Mestrado em Gestão Pública e Sociedade
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2661
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Navegando Mestrado em Gestão Pública e Sociedade por Assunto "Altas habilidades/superdotação"
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Item Acesso aberto (Open Access) Altas habilidades/superdotação nas universidades federais brasileiras: um estudo sobre a acessibilidade e inclusão(2025-09-12) Lago, Aline Juliane do; Miranda, Adílio Renê Almeida; Gomes, Cláudia Tevfik; Pereira, Josilene Domingues Santos; Rangni, Rosemeire de AraújoA inclusão de estudantes com altas habilidades/superdotação (AH/SD) na educação superior, embora prevista em legislações, permanece um desafio no contexto brasileiro, marcado pela invisibilidade institucional e pela ausência de ações específicas. Esta pesquisa objetivou compreender como as universidades federais brasileiras têm atuado para promover a inclusão e o atendimento de estudantes com AH/SD, considerando suas características, interesses e necessidades. Para tanto, adotou-se uma abordagem quali-quantitativa, cujo instrumento principal foi um questionário enviado via plataforma Fala.BR, complementado por pesquisa documental baseada em resoluções, normativas e registros institucionais mencionados ou anexados pelas universidades respondentes. Foram analisadas respostas formais de 67 universidades federais, organizadas em dimensões relacionadas ao atendimento de estudantes com AH/SD, tais como: reconhecimento institucional da condição, existência de registros sistematizados de matrículas, ações pedagógicas e de acompanhamento, ações de formação docente, e iniciativas voltadas à conscientização e à identificação. Os dados foram organizados em categorias e subcategorias analíticas, permitindo uma leitura crítica das práticas institucionais. Os principais achados apontam três entraves interdependentes: fragilidade conceitual sobre o que são as AH/SD, predominância de uma lógica reativa nas instâncias de acessibilidade e inclusão, e desigual legitimação entre os públicos da educação especial. Observou-se, ainda, que a formação docente continuada pouco aborda o tema, o que contribui para sua diluição nas práticas institucionais. Apesar de algumas experiências promissoras, a maioria das universidades não possui registros sistematizados, ações pedagógicas direcionadas ou estrutura de apoio específica para esse público. Os resultados indicam a necessidade de políticas internas mais equitativas, com formação qualificada, identificação ativa, ações intersetoriais e acompanhamento contínuo, com ênfase no fortalecimento das instâncias de acessibilidade e inclusão como espaços centrais de mobilizaçãoItem Acesso aberto (Open Access) Neurodivergência, reconhecimento e inclusão: trajetórias e desafios profissionais de pessoas com altas habilidades/superdotação(2025-09-10) Oliveira, Alessandra; Miranda, Adílio Renê Almeida; Schröeder, Christine da Silva; Arantes-Brero, Denise Rocha BelfortAs pessoas com Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD), pertencentes ao grupo de neurodivergentes, são consideradas uma minoria social tanto quantitativamente quanto pelo poder de representatividade. Nas organizações, apesar das discussões crescentes sobre diversidade e inclusão de grupos minoritários, o neurodivergente ainda fica às margens desta temática, dada a invisibilidade e os mitos que envolvem estes indivíduos. Ao considerar as pesquisas acadêmicas, nota-se produções com foco principalmente na Educação e Psicologia, sendo raras as abordagens que levam em conta o adulto superdotado em sua trajetória laboral. Diante disso, esta pesquisa intencionou compreender quais as experiências, resistências e desafios enfrentados por pessoas com AH/SD no mercado de trabalho. Para isso, realizou-se um estudo qualitativo, cujo instrumento de coleta de dados foi a entrevista semiestruturada com dez sujeitos adultos indentificados com neurodivergências, como as AH/SD. Os dados coletados foram submetidos à análise de conteúdo do tipo categorial temática, que originou cinco categorias de análise. Os resultados evidenciaram que a trajetória profissional destes indivíduos é marcada por vivências de exclusão simbólica, subutilização de potencial e ausência de políticas organizacionais que reconheçam e acolham suas especificidades. Observou-se que o processo de identificação, quando ocorre na vida adulta, tende a trazer alívio e ressignificação de experiências anteriores, impactando diretamente a construção da identidade profissional. Além disso, foi recorrente o relato de conflitos interpessoais, dificuldades em ambientes com baixa flexibilidade cognitiva e a constante sensação de inadequação diante de normas rígidas e hierarquias pouco abertas à inovação. Apesar dos desafios, os participantes também relataram estratégias de enfrentamento, como o empreendedorismo, a busca por ambientes mais autônomos e o engajamento em atividades compatíveis com seus interesses e habilidades. Concluiu-se que a invisibilidade das neurodivergências no contexto organizacional representa um obstáculo significativo à inclusão plena, exigindo que as práticas de diversidade ampliem seus olhares para além dos marcadores historicamente mais visíveis, bem como dos estigmas e mitos associados a essas características
