactando negativamente o bem-estar docente, sobretudo diante das transferências da docência para o ambiente residencial, uma vez que essa transição trouxe consigo diversas demandas, que até então eram separadas. Observou-se que as estratégias iniciais de orientação focaram na superação das limitações tecnológicas e na compreensão do cenário dos residentes. O movimento didático dos orientadores evoluiu para uma abordagem adaptada ao ensino remoto, incorporando o intercâmbio entre instituições, o engajamento dos residentes e uma orientação baseada na reflexão sobre o ensino a distância. Os resultados desta pesquisa contribuem para a compreensão da experiência dos docentes orientadores no PRP, especialmente no contexto da pandemia de COVID-19. Os achados da pesquisa apontam para a necessidade de repensar a formação inicial de professores, de modo a contemplar a perspectiva da docência remota e híbrida a partir da perspectiva dos professores-formadores, os orientadores.

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