Farmácia
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2620
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Item Acesso aberto (Open Access) Catepsina B e Catepsina L: estudo de inibidores por Molecular Docking(2025-11-04) Santos, Beatriz Lara Mercham dos; Veloso, Marcia Paranho; Silveira, Nelson José Freitas da; Araújo, Leonardo Pereira deA busca contínua e incessante de pesquisadores por substâncias efetivas contra doenças, em especial, as crônicas não transmissíveis, cresce exponencialmente devido à diversidade biológica brasileira e a busca da melhora do bem-estar da população. Porém, a partir da identificação e caracterização desses compostos, se faz necessário a realização de testes para avaliar a eficácia frente ao alvo terapêutico. As cisteína-proteases B e L, por exemplo, representam alvos moleculares associados à patogênese de diversas doenças de relevância clínica, como o câncer e patologias neurodegenerativas. Os estudos in vivo e in vitro, geralmente, são muito caros e executar a triagem de todas as substâncias-protótipos que podem atuar frente a estes alvos encarece a pesquisa. Com o objetivo de racionalizar os estudos, as técnicas de Modelagem Molecular, mais especificamente, Ancoragem ou Ancoramento Molecular podem ser utilizadas, sendo uma técnica prevista no planejamento racional de fármacos. O objetivo do estudo visa prever a melhor conformação e tipo de ligação para a molécula-alvo em estudos, e predição de propriedades físico-químicas dos compostos testes. As etapas da metodologia foram a seleção dos alvos moleculares, preparo das Catepsinas B e L, preparo dos ligantes, definição do sítio ativo, realização do Molecular Docking, predição das propriedades físico-químicas e análise dos resultados. Os resultados apontam para a relevância de halogênios e grupamentos oxigenados na estrutura para favorecer a inibição, além de interações com aminoácidos específicos. A partir deste estudo, foi possível estabelecer um alinhamento entre os estudos in vitro e a avaliação in silico conduzida, com um possível insight para o mecanismo de ação destes candidatos a protótipos.Item Acesso aberto (Open Access) Líquidos iônicos como novos produtos farmacêuticos intermediários para fármacos de baixa permeabilidade: uma revisão de escopo(2025-10-31) Afonso, Letícia Ishara; Carvalho, Flávia Chiva; Bonfilio, Rudy; Marques, Maria Betânia de FreitasO desenvolvimento de novos fármacos é frequentemente limitado pela baixa permeabilidade dos Ingredientes Farmacêuticos Ativos (IFAs). A permeabilidade, que controla a absorção do fármaco no organismo, contribui para a previsão da biodisponibilidade e pode afetar a eficácia terapêutica. O Sistema de Classificação Biofarmacêutica (BCS) visa categorizar os IFAs em quatro classes diferentes: os IFAs de classe III apresentam baixa permeabilidade como fator limitante para a absorção. Nesse contexto, os líquidos iônicos (LIs) surgiram como uma solução promissora para superar essa barreira, sendo identificados como uma estratégia para aumentar a permeabilidade de fármacos de classe III. Este projeto de pesquisa visa fornecer uma visão geral da literatura sobre o desenvolvimento farmacêutico de LIs utilizados em formulações nanoestruturadas para otimizar sistemas de liberação de fármacos, com base na estratégia Problema, Conceito e Contexto (PCC), em que P = LI, C = estratégias para melhorar a permeabilidade e C = sistemas de liberação de fármacos, através da pergunta: "Quais avanços os LIs proporcionaram para o desenvolvimento de sistemas de liberação de fármacos?". Filtros de busca foram desenvolvidos para o banco de dados eletrônico PubMed-Medline, usando descritores relevantes, combinados por operadores booleanos (AND/OR) e obtidos do Mesh, juntamente com sinônimos e palavras-chave de indexação relacionadas. Para ampliar a estratégia de busca, artigos com texto completo encontrados na busca primária foram selecionados manualmente para identificar estudos relevantes. Não houve limite cronológico ou restrições de idioma. Os artigos revisados demonstraram a potencial melhora na permeabilidade de IFAs de classe III por meio do uso de LIs nanoparticulados, aprimorando os parâmetros de eficácia em diferentes vias de administração. A eficácia terapêutica aprimorada resulta de fatores farmacocinéticos, como maior biodisponibilidade e distribuição tecidual, permitindo o direcionamento para locais mais distantes, maior exposição sistêmica, melhor absorção e redução do metabolismo enzimático, devido à proteção conferida pelo encapsulamento do fármaco em nanopartículas. Etapas futuras envolvem a redação e publicação de artigo como produção intelectual em revista científica conceituada.Item Embargo Ocitocina sintética em partos vaginais e seus efeitos no binômio materno-fetal: uma revisão de escopo(2025-10-22) Tonetto, Anna Carolina de Azevedo; Sellarin, Júlia Magalhães; Reis, Tiago Marques dos.; Fernanda Teixeira Silva; Thatiane Bárbara de BarrosA ocitocina é um hormônio produzido na neuro-hipófise que é fundamental para o parto e a amamentação, atuando na contração uterina e na ejeção do leite, além de ter influência no desenvolvimento de vínculos sociais e papel na regulação comportamental humana. Sua forma sintética é amplamente utilizada para tratar o atraso na progressão do trabalho de parto, sendo administrada em cerca de 