Farmácia
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2620
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Navegando Farmácia por Assunto "Ciências da Saúde::Farmácia"
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Item Acesso aberto (Open Access) Líquidos iônicos como novos produtos farmacêuticos intermediários para fármacos de baixa permeabilidade: uma revisão de escopo(2025-10-31) Afonso, Letícia Ishara; Carvalho, Flávia Chiva; Bonfilio, Rudy; Marques, Maria Betânia de FreitasO desenvolvimento de novos fármacos é frequentemente limitado pela baixa permeabilidade dos Ingredientes Farmacêuticos Ativos (IFAs). A permeabilidade, que controla a absorção do fármaco no organismo, contribui para a previsão da biodisponibilidade e pode afetar a eficácia terapêutica. O Sistema de Classificação Biofarmacêutica (BCS) visa categorizar os IFAs em quatro classes diferentes: os IFAs de classe III apresentam baixa permeabilidade como fator limitante para a absorção. Nesse contexto, os líquidos iônicos (LIs) surgiram como uma solução promissora para superar essa barreira, sendo identificados como uma estratégia para aumentar a permeabilidade de fármacos de classe III. Este projeto de pesquisa visa fornecer uma visão geral da literatura sobre o desenvolvimento farmacêutico de LIs utilizados em formulações nanoestruturadas para otimizar sistemas de liberação de fármacos, com base na estratégia Problema, Conceito e Contexto (PCC), em que P = LI, C = estratégias para melhorar a permeabilidade e C = sistemas de liberação de fármacos, através da pergunta: "Quais avanços os LIs proporcionaram para o desenvolvimento de sistemas de liberação de fármacos?". Filtros de busca foram desenvolvidos para o banco de dados eletrônico PubMed-Medline, usando descritores relevantes, combinados por operadores booleanos (AND/OR) e obtidos do Mesh, juntamente com sinônimos e palavras-chave de indexação relacionadas. Para ampliar a estratégia de busca, artigos com texto completo encontrados na busca primária foram selecionados manualmente para identificar estudos relevantes. Não houve limite cronológico ou restrições de idioma. Os artigos revisados demonstraram a potencial melhora na permeabilidade de IFAs de classe III por meio do uso de LIs nanoparticulados, aprimorando os parâmetros de eficácia em diferentes vias de administração. A eficácia terapêutica aprimorada resulta de fatores farmacocinéticos, como maior biodisponibilidade e distribuição tecidual, permitindo o direcionamento para locais mais distantes, maior exposição sistêmica, melhor absorção e redução do metabolismo enzimático, devido à proteção conferida pelo encapsulamento do fármaco em nanopartículas. Etapas futuras envolvem a redação e publicação de artigo como produção intelectual em revista científica conceituada.Item Embargo Ocitocina sintética em partos vaginais e seus efeitos no binômio materno-fetal: uma revisão de escopo(2025-10-22) Tonetto, Anna Carolina de Azevedo; Sellarin, Júlia Magalhães; Reis, Tiago Marques dos.; Fernanda Teixeira Silva; Thatiane Bárbara de BarrosA ocitocina é um hormônio produzido na neuro-hipófise que é fundamental para o parto e a amamentação, atuando na contração uterina e na ejeção do leite, além de ter influência no desenvolvimento de vínculos sociais e papel na regulação comportamental humana. Sua forma sintética é amplamente utilizada para tratar o atraso na progressão do trabalho de parto, sendo administrada em cerca de 41% dos partos no Brasil. No entanto, a administração exige cautela devido ao risco de efeitos adversos no binômio materno-fetal, como hipóxia fetal, hipertermia, hemorragia pós-parto, entre outros. Diante disso, o objetivo deste estudo foi mapear as evidências científicas sobre a administração de diferentes doses de ocitocina sintética em partos vaginais e seu impacto na saúde da mãe e do feto. Para isso, foi realizada uma revisão de escopo com artigos estudos experimentais, quase-experimentais, observacionais e qualitativos, além de estudos de revisão, cuja população deveria consistir em parturientes. Foram utilizados descritores como “Oxytocin”, “Labor”, “Obstetric” e “Treatment Outcome”, combinados por meio dos operadores booleanos AND e OR nas bases Medline (via PubMed) e LILACS (via Biblioteca Virtual em Saúde), Scopus, Cochrane Library, Web of Science e Cinahl. Os registros foram organizados e triados na plataforma Rayyan. A seleção envolveu leitura de títulos e resumos, seguida pela leitura na íntegra por duas revisoras independentes, com resolução de discrepâncias após reunião de consenso com um terceiro revisor. Dados como dose, frequência de administração e desfechos obstétricos foram extraídos e analisados com dupla checagem para minimizar vieses. O protocolo do estudo foi registrado na plataforma Figshare. O checklist PRISMA-ScR foi aplicado na organização do manuscrito. Foram identificados 9.463 registros e 18 foram incluídos no estudo. Observou-se que doses mais altas reduziram o tempo de trabalho de parto, mas aumentaram a hiperestimulação uterina e impactaram negativamente a amamentação. A administração precoce foi associada a maiores taxas de cesárea, enquanto o manejo adequado minimizou intervenções. O uso da ocitocina demanda protocolos seguros para equilibrar riscos e benefícios, sendo essencial a aplicação apenas em situações estritamente necessárias. Estudos futuros poderão aprofundar sua influência na saúde materno-fetal e neonatal, aprimorando diretrizes obstétricas, bem como aprimorar as diretrizes obstétricas e a tomada de decisão para a qualidade da díade materno-fetal.
