Mestrado em Geografia
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Navegando Mestrado em Geografia por Assunto "Acampamento Quilombo Campo Grande"
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Item Acesso aberto (Open Access) Mulheres na questão agrária: um estudo sobre o coletivo "Raízes da Terra" do Acampamento Quilombo Campo Grande, Campo doMeio-MG(Universidade Federal de Alfenas, 2022-03-03) Xavier, Gabriela Taíse Poiati; Coca, Estevan Leopoldo De Freitas; Vinha, Janaina Francisca De Souza Campos; Alves, Flamarion DutraO modo como as mulheres e homens experienciam os espaços são diferenciados pela classe e raça, e também pelo fator gênero, o que torna necessário compreender geograficamente tais espaços. Apesar de ocorrer um aumento dos estudos geográficos na abordagem de gênero, esses ainda são escassos na geografia agrária, o que torna necessário a ampliação de tais estudos. Devido a divisão social e sexual do trabalho ancorada no patriarcado e intensificada pelo capitalismo, as mulheres são distanciadas dos espaços sociais, econômicos e políticos. No campo, esse fator se agrava, já que além de lutar pela inserção nos espaços, as mulheres camponesas também lutam pelo acesso e permanência nos territórios. Aliadas com sua classe em movimentos socioterritoriais, como o MST, as mulheres camponesas permanecem em constantes disputas e conflitos pelos espaços e territórios. No acampamento Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio-MG, através da metodologia da pesquisa militante que valoriza a práxis e ação social, foram aplicadas 8 entrevistas semiestruturadas e diversos trabalhos de campo que demonstraram que as mulheres camponesas estão em luta em escala local, nacional e internacional, pensando estratégias, ações e conquistando esses espaços há tanto negados. O Coletivo de Mulheres Raízes da Terra, criado em 2011 demonstra a territorialização da luta das mulheres camponesas no acampamento. A partir da agroecologia, do feminismo camponês popular lutam não somente pela reforma agrária, mas também pela emancipação social, econômica e política das mulheres camponesas, compondo o que os estudos agrários críticos compreendem como “questões agrárias” já que a luta passa a ser não somente por um pedaço de chão, mas por uma nova sociedade antipatriarcal, antirracista e anticapitalista.