41% dos partos no Brasil. No entanto, a administração exige cautela devido ao risco de efeitos adversos no binômio materno-fetal, como hipóxia fetal, hipertermia, hemorragia pós-parto, entre outros. Diante disso, o objetivo deste estudo foi mapear as evidências científicas sobre a administração de diferentes doses de ocitocina sintética em partos vaginais e seu impacto na saúde da mãe e do feto. Para isso, foi realizada uma revisão de escopo com artigos estudos experimentais, quase-experimentais, observacionais e qualitativos, além de estudos de revisão, cuja população deveria consistir em parturientes. Foram utilizados descritores como “Oxytocin”, “Labor”, “Obstetric” e “Treatment Outcome”, combinados por meio dos operadores booleanos AND e OR nas bases Medline (via PubMed) e LILACS (via Biblioteca Virtual em Saúde), Scopus, Cochrane Library, Web of Science e Cinahl. Os registros foram organizados e triados na plataforma Rayyan. A seleção envolveu leitura de títulos e resumos, seguida pela leitura na íntegra por duas revisoras independentes, com resolução de discrepâncias após reunião de consenso com um terceiro revisor. Dados como dose, frequência de administração e desfechos obstétricos foram extraídos e analisados com dupla checagem para minimizar vieses. O protocolo do estudo foi registrado na plataforma Figshare. O checklist PRISMA-ScR foi aplicado na organização do manuscrito. Foram identificados 9.463 registros e 18 foram incluídos no estudo. Observou-se que doses mais altas reduziram o tempo de trabalho de parto, mas aumentaram a hiperestimulação uterina e impactaram negativamente a amamentação. A administração precoce foi associada a maiores taxas de cesárea, enquanto o manejo adequado minimizou intervenções. O uso da ocitocina demanda protocolos seguros para equilibrar riscos e benefícios, sendo essencial a aplicação apenas em situações estritamente necessárias. Estudos futuros poderão aprofundar sua influência na saúde materno-fetal e neonatal, aprimorando diretrizes obstétricas, bem como aprimorar as diretrizes obstétricas e a tomada de decisão para a qualidade da díade materno-fetal.Item Embargo Prevalência e fatores associados a eventos adversos a medicamentos em pacientes em necessidade de cuidados paliativos em um hospital de referência no sul de Minas Gerais(2025-11-10) Ribeiro, Maria Fernanda Carvalho; Reis, Tiago Marques dos; Silva, Fernanda Teixeira; Lima, Maria Aduclecia deIntrodução: Os cuidados paliativos englobam cuidado integral para indivíduos com doenças graves ou progressivas. Esses pacientes apresentam sintomas que afetam seu bem-estar, sendo a farmacoterapia fundamental para melhorar a qualidade de vida. Contudo, a polifarmácia pode aumentar o risco de eventos adversos a medicamentos (EAM) e desfechos de saúde desfavoráveis. Objetivo: Verificar a prevalência de EAM em pacientes sob cuidados paliativos. Método: Trata-se de umestudo epidemiológico, observacional e transversal em um hospital de referência no Sul de Minas. Incluíram-se pacientes maior ou igual a 18 anos com internação no setor de cuidados paliativos maior ou igual a 48h. Dados de admissão, óbito ou alta foram coletados via prontuário eletrônico e entrevista com formulário semiestruturado, avaliando prevalência, etiologia, gravidade, causalidade e prevenção dos EAM. Aprovado pelo CEP/UNIFAL-MG (Parecer 6.606.201). Resultados e discussão: Participaram do estudo 46 pacientes, dentro dos quais 22 tiveram óbito. Assim, 24 puderam ter os dados de alta analisados. A prevalência de EAM foi de 73,9%, evidenciando risco para segurança do paciente em cuidados paliativos, além de indicar a necessidade de avaliação específica de EAM para a população estudada. Em relação à etiologia desses eventos, reações adversas a medicamentos (RAM)foram as mais frequentes durante admissão e óbito (51,7% e 81,6% respectivamente), enquanto para alta hospitalar, erros de medicação foram a principal causa (50,0%). Esse achado mostra que RAM podem ser determinantes para piora dos níveis de morbidade em ambientes hospitalares e que há falhas no processo de conciliação medicamentosa, sobremaneira na transição entre os diferentes níveis assistenciais. Quanto à causalidade, os eventos foram considerados como possíveis na admissão e alta (71,0% e 87,5% respectivamente) e como prováveis para óbitos (86,7%). Já a gravidade desses eventos predominou como moderada na admissão (66,7%) e alta (65,4%), mas como grave para casos de óbito (42,1%). Todos os erros de medicação identificados (N=34) foram classificados como preveníveis e poderiam ter sido evitados por meio do monitoramento da evolução do paciente e da prescrição, principalmente em casos de polifarmácia, medicamentos potencialmente inapropriados e sobredosagem. Assim, integração do farmacêutico clínico na equipe de cuidados paliativos pode ser uma estratégia fundamental para a garantia da segurança do paciente e de sua qualidade de vida. Conclusão: Três em cada quatro participantes da pesquisa apresentaram EAM, com predominância de RAM e erros de medicação preveníveis durante a internação, evidenciando a vulnerabilidade dessa população. Protocolos de segurança medicamentosa de farmacovigilância somados à integração do farmacêutico clínico na equipe multidisciplinar podem ser estratégias para melhorar a assistência e a promoção do bem-estar do paciente.
