Mestrado em Educação
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2655
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Navegando Mestrado em Educação por Orientador(a) "Groppo, Luís Antonio"
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Item Acesso aberto (Open Access) Adolescente em conflito com a lei: um olhar pedagógico sobre o atendimento socioeducativo(Universidade Federal de Alfenas, 2018-10-27) Faria, Gabriela Dantas De; Groppo, Luís Antonio; Martins, Marcos Francisco; Girotto, Vanessa CristinaA presente pesquisa tem, como base para análise do atendimento socioeducativo, a intencionalidade educativa, vinculada ao planejamento e à elaboração de um projeto estruturado e flexível que atenda às demandas coletivas e individuais desses adolescentes. O objetivo principal é a compreensão da intencionalidade educativa dessas práticas, sob o olhar pedagógico. Sua metodologia é qualitativa, descritiva, de natureza aplicada e se caracteriza como um estudo de caso. Os instrumentos de coleta de dados para pesquisa são, entrevistas reflexivas com roteiro semiestruturado realizadas com os técnicos do CREAS (Centro de Referência Especializado da Assistência Social) de um município do sul de Minas Gerais - MG, observação participante de atividades socioeducativas no CREAS e a realização de oficinas socioeducativas. A pesquisa tem, como aporte teórico, algumas das obras de Paulo Freire e Adorno, para embasamento dos conceitos de emancipação, diálogo, intencionalidade crítica e para analisar a indiferença, como fator essencial à perpetuação das desigualdades e manutenção da divisão estabelecida entre o adolescente em conflito com a lei e o restante da sociedade. O trabalho foi organizado em três partes, a primeira delas articula os conceitos de diálogo e emancipação com o atendimento socioeducativo, bem como a discussão de alguns pontos de diálogo, aproximações e distanciamentos, entre as teorias de Freire e Adorno. A segunda parte, apresenta alguns apontamentos históricos e legais sobre as políticas sociais voltadas à criança e ao adolescente no Brasil. Na terceira parte é apresentado o percurso metodológico, bem como a análise das oficinas e entrevistas. Como considerações finais, foi possível evidenciar a necessidade da pesquisa e organização para o planejamento e realização das oficinas. Além disso, há também a urgência de reestruturar o atendimento socioeducativo conforme a legislação, seja com relação aos atendimentos oferecidos, a estruturação da equipe, e a todo o processo de atribuição da medida ao adolescente em conflito com a lei.Item Acesso aberto (Open Access) Aprendendo a ser mulher no ensino médio: um estudo de caso sobre relações de gênero em uma escola do sul de Minas Gerais.(Universidade Federal de Alfenas, 2018-09-25) Lucatelli, Nathally Gomes; Groppo, Luís Antonio; Fernandes, Renata Sieiro; Mariano, André Luiz SenaO tema desta pesquisa são as relações de gênero na escola. Seu objetivo é analisar de que modo uma escola do interior de Minas Gerais participa da construção dos papéis sociais de gênero de suas estudantes, focando como é ser uma jovem adolescente na escola e questionando quais as relações baseadas em diferenças de gênero que se estabelecem entre as/os estudantes e entre eles/as e os outros atores do ambiente escolar. Pesquisas já existentes indicam que a escola, apesar de ser repleta de diversidade, define bem como cada indivíduo deve se comportar de acordo com seu gênero, normalizando determinadas formas de agir e condenando outras. Nesse sentido, a pesquisa justifica-se por um olhar sobre o cotidiano de uma escola específica, por meio de um estudo de caso. Para tratar sobre a função socializadora da escola, serão usadas as abordagens teóricas de Miriam Abramovay (2005), Juarez Dayrell e Juliana Reis (2007). Já Michel Foucault (1997, 1999, 2009), Guacira Lopes Louro (1998, 1999, 2010) e Joan Scott (1995) têm teorias úteis para referenciar teoricamente as questões relacionadas a gênero, sexualidade e poder. Os procedimentos metodológicos adotados