Mestrado em Geografia
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2660
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Navegando Mestrado em Geografia por Assunto "Agroecologia"
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Item Acesso aberto (Open Access) Dinâmicas e estratégias da agricultura familiar : uma proposta agroecológica em São Miguel do Anta-MG(Universidade Federal de Alfenas, 2023-05-08) Nunes, Jefferson; Alves, Flamarion Dutra; Vale, Ana Rute Do; Moreira, Érika VanessaA presente pesquisa propõe uma discussão em torno das abordagens da Geografia enquanto ciência capaz de explicar realidades sobre a dinâmica e as estratégias da agricultura familiar no município de São Miguel do Anta – MG. Dessa forma, a agricultura familiar tornou-se um valioso elo na junção entre a ciência geográfica e a agroecologia. Para esta análise, utilizaram-se os conceitos de território e territorialidades como norteadores para identificar as relações entre os agricultores familiares e as instituições públicas que atuam no campo e no sindicato dos trabalhadores e trabalhadoras rurais do município de São Miguel do Anta- MG. Buscando avanços nas bases conceituais e metodológicas, foi feita uma classificação em três níveis agroecológicos, sendo eles: I - Em construção; II - Em consolidação; e III - Avançado. Para isso, o trabalho foi dividido em duas partes. Na primeira, foi realizado um levantamento bibliográfico sobre a importância da agroecologia, da agricultura familiar e dos desafios frente ao agronegócio. Na segunda fase, realizou-se, por meio dos trabalhos de campo coletas de dados, entrevistas e experiências. Fizeram-se entrevistas semi-estruturadas com funcionários das empresas públicas, sindicatos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais e com quinze agricultores familiares residentes na Comunidade da Capivara. Ao utilizar a análise SWOT como forma de apurar e interpretar os resultados coletados em campo, teve-se a resposta de em qual nível agroecológica se enquadra. Observou-se que a agroecologia ainda é um desafio tanto para as empresas públicas que atuam no campo, seja por falta de pessoal ou de assistência técnica, seja pela dificuldade encontrada por alguns agricultores familiares, como a sucessão geracional. Mesmo com algumas ações de incentivo à agroecologia, apenas 4 propriedades rurais podem ser consideradas em um nível avançado; 7 propriedades estão em consolidação e 4 em construção. Seguindo em caminho oposto ao agronegócio – que tem cada vez mais depredado os recursos hídricos em território brasileiro –, descobriu-se que faz necessário refletirmos sobre a importância da agricultura familiar na atualidade ao pensarmos em continuar propondo diálogos de saberes agroecológicos com agricultores familiares por uma agricultura que seja verdadeiramente sustentável.Item Acesso aberto (Open Access) Mulheres na questão agrária: um estudo sobre o coletivo "Raízes da Terra" do Acampamento Quilombo Campo Grande, Campo doMeio-MG(Universidade Federal de Alfenas, 2022-03-03) Xavier, Gabriela Taíse Poiati; Coca, Estevan Leopoldo De Freitas; Vinha, Janaina Francisca De Souza Campos; Alves, Flamarion DutraO modo como as mulheres e homens experienciam os espaços são diferenciados pela classe e raça, e também pelo fator gênero, o que torna necessário compreender geograficamente tais espaços. Apesar de ocorrer um aumento dos estudos geográficos na abordagem de gênero, esses ainda são escassos na geografia agrária, o que torna necessário a ampliação de tais estudos. Devido a divisão social e sexual do trabalho ancorada no patriarcado e intensificada pelo capitalismo, as mulheres são distanciadas dos espaços sociais, econômicos e políticos. No campo, esse fator se agrava, já que além de lutar pela inserção nos espaços, as mulheres camponesas também lutam pelo acesso e permanência nos territórios. Aliadas com sua classe em movimentos socioterritoriais, como o MST, as mulheres camponesas permanecem em constantes disputas e conflitos pelos espaços e territórios. No acampamento Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio-MG, através da metodologia da pesquisa militante que valoriza a práxis e ação social, foram aplicadas 8 entrevistas semiestruturadas e diversos trabalhos de campo que demonstraram que as mulheres camponesas estão em luta em escala local, nacional e internacional, pensando estratégias, ações e conquistando esses espaços há tanto negados. O Coletivo de Mulheres Raízes da Terra, criado em 2011 demonstra a territorialização da luta das mulheres camponesas no acampamento. A partir da agroecologia, do feminismo camponês popular lutam não somente pela reforma agrária, mas também pela emancipação social, econômica e política das mulheres camponesas, compondo o que os estudos agrários críticos compreendem como “questões agrárias” já que a luta passa a ser não somente por um pedaço de chão, mas por uma nova sociedade antipatriarcal, antirracista e anticapitalista.Item Acesso aberto (Open Access) Territorialidades camponesas e Reforma Agrária Popular em Campo do Meio-MG(Universidade Federal de Alfenas, 2023-03-01) Santos, Leonardo Lencioni Mattos; Coca, Estevan Leopoldo De Freitas; Santos, Adriano Pereira; Fernandes, Bernardo MançanoApesar de ser pensada no Brasil desde os anos finais do século XIX, a reforma agrária continua sendo um tema complexo. Dentro da academia são diversas as formas de analisar as experiências de reforma agrária ocorridas no país até os dias de hoje. Considerando os projetos de reforma agrária adotados pelos governos brasileiros como insuficientes para a resolução dos problemas agrários do país, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) passou a construir uma novaforma de se pensar e fazer reforma agrária (MST, 2007). Em 2007 aparece pela primeira vez nos documentos do MST referências a uma Reforma Agrária Popular (RAP), destinada a ser mais do que um instrumento de distribuição e desconcentração de terras. A RAP engloba temas como a agroecologia e a soberania alimentar, sendo a ação popular o motor do processo de reforma agrária. Neste sentido, em um contexto político de refluxo de políticas públicas voltadas ao campesinato, desponta a necessidade de se avaliar o projeto de reforma agrária popular a partir das lentes de análise da Geografia. Assim, propõe-se nesta pesquisacompreender a RAP enquanto um modelo de desenvolvimento territorial alternativo, de modo a delimitar as disputas e as territorialidades que envolvem o projeto de RAPno município de Campo do Meio-MG. Para isso, nos utilizaremos de dados secundários provenientes dos relatórios anuais da Rede DATALUTA, além daqueles oriundos das pesquisas realizadas no âmbito do programa de extensão “Semeando a Terra: ações de fortalecimento da cadeia agroecológica e da soberania alimentar no sul de Minas Gerais”, do qual fazemos parte. Por fim, aplicamos entrevistas semiestruturadas com camponeses(as) acampados(as) e dirigentes do MST buscando relacionar os debates teóricos acerca do programa de RAP com os aspectos práticos observados em Campo do Meio.