Mestrado em Enfermagem
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2656
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Navegando Mestrado em Enfermagem por Assunto "Animais Venenosos"
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Item Acesso aberto (Open Access) Avaliação do perfil de saúde de trabalhadores rurais do município de Muzambinho – Minas Gerais(Universidade Federal de Alfenas, 2020-09-18) Dias, Natércia Taveira Carvalhaes; Martinez, Maria Regina; Mafra, Luiz Antônio Staub; Monteiro, Cristiane Aparecida SilveiraEste estudo teve como objetivo principal avaliar o perfil de saúde de trabalhadores rurais do município de Muzambinho - MG, abrangidos pelas duas Estratégias de Saúde da Família (ESF) rural, identificando se as principais normas regulamentadoras estão sendo aplicadas, suas condições clínicas, hábitos de vida e alimentação. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, de base populacional e natureza descritiva. Os dados foram coletados na zona rural do município durante as visitas domiciliares, nas unidades e nos pontos de atendimento das ESFs, por meio da aplicação de formulário estruturado com 85 perguntas e amostragem de 285 trabalhadores rurais, no período de julho a dezembro de 2019. A população de estudo, predominantemente masculina e na faixa etária entre os 29 e 48 anos, casada, com ensino fundamental completo e com uma média de filhos de 1,76. A maioria labora em sítios. Foi verificado que acima de 40% dos trabalhadores estão com excesso de peso, média do IMC é de 26,29, acima de 50% da população de ambos os sexos nunca praticam atividade física, 38,95% ingerem bebida alcoólica, destes 64,86% as consomem semanalmente, 19,30% referem uso de tabaco e 5,26% utiliza/utilizou drogas ilícitas. Em relação às vacinas, 70,53% referem estar atualizadas. Quanto aos hábitos alimentares, a carne é o alimento mais consumido diariamente pelos trabalhadores (65,26%), seguida pelas folhas, verduras, leite e derivados. Do total de trabalhadores rurais, 49,44% são assalariados, possuem média de 11 anos de trabalho rural e laboram uma média de 43 horas semanais. Os trabalhadores que sofreram acidente de trabalho (20,70%), relataram ferimentos na cabeça (28,57%), reportaram a abertura da Comunicação de Acidente de Trabalho (58,33%), necessitaram de internação (33,33%), com uma ausência de 5,3 dias do trabalho. Os exames ocupacionais mais referidos pelos trabalhadores são os admissionais (44,24%), seguidos pelos exames periódicos (36,05%). Acima de 70% da população usam Equipamento de Proteção Individual (EPI), sendo bota, luvas e óculos os mais utilizados, 45,96% receberam treinamento para o uso e 66,67% conhecem quais EPIs devem ser utilizados para cada atividade e os têm disponíveis no ambiente de trabalho. A atividade a céu aberto é realizada por 89,12% da população, sendo que destes, 94,90% têm disponível e ingerem água potável e metade deles utilizam protetor solar. Dos 44,91 % trabalhadores que trabalham com agrotóxicos, 91,34% realizam sua manipulação de 2 a 4 vezes ao ano, destes 48,03% receberam treinamento e acima de 70% utilizam e realizam a lavagem do EPI após a utilização. Em relação aos animais peçonhentos, 84,21% dos trabalhadores referem fazer o reconhecimento, sendo a cobra, aranha e o escorpião os mais reconhecidos, dos 23,60% dos trabalhadores que sofreram acidente com animais peçonhentos, 40% foram com abelhas, 60% com caranguejo, aranha, cobra e escorpião, acima de 50% deles sabem as medidas de primeiros socorros em caso de acidentes e 90,18% encontraram algum tipo de animal peçonhento em seu ambiente de trabalho. Após os dados desta pesquisa, será possível desenvolver ações de saúde mais eficientes e efetivas para a promoção e a proteção de saúde dos trabalhadores rurais.Item Acesso aberto (Open Access) Epidemiologia dos acidentes com animais peçonhentos no estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Alfenas, 2015-02-04) Pereira, Marcelo Lopes; Martinez, Maria Regina; Terra, Fábio De Souza; Costa Júnior, Moacyr Lobo DaEste estudo teve como principais objetivos conhecer as características epidemiológicas dos acidentes com animais peçonhentos no estado de Minas Gerais entre os anos de 2007 e 2013, verificar a relação destes com as características ambientais e discutir o atual uso dos Sistemas de Informação em Saúde. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, ecológico e de série temporal. Foram utilizados dados secundários, provenientes das fichas de investigação de acidentes por animais peçonhentos entre 2007 e 2013 nos municípios do Estado de Minas Gerais, as quais foram acessadas através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) por meio de envio efetuado pela Secretaria Estadual de Saúde. Neste período foram notificados no 153.440 acidentes com animais peçonhentos, os quais ocorreram predominantemente em indivíduos do sexo masculino, de raça branca, na faixa etária entre os 20 e 34 anos, residentes na zona urbana e possuindo ensino fundamental incompleto. Em se tratando dos acidentes, os escorpiões foram responsáveis pela maioria destes e o local mais atingido foi a mão, tendo o indivíduo que esperar 1 hora para que fosse realizado o atendimento, os quais ocorreram predominantemente na zona rural, sendo que as manifestações locais ocorreram com maior frequência e as complicações locais e sistêmicas ocorreram em poucos casos. Houve predominância dos acidentes com gravidade leve e evolução para cura. Poucos municípios apresentaram correlação estatística entre a expansão do plantio de cana-de-açúcar e a ocorrência de acidentes com animais peçonhentos, sendo que alguns apresentando correlações diretamente e inversamente proporcionais, impossibilitando que se conclua que o plantio interfere na ocorrência dos acidentes. O uso correto dos SIS, na rotina dos enfermeiros que desempenham cargos de gestão ou gerência dos serviços de saúde, mostrou-se indispensável para que haja o real conhecimento das condições de saúde da população e que as decisões tomadas resultem em ações eficazes e resolutivas para a melhoria nas condições de vida da população. É importante que ocorra uma conscientização, por parte dos profissionais, quanto à importância do correto preenchimento das fichas de notificação/investigação do SINAN, e também por parte da população, para que haja uma parceria na prevenção desses acidentes. Com os dados sendo obtidos de forma correta a informação gerada terá mais qualidade e as ações serão mais eficientes e efetivas.