foram a observação participante, a análise de documentos, as entrevistas e o grupo focal em uma instituição escolar pública de ensino médio em uma pequena cidade do sul de Minas Gerais, destacando-se como sujeitos 11 alunas do 2º e 3º ano do ensino médio. Entre os principais resultados, há a confirmação no caso pesquisado de tendências que já foram observadas em outras pesquisas acerca do papel da escola como instituição que conforma de modo tradicional os papéis sociais de gênero, ao mesmo tempo em que ela se dedica pouco a problematizar as relações de gênero e o machismo em seu currículo formal.Item Acesso aberto (Open Access) Autoridade na educação judoística: notas etnográficas na Associação de Judô de Bastos-SP(Universidade Federal de Alfenas, 2020-12-11) Teófilo, Aaron França; Groppo, Luís Antonio; Fernandes, Renata Sieiro; Xavier , Cristiane FernandaRichard Sennett afirma que a carência humana da autoridade emerge dos desejos de segurança, orientação e estabilidade. No entanto, surge, no mundo moderno em particular, o medo e a rejeição da existência da autoridade. Em contrapartida, no contexto das práticas educativas do Judô, observamos o fenômeno oposto: o receio da ausência ou da destruição da autoridade, expresso na recorrente legitimação da autoridade do sensei (professor) pelos jovens aprendizes, engajados nos espaços destinados ao ensino e aprendizado dessa modalidade de luta de origem japonesa. Diante desse fenômeno o objetivo é compreender o processo de interpretação da autoridade do sensei na Associação de Judô de Bastos, mais precisamente, na Associação de Judô de Bastos-SP, localizada na cidade de Bastos, Estado de São Paulo/Brasil. Para tal, foi realizado um trabalho de campo etnográfico, teoricamente orientado pela Antropologia Interpretativa proposta por Clifford Geertz, bem como, pelas perspectivas sobre a autoridade de Hannah Arendt e Richard Sennett. Em conclusão, aponto que a interpretação do sensei como uma figura de autoridade pelos aprendizes, advém da eficácia da pedagogia judoística no ensino e aprendizado do valor positivo da diferença em constructos sociais hierárquicos, especialmente, no que diz respeito às práticas educativas do judô. Ademais, levanto como hipótese que os princípios base do individualismo moderno e ocidental, a saber, os valores da igualdade e da liberdade, desde a perspectiva liberal, corroem a possibilidade de contextos educativos de reconhecimento da autoridade.Item Acesso aberto (Open Access) Da concepção das diferenças aos preconceitos na subjetividade e relações sociais juvenis(Universidade Federal de Alfenas, 2019-09-04) Almeida, Nikole Pereira Mendonça De; Groppo, Luís Antonio; Crochik, José Leon; Gomes, CláudiaA noção de diferença, os preconceitos e a construção destes na subjetividade dos jovens de uma escola pública no sul de Minas Gerais são elementos que buscamos compreender nesta pesquisa. Nosso objetivo é entender como os jovens constroem e se apropriam das noções sobre as diferenças e no que isso implica na construção dos preconceitos ao se socializarem. Compreendemos a diferença como um conceito dialético, ora como algo inerente aos seres humanos e, portanto, importante de ser naturalizada em um âmbito mais individual; ora como uma noção que precisa ser problematizada conjuntamente aos movimentos sociais. Consideramos ainda, o conceito de socialização. A socialização é a forma que possuímos de apropriação, fomento, relação, trocas e identificação com a nossa cultura na história. Diante disso, tecemos o conceito de preconceito e como este é construído sob o viés psíquico e social. Conforme alguns estudos apresentados nesta dissertação, o preconceito é um tipo de representação recorrente no contexto escolar e, é por essa razão, que almejamos entender essa construção na subjetividade jovem. Como método, para orientar nossa pesquisa, partimos de um estudo bibliográfico, da entrevista aberta e da roda de conversa como instrumentos para a apreensão dos sentidos subjetivos que os jovens constroem sob influência do preconceito. Nossas observações revelam elementos que favorecem a construção dos preconceitos dentro da sala de aula, partindo, principalmente, das regras estabelecidas pela escola e pelos professores. Essas influências têm forte peso em como os jovens pensam, agem e reagem ao preconceito. Dentre várias formas de pensamento e ação, há subjetividades que projetam os preconceitos de forma perversa, há as subjetividades que os reproduzem de modo não reflexivo e há as subjetividades que os ressignificam em resposta às suas reflexões e vivências.Item Acesso aberto (Open Access) Dimensões educacionais nas práticas coletivas de canto coral: espaço de formação humana e de ressonâncias afetivas(Universidade Federal de Alfenas, 2022-07-27) Mancilha, Mariana Silva; Groppo, Luís Antonio; Mariano, André Luiz Sena; Queiroz , Luís Ricardo SilvaCompreender as relações entre as práticas coletivas de canto coral em seu viés antropológico e a educação não formal como espaço de formação humana é o principal objetivo da presente dissertação, cuja metodologia fundamentou-se em pesquisa bibliográfica. Em um primeiro momento, busca-se analisar como as referências bibliográficas indicam possíveis contribuições do canto coral para a vida das pessoas. Para tanto, trazemos definições e considerações sobre práticas coletivas de canto, educação, educação não formal e formação humana. Na sequência, a identificação de alguns aspectos antropológicos e culturais que atuam no canto coral vinculados à educação é o foco. Ali são evidenciados diálogos na perspectiva da formação cultural, relacionando educação, antropologia e etnomusicologia. Por fim, objetivou-se refletir como a educação não formal pode contribuir para a formação integral do ser humano, com enfoque na prática coral como singular instrumento formativo. A perspectiva é que a confluência entre os três capítulos do trabalho se destaque, assim como se procurou evidenciar a relação diálogo-confronto das ressonâncias afetivas que ecoam nas relações educacionais como um todo e nas relações das práticas coletivas de canto coral, que consideramos ser um aspecto educacional de singular relevância para os dias de hoje.Item Acesso aberto (Open Access) Formação inicial de professores: a construção do curso de Licenciatura em Ciências Sociais de uma Universidade do interior de Minas Gerais(Universidade Federal de Alfenas, 2018-09-24) Leite, Giovana Carine; Groppo, Luís Antonio; Evangelista, Francisco; Felício, Helena Maria Dos SantosA presente pesquisa de mestrado pretendeu investigar a formação inicial de professores do curso de Licenciatura em Ciências Sociais de uma Universidade do interior de Minas Gerais. O objetivo central foi compreender, à luz da sociologia do currículo, que concepções o currículo formal do curso de Licenciatura em Ciências Sociais representa. Para tanto, buscou-se conhecer a constituição do curso de licenciatura em Ciências Sociais, analisar as influências das políticas públicas de formações de professores, entender as concepções de formação presentes no Projeto Pedagógico Curricular e nas percepções sobre currículo dos docentes, identificar os conhecimentos considerados válidos no currículo formal, bem como quais são as fontes legitimadas/validadas desses conhecimentos. Com abordagem prioritariamente qualitativa e fundamentação teórica a partir da Teoria Crítica, utilizou-se da análise documental e de entrevistas semiestruturadas. Após as análises, conclui-se que o curso de Licenciatura em Ciências Sociais surgiu por estímulo do REUNI, junto com o bacharelado na mesma área, sem os devidos investimentos que garantissem a autonomia das duas modalidades. A concepção de formação de professores que se manifesta nos documentos vai de encontro com a racionalidade técnica e a maior parte dos professores percebe essa tendência. O conjunto de ideias que organiza o currículo parte da visão do professo-pesquisador, no entanto, essa visão tem os alicerces nos pressupostos do bacharelado e a pesquisa é entendida como o domínio dos conteúdos teóricos das Ciências Sociais. Os conhecimentos relacionados à educação são compreendidos como complemento teórico da primeira formação e possui toda responsabilidade da formação prática.Item Acesso aberto (Open Access) Griôs e congada tensionando a cultura escolar: um estudo de caso em uma escola de Machado-MG(Universidade Federal de Alfenas, 2019-04-29) Silva, Marcolina Alves Pereira; Groppo, Luís Antonio; Fernandes, Renata Sieiro; Mariano, André Luiz SenaEssa dissertação traz reflexões sobre a Cultura Popular adentrando o espaço escolar. A manifestação cultural Afro-brasileira, no tempo presente impressa no folguedo das congadas, ao adentrar o espaço da escola por meio da cultura impregnada nos corpos e nas subjetividades dos estudantes, propõe uma investigação situacional, um estudo de caso instrumental da ocupação pelo saber popular do espaço escolar. Para tanto, tem por objeto de pesquisa o percurso de formação de um Terno de Congo e um Bumba- meu - boi dentro do espaço escolar pelas turmas do Projeto Escola de Tempo Integral. Traz, como pano de fundo, a Escola Estadual Iracema Rodrigues da cidade de Machado-MG. O projeto educacional desenvolvido na escola possibilitou analisar o relevante impacto desse riquíssimo arcabouço cultural ao ocupar o espaço escolar: agregou saberes e gerou impactos no currículo da escola, inovou a prática educacional e recriou nos sujeitos frequentadores do espaço escolar os sentimentos de valorização da sua cultura afrodescendente, os sentimentos de pertencimento àquele espaço escolar e também motivação para frequentar mais, e de maneira mais significativa para estes sujeitos, o espaço da escola. Apesar da pesquisa ter constatado importantes avanços nessa ocupação pela cultura popular do currículo escolar, também encontrou alguns limites, como a resistência de alguns sujeitos da escola e os impactos positivos mais restritos àqueles estudantes que participaram do projeto.Item Acesso aberto (Open Access) Jovens de luta: educação não formal e formação política no âmbito do movimento estudantil de uma Universidade Pública Sul-Mineira(Universidade Federal de Alfenas, 2019-04-01) Trevisan, Junior Roberto Faria; Groppo, Luís Antonio; Tomizaki, Kimi Aparecida; Faria, Marcos Roberto DeAs juventudes contemporâneas, assim como suas formas de ser e estar no universo social, têm motivado importantes estudos nas diferentes áreas das humanidades. A sociologia da educação, a sociologia da juventude e demais campos correlatos também têm se atentado para outros tipos de educação diretamente convergentes com as inter-relações juvenis: a educação não formal e a formação política. Consequência de minha participação e envolvimento com pesquisas e programas de extensão com foco no assunto, a presente pesquisa tem por tema as práticas educativas não formais e a formação política intrínsecas ao(s) movimento(s) estudantil(s) e às ações coletivas organizadas por jovens discentes do campus sede de uma universidade pública federal sul-mineira. O objetivo é verificar e interpretar os processos educativos não formais e as formas de interação presentes no interior do(s) movimento(s) referido(s). Além disso, conhecer melhor como as/os jovens significam e experimentam suas práticas e vivências, assim como sua correlação com os processos formais e institucionais da universidade em questão. A análise se justifica pela possibilidade de reflexão sobre as teorias e concepções que têm fundamentado tanto questões educativas – e que vão para além das questões formais e informais – quanto os argumentos que detêm certas perspectivas sobre o ser jovem no contexto atual. Por meio de revisão bibliográfica, entrevistas reflexivas e observação participante, as linhas e caminhos aqui traçados revelam que as práticas educativas não formais e os processos de formação política se apresentam como dimensões interativas que estruturam e dão sentido para as ações coletivas e individuais das/dos estudantes. Os movimentos estudantis da instituição, assim como qualquer movimento social, são produtores de conhecimentos e possuem forte caráter educativo. Seu caráter heterogêneo contribui não só para o desenvolvimento de processos educativos mais dialógicos, democráticos e horizontais, mas também de transformação social e política.Item Acesso aberto (Open Access) “Lute como uma menina”: gênero e processos de formação na experiência das ocupações secundaristas(Universidade Federal de Alfenas, 2019-02-04) Silveira, Isabella Batista; Groppo, Luís Antonio; Tamazaki, Kimi Aparecida; Mariano, André Luiz SenaEste trabalho objetiva aprofundar as reflexões sobre as ocupações estudantis secundaristas que se alastraram pelo país nos anos de 2015 e 2016. O foco investigativo e o recorte temporal escolhido para a produção dos dados são as ocupações que ocorreram no último trimestre de 2016. A partir da apresentação do panorama político e apoiada nos conceitos de classe e experiência do historiador inglês Edward Thompson, a presente pesquisa buscou investigar como aconteceram os processos de formação no interior das ocupações e como estas práticas formativas permitiram a construção de um novo olhar sobre o espaço escolar, movimentos estudantis e as relações interpessoais estabelecidas no contexto desta experiência. Para tal compreensão, elencamos as relações de gênero estabelecidas dentro das ocupações como principal medidor dos impactos desta vivência nos sujeitos ocupantes. O procedimento metodológico utilizado, para além da revisão do referencial teórico e demais produções relacionadas às ocupações, foram entrevistas semiestruturadas. Elas permitiram que as análises dos dados fossem mais qualitativas e profundas e que as entrevistadas conseguissem refletir com mais propriedade sobre os acontecimentos. O objetivo da utilização destes dados foi investigar as relações de gênero no contexto das ocupações, amparada nas categorias e conceitos do feminismo interseccional e classista. As entrevistas foram feitas com meninas ocupantes de escolas estaduais de duas cidades do Sul de Minas Gerais que desempenharam um papel de protagonismo no movimento, se destacando nos processos de formulação política, uma característica forte desta onda de lutas juvenis. Como resultado, percebeu-se que o exercício da autonomia, da auto-organização e o do auto fazer-se foram fundamentais para que as ocupações não se limitassem ao papel de ser só uma ferramenta pragmática de luta política. As ocupações colocaram para os sujeitos que a vivenciaram novas perspectivas de atuação social e política, que se efetuaram na prática das relações sociais que permearam as escolas ocupadas, já que gênero, classe e raça eram palavras ouvidas com bastante frequência nas escolas ocupadas. Deseja-se que esta pesquisa possa contribuir para a sistematização de uma parte da bagagem de lutas e práticas formativas deixadas pelas ocupações, fortalecendo a memória das e dos estudantes que participaram deste processo e também daquelas e daqueles que virão.Item Acesso aberto (Open Access) “Meu grito não tem medo do teu falo”: a formação política no interior de coletivos estudantis feministas do sul de Minas Gerais(Universidade Federal de Alfenas, 2019-09-19) Benetti, Andréa Marques; Groppo, Luís Antonio; Tomizaki, Kimi Aparecida; Faria, Marcos Roberto DeEsta pesquisa propõe a investigação dos Coletivos Estudantis que se articulam em favor de políticas de igualdade de gênero, considerando a participação política de jovens mulheres estudantes no interior de quatro Organizações Juvenis de duas cidades no Sul de Minas Gerais. Surge a partir de reflexões sobre as Organizações Juvenis Feministas oriundas da minha participação no Grupo de Trabalho da Pesquisa "A dimensão educativa das organizações juvenis" desenvolvido como projeto de extensão na Universidade Federal de Alfenas. Tem como principal objetivo compreender como se dá o processo de formação política no interior das Organizações Juvenis Feministas, analisando a contribuição da vivência nos Coletivos para a formação de jovens mulheres. A pesquisa se caracteriza com caráter etnográfico, já que busca os processos culturais de significações próprias do grupo pesquisado e com os termos e conceitos “nativos” que podem ser observados na interação dos indivíduos com este grupo. Os instrumentos de coleta de dados são observação participante com produção de Diário de Campo e entrevistas semiestruturadas. Utilizo-me para tanto, do referencial proposto pelos antropólogos pós-coloniais do Terceiro Mundo, buscando descentralizar a tradução dos símbolos do olhar hegemônico europeu, focando-me nas categorias de subalternidades, propostas pela antropóloga indiana GayatriSpivak e o brasileiro José Jorge Carvalho. Para as análises de gênero, corpo e poder, utilizo-me do principalmente do arsenal teórico de Judith Butler e do filósofo Michel Foucault. Como principais resultados, podemos aponto para o caráter de fluidez e capacidade de articulação em Rede dos Coletivos estudados, além do profundo reflexo do momento político de retrocessos de direitos sobre o microespaço em que se inserem estas Organizações. Considero, finalmente, os Coletivos Estudantis Feministas como parte que compõe o coro de contradiscursos diante das hegemonias historicamente consolidadas na Educação e aponto seu caráter de construção política autorrepresentativa, portanto insurgente, conforme Jacques Rancière. Concluo, por fim, que os Coletivos das estudantes do interior de Minas Gerais nos auxiliam nos processos de deslocamento das narrativas imperialistas, movendo a condição subalterna para o centro dos discursos.Item Acesso aberto (Open Access) Ocupações secundaristas Poços-Caldenses: um devir menor na educação(Universidade Federal de Alfenas, 2020-12-14) Oliveira, Mara Aline; Groppo, Luís Antonio; Tomizaki, Kimi Aparecida; Mariano, André Luiz SenaEsta pesquisa analisa o movimento de ocupações secundaristas deflagradas no ano de 2016 em Poços de Caldas-MG sob a ótica do conceito da Educação Menor de Silvio Gallo. A investigação, utilizando-se da perspectiva da menoridade, busca compreender como as características da educação menor, quais sejam, a desterritorialização, a ramificação política e o valor coletivo, se estabeleceram na dinâmica das ocupações poços-caldenses. A análise também se estende sobre o processo de construção das subjetividades secundaristas pelos ocupantes e elabora perfis da juventude que ocupou as escolas públicas da rede estadual e municipal de Poços de Caldas e a Superintendência Regional de Ensino. A metodologia se estabelece por uma abordagem qualitativa, por meio de aplicação de entrevistas reflexivas semiestruturadas e coleta de dados documentais. A investigação se orienta por um caminho construtivo- interpretativo, singular e dialógico, que rizomaticamente se constrói amparada no respeito à multiplicidade deleuze-guattariana. A pesquisa indica que os entrevistados promoveram a desterritorialização temporária da educação para um novo território menor, em que as singularidades compuseram uma multiplicidade política e, ao mesmo tempo, coletiva. No mesmo sentido, a microdimensão política dos entrevistados foi potencializada pelas ocupações, já que os efeitos do movimento se apresentam como força latente nos ocupantes e resultam em posturas consideradas como progressistas ou emancipadas na vida cotidiana, como na sexualidade, na religiosidade e nas relações de trabalho e familiares. O impacto político das ocupações nos entrevistados ainda permanece em aberto, podendo ou não potencializar-se em novas conexões políticas a serem estabelecidas e dar origem a um novo conjunto de multiplicidades hábeis ao desencadeamento de novas possibilidades de resistência.Item Acesso aberto (Open Access) Percepções e interpretações de pesquisadores e pesquisadoras da educação sobre as Jornadas de 2013 no Brasil(Universidade Federal de Alfenas, 2024-04-23) Silva, Guilherme Abraão; Groppo, Luís Antonio; Mariano, André Luiz Sena; Silva, Josefa Alexandrina DaA pesquisa sobre as Percepções e Interpretações de Pesquisadores e Pesquisadoras sobre as Jornadas de 2013 do Brasil buscou compreender e analisar inicialmente o movimento antiglobalização, descrevendo uma série de eventos. Ela ainda analisou os movimentos das “revoltas das praças” e o chamado cidadanismo. Neste contexto mundial percebemos várias conexões com as Jornadas de 2013 no Brasil dentro destas revoltas populares. Antes de entrar no tema central da pesquisa, foram analisados alguns movimentos envolvidos nas Jornadas, como os Comitês Populares da Copa do Mundo, o Bloco de Lutas pelo Transporte Público de Porto Alegre e o Movimento Passe Livre, destacando deste último a sua ascensão e liderança nacional em vários atos das jornadas em 2013, principalmente em São Paulo. Foram realizadas 18 entrevistas com pesquisadores e pesquisadoras de várias partes do país. Nas entrevistas foram utilizados roteiros semiestruturados criados pela equipe da pesquisa nacional intitulada “Dimensões Educacionais das Jornadas de 2013: pautas educacionais, experiências escolares e formação política dos jovens em protesto”. Fizemos um recorte e focamos em 7 pesquisadores/as que estão diretamente ligados à pauta educacional. Esta pesquisa centrou sua análise em quatro questões do roteiro, sendo elas: a presença de professores e jovens estudantes; a formação política dos militantes e ativistas; os impactos nas políticas públicas educacionais brasileiras; e os legados das Jornadas. Obtivemos alguns resultados no decorrer dessa pesquisa, sendo: havia pautas educacionais nas Jornadas de 2013; notamos o direito ao acesso à cidade como uma forma de educar e ampliar o capital cultural dos indivíduos; concluímos que para os pesquisadores havia uma forte presença de jovens e estudantes, em especial do ensino médio e superior, eles porém, reconhecem que não houve uma grande presença de profissionais da educação entre os participantes dos atos e tampouco de sindicatos da categoria educacional. Ademais, reconhecem que o ambiente das Jornadas foi fértil para formação política dos participantes e surgimento de novos formatos de organizações políticas. Os pesquisadores em sua grande maioria apontam como sendo pequeno o grau de importância de temas e pautas educacionais nas Jornadas de 2013. Todavia, eles acreditam que houve impacto das Jornadas nas políticas educacionais de forma direta. Por fim, eles não são claros e não apresentam uma unanimidade entre eles sobre os legados das Jornadas de 2013 no Brasil.Item Acesso aberto (Open Access) Religiosidades e movimento estudantil: relatos das ocupações secundaristas no Brasil em 2015-2016(Universidade Federal de Alfenas, 2022-04-28) Bortone, Douglas Franco; Groppo, Luís Antonio; Guimarães, Vinícius Oliveira Seabra; Mariano, André Luiz SenaAs ocupações secundaristas marcaram, significativamente, o cenário da atuação da juventude em movimentos sociais e na militância política. Essas manifestações, ocorridas nas escolas, se tornaram um ciclo de protestos contra medidas do governo, que interferiam diretamente na vida dos secundaristas. Com origem em uma pesquisa maior, de âmbito nacional, a saber: “Ocupações secundaristas no Brasil em 2015- 2016: formação e autoformação das/dos ocupas como sujeitos políticos”, nosso recorte neste projeto de dissertação concentra-se na análise da experiência religiosa dos secundaristas e seus impactos em sua participação nos respectivos movimentos. A religião está presente na sociedade, moldando a visão de mundo do ser humano e cada vez mais tensionando a educação. Para compreender e analisar essas subjetividades da juventude e sua participação política, trazemos como referenciais teóricos, a filosofia política de Jacques Rancière e debates clássicos e contemporâneos da sociologia da religião e sociologia da juventude. Os primeiros resultados, destacados na seção quatro, são produtos de oitenta entrevistas realizadas pela Pesquisa Nacional, a partir das quais foram realizadas quatro novas entrevistas, destacadas na seção cinco, apontando para os impactos do movimento de ocupação no pertencimento religioso dos ex-ocupas. Por fim, abordamos as trajetórias das espiritualidades juvenis concomitantemente com a experiência de subjetivação política.